A Lenda de Kaito escrita por Thunder


Capítulo 1
PRÓLOGO


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos comecei essa historia a anos atras quando a LENDA DE KORRA terminou e depois abandonei. Depois do lançamento da serie da Netflix eu voltei para esse mundo de Avatar e quis terminar essa fic. Espero que gostem.



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No vasto e etéreo Mundo Espiritual, Korra, agora uma anciã venerável, sentia-se perseguida por uma presença sombria e ameaçadora, cujo vulto negro de olhos rubros a assombrava constantemente. Uma sensação de urgência e perigo iminente permeava o ar ao seu redor, enquanto ela se esforçava para escapar da implacável perseguição.

A sombra estava determinada a possuir algo de grande valor para Korra – o totem de Raava, o Espírito de Luz que residia dentro do Avatar há gerações. Consciente da importância desse artefato, Korra se recusava a entregá-lo sem lutar.

Num confronto épico entre luz e escuridão, Korra empregava toda a sua habilidade e experiência, desencadeando poderosos ataques de dobra de água, terra, fogo e ar contra seu adversário sombrio. As rajadas de água se chocavam com labaredas de fogo sombrio, enquanto pilares de terra se erguiam para bloquear o avanço da sombra.

“Quem é você? O que quer comigo?" Korra exigiu, sua voz ressoando com autoridade e determinação, apesar da fadiga que começava a pesar em seu corpo envelhecido.

A sombra não respondeu, seu rosto oculto pelas sombras que a envolviam. Em vez disso, avançou com renovada ferocidade, lançando-se contra Korra com golpes rápidos e precisos. A Avatar defendeu-se com bravura, mas cada golpe parecia tirar um pedaço de sua energia vital.

Em um momento de pausa temporária na batalha, Korra olhou nos olhos de seu adversário, vendo neles uma mistura de ódio e desespero. "Você não vai conseguir o que deseja", ela declarou com firmeza, mesmo enquanto sua determinação começava a vacilar sob o peso da exaustão.

A sombra apenas sorriu maliciosamente, seus olhos rubros brilhando com uma intensidade sinistra. Em seguida, lançou um ataque, um feixe ardente de fogo negro que se precipitou em direção ao braço esquerdo de Korra. Ela grita. Uma explosão de dor rasgou o ar quando o fogo sombrio consumiu sua carne.

“Não importa o que você faça, não vou permitir que machuque mais ninguém!” Korra diz no chão.

“Você é apenas uma sombra fraca do que já foi, velha Avatar. Não pode me deter!” A voz da sombra soa gutural.

“Isso é o que vamos ver!” Com um movimento rápido, Korra lança um poderoso golpe de água na direção da sombra, mas suas chamas negras evaporam a água antes que ela possa atingir seu alvo.

“O que você é? O que quer com isso?” Korra diz com o totem de Raava nas mãos

“Tola Avatar. Você não compreende a magnitude do meu poder, você é apenas um inseto no meu caminho.”

“Não deixarei você causar mais danos. Seja lá quem você for, não sairá daqui impune!”

Com um grito de dor e determinação, Korra se ergue, sua aura Avatar irradiando uma luz intensa que preenche o espaço ao seu redor. Uma explosão de energia irrompe e a sombra é lançada para longe pelo poder avassalador da Avatar em seu estado mais poderoso. Korra concentra sua energia na dobra de água, buscando purificar o espírito do rapaz enegrecido pela escuridão. No entanto, suas tentativas são frustradas quando chamas negras emergem das mãos do adversário, evaporando a água e impedindo a purificação.

Compreendendo a gravidade da situação, Korra se comunica com Raava, o Espírito de Luz que habita dentro dela, em busca de orientação. Ela pergunta se Vaatu, o Espírito das Sombras, está envolvido nesse acontecimento perturbador.

Raava responde, sua voz ecoando na mente de Korra com seriedade e preocupação. Ela afirma que Vaatu permanecerá selado por muitos milênios, incapaz de agir. No entanto, ela reconhece que algo novo e sinistro está ocorrendo – a corrupção da dobra do rapaz é algo sem precedentes, uma manifestação de escuridão que desafia a ordem natural do mundo espiritual.

“Raava precisamos de ajuda. Entre em contato com Jinora na Cidade República e peça reforços.”

Com uma determinação inabalável, Korra concentra sua energia e lança uma poderosa rajada de fogo em direção à sombra, esperando encerrar a batalha de uma vez por todas. A bola do fogo consome a sombra por completo, e por um momento, Korra acredita que tudo acabou.

