O Sangue e o Silêncio escrita por EvieCristy


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Curta, comente e o mais importante: boa leitura ♥



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Finalmente, Charlotte chegou em seu quarto após subir as escadas que a levaram para o segundo andar e, ao entrar no cômodo, a felina soltou um suspiro após repassar tudo o que aconteceu em sua cabeça. Com a mão em seu peito e de cabeça baixa, ela olhou para o teto enquanto franzia o cenho e contendo-se para que as lágrimas não molhasse o seu rosto naquele momento enquanto cerrava seu punho.

“Porque isso tá acontecendo comigo? Sendo que isso já passou? Eu já deveria ter superado isso! Porque isso ainda me afeta?”

Com raiva de si mesma, a felina socou a parede de seu quarto e ignorou a dor que sentiu em seu punho enquanto sentia as lágrimas caindo pelo seu rosto. Ao levantar a cabeça, ela olhou em direção à penteadeira e viu seu reflexo no espelho, vendo sua tristeza estampada em seu rosto devido à traição que havia testemunhado há três meses atrás e a tinha deixado de coração partido, pois nunca imaginou que seu namorado poderia fazer tal coisa.

“Eu queria saber…porque ele me traiu? Porque ele fez isso comigo?”

 Charlotte secou suas lágrimas com sua mão e em seguida andou até a penteadeira. Com um suspiro, ela começou a lembrar de como seus olhos ficaram inchados de chorar, dos momentos que não queria sair de seu quarto, do pouco que havia engordado comendo besteiras e não praticando seus exercícios e dos momentos que quis ficar sozinha mas que fora obrigada a sair com seus amigos ou para comparecer a eventos importantes, o que para ela, parecia ser uma tortura.

“Só de pensar nos bailes que eu fui…nos passeios…droga! Eu só queria ficar em casa! Mas tinham que me puxar para isso?”

“Espera…não podia contar pra eles…na verdade eu nem posso…”

Apesar de sua pequena revolta, a felina lembrou-se do porquê de não poder rejeitar aqueles convites, era óbvio para ela, se qualquer mobiano, incluindo seus amigos, soubesse do que estava ocorrendo com ela e da traição de Jack seria um escândalo grande que causaria um enorme alvoroço entre a família dela, a dele e sobre os outros e por isso ninguém mais poderia saber daquilo a não ser os três as quais ela confiou aquele grande segredo.

“Eu agradeço tanto a eles…Sonic...Scourge e Axel…obrigada por não contarem nada e por terem me ajudado nessa situação…”

Por um instante, Charlotte sorriu de leve enquanto enxugava as lágrimas que começavam a se acumular nos olhos dela após se recordar dos vários momentos que seus três amigos cuidaram dela durante aqueles três meses e que após aquele período, puderam finalmente ver um sorriso no rosto da jovem que havia finalmente se recomposto e parecia ter superado o que aconteceu.

“Se tem algo que o Sonic me falou, foi de nunca mais abaixar a cabeça, devo seguir em frente e deixar claro pro Jacob(Jack) Alejandro Constantin Hernández de que eu não vou deixar que ele me faça me sentir assim de novo!”

Enquanto se recordava daquilo, a felina sorriu, pois para ela, não havia mais necessidade de chorar por aquela traição, mas também lembrou das palavras de seu pai a respeito de um acordo de união que ele havia feito com a família Hernandez que envolvia a união das famílias através de um casamento a qual ela mesma concordou e que ele havia a avisado que, uma vez dentro da máfia e aceito o acordo e por mais que ele ou ela quisesse voltar atrás, não poderia fazê-lo.

Charlotte sabia muito bem disso, ela havia aceitado prosseguir com o acordo mesmo tendo a escolha de recusá-lo após seu pai revelar tudo, mas após aquele incidente e o que havia passado, prometeu a si mesma que mesmo em um casamento sem amor, ela andaria de cabeça erguida e faria de tudo para fazer a vida do futuro marido um inferno caso ele a traísse novamente com a sua amante, porém em meio a aquele pensamento, ela escutou um barulho vindo de sua porta.

— Lotte? Cê tá bem? — perguntou Axel ao bater na porta do quarto.

— Estou, não se preocupe — respondeu Charlotte enxugando suas lágrimas rapidamente. — Pode entrar.

