O Sangue e o Silêncio escrita por EvieCristy


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

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Charlotte andava de um lado para o outro enquanto seus dedos ficavam inquietos esperando uma resposta do lupino. Ao soltar um suspiro, ela fechou os olhos e abaixou a cabeça, pois ao mesmo tempo que estava agradecendo que ainda tinha salvo o contato dele em seu celular, se perguntou do porquê de não ter apagado antes, mas de qualquer forma aquilo não importava mais e sim a situação que ela se encontrava e que precisava reportar para ele.

— Ah, mas que merda, Jack…me responde logo! — exclamou a felina, mas em um tom baixo de voz. — Onde você está?

— Esse idiota ainda não respondeu? Já faz cinco minutos desde que cê mandou a mensagem — disse Axel revirando os olhos. — Quando ele vier, ah se eu dou tapa nele ein…

— Você não vai dar tapa em ninguém — disse Charlotte com o cenho franzido para a robô. — Não quero que você crie confusão por causa disso, não vai dar em nada.

— Está bem, está bem, eu vou tolerar ele — respondeu Axel ao soltar um suspiro. — Mas e quanto à Moon? Tá quase na hora do lanchinho noturno dela e cê sabe que pela idade dela...

— Traga o lanche para o quarto dela e fique com ela até ela pegar no sono — disse a felina branca ao se abraçar ao colocar seu celular em uma mesinha.

— Certo…eu já tô indo então…se cuida… — disse Axel, que abraçou sua amiga ao mesmo tempo que estava compadecida dela.

Após retribuir o abraço e vê-la subir para o quarto, Charlotte ouviu a notificação mensagem do lupino que falava que estava a caminho, mas que entendia qual era a urgência a qual ela queria dizer. A felina arqueou a sobrancelha e começou a racionar, até que de repente veio em seu pensamento de que o mesmo “presente” havia sido enviado para ele e isso a fez ficar mais preocupada sobre a situação, especialmente a sua sentença.

Enfim, passados mais alguns minutos, que pareciam uma eternidade, Charlotte deixou o celular de lado ao ver que o horário eram onze e quinze, mas logo levantou-se do sofá quando ouviu a campainha tocar e já sabendo que era o lobo branco, foi atender. Ao abrir a porta, a felina viu a expressão preocupada e séria estampada no rosto dele, mas tratou de dar espaço para que ele pudesse entrar em sua casa e se acomodar enquanto ela estava silenciosa.

— Me desculpe a demora, quando eu vi a sua mensagem eu fiquei preocupado com o que pudesse ser, até mesmo um ataque! — exclamou Jack em voz baixa preocupado ao acariciar o rosto dela. — Está tudo bem com você? Por favor, me responda.

— Eu estou bem e não houve nenhum ataque, então não é preciso se preocupar — disse Charlotte ao quebrar seu silêncio e retirar calmamente a mão dele de seu rosto. — Mas…o que houve para que demorasse?

— Eu senti uma presença estranha e percebi que poderia ser uma ameaça, mas quando fui ver, o sujeito só deixou um presente e…eu diria que…é um “presente de grego” — disse o lupino olhando para a expressão dela que franziu as sobrancelhas. — Foi então que o meu instinto me disse que era isso que você queria falar.

— De fato, mas primeiro, vamos para um local melhor para falarmos disso — disse ela continuando calma e vendo-o concordar, então ao se virar, conduziu-o até a sala de estar.

Ao chegar no cômodo, Charlotte convidou seu prometido para se sentar no sofá e logo tomou seu assento quase ao lado dele, na verdade, a um metro de distância. A felina percebeu que ele se incomodou um pouco com aquele afastamento, mas soltou um suspiro e se concentrou em pegar a caixa do presente dela que havia deixado na mesa de centro e mostrou o conteúdo de dentro da caixa para o lobo.

— Recebi isso há pouco tempo, quando eu vi…eu…eu fiquei chocada e preocupada — disse a felina levando a mão ao peito e olhando com o olhar estreitado para o lupino, mas olhou para o lado. — Foi por isso que mandei a mensagem.

