Siren escrita por llRize San


Capítulo 1
A curiosidade matou o peixe


Notas iniciais do capítulo

Olá meu amor
(✿ ♡‿♡)

E vamos de fic nova! Dessa vez vou me aventurar a escrever algo diferente, uma fanfic Yuri com as meninas do BP em um universo místico de Sereias.

As meninas já apareceram em outras fics minhas, por isso, essa é um spin-off de Home, onde elas já apareceram. Essa fic faz parte de todo esse universo de Amicitia, onde começou com minha primeira fic "O Príncipe de Amicitia".

Estou amando escrever e espero que você também goste :3

Boa leitura :)



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Nas profundezas inexploradas do Reino de Amicitia, a nove mil metros abaixo da superfície, florescia uma próspera cidade subaquática. Nesse reino submerso, criaturas aquáticas de diversas espécies coexistiam em harmonia, guiadas pelos sábios e poderosos Reis dos mares, conhecidos como Tritões e Sereias. Estes seres, parte humanos e parte peixes, zelavam pela tranquilidade do mundo subaquático, assegurando o conforto e a segurança de todos os habitantes.

A distinta família Kim ocupava o trono real ao longo de várias gerações. O atual monarca, o destemido e poderoso Tritão, Sr. Jack Kim, mantinha uma personalidade séria, porém, era reconhecido por sua bondade e justiça para com o seu povo. Sentado majestosamente em seu trono, empunhando um tridente de ouro maciço, o Rei Jack interrogou seu assistente sobre o paradeiro de sua filha. O jovem tritão, em desespero, tentava articular desculpas para encobrir as escapadas de Jennie, a Princesa Sereia que se aventurava incansavelmente pelo vasto oceano azul de Amicitia.

Jisoo estava em um estado de desespero, sua cauda prateada, com a tonalidade da lua, cortavam a água enquanto ela se movia freneticamente de um lado para o outro. Seus longos cabelos ruivos dançavam como seda nas correntezas. Uma ansiedade crescente a envolvia, pois conseguia sentir a ira iminente do Rei Tritão, mesmo a quilômetros de distância. O tempo se arrastava enquanto demoravam a retornar para casa, e a ausência da Princesa Sereia já deveria ser notória; Jisoo podia antecipar as consequências da demora e o descontentamento que se aproximava rapidamente.

— Princesa Jennie, precisamos ir embora!

Jennie ignorou completamente as tentativas de chamar sua atenção, mergulhada em sua própria ocupação de cavar um pequeno monte de areia. A princesa dos mares, conhecida por sua deslumbrante beleza, exibia uma cauda dourada que criava um contraste encantador com seus cabelos castanhos. Além disso, o dourado vibrante de sua cauda coincidia perfeitamente com o tom de sua coroa reluzente de ouro, a qual Jennie mantinha orgulhosamente em sua cabeça, recusando-se a separar-se dela por qualquer motivo. A herança real como filha do Rei Jack era uma fonte de grande orgulho para a intrépida princesa.

— Jennie! — Jisoo insistiu — Precisamos ir, seu pai vai sentir a nossa falta!

— Jisoo, relaxa — Jennie despreocupadamente cavava a areia com as mãos — Acho que achei alguma coisa!

Lalisa, curiosa, enfiou a cabeça entre as duas. 

— O que você achou, Jen? 

Lalisa, embora não compartilhasse o mesmo nível de curiosidade inata de Jennie, carregava consigo uma fascinação peculiar pelo desconhecido, tornando-a uma pessoa notavelmente forte e corajosa. Dotada de uma beleza exótica e única, sua pele alva combinava com seus cabelos brancos, adornados por mechas em tons suaves de azul claro, frequentemente, Lalisa usava seus cabelos trançados. Contudo, o que realmente destacava sua deslumbrante presença era sua cauda negra, cujo brilho cintilante não passava despercebido. Lalisa, sem sombra de dúvidas, exibia uma beleza distinta, invejada até mesmo por outras sereias no reino submerso.

