Baile de Halloween escrita por alsakura


Capítulo 14
Capítulo XIV




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Acordei na manhã de Natal com apenas uma coisa na cabeça: se eu não recebesse uma carta do Draco até a hora do almoço, eu escreveria para ele.

Desci para o Salão Comunal, onde os poucos Grifinórios que não tinham ido passar o Natal em casa estavam. Entre eles, Harry, Rony e Gina.

– Bom dia – desejei aos três.

– Bom dia – eles responderam em coro.

Embaixo de uma pequena árvore de Natal, estava uma pequena pilha de presentes. Pequena demais para quatro pessoas.

– Já abrimos uma parte dos nossos – Harry explicou como se tivesse lido minha mente.

­– Ah, sim – entendi. – Bom, nesse caso, acho que também preciso abrir os meus.

Ajoelhei-me em frente à pequena pilha e procurei pelos que tivessem meu nome. Primeiro, um pequeno embrulho pardo da Senhora Weasley, que trazia um lindo cachecol, provavelmente tricotado por ela mesma. Depois, uma caixa maior, mandada pelos meus pais, que continha três livros de contos bruxos, um conjunto de materiais para poções e um saquinho roxo, aveludado, com um pouco de dinheiro bruxo, além de um cartão desejando feliz Natal. E, por último, uma caixinha vermelha, cor de sangue. Não consegui imaginar quem poderia ter mandado, já que, assim como com Harry, Rony e Gina, eu tinha feito um acordo com Draco de não trocarmos presentes. Abri a pequena caixa e vi, junto a uma carta, uma corrente fina de prata, com um pingente em forma de “D”. Sorri e escondi a carta no bolso para que pudesse ler quando estivesse sozinha, mas não fui rápida o suficiente para impedir que os olhos de Rony chegassem ao colar.

– Um “D”? – ele perguntou desconfiado, com uma sobrancelha arqueada. – Quem te mandaria um “D”?

Engoli em seco e respondi a primeira desculpa esfarrapada que veio à minha mente:

– Uma prima minha. Ela tem sete anos e desde pequena só me chama por um apelido vergonhoso que prefiro não revelar.

– Um apelido? – ele arqueou ainda mais a sobrancelha.

– É, Ronald. Quando pequena, ela não conseguia dizer “Hermione” – respondi, com um pouco mais de firmeza na voz.

– Que apelido é esse?

– Não vou contar, é vergonhoso demais. Mas vou usar o colar, porque tenho muito carinho por essa minha prima.

Ele parecia saber que era mentira, mas queria descobrir a verdade. Porém, novamente, Gina veio ao meu socorro:

– Rony, você não vai pôr o suéter que a mamãe mandou pra você? Ela ficaria chateada se soubesse que você não está usando-o.

– Ah, v-vou – ele gaguejou em resposta e se afastou para pegar o suéter e vesti-lo.

– Obrigada – murmurei em resposta para Gina.

– Sem problemas – ela respondeu. – Mas e então? Vai usar o colar?

– Vou. Dei uma desculpa pro Rony e posso dá-la aos outros também.

– Você que sabe. Me diz uma coisa, vocês não tinham combinado de não trocarem presentes?

– Tínhamos, mas ele quebrou o acordo – sorri.

Ela sorriu também e Harry se aproximou dela e perguntou:

– Gina, será que posso falar com você um minuto?

– Claro – ela respondeu e eu vi os dois se afastando de mãos dadas.

Subi para o dormitório feminino sem que ninguém percebesse, levando meus presentes, e abri a carta de Draco.

“Sei que deve ter estranhado o fato de que não te mandei nenhuma carta ontem, mas fiz isso justamente para que você pudesse ler essa hoje. Sei que tínhamos combinado que não trocaríamos presentes, mas não resisti quando vi esse colar para vender. Volto pra Hogwarts em dois dias e mal posso esperar para te ver. A propósito, Feliz Natal. Te amo, Draco.”

