Assim que avistaram os dois, Dona Lili, Mônica e Cebola vão até eles preocupados. É claro que Magali levou um sermão daqueles da mãe, mas ela já sabia qual era o problema da garota, agora, ela devia se explicar para os amigos. Mesmo estando com medo, ela foi em frente e contou tudo a eles, assim como Cascão havia dito. É, fugir não nos leva a lugar nenhum a final de contas.

– Podia ter nos contado louca! – diz Mônica preocupada – Sabe o tamanho do susto que deu na gente?

– É... Posso imaginar... – ri Magali

– Dá próxima vez, fala primeiro com a gente! – diz Cebola com um sorriso – O infarto será menor!

Em meio aquela piadas e risos, eles esqueceram completamente da hora. Dona Lili logo tratou de bota-los para dentro de suas casas, afinal, amanhã era dia de aula. Após despedisse de Mônica e Cebola, chegou à vez de dar tchau para seu amigo sujinho.

– Te vejo amanhã! – diz Magali com um sorriso

– Até! – diz Cascão sorrindo – Que bom que está alegre de novo, você me preocupa sabia?

Aquele comentário faz Magali corar, ela não sabia que era tão importante assim para aquele garoto, mas afinal, eles eram amigos há tanto tempo que ela nunca tinha o ouvido dizer uma coisa daquele tipo. Mas a garota tentou parecer normal diante daquilo.

– Ahm... Obrigada – diz ela

Assim, ele entra e Magali volta para sua casa com sua mãe.

No dia seguinte, ela vai para a escola mais disposta, logo encontra com sua amiga.

– Magá! – diz Mônica indo até ela – Como se sente hoje?

– Melhor! – diz ela com um sorriso – É, acho que a chave é o tempo, se tentarmos esque...

Naquele momento, Magali congela e se depara com uma cena surpreendente, Cascuda e Quinzinho de mãos dadas pelo corredor, seria possível, ou ela estava ficando louca? Não, aquilo era a pura realidade. Como aquilo tinha acontecido? Não era possível, já que eles haviam terminado ontem, como ele pode ter feito aquilo com a garota? Magali não estava acreditando.

– Ele é rápido, hein... – comenta Mônica de cara feia

– É... Mas, eu não posso fazer nada, não é? – diz Magali num tom triste – Eu que quis terminar com ele!

– Ora, não fique assim! – diz Mônica preocupada – Ele talvez esteja com raiva por ontem, não deve ser nada sério!

– Ou ele já me esqueceu mesmo... – diz Magali preocupada

Cascão entra em cena, ele havia acabado de botar os pés no colégio e também acabado de ver aquela cena improvável. Cascuda já estava em outra, e pelo o que parecia, rápido demais. Apesar de ter terminado com ela, naquele instante bateu um sentimento de culpa e arrependimento, mas ele infelizmente já não podia fazer mais nada.

Ao avistar as amigas, ele vai até elas. Logo que chega perto, percebe que Magali também estava abatida como ele. Que droga! A última coisa que ele queria ver no momento era ver a garota triste como ele.

– Er... Sinto muito, Cascão – diz Mônica ao notar sua face triste.

Naquele instante, Cebola chega ao colégio.

– Bom dia! – diz ele com um sorriso

– Só se for pra você! – dizem Magali e Cascão com frieza

Os dois saem em direções diferentes, deixando Cebola e Mônica sozinhos no corredor.

– Nossa... O que houve? – pergunta o garoto sem entender

– A Cascuda e o Quim, eles... Estão juntos! – diz Mônica

– Juntos?! – diz Cebola surpreso – C-Como isso...?

– Não sei, e acho melhor nem tentarmos saber... – diz Mônica preocupada – O mais importante agora, é melhorar o humor daqueles dois!

Algumas horas depois das aulas, a turma vai para o intervalo. Mônica tentou procurar sua amiga pela escola toda, mas não conseguiu achá-la de jeito nenhum, enquanto Cebola lanchava sozinho no pátio, já Cascão havia se recusado a sair da sala de aula. Mas eles foram compreensivos quanto a essa falta, realmente não era fácil encarar uma separação.

Enquanto pensava sobre o que havia acontecido e visto hoje, Cascão acaba tendo uma ótima ideia. Ele não perde tempo em compartilha-la com Magali e saber o que ela achava dela. Algum tempo depois, o garoto consegue encontra-la na biblioteca, ele vai até ela.

– Magali!

– Ai, que susto! – diz Magali num pulo – O-O que houve?

– Escuta, eu preciso conversar com você... – diz Cascão sentando-se ao lado dela – Nós dois sabemos o que aconteceu e também como estamos nos sentindo, não é novidade...

– É, eu sei... – diz Magali num tom triste

– Nos arrependemos e bem... – diz Cascão coçando a nuca – Digamos que eu tenha um plano para consertar tudo, você vai aceitar participar dele?

– Plano? Isso não é brincadeira, é? – pergunta Magali desconfiada

– Não, é sério! – diz Cascão – Só quero saber se você toparia!

– Depende... – diz Magali – Qual é seu grande plano?

Continua...