Limiar do Impossível escrita por Gallan


Capítulo 2
Capítulo 2 - At the grocery store


Notas iniciais do capítulo

Música tema do capítulo: Quincy Jones - Soul Bossa Nova
http://www.youtube.com/watch?v=yNy-Wh5woz0



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Em uma tranquila manhã, Bronco Jones sai com seu carro em direção ao mercado. Nem mesmo os heróis escapam de enfrentar as temíveis filas dos caixas.

Passou quase meia hora no estacionamento até achar uma vaga para estacionar, e quando finalmente acha que conseguiria, algum imbecil com um carro esportivo entra na vaga antes dele, mas ele não iria causar confusão por causa disso - O dono do carro tinha quase 2 metros de altura e a mão era maior que a cabeça de Bronco.

Um herói não deve enfrentar um cidadão que não infringiu nenhuma lei, isso seria errado!

 

- Babaca, filho de uma...

 

Mais quinze minutos em uma incansável busca por uma vaga, Bronco consegue estacionar e finalmente entra no mercado.

Assim que passou pelas portas automáticas, parou e olhou para o local, de ponta a ponta. Jogou a parte da frente de seu poncho por cima do ombro e pegou uma pequena lista no bolso de sua camisa:

 

- 2 litros de leite;

- Pães;

- Ovos;

- Cereal;

- Frutas;

- Verduras e legumes;

- 1kg de arroz;

- 2kg de carne;

- 15 litros de iogurte.

 

Enquanto conferia a lista, foi acertado por trás por um carrinho de compras, em que uma mulher distraída em seu telefone não viu Bronco.

 

- Só um minuto... Sai da frente, ô Indiana Jones! Oi, então...

 

A mulher saiu andando voltando sua atenção para sua conversa no celular, o que a impediu de ouvir as delicadezas que Bronco disse para ela. Certamente estava se desculpando por estar parado na entrada da loja.

 

- Vou te mostrar meu chicote, sua...

 

Colocando novamente o poncho em seu devido lugar, Bronco entra em um dos corredores e avista mais a frente um carrinho vazio, levando-o consigo assim que passou por ele. Uma senhora de idade que estava abaixada próxima ao carrinho se levanta com dificuldade, trazendo algumas caixas de molho de tomate nas mãos.

 

- Ei! Rapazinho! Esse carrinho é meu! - tentou gritar a senhora com a voz fraca.

 

Resolvendo pegar primeiro as frutas, verduras e legumes, Bronco Jones guia seu carrinho como um mestre por entre a multidão que havia ali dentro, chegando ao seu destino.

Uma vez ali, começou a separar os produtos bons dos estragados, e fazia isso como um profissional! Comparava frutos colocando-os contra a luz, cheirava, apertava, analisava a textura... Tudo o que uma pessoa comum não saberia fazer.

Isso feito, passou por um corredor pegando um saco de arroz e parou no corredor a frente, onde tomaria uma dificil decisão. Prateleiras e mais prateleiras cobertas das mais diversas cores, sabores, tipos e formatos. Não seria uma tarefa fácil, mas teria que decidir. Analisou, pensou, por fim... Pegou uma caixa de cereal de frutas, que vinha com uma surpresa!

Continuou suas compras, pegando a carne e os ovos, e então chegou ao setor da padaria, onde pegou o leite e os pães e parou em frente a um refrigerador. Sim, o iogurte. Hoje em dia fazem dos mais variados sabores, então Bronco resolveu pegar três de cada. Deu mais do que havia em sua lista, mas iogurte nunca era demais!

Agora teria de enfrentar o pior momento de todos, a fila do caixa. Correu para a menor que havia, poderiam ter ganhado dele no estacionamento, mas não ali! Não denovo! Bronco Jones não falha duas vezes!

Alguns minutos, que mais pareciam uma eternidade, passaram e chegou a vez de Bronco, que foi colocando suas compras na esteira. Conforme passavam os itens, e cada vez mais e mais iogurte, o atendente do caixa olhava com uma expressão estranha para Bronco, mas continuou em silêncio.

 

- Deu 230.

 

Jogando novamente o poncho por cima do ombro, Bronco colocou a mão no bolso de sua calça, procurando sua carteira.

 

- Ele está armado!!!

 

- Oh meu Deus!!!

 

- Sai da minha frente!!

 

Uma enorme confusão se formou dentro do estabelecimento, pessoas correndo para todos os lados, derrubando tudo em seu caminho enquanto fugiam o mais depressa que podiam. O caixa que atendia Bronco era um dos poucos que não tiveram coragem de correr. Depois de um longo minuto em silêncio olhando o estado do mercado, Bronco entrega um cartão.

 

- Débito, por favor...


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