— E eu vim o mais rápido que eu pude depois que eu recebi essa coisa — disse Jack colocando a caixa dele em cima da mesa de centro.

Ao abrir e mostrar o que estava dentro, Charlotte percebeu que aquela mão era a direita e a que possuía se tratavam de membros esquerdo e direito que haviam sido decepados e enviados para eles. Fora aquele detalhe, as alianças quebradas junto às mensagens eram as mesmas além da mesma caligrafia de forma, então, veio a pergunta: quem havia mandado aquele aviso para eles?

— Jack, tem certeza de que tomou cuidado para que essa merda de segredo não vazasse? — perguntou Charlotte ao voltar a olhar para ele, mas com o cenho franzido e o punho fechado.

— Mas é claro que sim. Da minha parte, só o Nath e o Vector que sabem de tudo, mas eles não contariam nada e nem a ninguém, nem mesmo sob ameaça ou interrogatório — respondeu o lupino devolvendo o olhar, mas em seguida soltou um suspiro.

— Da minha parte, Sonic, Scourge e Axel sabem, mas eles também não fariam isso, eu confio neles — disse a felina cruzando os braços.

— Então se não foi um dos nossos, claramente foi alguém de fora que sabe desse ocorrido e sei que não foram seus amigos — disse Jack ao abrir suas pernas e apoiando seus cotovelos em seus joelhos.

— Ainda bem, porque se acusasse eles, eu tenho garras e eu não tenho medo de usá-las — disse ela encarando o lupino.

— Heh, eu sei que não, mas agora, devemos tomar cuidado e tentar pegar quem sabe do nosso segredo, porque se ele ou ela vazar, bom…você já sabe — disse ele estreitando o olhar.

— Pela lei, a gente morre, mas por parte da minha família, vai começar uma guerra interna porque meu pai vai querer se vingar — disse Charlotte ao abaixar a cabeça e franzir um pouco as sobrancelhas.

— E o seu prisma se petrifica já que ficará sem herdeira e o seu reino vai ter que ter que esperar a próxima geração para a próxima herdá-lo — disse Jack entrelaçando seus dedos e batendo o pé no chão.

— Porque meu pai tinha que ser dessa merda de máfia? — perguntou a felina ao bufar de frustração e jogar a caixa dela no chão. — Que ódio!

— Porque seu pai e o meu são amigos e se ajudaram em uma época de tensão quando Eggman estava concentrando poder — respondeu o lupino de olhos fechados e franzindo o cenho. — E então eles fizeram esse acordo para se unirem e garantir estabilidade entre o reino Mobodon e o de Atlanta, mas também para a La Sociedad.

— E eu fui idiota e aceitei esse acordo, agora eu tô nessa merda com você — disse Charlotte ao fechar os punhos e olhar para o lado.

— Eu não a vi reclamando no começo, então porque está fazendo isso agora? — perguntou Jack olhando-a e arqueando a sobrancelha.

Ao ouvir aquelas palavras, a felina fechou os punhos, pois parecia ofendida com o que havia escutado, mas de certa forma ele tinha razão. Ela e o lupino aceitaram aquele acordo com um propósito de unir suas famílias e dar para o futuro chefe uma dama, mas por fora, parecia uma união semelhante ao que aconteceu no passado entre o reino de Mobodon e Alcorn e que todos aclamavam esperando que os territórios ficassem mais fortes.

— Porque no começo eu achei que eu podia ser feliz com o lobo que eu poderia amar — respondeu ela entredentes. — Mas agora, vi que não passa de um desgraçado infiel que não sei porque, tem um romancezinho com uma policial tão suja quanto você!

— Espera, está dizendo que eu sou um fingido? Charlotte! — disse o lupino, desacreditado. — Eu não sou assim! Nem infiel e muito menos tenho um romance com aquela mulher!

— Então vai mentir pra mim sobre isso? Fingido até que não, mas você é um traidor e tem sim algo entre vocês — disse Charlotte cruzando os braços e encarando-o. — Lembre-se que eu sei quando mente.

— Está bem, agora não é hora de discutir isso — disse Jack ao soltar um suspiro com um olhar derrotado. — O importante é nosso segredo que está ameaçado de ser vazado.

