Love Connections. escrita por Any Sciuto


Capítulo 1
Repercussões




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A notícia havia se espelhado pelos principais veículos de imprensa de Los Angeles como fogo em folhas secas molhadas com gasolina.

Callen, porém, não estava feliz com isso. Por mais que ele não pudesse controlar o que a imprensa noticiava, ele esperava que nada daquilo fosse munição suficiente para o homem que machucou sua esposa.

— E voltamos com mais notícias sobre o acidente na promotoria de Los Angeles. – A ancora do jornal começou. – Segundo fontes ouvidas no prédio, uma das melhores promotoras da cidade acabou se acidentando de forma grave depois de cair três lances de escadas. A promotora assistente, Any Hanna está investigando este incidente.

Callen sentiu vontade de bater a cabeça na parede da sala de esperas. Elisa havia sido levada para uma cirurgia de emergência por causa de suas pernas quebradas e do braço deslocado.

Ele recebeu uma mensagem de Any, deixando claro que a pessoa que vazou a informação seria punida. Callen apenas colocou a cabeça nas mãos e gritou. Ele não podia acreditar que a promotoria era dessa forma.

Felizmente, ele deixaria essa parte para Any, já que ela era uma das melhores junto com Elisa.

— GRISHAA! – A voz de Lynda o tirou de seus pensamentos. – O que aconteceu com a minha filha? O que aconteceu com Elisa?

— Tudo bem, Lynda, sente-se comigo. – Callen entendia o desespero de sua sogra. – Eu vou começar do começo.

— Não poupe nenhum detalhe. – A voz estranhamente calma de Pride o fez olhar para seu sogro. – Eu preciso entender.

Callen sentiu um arrepio. Essa era a voz calma que Pride usava quando estava planejando matar a pessoa responsável por aquela tentativa de assassinato.

Voltando duas horas do seu dia, Callen começou a contar.

Duas horas e meia antes...

— Eu realmente gostaria de estar presente nesse momento, Hetty. – Callen estava comentando com sua chefe sobre o progresso de uma busca. – Quando ele foi morto, senti que o que aconteceu no parque não foi aleatório. Ele está atrás de nós e talvez até dos nossos conhecidos.

— Senhor Callen, se você o vir, você tem todo o processo legal para atirar nele. – Hetty observou Callen ficar mudo de repente. – Callen?

— Desculpe, Hetty. – Callen começou a chorar do nada, com Deeks, Sam e Kensi correndo para ver o que estava acontecendo. – Eu não me sinto bem de qualquer forma.

— Ele tem esses sinais quando a esposa está em perigo. – Sam pegou seu amigo nos braços e o deitou. – Kensi, pegue e ligue para Elisa ou para Any.

— Sim! – A morena correu enquanto Deeks trouxe um copo de água.

— Callen, está tudo bem. – Sam estava preocupado com seu amigo.

Na última vez que Callen passou mal, Elisa havia sido raptada e Callen literalmente havia desmaiado no meio de um caso. Realmente, essa vida de agentes cobrava um preço alto, especialmente para seu amigo e a esposa.

Any também não havia passado sem nenhum risco e ele também. Nem mesmo Deeks e Kensi. Parecia que trabalhar para uma agencia do governo era quase uma maldição.

— Sam, não estou conseguindo falar com Any ou com Elisa. – Kensi viu Callen ficar ainda mais branco do que fosse humanamente possível. – Callen?

— Sam, me leve até a promotoria por favor? – Callen viu o espanto em seu amigo e a forma como ele acenou positivamente. – Rápido, sim?

Callen recusar dirigir dizia apenas uma coisa para Sam. Ele estava com mais medo do que realmente dizia.

Assim que o carro estacionou, Grisha já estava correndo escadaria acima. Ele ganhou olhares, mas pouco se importava. Ele precisava descobrir o que estava acontecendo com Elisa e talvez com Any.

Ele não esperou o elevador, optando pelas escadas de incêndio, sentindo uma estranha onda de sentimentos.

Logo que ele chegou ao segundo lance de escadas de cinco, ele congelou por um segundo.

Seu coração caiu e suas pernas correram para cima, encontrando o motivo e se ajoelhando em desespero.

— LISEEEEEEE!!! – Callen berrou de desespero e pode ouvir os passos de alguém. – LIGUE PARA A AMBULANCIA!!!

Sam, que estava chegando parou, sentindo suas pernas cederem e ele pegou o celular, discando para o 911.

Elisa abriu os olhos, gemendo de dor, enquanto Callen quase implorava que ela abrisse os olhos.

— Grisha.... – A voz dela estava completamente desaparecendo. – Any... Perigo...

— Tudo bem, Elisa. – Callen juntou as peças. – Sam!

— 911, emergência. – A voz da despachante estava ecoando no espaço. – Você precisa de polícia, bombeiros ou ambulância?