 — Não sei ao certo — Jennie cavou ainda mais, tentando tirar algum tipo de objeto — Está preso!

O objeto estava bem enterrado, então Lalisa tentou ajudá-la a puxar. 

— Gente — Disse Rosé, um pouco receosa — É melhor deixarmos isso quieto, não sabemos o que é.

Rosé, uma sereia de cabelos loiros, tão claros quanto a areia da praia, e olhos azuis como o céu em um dia ensolarado, exibia uma beleza cativante. Sua cauda, tingida em tonalidades esverdeadas, contribuía para uma aparência meiga e angelical. No entanto, apesar de sua presença encantadora, a coragem não era um dos atributos proeminentes de Rosé.

— Para de ser medrosa, Rosé — Disse Lalisa, se esforçando para tirar o objeto preso entre pedras e areia.

— Eu não sou medrosa, só sou cautelosa. É diferente.

— Ta, ta… agora cala a boca e vem ajudar a gente aqui.

— Não precisa ser grossa, Lisa — Rosé exibiu sua típica expressão chorosa. 

— Lisa, não trate Rosé assim — Disse Jisoo com seriedade. 

— Lá vem a defensora da Rosé — Lalisa revirou os olhos — Parece até namoradinhas.

— Somos apenas amigas — Disse Jisoo, envergonhada. 

— Que seja. Vocês são estranhas. Agora venham nos ajudar!

Com extrema dificuldade, as quatro sereias uniram suas forças para extrair o objeto. Quando finalmente conseguiram liberá-lo, todas desabaram no chão sob o impacto, seus olhares fixos e intrigados no que haviam resgatado. Para surpresa delas, o objeto revelou-se ser nada menos que um baú antigo.

— Um baú? — Jennie se aproximou — Vamos abrir para ver o que tem dentro.

— Melhor não, Jennie — Orientou Rosé — Pode ser uma armadilha, ou algum tipo de maldição, ou pode ser algo dos humanos lá de cima, eles são perigosos e cruéis.

— Não escute ela, Jennie — Interrompeu Lalisa — Vamos abrir, estou curiosa para ver o que tem aí, pode ter algo legal.

Jennie fixou seu olhar no baú, seus olhos brilhando com intensidade. Se havia algo que a caracterizava, era, sem dúvida, a sua insaciável curiosidade.

— Só acho que devemos ir embora — Jisoo olhou na direção do castelo —, seu pai vai ficar louco quando perceber que não estamos lá. 

— Meu pai é o de menos, eu sei tapear ele — Jennie colocou a mão no baú, procurando algum encaixe para abri-lo. 

— Eu não quero nem ver — Rosé tampou os olhos.

— Isso, abre! — Lalisa estava na expectativa, olhando tudo de perto para não perder nada. 

— Alguma coisa vai sair daí e comer a cabeça de vocês — Disse Rosé, ainda tapando os olhos com as mãos.

Lalisa e Jennie, indiferentes ao receio de Rosé, mal podiam esperar para descobrir o conteúdo do baú. Com sucesso ao abri-lo, seus olhares eram repletos de curiosidade, fixando-se nos objetos cuidadosamente guardados em seu interior.

— Todo esse trabalho para ter isso? — Jennie estava indignada.

— São só coisas de humanos, não valem nada — Lalisa estava ainda mais indignada, desejava que tivesse algum objeto misterioso ou algum espírito maligno preso ali dentro, isso sim seria mais divertido para ela. 

Jennie revirou os objetos dentro do baú, buscando algo que fosse verdadeiramente útil, mas nenhum item ali conseguia capturar sua atenção. Eram apenas jóias cravejadas de pedras preciosas e uma abundância de objetos feitos de ouro, como cálices, pulseiras e colares. Embora representasse uma verdadeira fortuna para os humanos, para as sereias, tudo aquilo eram apenas coisas... coisas desprovidas de valor real.

— As humanas usam isso nos pulsos — Jennie colocou uma pulseira de ouro em seu pulso. 

— Tire isso! — Jisoo ficou desesperada, em estado de alerta ao ver Jennie usar um objeto de humanos — São objetos de humanos, não sabemos o que podem fazer.