— Tem razão…é…não é hora pra discutir — disse ela se contendo respirando fundo de olhos fechados. — Vamos nos concentrar no que importa, está bem?

— Está bem — disse o lobo, que levou a mão ao queixo e semicerrou o olhar enquanto pensava.

“Você não merece ver minhas lágrimas, Jacob. Heh…eu só choro…porque isso ainda dói! Dói lembrar que eu estava caçando Frederick Jones naquele hotel e acabei sentindo sua presença com a Lindsay e quando fui verificar, vi escondida que vocês estavam se amando com ela gemendo seu nome e pedindo que continuasse."

Por um momento, a felina novamente viajou para aquele momento e podia ver-se entrando de forma sigilosa no quarto de hotel, desejando que o que ela sentiu fosse apenas uma confusão ou mal entendido, porém, ela escondeu-se e viu aquela cena que partiu seu coração. Ouvir os gemidos da policial ou até mesmo os de Jack fazia com que as lágrimas dela caíssem e que ela de alguma forma reagisse, porém para isso, Charlotte teve que sair da mesma forma que entrou.

— Ouviu? Charlotte? — perguntou Jack ao estalar os dedos perto dela. — Está tudo bem? Você não é de se distrair desse jeito.

— Ah? Não se preocupe, eu estou bem, obrigada — respondeu ela ao respirar fundo e olhar para o lado. — Agora…pode me dizer o que estava falando, ou vai ser difícil?

— Estava falando de mandar o Nath e mais alguns dos meus homens começarem a investigar e começar a procurar quem é o mandante — disse ele ao cruzar os braços. — E garantir que o nosso segredo não seja vazado.

— Mas como vai mandar seus homens sem comprometer nada? Jack! Isso é arriscado porque podem estranhar suas ordens — disse Charlotte fazendo o mesmo, mas encarando-o com um olhar preocupado.

— Não se preocupe, eles não vão saber de nada sobre o que guardamos, apenas confie em mim, eu sei o que tenho que fazer — respondeu o lupino olhando-a com ternura e acariciando o rosto dela. — Quanto a você, mi querida, tem outra tarefa.

— E qual seria? — perguntou ela ao retirar a mão dele daquele local e arqueando a sobrancelha.

— Veja se consegue obter alguma pista, por mínima que seja, mas que ajude a descobrir mais sobre quem está por trás disso — respondeu ele olhando-a com um pouco de seriedade. — Está bem?

— Certo, agora é melhor tomarmos cuidado, devemos continuar a parecermos figuras apaixonadas e normais em público — disse Charlotte ao se levantar com o cenho um pouco franzido. — Além de não abaixar a guarda.

— É…você está certa…tudo deve estar parecendo como de costume — disse Jack com as sobrancelhas levemente caídas e vendo ela andando de um lado para o outro. — Qualquer erro pode custar nossas vidas.

— E também pode custar a paz entre os Hernández e os Austin se uma guerra interna estourar — disse a felina com um olhar estreito, mas ela logo balançou a cabeça de leve antes de prosseguir. — Não, não quero imaginar isso, devemos acabar com esse problema o quanto antes.

— Eu também não quero e nem que aconteça um conflito entre nossas famílias — disse ele ao segurar com delicadeza as mãos nuas dela. — Não se preocupe, vai ficar tudo bem.

— Eu espero… — disse Charlotte ao virar a cabeça para o lado, evitando o contato visual com o seu olhar estreito. — Agora quais de seus homens você planeja enviar? Eu aconselho que mande uma equipe pequena.

— Quatro homens parecem ser suficientes — disse o lupino ao se recostar no sofá e soltar as mãos dela. — O que acha?

— Perfeito. Eu acho que pode mandar o Nath, o Max, o Terence e o Veon — disse Charlotte com um olhar analítico. — As habilidades deles são umas das melhores dos Scorpions.

— Certo, eu vou falar com eles agora — disse Jack se levantando do assento e olhando-a com seriedade. — Vou precisar ir pra sede.

— E eu vou dormir, já está tarde e eu preciso acordar cedo — disse ela após um suspiro.