Sorri ao terminar de ler a carta e peguei uma pena, tinta e um pergaminho no malão para respondê-la.

“Confesso que já estava ficando preocupada por não ter recebido nenhuma carta sua ontem, mas agora que já sei o motivo, sim, eu te perdôo. A propósito, o colar é lindo. E mais linda ainda foi a desculpa que dei ao Rony para explicar o pingente em forma de ‘D’. Note o sarcasmo na frase anterior. Estou com saudades e espero que consigamos nos encontrar quando você voltar. Te amo, H.”

Cortei o pergaminho e escrevi na parte em branco mais duas cartas: uma para os Weasleys e outra para meus pais, agradecendo pelos presentes e desejando à todos um feliz Natal.

Pus o colar e desci até o corujal. Amarrei as cartas na pata de uma coruja parda e a soltei. Fui até o Salão Principal e me sentei junto aos três que já estavam lá, ocupando seus lugares na mesa da Grifinória. Harry e Gina, um ao lado do outro, e Rony de frente para eles.

– Onde você foi? – perguntou Harry. – Sumiu de repente...

– Eu fui mandar algumas cartas. Inclusive para os meus pais – respondi.

– Ah, sim. O que vocês acham de nós jogarmos xadrez bruxo hoje à tarde?

Todos nós concordamos e, só então, notei uma corrente prata no pescoço de Gina, na qual pendia um pingente em forma de “H”, muito similar ao meu “D”.

Ela acompanhou meu olhar e se limitou a sorrir em resposta.

Terminamos o café e fomos para o Salão Principal. Puxei Gina para um canto e comentei:

– Parece que o meu namorado não foi o único que quebrou o acordo, não é mesmo?

– Pois é – Gina respondeu, corando e passando a mão no pingente de prata.

Voltamos para onde os meninos estavam e nos sentamos junto a eles, nas já conhecidas poltronas em frente à lareira. Ficamos conversando sobre assuntos aleatórios até a hora do almoço, quando fomos novamente para o Salão Principal.

Comemos depressa para voltarmos ao Salão Comunal da Grifinória e jogarmos xadrez bruxo.

Jogamos com dois tabuleiros, assim ninguém ficava de fora. Como previmos, Rony ganhou de todos nós, o que não é nenhuma surpresa.

A tarde passou em um piscar de olhos. Às oito horas, subimos para nossos respectivos dormitórios. Nos arrumamos e nos reencontramos no Salão Comunal às nove horas para irmos juntos ao Salão Principal. Chegando lá, vimos a mais bela Ceia de Natal de todos os anos. Quatro mesas tinham sido retiradas, deixando apena uma no centro da sala (N/A: contem com a mesa dos professores). Esta tinha comidas das mais variadas de uma ponta à outra. Os professores e os poucos alunos que ficaram no colégio estavam sentados juntos. Com exceção de meia dúzia de sonserinos, que estavam um pouco afastados dos outros.

Foi uma ceia calma e divertida, onde todos conversavam e riam juntos. Quando saímos do Salão, já era muito tarde e foi só o tempo de nos despedirmos e cada um seguir para seu dormitório.

Demorei a dormir. Fiquei imaginando como seria quando Draco voltasse. Acabei pegando no sono somente muito depois.


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Notas finais do capítulo

O.K., eu sei que todos vocês querem me matar por eu ter ficado mais de dois meses sem postar. E é por isso que eu tomei uma decisão muito importante: vou terminar essa fic até o fim do mês. Mas em troca queria pedir um favor pra vocês: indiquem a fic PELO AMOR DE MERLIN. Mas mudando de assunto, sigam no twitter @GAlzuguir. Eu estou sempre avisando quando posto uma fic nova. Inclusive, ontem postei uma one-shot chamada "Sirius, por Bellatrix". Não esqueçam os reviews, ein. Espero que tenham gostado e brigadinha por lerem. Bjknhs:*