Com um olhar preocupado, ela entrou no quarto. Seus olhos cor cianos olhavam para a felina branca de forma preocupada enquanto analisava a expressão dela, chegando à conclusão de que ela havia chorado ainda por causa daquele ocorrido. Axel era um robô androide com forma mobiana de uma gata siamesa que havia sido criada para ser a assistente de Charlotte para ajudá-la em seus deveres domésticos e outras atividades, porém ela acabou se tornando sua melhor amiga e confidente quase como mais uma de suas irmãs no final.

— Desde quando isso é “estar bem”? Cê chegou em casa bem mal e agora tava chorando, o que houve? — perguntou Axel.

— Eu…acabei pensando um pouco e…as memórias daquele incidente voltaram… — respondeu Charlotte com o olhar semicerrado.

— Lotte…calma… — disse a siamesa com um olhar compadecido. — Não chora…aquilo já passou…

— Sei que sim, mas…só de lembrar…ainda dói… — disse a felina branca após um suspiro.

— Eu imagino como se sente… — disse Axel ao abraçar a sua amiga.

— Mas tudo bem…lembrar do que o Sonic me disse…ajuda a me sentir melhor — disse Charlotte.

— De verdade? É que tipo…eu tenho medo que você volte a ficar muito mal — respondeu a siamesa.

— Isso não vai mais acontecer, isso eu garanto — disse a gata branca ao sorrir levemente.

— Eu espero…olha, eu queria mesmo que você pudesse se livrar desse acordo — declara Axel.

— Eu também…mas meu pai avisou, uma vez feito, não há como voltar atrás e isso por causa dos inúmeros problemas que iriam surgir — respondeu Charlotte

— Como…várias ameaças à sua família e até mesmo mortes, mesmo que sejam da realeza — completou a siamesa.

— Exatamente e eu não quero que nada aconteça com a minha família — disse a felina branca com a expressão preocupada.

— Mas…e se eles souberem da traição do Jack? Como vocês dois ficariam? — perguntou Axel com um olhar curioso.

— Jack perderia o direito de ser o chefe e nossa imagem ficaria manchada — respondeu Charlotte em um tom frio. — Mas não é só isso.

— Então o que mais aconteceria? — questionou a siamesa.

— Bom, o casal seria executado para tirar essa mancha da família Hernández e fariam tudo parecer natural — respondeu a gata branca em um tom sombrio.

— Que…que horror… — disse a siamesa com um olhar espantado e em choque. — Lotte…porque…porque você nunca contou isso antes?

— Porque eu não quero lembrar que posso morrer a qualquer momento! — exclamou Charlotte em alta voz ao sentir os olhos lacrimejar. — Eu…não quero pensar nisso…

— Charlotte… — disse Axel com um olhar triste e compreensivo.

— Desde que aquilo aconteceu, eu guardo segredo porque tenho medo! Medo que minha cabeça seja cortada ou coisa pior! Eu não quero lembrar disso! — bradou a felina branca ao socar a parede novamente.

— Mas isso não vai acontecer! O segredo não vai vazar e você não vai morrer, entendeu? — perguntou Axel olhando determinada para sua amiga.

Ao ouvir aquelas palavras, Charlotte derramou-se em lágrimas novamente, desta vez não apenas devido à traição mas também pela situação a qual estava passando que era delicada e que provavelmente a seguiria até a morte dela. A gatinha começou a tremer enquanto estava de cabeça baixa e imaginando-se em uma situação onde o chefe atual da máfia espanhola, o avô de seu namorado, julgando-a com um olhar e ansioso para livrar-se dela da pior maneira possível ao lado de Jack, contudo, ela foi surpreendida pelo abraço de sua robô, que estava tentando acalmá-la.

— Já estamos andando na corda bamba fingindo como se tudo estivesse normal, esse segredo não pode vazar de forma alguma — disse a felina branca com uma voz chorosa.

— E não vai…eu garanto…você vai ficar bem e vai levar esse segredo pro túmulo e ninguém mais vai ficar sabendo disso — disse Axel com um olhar de consolo para ela.

— Tomara que não…eu não quero morrer…seria uma grande tragédia… — respondeu Charlotte ao enxugar as lágrimas.

— Você é forte e esperta, Charlotte Elisabeth Georgiana Austin III, você consegue passar por isso! — exclamou a robô com um olhar determinado.

