Baile de Halloween escrita por alsakura


Capítulo 15
Capítulo XV




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Os dois dias seguintes demoraram a passar. Mas, felizmente, o dia da volta de Draco e dos outros alunos finalmente chegou. Eles chegaram ao fim da tarde, algumas horas antes do jantar. Como combinado previamente, Draco e eu fomos nos encontrar na Sala Precisa.

Quando cheguei, a porta se materializou imediatamente, indicando que Draco já estava lá dentro. Entrei ansiosa e o vi sentado em um sofá de coro, com uma lareira em frente. Fora isso, a sala era simples, com as paredes forradas com camurça. Ele se levantou assim que entrei e veio em minha direção, me beijando imediatamente.

Alguns minutos se passaram assim que nos separamos.

– Senti sua falta – confessei.

– Eu também senti a sua – ele disse. – A propósito, esse seu colar é muito bonito. Quem escolheu tem bom gosto – ele brincou e riu, sendo acompanhado por mim.

– Pois é, mas você quebrou nosso acordo...

– Eu sei, mas não resisti. Me perdoa?

– Precisa pergunta? – rimos.

Ficamos matando a saudade até a hora do jantar, quando saímos da sala e cada um seguiu para um lado, em direção ao Salão Principal.

Quando me juntei a Harry, Rony e Gina na mesa da Grifinória, me senti estranha. Novamente, tive a sensação de que alguém me observava. Mas quem poderia ser? Seria apenas impressão minha?

O Professor Dumbledore fez seu costumeiro discurso de boas-vindas, o jantar foi servido e todos, como sempre, comeram até não aguentarem mais.

Por volta das dez horas, o Diretor bateu duas vezes com o cabo do garfo levemente na taça, chamando a atenção dos alunos e professores. Ele se levantou e se pronunciou:

– É um prazer receber todos vocês de volta. Mas agora, acho que já é hora de todos irem para seus dormitórios.

Foi quando a ação mais inesperada aconteceu. Pansy Parkinson se levantou da mesa da Sonserina, atraindo todos os olhares do salão para si e disse, em um tom claro:

– Com sua licença, Professor, mas tem algo que eu gostaria de mostrar para meus colegas.

Só então, notei que ela carregava um embrulho pardo em uma das mãos.

– Contanto que não demore, Senhorita Parkinson, acredito que não haja problema – respondeu o Diretor.

– Muito obrigada, Professor – ela respondeu e foi andando até a frente do Salão. Parecia muito segura do que estava fazendo, embora ninguém soubesse o que era.

Murmúrios podiam ser ouvidos por todo o Salão, assim como cabeças se virando podiam ser vistas.

Pansy apoiou o embrulho na cabeceira da mesa da Sonserina, abriu-o e tirou algumas fotografias. Tirando a varinha do bolso, ela fez algum feitiço que desconheço, fazendo com que aparecesse um feixe de luz, como um holograma. Este se assemelhava a um retroprojetor.

Aquilo era fora do comum. Afinal, todos sabem que Pansy nunca foi muito boa com feitiços.  Quando tudo já era estranho o suficiente, ela começou em alto e bom tom:

– Colegas, eu queria mostrar uma coisa a todos vocês. Recentemente, duas pessoas aqui presentes têm guardado um segredo. E eu queria aproveitar o momento para dividir isso com vocês.

Ela apontou a varinha para uma das fotos e uma imagem começou a aparecer no feixe de luz. A imagem estava embaçada e foi ficando visível. Quando todos no salão, inclusive eu, se deram conta do que a foto mostrava, as reações foram as mais variadas. Meu queixo caiu, meus olhos se arregalaram e fiquei totalmente sem rumo, sem noção do que fazer.

Lá na frente, exposta para todos, estava uma imagem que eu conhecia bem. Draco e eu, nos beijando em frente à entrada da sala precisa.

Murmúrios começaram por todo o salão e Pansy falou novamente:

– Não se precipitem. Ainda tenho mais uma foto para mostrar.

E foi o que fez. Ela pegou a segunda foto e tornou a apontar a varinha para ela. Novamente, a imagem começou embaçada, e foi se tornando visível. Mais um vez, eu conhecia bem aquela cena. Eu e Draco. Mas, dessa vez, estávamos no pequeno espaço entre o lago e a Floresta Proibida. As expressões e os murmúrios voltaram a tomar conta do salão.

Pela primeira vez, voltei meu olhar para a mesa da Sonserina e olhei para Draco. Ele estava branco e tinha a mesma expressão que eu. Ele se voltou para mim, me encarou por alguns segundos, e então tudo aconteceu muito rápido. Em um segundo, todos estavam surpresos. No segundo seguinte, Draco e eu estávamos nos levantando em um ímpeto e indo para a frente do Salão, parando ao lado de Pansy.

– O que você pensa que está fazendo? – Draco perguntou a Pansy em um tom raivoso e autoritário que nunca o tinha visto usar.

– Estou mostrando para todos o que é que vocês dois fazem quando somem – ela respondeu em um tom severo, incomum.

– Acontece, Pansy – comecei com os dentes cerrados –, que isso não é da sua conta.

– Eu não estou falando com você, sua sangue-ruim miserável – ela se virou para mim.

Antes que eu pudesse responder, Draco o fez:

– Calminha aí, é com a minha namorada que você está falando.

Todos no Salão pareciam não respirar; todos focados na discussão. Ao argumento de Draco, Pansy só conseguiu boquiabrir-se, diante o uso da palavra “namorada”.

– Você tem coragem de chamar essa... essa... Granger assim? – o tom de desaprovação claro em sua voz.

– Tenho sim, porque é o que ela é – ele respondeu firme. – E se a gente não assumiu nada para ninguém foi porque sabíamos que a maior parte das pessoas iria reagir assim como você.

Não consegui conter o sorriso que crescia no canto de meus lábios. Até que Draco voltou a falar:

– E quer saber de mais uma coisa? – ele perguntou em um tom desafiador.

Ele se virou para mim, olhou bem no fundo dos meus olhos e disse:

– Eu te amo, Hermione.

– Eu também te amo, Draco.

Ele se aproximou de mim, segurou meu rosto com as mãos e me beijou. Bem ali, na frente de todo o Salão, eu soube que seria feliz para sempre ou, pelo menos, enquanto a vida permitisse.


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Notas finais do capítulo

Ai, Meu Merlin. Acabei, finalmente. Eu sei que demorei para postar o último capítulo ainda mais do que demorei para postar os outros, mas como promessa é dívida, aqui estou eu quitando a minha. Eu só queria agradecer a todos vocês que acompanharam a fic, que tiveram paciência comigo, aos que comentaram e aos que só leram, mas infelizmente não comentaram. Nossa, nem acredito que esse dia chegou. Bom, foi um prazer ter estado com vocês e agora só falta dizer: OBRIGADA, UM BEIJÃO PARA TODOS VOCÊS E ATÉ A PRÓXIMA FIC.