No entanto, uma surpresa terrível a aguarda quando um relâmpago laranja irrompe da fumaça e a atinge em cheio. O impacto é devastador e o coração frágil de Korra, já enfraquecido pela idade avançada, sofre com a descarga elétrica. Ela cai de joelhos no chão, lutando para manter-se consciente diante da dor excruciante.

“Não morrerei no Estado Avatar”, murmura Korra enquanto sua mão trêmula repousa sobre o peito saindo lentamente do Estado Avatar. “Você não quebrará o ciclo! Outros já tentaram e fracassaram.”

A sombra avança em sua direção com uma suavidade sobrenatural, quase flutuando sobre o chão. Seus olhos rubros brilham com uma intensidade ameaçadora, contrastando com a escuridão ao redor. “Não quero que você morra, Avatar”, sua voz ressoa no ar, envolta em mistério e poder. “Preciso de você viva.”

Ele estende a mão em direção à queimadura de Korra, revelando uma mão humana pálida e marcada por cicatrizes. Com um movimento rápido, Korra retira uma lâmina de metal escondida em sua manga e corta profundamente o braço do rapaz, que geme de dor. Korra sente um alívio momentâneo ao ver que ele pode ser ferido. Isso significa que ele pode ser derrotado.

No entanto, a sombra pega a lâmina que começa a derreter em seu toque, enquanto um brilho sombrio se intensifica em sua mão. Com um toque, a sombra coloca sua mão sobre a queimadura no braço de Korra, desencadeando uma dor excruciante que a faz gritar. Fios de luz começam a se elevar da ferida aberta, convergindo em direção ao corte profundo em seu próprio braço. Um brilho pulsante irradia da ferida, lentamente se fechando sob a influência sombria.

Raava, sussurra em sua mente que ele conseguiu sugar um pouco de sua essência. Korra sente um frio penetrante descendo por seu estômago, algo que ela não experimentava há muito tempo. Medo.

A sombra estende a mão na direção do totem de Raava, sua silhueta escura parecendo se contorcer ansiosamente. Antes que pudesse alcançá-lo, uma lâmina de metal surge velozmente do nada, perfurando o ombro direito da sombra com precisão mortal. Um grito estridente escapa de seus lábios sombrios enquanto ele cambaleia para trás, caindo de joelhos no chão frio do mundo espiritual.

“Afaste-se da Avatar”, ordena Gao, emergindo das sombras como um guardião protetor, sua presença imponente transbordando determinação e coragem. Vestido com o uniforme característico do Lótus Branco, Gao irradia uma aura de confiança e lealdade à causa que defende.

Korra observa Gao com gratidão e alívio enquanto ele se aproxima dela, afastando-se da sombra ameaçadora. Seus olhos se encontram e um breve momento de entendimento compartilhado passa entre eles. Gao então se dirige à Avatar, suas palavras ressoando com autoridade e preocupação.

“Você está bem Avatar Korra?” Diz Gao e Korra assente com a cabeça “Eu disse para não se afastar de nós”

Mais quatro guerreiros do Lótus Branco emergem das sombras, suas habilidades de dobra de terra e água sendo empregadas com maestria para subjugar a sombra ameaçadora. Enquanto dois deles prendem a sombra no chão, utilizando a dobra de terra para segurar seus braços e a dobra de água para congelar suas pernas, a grande lâmina de metal permanece cravada em seu ombro, um lembrete constante de sua derrota iminente.

Korra agradece a Gao, sentindo o peso da batalha sobre seus ombros exaustos. Seu peito dói intensamente, seu coração enfraquecido clamando por descanso. “Ele quer isso”, ela murmura, apresentando o totem de Raava. “Não sei o que ele quer com isso, mas você precisa levá-lo para longe o mais rápido possível.”

Gao hesita, relutante em obedecer às ordens da Avatar. “Não a deixarei, Avatar”, ele responde com determinação.

“É uma ordem, soldado”, diz Korra com autoridade, deixando claro que não há espaço para discussão.

Resignado, Gao aceita o totem e o guarda em um compartimento metálico em seu uniforme. “Chame mais reforços. Ele é poderoso demais”, Korra continua, sua voz carregada de cansaço.

Observando o estado debilitado da Avatar, Gao faz um sinal para um dos guerreiros do Lótus Branco, instruindo-o a ajudá-la. O soldado se aproxima com um compartimento contendo água, começando a usar a dobra de água para curar as feridas de Korra. No entanto, apesar dos esforços do guerreiro, as feridas da Avatar se recusam a fechar.