— Oh Axel…eu tenho sorte de ter tido a ideia de ter criado você — disse a felina branca ao abraçá-la ronronando.

— Eu, Sonic e Scourge estaremos com você para o que for, não importa o que aconteça! — exclamou a siamesa com um sorriso reconfortante.

— Eu tenho tanto orgulho de ter vocês… — disse Charlotte ao se recompor e sorrir.

— Não se preocupe com nada…siga o que o Sonic falou: erga a cabeça e mostra que você não é alguém que se mexe e sai sem consequências — disse Axel olhando de forma determinada para ela.

— Eu sei…e eu vou seguir assim, eu vou deixar a minha marca e mostrar pro Jack que se ele mexer comigo dessa forma, eu posso me vingar — disse a gatinha branca sorrindo, mas de forma sombria.

— Essa é a Lotte que eu conheço! E…mesmo que não seja um casamento por amor… — disse a siamesa com um olhar de consolo. — Quero que você dê um jeito de ser feliz.

— Com certeza eu darei — disse a felina branca sorrindo esperançosa.

Após ter dito aquilo, Charlotte abraçou a sua amiga com bastante carinho e sentiu-se recomposta, mas também com um pouco de esperança sobre o que o futuro reservava para ela. Ao mesmo tempo, ela soltou um suspiro ao se afastar e levantou a cabeça com um sorriso leve em seu rosto com um olhar determinado, contudo, as duas são surpreendidas por um barulho vindo da cozinha, o que as fizeram ficar preocupadas.

— Moon! Axel, cadê ela? — perguntou Charlotte segurando Axel pelos ombros. — Ela tá sozinha!

— Ela tava lanchando na sala… — respondeu Axel preocupada. — Eu vou pra lá!

— Eu vou com você! Se eu pegar o paspalho que invadiu minha casa… — disse a felina branca cerrando os punhos.

Logo, as duas correram em disparada para fora do quarto e desceram as escadas até a anti sala. Antes de chegarem na cozinha, Charlotte começou a emanar uma aura sombria enquanto seus olhos brilhavam em um tom de roxo escuro que a sua robô sabia que poderia ser perigoso para o invasor, pois a felina branca usava magia sombria por causa do gene vindo do pai.

Ao chegarem na cozinha, no entanto, elas ficaram de boquiaberta com o que estava acontecendo: um ouriço igual ao Sonic mas de cor verde que tinha olhos azuis e usava uma jaqueta de couro com um visual bad boy estava brincando com uma pequena criaturinha rosa claro com corpo parecido com o de uma pelúcia mas que tinha formato de coelha com asas de fada que estava gritando e sorrindo.

— De novo! De novo! — disse a criaturinha com os olhos brilhando de alegria.

— É pra já! — disse o bad boy sorridente segurando ela. — Iupeeee!

— Scourge Maxwell Alexander Bastien Townsend… — disse Charlotte ao encarar o sujeito e de braços cruzados.

— Meu nome completo, felpudinha — respondeu Scourge com um sorriso levemente cínico ao olhar para ela.

— Scourge… — disse Axel com os braços cruzados olhando-o da mesma forma que sua dona.

— Ah Fala aí, Axel — disse o bad boy ao olhar para a robô e ficar com a chao em seu colo.

— Ô bocó, quem foi que permitiu a tua entrada aqui pra começo de conversa? — perguntou ela, estreitando o olhar e rangendo os dentes.

— Eu mesmo me permiti, ora essa, entrando pela janela da cozinha que tava aberta — respondeu ele enquanto cutucava ela — Aí eu vi a Moon e a gente começou a brincar.

— Um: devia ter me avisado e dois: Será que dá pra parar com essa mania? Eu podia ter matado! — exclamou Charlotte ao dar um tapa na nuca dele.

— Au, precisava disso? Além disso…cê nunca reclamou desde que eu te visito — disse Scourge ao começar a brincar com a barriga da criaturinha.

— Aiai…agora Moon, vem cá, tá na hora do seu desenho — disse Axel ao pegar a chao no colo e levá-la até a sala de estar.

— É…eu nunca reclamei…mas mesmo assim tenha a noção, quer que a polícia pare aqui? — perguntou Charlotte entredentes e com o cenho franzido.