— Sam Hanna, NCIS. Eu preciso de uma ambulância. Promotoria de Los Angeles escadas de incêndio. – Sam quase gritou enquanto tentava ajudar a estancar o sangramento de Elisa. – Tenho uma promotora machucada e sangrando no segundo lance de escadas. Preciso de apoio médico urgente.

— Certo, estamos enviando agora. – A operadora optou por enviar uma equipe médica de helicóptero. – Alguém mais ferido?

— Não temos certeza. – Sam olhou para Callen. – Mande reforços policiais para cá. Talvez tenhamos um sequestro.

— Certo. – A mulher pegou sua prancheta. – Qual a condição da paciente?

— Ela está sangrando de uma forma alarmante. – Callen gritou com medo.

— Acho que as pernas dela estão quebradas. – Sam ouviu um helicóptero pousar. – Eles estão pousando.

— Perfeito, vou enviar as informações para o hospital. – A garota tocou seu colar, apreensiva com a condição da garota.

— Sam, vá procurar por Any. – Callen segurou a mão de sua esposa. – Garanta que ela esteja bem.

— Certo. – Sam correu para baixo e encontrou os paramédicos. – É por ali.

Subindo as escadas de incêndio, os paramédicos perceberam a quantidade de sangue e então subiram, fazendo um trabalho rápido em Elisa.

Autorizado a seguir no helicóptero, Callen se sentou contra a parede do mesmo e ali desabou.

Depois de apenas cinco minutos, eles chegaram no hospital. Callen até tentou seguir sua esposa no centro cirúrgico, mas foi impedido.

Ele não lutou demais. Qualquer coisa poderia acabar trazendo dificuldades no atendimento de sua garota e ele não estava afim de deixar nada acontecer.

Se olhando no espelho do banheiro, Grisha começou a lavar as mãos, odiando o fato de o sangue de sua garota estar em sua mão. Ele socou o espelho com raiva e se sentou no chão, se sentindo um total fracasso.

— Agente Callen? – Uma enfermeira entrou, sabendo que o agente estava lá. – Sua mão está sangrando.

— Eu estou com medo. – Ele finalmente deixou escapar e sentiu que a mulher segurava sua mão e levava ele para fora.

— Certo, é totalmente normal. – A garota apenas deu de ombros. – Vamos, vou pedir que alguém limpe o sague e você eu vou levar para cuidados.

Agora...

Pride ainda estava olhando pela janela e suspirou.

— Sam conseguiu achar Any? – Ele gostava da garota que era amiga de Elisa.

— Sim, ela estava amarrada em um armário de funcionários. – Callen respondeu. – Any não se importou com isso e já entrou na investigação. Acho que já tem um suspeito. Quase sinto pena dele. Se Elisa é um rottweiler, Any é um filhote de rottweiler.

Pride deu um sorriso fraco. Ele entendia que Callen falava aquilo de uma forma boa. Sinceramente, ele adorou como sua filha puxou a sua esposa no quesito braveza nos tribunais.

Enquanto os três estavam esperando, um médico apareceu no corredor. Callen olhou para ele com medo. Seu jaleco sujo de sangue fez o dele gelar.

— Você está aqui para a Senhora Elisa Pride-Callen? – O homem foi sem rodeios.

— Sim, sou o marido dela e eles são os pais dela. – Callen os apresentou. – Como ela está?

— Bem, tivemos um pouco de medo e a perdemos duas vezes durante a cirurgia. – O médico se sentou. – As pernas dela estavam quebradas, porém conseguimos colocar de volta com ajuda de pinos. O braço dela está em um gesso. Entretanto o que me preocupa é a cabeça.

— O que a cabeça dela tem? – Lynda estava nervosa agora.

— Bem, para resumir, sua filha entrou em coma. – O médico ajudou a segurar Lynda quando ela caiu de desespero. – A senhora está bem?

— Elisa... – Lynda começou a chorar e o médico fez sinal para trazerem uma maca para colocar a mulher.

— Venha aqui, amor. – Pride a colocou sobre a maca e assegurou a ela que veria a filha. – Quando podemos ver ela, doutor?

— Me sigam, sim? – O homem estava sentindo muito dó da família. – A gente decidiu colocar ela em um quarto na ala nova.

O médico conduziu os dois através de uma nova ala. O lugar tinha quartos diferentes do que os antigos.

Apesar de ter uma cama hospitalar e todos os aparelhos normais, o quarto tinha uma janela com cortinas de tecido. Uma espécie de sofá era acoplada a janela, deixando um lugar perfeito para conversas, uma poltrona rosa e um vaso de rosas.

Elisa estava deitada na cama, usando a roupa do hospital azul. Era quase demais olhar para a garota coberta de bandagens e equipamentos médicos.

Dando um passo para perto de sua garota, Callen deixou as lágrimas caírem livres.

— Lise.... – Callen sentiu a mão dela na sua. – Estou aqui, meu amor.


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