“Não entendo o que está acontecendo. Isso nunca aconteceu”, o soldado expressa sua confusão enquanto olha para Korra.

“A ferida não é comum. Ela está impregnada de energia espiritual”, Korra responde sombriamente. “Deixe assim e mantenha os olhos nele”, ela aponta para a sombra imobilizada.

“Ele é um espírito?” Gao indaga, buscando entender a natureza do adversário.

“Não!” Korra responde com certeza. “Ele demonstrou habilidades de um mestre dobrador de fogo e relâmpago e pressinto que ele esconde muito mais.”

A sombra ergue sua cabeça, um terceiro olho vermelho sangue se abre sinistramente em sua testa. Korra reage instantaneamente, lançando uma poderosa rajada de ar em direção aos dois guerreiros do Lótus Branco, evitando que fossem incinerados pela explosão iminente.

“Dobra de combustão!” exclama Gao, sua surpresa evidente em sua voz. “Protejam a Avatar!”, ele ordena aos outros guerreiros.

Os quatro guerreiros do Lótus Branco rapidamente se posicionaram entre Korra e a sombra, preparados para enfrentar a ameaça iminente. As mãos da sombra começam a brilhar intensamente, aquecendo a terra ao redor até que ela se transforme em uma espécie de lava roxa ardente. Sua prisão de terra e gelo derretem sob o calor intenso, libertando-o, embora gravemente ferido no ombro onde a lâmina estava cravada. Com um movimento que lembra os dobradores de terra, mas com as mãos totalmente abertas, ele aponta para o chão e a lava começa a borbulhar, a sombra se prepara para atacar.

“Tenham cuidado!”, Gritou Korra, sua voz relacionada com urgência.

Quatro bolas de lava são arremessadas na direção dos guerreiros, que se esforçam para desviar do ataque. Os dois dobradores de terra fornecem bloqueio a terra misturada na lava, mas alguns fragmentos roxos seguem em sua direção, queimando suas mãos e braços e incendiando suas vestes. Os dobradores de água correm para ajudar, mas a sombra manda outra rajada de seu terceiro olho.

Korra ergue um pilar de pedra imponente, em uma tentativa desesperada de proteger os dobradores de água do ataque implacável. Seu rosto expressa determinação e coragem, apesar do perigo iminente que se aproxima. No entanto, a estrutura defensiva é atingida por uma explosão repentina, fragmentando-se em uma chuva de pedras que se espalha pelo campo de batalha.

Algumas dessas pedras atingem em cheio os dobradores de água que caem no chão mortos. Os dobradores de terra rolam no chão para apagar as chamas negras que os consomem, mas as tentativas parecem ser em vão. Uma segunda rajada vai na direção de Avatar, mas Gao levanta uma barreira de pedra ao redor de Korra que estava caída.

“Eu te disse, afaste-se da Avatar” ele diz autoritário.

Ao ver seus companheiros mortos, Gao com um movimento rápido de dobra de metal, faz com que duas lâminas cromadas deslizam de seus punhos. Ele corre na direção da sombra, que fica imóvel com um sorriso malicioso. Com um movimento dos pés, Gao transforma a terra em areia e a sombra afunda um pouco na terra. Um forte bloco de terra sai do chão aos pés de Gao, impulsionando-o para cima. Ele gira por cima da sombra e lança várias adagas metálicas nele. Vários cortes aparecem em seu rosto, sua capa e roupa se rasgam.

“Talentoso”, murmura a sombra lambendo seu sangue escuro, seus olhos se arregalam revelando uma vastidão rubra. “Minha vez”, ele diz.

Dando socos no ar, grandes bolas de fogo negro vão em direção a Gao, que consegue se defender criando uma armadura de terra. Gao responde chutando o chão e levantando duas grandes rochas e lançando na direção da sombra, que com um movimento rápido junta dois dedos, o indicador e o médio, onde um forte raio laranja sai das pontas deles e destroi as duas pedras. A sombra olha para Gao, que se vê assustado porque havia pensado que a sombra não escaparia de seu ataque duplo. Com um movimento circular, um forte raio sai dos dedos palidos da sombra. Gao vê o raio se aproximando e com um forte movimento de dobra de terra, ele levanta do chão e o raio se choca violentamente com a rocha.

Korra se levanta e diz: "Vamos acabar com is..." Korra não tem tempo de terminar sua frase, uma rajada vem em sua direção. Gao dá um forte soco no chão e um pilar se levanta frente a Korra protegendo-a.