— É, ia dar ruim. Tá bom, da próxima vez eu aviso, agora bora conversar na sala — disse ele seguindo para a sala de estar ao lado dela. — Cê dá uma falta quando não tá por aqui, sabia?

— Eu sabia, eu sei que vocês não vivem sem mim — comentou a felina com um sorriso convencido em seu rosto.

Enfim, ao chegarem na sala de estar, os dois se acomodaram no sofá com Scourge sentando no meio enquanto Axel estava sentada ao lado dele com a Moon em seu colo assistindo um desenho animado infantil na televisão. Enquanto assistiam, o bad boy sentiu-se relaxado no cômodo e espreguiçou-se para em seguida descansar os braços entre os ombros das duas garotas, o que deixou a robô com raiva e a fez encará-lo.

— Então, Qual é a boa ein, princesinha felpuda? — perguntou Scourge com um sorriso leve no rosto.

— A boa? É que eu vou fazer sanduíche de ouriço idiota agora, isso sim! — exclamou Charlotte encarando-o — Me chame de felpuda de novo pra você ver!

— Eu chamo, Lottinha felpuda, hehe. E aí, a quanto tempo né? É assim que cê me recebe? — perguntou ele, porém sentiu um soco vindo da felina branca. — Ei! Qual é? 

— Você ainda pergunta, Scourge? — perguntou ela encarando ele. — Você invade a minha casa, me irrita e me apelida! Quer um agradecimento ou uma carta formal?

— Talvez os dois, as ideias são boas, fofinha. — respondeu Scourge com um sorriso cínico, começando a fazer cafuné na cabeça dela.

— Haha, muito engraçado, mas agora falando sério — disse Charlotte com a mão no queixo e sorrindo cinicamente. — A semana de provas vai começar semana que vem.

— Porra…eu tinha esquecido da merda do cronograma. Olha Lotte, bora fazer assim: eu te dou uma caixa de bombons e… — disse ele com a mão no queixo e olhando para ela de forma cínica. — Posso te levar a um café novo que abriu, que tal?

— Deixa eu pensar…er…é, a sua proposta, mas não, obrigada — disse a felina branca sorrindo de leve ao dar tapinhas de leve na cabeça dele

— Ô idiota, cê sabe que se subornar ela, ela perde o emprego de prof, né? — perguntou Axel encarando ele.

— É eu sei, mas relaxa, eu não sou doido de fazer isso, eu tava de zoas — disse Scourge ao soltar um suspiro e sorrir de leve. — Mas agora vem, eu quero te mostrar uma coisa.

Ao ver o ouriço verde levantar, Charlotte acompanhou-o com o olhar e sentiu a sua curiosidade começar a dominá-la, então, ela fez o mesmo que ele e o seguiu para a cozinha. Chegando lá ela arqueou a sobrancelha quando o viu tirar algo de dentro de uma sacola plástica, percebendo em seguida que se tratava de uma caixa com um detalhe transparente que dava para ver seis brigadeiros gourmet de uma cafeteria conhecida por ela, o que a fez brilhar os olhos e sorrir.

— E então? Como é que se diz? — perguntou o ouriço sorrindo de lado com o olhar semicerrado. — Ah e…foi a Camille que preparou esse mimo pra você.

— Obrigada à Camille, ela é uma fofa — disse Charlotte com um sorriso largo ao pegar a caixa. — Agora você, espertinho, vai se ferrar.

— Nossa, é isso que eu ganho? Puta que pariu… — disse o bad boy ao cruzar os braços e fingindo-se ofendido.

— Ownt, não fica assim, ainda te amo, bad boyzinho  — disse a felina ao acariciar o queixo do ouriço.

— Agora sim, valeu. — disse Scourge sorrindo de canto. — E aí? Será que eu mereço um abraço, agora?

— Merece sim — disse ela sorrindo e em seguida o abraçando. — Agora…foi só pra isso que invadiu minha casa?

— Vim ver minha amiga e cê ainda fala isso? — perguntou ele ao se afastar dela. — Valeuzão ein.

— Ué, cê tinha sentido saudades de mim? — perguntou Charlotte rindo de leve.

 — Não, imagina, eu não senti — respondeu Scourge ao cruzar os braços e franzir um pouco o cenho.

— Brincadeirinha, Scourge, agora é sério, como tem estado? A Camile cuida bem de você? — perguntou a felina branca ao sorrir de leve.