— Humanos não sabem usar magia, isso são só objetos — Jennie admirou a pulseira, não por ser de ouro, mas por ser algo que as moças humanas usavam. 

— Há relatos de que alguns humanos conseguem sim usar magia, mas como não é da natureza deles, eles precisam sacrificar algo que amam para isso. Muitos mataram o próprio filho para conseguir esse poder. Humanos matam a própria espécie, eu os odeio — Jisoo suspirou e balançou a cabeça negativamente.

Jennie retirou a pulseira, uma pontada de tristeza atravessando seu semblante. Embora desejasse aquele adorno, uma curiosidade persistente sobre os humanos a envolvia. Mesmo com os alertas de Jisoo sobre a natureza questionável dos humanos, Jennie ainda nutria a esperança de que nem todos fossem tão ruins quanto diziam.

— Jennie, vamos para casa, esse lugar me dá medo — Rosé olhou em volta, notando que as águas do oceano ao seu redor eram mais frias, enquanto a luz do sol lutava para penetrar, resultando em um ambiente mais sombrio e sinistro.

— O que não te dá medo, Rosé? — Perguntou Lalisa, revirando os olhos.

— Cavalos marinhos, eles não me dão medo, eles são fofos.

— Foi uma pergunta retórica, Rosé — Lalisa suspirou, ajeitando os fios de seus cabelos brancos que cintilavam com a escassa luz que alcançava a imensidão azul das águas ao seu redor.

No entanto, o baú era apenas um detalhe diante da insaciável curiosidade de Jennie, marcando apenas o início de sua busca. Mais adiante, depararam-se com os destroços de um navio naufragado, suspeitando que o baú pudesse ter vindo de lá. Os olhos de Jennie brilharam com um interesse incontrolável ao contemplar o navio, nutrindo o desejo intenso de explorá-lo. Ela imaginou como o navio teria sido antes do naufrágio, deslizando majestosamente pelas superfícies dos mares de Amicitia. Em sua mente, ela fantasiou sobre a possibilidade de encontrar objetos intrigantes que os humanos costumavam guardar ali.

— Vamos dar mais uma olhada, por favor — Jennie pediu para Jisoo. 

— Jennie, vamos embora, você prometeu que seria rápido. Só te trouxe para que você saísse um pouco do castelo. Temos que voltar. 

— Mas é um navio, deve ter coisas legais lá dentro. 

— Jennie, é um navio pirata — Disse Jisoo — Piratas humanos são piores que humanos comuns. Não tem nada de interessante ali, apenas cadáveres e os tesouros inúteis.

— Cadáveres? — Rosé fez uma expressão de medo.

— Que Poseidon tenha piedade da sua alma, Rosé — Disse Lalisa — Você tem medo até de cadáveres? Eles estão mortos, não fazem nada. 

— Não é medo, só não gosto de passar perto de um cadáver — Rosé fez bico.

— Rosé, não ligue para ela — Jisoo sorriu gentilmente — Ela não entende que você é cautelosa.

Lalisa revirou os olhos.

— Princesa Jennie, vamos! — Jisoo a chamou novamente.

Jennie fitava o navio submerso e deteriorado, ansiando profundamente descobrir o que se escondia lá dentro. Era como se algo a chamasse de maneira irresistível.

— Jennie! — Jisoo insistiu, já que ela não respondeu. 

— Oi — Jennie estava submersa em seus pensamentos. 

— Vamos!

— Desculpe, vamos.

Jennie experimentava uma sensação estranha. Inicialmente animada quando chegaram ao local, ela adorava explorar as profundezas do mar e descobrir novidades. No entanto, algo a incomodava, como se houvesse uma presença sinistra pairando sobre o navio naufragado. Mesmo diante daquela inquietação, decidiu ignorar seus instintos, pelo menos temporariamente.


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Notas finais do capítulo


Jennie, nem pense nisso! Jisoo segura ela!
E Lisa, para de implicar com a Rosé, tadinha :(



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