Guerra do Caos: No Limiar do Desespero escrita por Rayon Jackson


Capítulo 1
Prólogo




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08 DE JUNHO DE 2025. CABO CANAVERAL, FLÓRIDA, ESTADOS UNIDOS. CENTRO ESPACIAL JOHN F. KENNEDY. 

 

Estava tudo pronto. Os cientistas da NASA corriam de um lado a outro, certificando-se se tudo estava de acordo com os cálculos, enquanto a excitação e a empolgação tomavam conta de seus corpos. Se aquilo funcionasse, não só facilitaria a ida e vinda de Marte, como revolucionaria toda a era tecnológica. A Terra estava entrando em superpopulação, e para não ter um genocídio — sim, uma ideia cruel, mas que ainda foi cogitada — os humanos tinham que encontrar outro planeta. A Terra não aguentava mais as crueldades dos humanos contra a natureza, e se pelo menos metade dos humanos não migrasse, o planeta por si só daria um jeito de acabar com tudo aquilo. 

Por anos Marte fora mencionado como uma segunda opção para a raça humana, mas a ida para o planeta, fora a Terraformação para a vida habitável, era muito caro, lento e quase sem progresso. Para ter um aumento significativo de produção, os cientistas teriam que dar um jeito de ir e vim para Marte como um ‘pulo’, por isso gastaram anos para aquele dia. Eles, de forma alguma, não podiam falhar, pois a Terra só tinha mais vinte anos para entrar em colapso, e esses anos deveriam serem gastos com a Terraformação. Se eles falhassem, condenariam toda a humanidade. 

Uma sirene é soada para que todos na área saiam dentro de cinco minutos. Os engenheiros correm e passam por uma única porta de aço grosso, antes de fechá-la e lacrá-la por completo. Os Engenheiros-Chefes se encontravam em uma sala ao lado, atrás do vidro temperado, também grosso, dando uma visão de um grande compartimento.  

 No meio do complexo existia uma estrutura circular, feito de prata e ouro, como se fosse uma grande passagem, enquanto fios se conectavam em seus circuitos. Na tela de um computador, a figura circular era refeita em 3D, mostrando seu atual funcionamento. 

— Tudo preparado Senhor! — fala um dos engenheiros. 

— Okay — ele olha para a equipe — Cavalheiros, vamos fazer história. — Ele volta sua atenção para o complexo — Iniciem o Portal. 

— Iniciar Portal em 3... — um engenheiro olha para o outro — 2... — os Engenheiros-Chefes se enfileiram em frente à janela de vidro — 1... — todos prendem a respiração, ansiosos — Iniciando Portal. 

No computador, o gráfico mostra um nível de radiação considerado perigoso, enquanto outra coluna mostrava o estado gravitacional do complexo, que diminuía rapidamente. Um barulho de eletricidade surge, flashes de luzes fazendo alguns piscarem inconscientemente, raios surgindo desde a prata e o ouro circular até o centro, formando primeiro um pequeno buraco negro no ar, mas que se expande à medida que recebe energia dos raios. A sala treme, objetos começam a perder seus pesos, raios atravessam o buraco. 

E de repente, a cor negra toma toda a área, não engolindo a sala por causa da barra de prata e ouro. 

O buraco se contém, e então, se aquieta. Os raios param de surgir, fazendo alguns saírem de trás de suas mesas, assustados. 

— Conseguimos? — pergunta um engenheiro. 

— Senhor, parece que conseguimos. — Fala outro, vendo o gráfico em 3D. 

Os Engenheiros-Chefes veem sair sutilmente algo do Portal, como uma poeira meio vermelha, parecido com barro. 

— Aquilo é o que estou pensando? — a mulher olha para o lado — É poeira marciana? 

— Acho que sim. 

— Com certeza é. — afirma o que parecia ser o chefe de todos — Cavalheiros, acho que conseguimos — ele olha para os demais — Criamos o Portal direto para Marte. 


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