— Sim, agora…quer que eu seja sincero em uma coisa? — perguntou o bad boy ao sorrir cínico e apontar para a robô na sala. — Comparado a você, a Axel é mais fresca.

— Ei! Me respeite! — exclamou Axel em alta voz. — Ô embuste, fresco é você!

—— Por favor…vocês parecem crianças — disse a felina branca ao suspirar de olhos fechados. — Mas…obrigada por tudo, Scourge e…não esqueci o que você fez junto do Sonic!

— Ué, aquele lance dos chili dogs caseiros? Ué, encare isso como uma forma…de apreciação de sua comida, ela é realmente gostosa — disse Scourge ao segurar os ombros da felina.

— Façam isso sem roubarem o que eu cozinho — disse Charlotte ao estreitar o seu olhar e em seguida se virar. — Agora…vou preparar o jantar, já está mais que na hora.

— Opa, então quer dizer que eu cheguei em boa hora, o que tem pro rango, chef? — perguntou Scourge ao sorrir e esfregar as mãos uma na outra.

— Vai ter carne de ouriço no espeto se não parar de me irritar agora. — disse Charlotte ao encarar o amigo.

— Oh, que isso? Eu também te amo, felpuda — disse ele ao dar tapinhas na cabeça da felina branca.

Após isso, Charlotte não resistiu em sorrir e ronronar, mas logo empurrou levemente o bad boy para o sofá e retornou à cozinha. Feito isso, ela lavou as mãos e começou a preparar uma lasanha simples para jantar pois no fundo estava um pouco cansada e queria deitar um pouco, querendo aproveitar aquele fim de semana para descansar e enfim voltar a atuar como professora na segunda feira que viria.

Contudo, após começar a preparar a massa de lasanha e logo em seguida a carne, ela podia ouvir um pouco da conversa do Scourge com a sua robô. Suas orelhas instantaneamente se moveram para onde a conversa estava acontecendo e abaixou a cabeça enquanto continuava a cozinhar, começando a se perguntar do porque o seu namorado a havia traído se eles tinham uma boa relação e eram felizes enfrentando os obstáculos da vida juntos.

— Olha…cá entre nós, eu não engulo essa: o que o Jack viu na Lindsay — disse Scourge sussurrando com o punho cerrado no queixo. — É sério, o que foi que ele viu nessa sirigaita? Eu ouvi muito sobre ela.

— Eu também não sei, mas além do mais, ela é uma policial — disse Axel em forma de sussurro e ao suspirar. — E sabemos que isso é contra…

— Do que estão falando? — perguntou Moon com um olhar de curiosidade.

— Ei tampinha, porque não vai pro seu quarto pegar um brinquedo seu pra me mostrar? — perguntou Scourge sorrindo de canto.

— Eu tenho um brinquedo novo que a vovó me deu! — exclamou ela voando em disparada até o quarto. — Já volto!

— É melhor a gente não falar disso pra Moon, ela ficou muito chateada também — disse Axel cruzando os braços. — E ela é nova ainda.

— Eu posso imaginar como ela se sente estando longe do Jack e sem entender o que houve — disse o bad boy suspirando. — Se ela souber, isso ia magoar ela!

— Verdade…mas sabe, isso me quebra, Lotte é bonita, é a prometida dele, ele amava ela, como isso aconteceu?  — perguntou ela franzindo o cenho.

— E ainda policial, a gente sabe um pouco sobre isso, eles não permitem nada com policiais — disse Scourge olhando sério para a robô. — Nada.

— E ninguém pode saber de nada, se alguém descobrir e que foi com um policial, vai ser pior — disse Axel olhando-o da mesma forma.

— É eu, tô ligado, mas o que acontece se todo mundo saber? — perguntou Scourge, que ficou chocado com a resposta.

— Scourge…que fique somente entre a gente: a Lotte corre risco de vida e o Jack também, então se vazar, eles morrem e sabe como o pai dela é — disse Axel ao franzir um pouco o cenho.

— As consequências iam ser de fuder…caralho… — disse o ouriço verde ao raciocinar e cerrar os punhos. — Eu odeio aquele lobo! Se eu ver ele…eu com certeza soco a cara dele!


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Notas finais do capítulo

Gostou? comente o que achou e até o próximo capítulo ♥