— Boa noite então…ah é…melhor você pegar essas coisas e analisar, mas longe da Moon, não quero que ela se traumatize — disse o lobo ao se retirar do cômodo ao lado da felina.

— Nem eu quero, seria demais para ela — disse a felina com um pouco de preocupação. — Bom…vou te acompanhar até a porta.

Ao caminharem, por um momento Charlotte pensou na situação que ambos estavam, que era o de uma corda bamba da qual não poderiam cair pois poderia acarretar em sérias consequências. Isso a fez ficar em silêncio, mas também, não quis mais nenhuma conversa com o lobo e percebeu que, aparentemente, ele também não, mas imaginou que era por conta do respeito que ainda tinha por ela e que era algo que a felina realmente admirava apesar de tudo.

Finalmente, quando Jack pegou o capacete e saíram para o quintal da frente, ela soltou um suspiro e viu ele colocando a proteção para em seguida subir na moto dele. Charlotte sentiu-se idiota consigo mesma, pois diante daquela cena, ainda podia sentir algo quando o via e isso para ela era uma completa estupidez dada a situação de que queria rejeitar qualquer sentimento restante pelo lobo.

— Charlotte, que vir até aqui? É rápido — disse Jack após colocar o capacete e ligar a moto.

— Tá, tanto faz — respondeu ela, que se aproximou de braços cruzados. — O que foi agora, ein?

— Escuta…eu só queria dizer que… — disse ele após um suspiro pesado e começar a sussurrar. — Que vou fazer o possível para que nosso casamento seja bom apesar de tudo, que sejamos felizes.

— Era só isso que tinha a dizer? — perguntou a felina em sussurro após estreitar o olhar.

— Charlotte… — disse Jack fitando-a franzindo um pouco o cenho.

— Jack, eu só vou dizer uma coisa e que fique bem clara! — exclamou Charlotte com a voz baixa. — Nós vamos nos casar, mas eu vou tentar ser feliz nessa merda, então você que se dane.

Dito isso, a felina acabou dando as costas para o lobo e apenas ouviu a moto dele se distanciando de seu terreno. Quando entrou dentro de sua casa, ela pegou aquelas caixas e lacrou-as após pegar uma fita adesiva para em seguida abrir a portinha da escada que dava acesso a um labortatório de química e alquimia onde deveria ser o sotão de sua casa, mas que fora remodelado para ser mais útil.

Feito isso, a felina guardou aqueles “presentes” em uma geladeira ali dentro e em seguida apagou as luzes. Então, ao chegar em seu quarto e fechar a porta atrás dela, ela franziu o cenho e fechou os punhos enquanto ficou encostada ali, sentindo seus olhos lacrimejarem e processava as palavras que seu prometido havia dito antes dele ter ido embora de sua casa e por isso ela cerrou os punhos com força, segurando-se para não emanar a sua aura sombria alí.

— Filho de uma mãe… — disse Charlotte ao se abraçar sentando-se no chão. — Eu já me decidi, mesmo que eu não seja feliz nesse casamento, serei feliz por mim mesma!

“Ele disse isso porque ainda se importa com você, mas porque? Ele deveria se importar com aquela desgraçada de policial que parecia ser mais interessante do que eu, que ele fez questão de ir naquela porcaria de hotel e escondido!”

— Eu odeio essa merda, eu preferia continuar solteira — admitiu a felina ao fechar os olhos e enxugar as lágrimas. — Talvez assim isso tudo não teria acontecido.

“Se eu pudesse voltar no tempo, eu diria para mim mesma não aceitar aquele acordo, afinal meu pai disse: sua escolha será levada em consideração, então se você dissesse um não, tudo teria sido diferente, certo? Tudo isso não teria acontecido.”

— Mas que idiota que eu sou…mesmo que fosse possível voltar no tempo, séria uma péssima ideia — disse ela ao soltar um suspiro. — O ponto de ignição.

Então, Charlotte deitou a cabeça em seus joelhos e abraçou-os enquanto sentia as lágrimas silenciosas caindo por seu rosto. Ao fechar seus olhos, ela suspirou pois era claro que sua ideia seria uma estupidez, o tempo deve correr normalmente sem nenhuma alteração, pois por menor que fosse a mudança, causaria um efeito completamente contrário ao que ela queria e isso era um fato, então nada poderia fazer senão aceitar que não seria possível.

