Hunted escrita por autorasantiis


Capítulo 11
Proposta




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— Faça um pedido querida – a mulher diz, enquanto sua filha juntava as mãos e fechava os olhos, para realmente pedir algo, não se demorou, ela sabia bem o que queria, e quando abriu os olhos, sorriu e assoprou as velas – feliz aniversário Aquila.

— Obrigada mamãe – ela sorri para a castanha e olha para o pai – papai, já tenho onze anos, quando posso ir a Hogwarts?

Todos riram, Aquila Malfoy era simplesmente adorável, uma garota cheia de energia, e muito esperta.

— Tampinhas não entram em Hogwarts – o garoto falou implicante.

— Por isso ainda não recebeu sua carta? – Aquila retruca com uma careta de deboche.

— Aquila – Hermione a repreende, a fazendo fazer um bico, fofo, mas a castanha não a deixaria passar por ter sido cruel com seu primo – se comporte.

— Tio Harry – Aquila sai correndo chorando, e os pais apenas negaram, dramática.

Harry segurou a garota no colo e grunhiu, ela já não era mais uma bebê, agora estava crescidinha e pesava. O moreno deu um beijo na testa da sobrinha e pôs de volta no chão.

— Você estraga meus filhos – Hermione reclama.

— E qual a função dos tios? – Harry dá de ombros risonho, fazendo Draco apenas rir.

O clima estava ótimo, eles estavam ótimos, tudo estava indo muito bem, bem demais para ser verdade e só por isso eles não notaram a presença da mulher caminhando por ali.

Foi Gina quem parou de frente para ela e suspirou, fazendo a outra apenas sorrir pequeno, a ruiva sabia muito bem o que ela fazia ali, e aquilo a deixava apreensiva, mas não era hora para cenas.

— Por que hoje? – Gina pergunta.

A mulher não havia dado notícias durante onze anos e justo no dia do aniversário de Aquila, ela finalmente apareceu.

— É a idade de maturação de um bruxo – ela indica com a cabeça, a garota que corria com seus primos.

Gina olhou na mesma direção, Aquila brincava com Tiago, Scorpius, Rosé, Alvo e os gêmeos Lovegood. Eles pareciam alheios aos problemas que seus pais enfrentavam, eles eram apenas, crianças. A ruiva não retrucou, apenas assentiu e caminhou até seu marido e seus amigos.

— Ginny – Harry a abraça pela cintura, mas notou a tensão no corpo dela, olhando confuso para a esposa – o que você tem?

Gina apenas suspira e aponta para dentro de casa, indicando que eles deveriam seguir até lá, e seus amigos entenderam que aquilo se estendia para aquilo também.

Assim que entraram viram os nove magos, eles pareciam relaxados, como se morassem naquela casa a vida inteira. Os outros entenderam imediatamente o que iria acontecer ali, era hora de pagar o preço.

— Zara – Harry diz e ela lhe lança um sorriso terno.

— Oi Harry – ela apenas murmura, não parecendo querer prolongar sua estadia – ótimo, então todos os que eu queria aqui, vamos direto ao assunto.

Ali presente estava o ciclo de Harry, que consistia nos mesmos de sempre, ou seja, Hermione, Rony, Gina, Luna, Lilá, Neville e Draco.

— O que vai querer? – Draco quem pergunta, talvez o único que tivesse coragem para tal, afinal, cada um deles imaginava uma coisa, bem, menos Harry, ele sabia bem o que ela iria querer, mas ainda poderia se surpreender com o extra.

— Eu vim fazer uma proposta para vocês, não quero tomar-lhes nada, até porque eles não são meus para que eu os tome – ela dá de ombros e Hermione semicerra os olhos.

— A resposta é não – Hermione dita séria.

— Mas você nem sabe o que eu vou pedir – Zara se indigna, fazendo a castanha abrir a boca e fechar, é ela tinha um ponto e a maga apenas revirou os olhos – é o seguinte, Thiago e Aquila já tem onze anos e logo irão para Hogwarts, quero a permissão de vocês para instrui-los e introduzi-los a magia natural, e eles podem aprender o melhor dos dois mundos.

Os pais dos citados apenas se entreolharam, considerando a oferta, se fosse só aquilo, não haveria tanto mal assim, certo? Mas no fundo, Gina sentia que havia algo a mais, por isso ela encarou Zara com uma seriedade absurda, analisando as palavras que fariam.

— E depois? Quer dizer, eles aprendem sobre os dois mundos e fazem o que depois? – Gina diz e a loira inclina a cabeça, Ginevra Potter era uma mulher extraordinária.

— Tudo bem, você me pegou – ela ri e dá de ombros – depois eu vou querer ensinar aos outros, Alvo, Lily Luna, Scorpius...

— Ainda tem mais Zara, vamos lá, abra o jogo – Gina era realmente boa naquele jogo.

— Okay, tá bom – a loira levanta as mãos em sinal de rendição, olha para os seus que dão de ombros e volta aos bruxos – não são só eles, os filhos de todos vocês faz parte disso, e mais ainda, quando nós nos formos, quero que eles assumam a Sociedade de Merlin.

— Mas vocês não são imortais? – Rony pergunta.

— Não – Lauren diz meio obvia, ah, e era mesmo, afinal, suas faces envelhecidas dizia tudo.

— O tempo corre diferente para nós, mas ainda assim não somos imortais – Tyler explica.

— Por que os filhos de todos nós? – Luna pergunta – se só havia quatro bruxos e quatro linhagens?

— Linhagens se ramificam Lovegood – Alex diz com tranquilidade, encarando a loira que parecia pensativa – cada um de vocês tem linhagem de mago correndo nas veias, seja direta, ou indiretamente.

A tensão era clara naquela sala, e eles sabiam que não tinham opção de escolha, não podiam negar, mas porque parecia que podiam? Harry encarou Zara, ela parecia esperar a resposta definitiva dele.

— Por que parece que temos escolha? – Harry pergunta sério e ela sorri terna.

— Porque na verdade tem, não queremos levar seus filhos Harry – Zara diz tranquila, e ele confiava nela – tenho um acordo com Minerva, os magos da ordem de Merlin irão lecionar em Hogwarts, juntaremos os nossos mundos.

A verdade é que o mundo havia mudado depois da queda de Voldemort, e tudo parecia diferente agora, bruxos e humanos coexistiam, claro que a confiança foi se construindo aos poucos, mas a àquela altura, eles já podiam dizer que viviam em paz. Agora, a oportunidade de agregar seu mundo a mais um, era uma ideia tentadora.

— Shacklebolt já está ciente e aprova, todo o ministério tem aprovado os nossos projetos – Eleanor se pronuncia – não queremos abrir uma escola para magos, porque a ideia não é segregar, mas sim agregar todos, inclusive aqueles que não possuem magia natural.

A proposta era tentadora, e parecia um sonho distante, mas ele era real, e eles só precisavam dizer sim. Os bruxos se entreolham e apenas assentem, eles concordavam com aquilo, era assustador, mas seria uma nova oportunidade, uma que eles nunca tiveram e nunca poderiam ter, porque toda a sua história lhe foi negada. E eles não queriam que seus filhos tivessem suas origens negadas.


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