A pedra se rompe em vários pedaços afiados, Korra se corta com alguns pedaços e uma grande pedra, impiedosa e traiçoeira, encontra seu alvo em cheio: Gao. O guerreiro, com sua imensa bravura, tenta resistir, mas o impacto brutal o lança ao chão, inconsciente. Seu corpo inerte jaz entre os destroços, testemunha silenciosa da batalha feroz que consome os combatentes da Ordem do Lótus Branco. Enquanto a poeira baixa, a tragédia da perda se faz sentir, ecoando pelos corações daqueles que o admiravam e respeitavam. Gao sacrificou-se em nome da defesa de Korra e de seu povo, seu sacrifício será lembrado para sempre.

“Gaaaaao!” grita Korra reunindo suas últimas forças e começa a entrar no Estado Avatar. Raava adverte: “Esta será a última vez. Seu coração está muito fraco.” Korra assente com a cabeça, respirando fundo enquanto avança determinada na direção da sombra, pronta para enfrentar o desafio final.

Uma rajada de energia surge do terceiro olho da sombra em direção a Korra, que rapidamente ergue o braço e fecha os punhos, fazendo a explosão detonar antes de atingi-la. Surpreendido, a sombra recua alguns passos, visivelmente desconcertada pela reação inesperada.

“Você não irá a lugar algum”, declara Korra, batendo o pé no chão e fazendo todo o Mundo Espiritual tremer. A sombra perde o equilíbrio e quase cai, mas em um instante de suas mãos emanam raios laranja e seus pés lançam chamas negras, impulsionando-o para o alto e mantendo-o pairando no céu.

Korra responde à altura, elevando-se também com a dobra de fogo e encarando a sombra nos olhos. Com um movimento fluido, ela manipula o ar ao redor, criando um redemoinho que aprisiona a sombra e a lança para baixo. Enquanto cai em queda livre, a sombra lança um olhar ameaçador para os dobradores de terra do Lótus Branco, que estavam queimados no chão tentando apagar o fogo mortal se suas vestes e dispara uma rajada de energia de seu terceiro olho na direção deles. Korra reage imediatamente, detonando a explosão antes que atinja os soldados.

Entretanto, a manobra da sombra era apenas uma distração. Um relâmpago alaranjado corta os céus em direção a Korra, que mal tem tempo de sair do Estado Avatar antes de ser atingida em cheio pela descarga elétrica.

O vento cortava o ar, chicoteando os cabelos de Korra enquanto ela caía, sua mente uma tempestade de emoções. Em meio à queda livre, ela se agarra desesperadamente às lembranças preciosas, como âncoras em um mar revolto.

Não se prenda ao que é passageiro e ilusório. Viva com gratidão, compaixão e sabedoria. Quanto à morte, encare-a como uma transição inevitável, não como o fim absoluto, mas como parte do ciclo da existência. As palavras de Mestre Tenzin ecoavam em sua mente como um lamento solene, uma lembrança implacável da natureza transitória da vida.

Enquanto o chão se aproximava com uma inevitabilidade dolorosa, Korra sentiu uma mistura avassaladora de medo e aceitação. Mas então, como uma última luz antes do crepúsculo, seu coração se encheu de um amor ardente e agradecido ao lembrar-se daqueles que a haviam amado e apoiado, cujo amor se tornou o tecido de sua existência.

“Asami”, sussurrou Korra com uma voz trêmula, uma prece silenciosa em meio ao caos iminente, seu coração se abrindo em despedida à pessoa que iluminou sua vida com uma intensidade indescritível.

No derradeiro instante antes do impacto, Korra entregou-se ao abraço da terra, sua alma ecoando com os ecos de uma vida vivida com paixão e propósito. Com um suspiro final, Korra sentiu o impacto da queda se dissipar, como uma gota d'água se dissolvendo na terra seca. Sua consciência se desvaneceu em escuridão, apenas para ressurgir em um turbilhão de luz e sombra.

Como a água que cai das nuvens e evapora novamente para o céu, o espírito do Avatar se elevou, renascendo na periferia de Zaofu, no Reino da Terra. Uma sensação de renovação e energia a envolveu enquanto ela emergia da escuridão, sua essência resplandecendo com a promessa de um novo começo. O ciclo da vida, da morte e do renascimento continuava e o Avatar permanecia como uma testemunha eterna da mudança e da transformação.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem XD em breve postarei os próximos capítulos.



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