— Eu sou mesmo uma idiota…pareço até mesmo até uma desesperada por alguma solução fácil para sair dessa situação — disse ela ficando entredentes. — Eu nunca fui assim!

“Eu ainda vou superar isso…admito…três meses não foi o bastante, precisaria de mais tempo, mas preciso seguir com a cabeça erguida e focar no meu trabalho e em mim mesma. Além disso, se Jack pensa que nosso relacionamento será de eu aceitando as traições dele, está muito enganado, eu vou cumprir com a minha palavra e não vou deixar que ele me machuque mais!”

— Eu ainda vou me casar com ele…eu tenho que fazer isso pela minha família e o reino, eles são importantes pra mim — disse Charlotte ao abrir os olhos e enxugar as lágrimas. — Mas deixarei claro que eu não levo desaforo pra casa e mostrarei o tipo de dama que eu fui treinada para ser.

Ao soltar um suspiro e se levantar, a felina caminhou até a sua cama onde se deitou e cobriu-se com seu lençol. Após fazer isso, aua expressão suavizou-se, tornando-se calma e pensativa ao se virar para o lado esquerdo e abraçar o seu travesseiro, pois o que havia pensado momentos antes daquela confusão se iniciar voltaram a martelar sua cabeça juntamente das perguntas que havia feito antes, mas ela bateu de leve em sua testa e bufou por se sentir estúpida naquele momento.

— Eu queria saber o porquê de eu não ter pensado nisso tudo antes… — disse Charlotte ao virar-se para o lado oposto. — Porque eu não me fiz essas perguntas antes?

“Acho que isso é meio óbvio, era porque eu fiquei focada demais me tratando e fazendo o possível para parecer uma boa namorada e prometida na frente de todos, tomando cuidado para não deixar suspeitas de que eu estava triste por eu ter sido traída.”

Ao semicerrar seu olhar, Charlotte acariciou seu travesseiro e olhou para seu abajur, para então começar a fitar o teto. Em sua cabeça, várias memórias de momentos de quando ela teve que fazer aparições públicas, comparecer a eventos de gala importantes e reuniões de família, apareceram em sua cabeça enquanto ela franzia um pouco as sobrancelhas e apertava seu travesseiro por se sentir um pouco de desconforto, até mesmo em lembrar de momentos que beijou os lábios do lupino e de quando ele segurou a mão dela.

Porém, sua expressão novamente se suavizou após lembrar de vários momentos em que seus amigos estiveram ao seu lado. Ela sorriu de leve com as memórias deles consolando-a e ajudando-a para que seguisse firme e lembrá-la de que apesar de tudo, ela não estava só, que ela não precisava fingir que estava bem diante deles e que não poderia ficar para sempre trancada no quarto comendo besteiras, ela deveria focar em si mesma e tentar superar o que houve para não se machucar mais.

— Aqueles momentos foram de pura tortura…mas eu fico feliz que eu tenho três amigos com quem eu pude contar… — disse Charlotte com um leve sorriso. — Eles tem razão…

“Eu preciso seguir em frente, de cabeça erguida. Posso ser feliz comigo mesma em um casamento sem amor, com eles, sinto que poderei continuar guardando esse segredo e levá-lo comigo até o túmulo se isso significar que continuarei viva e segura sem que um conflito se inicie internamente por causa de um atrito que pode surgir entre as famílias.”

— O importante é isso…mas… — disse a felina semicerrando o olhar e virando-se para o lado direito. — Parte de mim prefere seguir assim e ignorar a minha razão, porquê?

“Porque eu sinto que eu tô me rendendo a esse lado? Eu dei lugar à razão agora, mas só porque as coisas parecem ter se suavizado. Além disso, há algo estranho em Jack, mas ao mesmo tempo que quero ver até onde isso vai, também não quero ver isso, quero ignorar…mas acho que é porque parece um caminho fácil…”


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Notas finais do capítulo

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