Stop, Drop, Roll escrita por Paloma Machado


Capítulo 3
Roll




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Em uma semana Sanji estava quase totalmente recuperado. Começou a participar de algumas das aulas de kendô, mas saía sempre que alguma criança o derrotava. Ia até o mercado todos os dias para comprar alimentos frescos, cozinhava todas as refeições com exceção do café na manhã, pois Zoro sempre acordava antes e passava café. 

Os alunos começaram a perguntar se o rapaz morava ali, se era algum parente ou namorado do sensei. Sanji se empertigava todas as vezes que os pirralhos lançavam essas perguntas enfadonhas, mas Zoro não se incomodava, muito pelo contrário, parecia gostar das suposições. 

— Tio, vai fazer torta de morango hoje? - a menininha de seis anos perguntou, balançando-se de um lado para o outro. 

— Posso fazer. Você quer? - Sanji colhia alguns temperos para o almoço. 

A garotinha fez um sinal que sim com o dedão. 

— Então vamos ter torta de morango para a sobremesa. 

A criança correu para o dojô, espalhando a boa notícia. 

— Você está mimando-os – Zoro estava de braços cruzados no pé da escada. - Eles precisam de disciplina. 

— São crianças, pense como uma recompensa pelo bom comportamento – Sanji terminou de colher as ervas. 

— Então você também precisa de uma recompensa, por tratá-las tão bem – Zoro sorriu e se aproximou. 

O cozinheiro sentiu o coração acelerar e as mãos soarem, e podia sentir que suas bochechas estavam vermelhas, pois sentia calor. Muito calor. 

— Sensei! Sensei! - um menino interrompeu, gritando – Yuka quebrou a espada de madeira na cabeça do Hatake! 

Zoro saiu correndo, resmungando algo sobre capetinhas. Apesar da postura rígida e do semblante extremamente sério, Roronoa era um professor muito amável e cuidadoso. Ele reclamava, mas na verdade gostava muito de ensinar e cuidar daquelas crianças. 

Os dias se passaram como segundos em um relógio. Zeff insistiu que Sanji voltasse a trabalhar com ele por um tempo, pelo menos até decidir o que fazer. Não era fácil trabalhar com o velho chefe de cozinha, mas ele era como um pai para Sanji. 

Certa feita, voltando do trabalho, o loiro viu uma das crianças do dojô conversando com um homem. Era o grande e gordo que havia o atacado semanas atrás. 

— O que pensa que está fazendo? 

— Tio Sanji – a criança correu e o abraçou - esse senhor disse que tem algo muito importante para te entregar. É um presente? 

— Não sei pequena, volte para dentro que o tio vai conversar com ele – Sanji esperou que a menina entrasse. - Você não ouse encostar em um fio de cabelo dessas crianças, seu merda! 

— Calma... Só estava perguntando sobre o tio Sanji – o homem riu – mas se não nos pagar, dá próxima vez serei mais incisivo. 

O homem embarcou no carro estacionado no outro lado da rua e foi embora. Sanji começou a soar frio, parecia que nunca se livraria daquele inferno. Fez o jantar em silêncio e Zoro percebeu a mudança brusca em seu humor. 

— Aconteceu alguma coisa? 

— Não - Sanji respondeu ríspido, lavando os pratos. 

— Recebeu uma visita hoje? - Zoro queria saber o que estava acontecendo. 

Sanji parou bruscamente o que estava fazendo. 

— Eu vou embora. 

— Não vai. 

— Eles estão me seguindo de novo! Não posso permitir que façam mal as crianças ou...-- Sanji começou a chorar – a você! 

Zoro largou o pano de prato e abraçou o loiro. 

— Eu não vou deixar que nada de ruim aconteça, confie em mim. 

Uma semana depois, Sanji assistia distraidamente ao noticiário quando algo lhe chamou a atenção. 

“Uma gangue foi presa hoje. Os integrantes são acusados de perseguição, agressão e ameaça de morte. Quem os deteve e acionou a polícia foi o bombeiro voluntário e mestre em kendô, Roronoa Zoro” 

Sanji  saltou do sofá. O que aquele marimo estúpido havia feito? Sua resposta chegou em casa com alguns cortes e com a roupa rasgada. 

— Você! 

— Não começa... - Zoro se esparramou no chão da sala. 

— O que você foi fazer? Olha o seu estado! Está... - o loiro viu o sangue manchando a camisa - está ferido! Precisa ir ao hospital! 

— Isso foi só um arranhão, um curativo já resolve – Zoro tirou a roupa destruída. 

Sanji pegou a maletinha de primeiros socorros e uma bacia com água para limpar os ferimentos. Realmente haviam sido apenas cortes superficiais, mas ficou preocupado mesmo assim. 

— Agora você não precisa mais ir embora – Zoro puxou o loiro pelo queixo – pode ficar aqui comigo, pra sempre. 

Então o beijou. 

Sanji sentiu lágrimas quentes rolarem por seu rosto, seu corpo magro envolvido pelos braços torneados de Zoro, as mãos calejadas o segurando pela nuca, puxando levemente seus cabelos. Sentiu como se seu coração fosse explodir dentro do peito. O estômago contraído, as pernas tremulas e um calor extremo no baixo ventre. Muito calor. 

Passou os braços por cima dos ombros do esverdeado e cruzou as pernas em torno de sua cintura. Zoro o agarrou pelas nádegas e o carregou no colo até o quarto, sem parar de beijá-lo fervorosamente. Deitou-o no colchão, desabotoou a camisa listrada que achava horrenda e distribuiu beijos sobre a pele febril, até seus lábios tocarem o cós da calça. 

Sanji soltou um murmúrio entre os lábios semicerrados, cobrindo os olhos enquanto era despido de suas roupas. 

— Olhe para mim – Zoro pediu, descobrindo a face corada do cozinheiro – quero que veja cada parte de mim – e mordiscou-o na orelha. 

O loiro passou os olhos sobre o corpo definido, bronzeado e coberto por cicatrizes. Nunca tinha visto tantas delas. Percorre os dedos sobre a cicatriz maior, que cruzava todo o tronco do espadachim, parecia profunda e antiga. 

— Deve ter doido muito. 

— Sim, mas passou. 

Roronoa o segurou pelo quadril e o penetrou. Sanji gritou, arranhando as costas do bombeiro, que gemeu em resposta.  

O Vinsmoke finalmente teve seus dias de paz. Reabriu o Barathie depois de um ano e também conseguiu se graduar como 1º dan no kendô. O único inferno que vivia agora, eram as noites agitadas e calorosas com seu namorado. 

Zoro sempre parava para apagar suas chamas. 

Sanji nunca mais o largou

E juntos rolaram sobre lençóis e tatames. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado dessa short fic ♥.



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