S. Valentim Incomum - Wolfstar escrita por Sandra Longbottom


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi!
Agradeço a todxs que comentaram e favoritaram o primeiro capítulo.
Aqui está a segunda, e ultima parte.
Espero que gostem.
Bjs :D



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Sem que desse por isso, a noite tinha chegado. Foi dos primeiros a entrar no Salão Principal e jantou uma refeição leve. A ansiedade para estar junto de Remus o impedia de desfrutar das maravilhas gastronômicas de Hogwarts. Mas tinha de marcar sua presença, para que os professores não desconfiassem de seus planos. Terminou sua pequena dose de peixe com batata frita e saiu do Salão. Caminhou calmamente até aos jardins do castelo, embora seu coração batesse descompassadamente em seu peito.

Não era a primeira vez que ficava com Remus na lua cheia, mas se sentia ansioso. E se seu namorado ficasse bravo com ele? Mas queria ficar. Remus precisava de si.

Ainda faltava algum tempo para a lua cheia. Olhou em redor e, vendo que estava sozinho, se dirigiu para a Casa dos Gritos. Era uma casa abandonada e decrépita localizada numa colina do vilarejo de Hogsmeade. Todo o mundo acreditava que estava assombrada e, por isso, ninguém se aproximava. Mas era somente Remus com seus gritos de dor durante a transformação, que se modificavam para uivos.

Viu, à sua frente, o Salgueiro Lutador. Pegou em um ramo caído e tocou magicamente no nó da árvore, que se imobilizou de imediato.

Atirando o ramo para longe, se transformou em Padfoot e rastejou pelo túnel. Era mais fácil entrar pela Casa dos Gritos como Animago do que humano. Mas isso não tinha impedido Snape de entrar. Voltou à forma humana, escutando atentamente. Estava silencioso. Subiu as escadas de madeira em direção ao quarto. Teve cuidado para não pousar nos degraus que chiavam.

Passou pela porta aberta, desfeita em uma das transformações, e o viu sentado, de pernas cruzadas, lendo um livro. Remus levantou a cabeça e, ao vê-lo, arregalou os olhos e se levantou, perguntando:

— Siri, que está fazendo aqui?

— Vim lhe fazer companhia, claro. - Respondeu, enquanto entrava e parava à sua frente - Não vou deixar você sozinho, ainda mais nessa noite.

— Você não deveria ter vindo. - Repreendeu seu namorado, perturbado, mas Sirius não iria embora - E se Moony decide atacar você?

— Eu sou um Animago, lembra? - Falou Sirius, enquanto retirava uma pequena cesta de palha do bolso e a expandia para seu tamanho original.

— Mesmo assim... - Continuou Remus, de cenho franzido, se perguntando o que seu namorado estava aprontando.

Sirius se ajoelhou no chão sujo de pó e abriu a cesta, tirando uma toalha aos quadradinhos, que a estendeu pelas velhas tábuas.

Remus observou, sem reação, como seu namorado organizava um piquenique. Embora um elfo doméstico lhe tivesse trazido refeições, não tinha comido quase nada. A chegada da lua cheia lhe trazia grande ansiedade. Era a altura em que perdia sua identidade e se transformava em um monstro.

Sirius estendeu sob a toalha duas cervejas de manteiga, umas sanduíches preparadas pelos elfos, e uns biscoitos de gengibre.

Remus se sentou na toalha, ainda não acreditando que Sirius tinha preparado aquela surpresa, com um laço vermelho sendo estendido em sua direção.

— Para você. - Disse Sirius, esperando um que seu namorado gostasse. Remus pegou no saco, a curiosidade o consumindo, e o abriu.

Viu, primeiro, uma caixa de sapos de chocolate. Era muito clichê, mas amava chocolate. A forma como se derretia depois de cada dentada era sublime.

— Obrigado. - Agradeceu, se esticando em direção a Sirius e trocando um selinho.

Tirou um sapo de chocolate de dentro da caixa e abriu o invólucro. O sapo se remexeu e tentou saltar, mas o apanhou com uma mão e o feitiço se quebrou, deixando o sapo imóvel. O feitiço tinha sido criado de propósito para as crianças, que se divertissem antes de comer.

Deu uma trinca, enquanto observava o cromo que lhe tinha saído. "Merlin!" - Pensou, chocado, ao ver que personagem era.

— Sirius, olhe. - Mostrou o cromo a seu namorado, que ficou tão surpreso como ele. A figura imponente de Godric Gryffindor os observava altivamente.

— Não acredito... - Balbuciou Sirius. Anos procurando o cromo e tinha saído por pura sorte.

— Eu também não estou conseguindo acreditar. - Falou Remus, observando como Godric lhe piscava o olho e saia do cromo. Um dos cromos mais raros do mundo mágico lhe tinha saído, justamente naquele dia.

— Tome. - Entregou o cromo a Sirius - Não quero que se estrague com a transformação.

Sirius guardou dentro do bolso das vestes, enquanto Remus os servia de cerveja amanteigada e dava um gole. Era naqueles momentos que preferia ficar bêbado para não sentir dores.

Pegou em uma das sanduíches, de frango, e trincou, sentindo a carne tenra e a alface fresca. Estar ao lado de Remus o deixava mais tranquilo.

Os elfos eram maravilhosos, faziam de tudo para que estudantes ficassem bem e felizes. Era por isso que ia regulamente à cozinha, para relaxar.

Viu como Remus abria novamente o saco e tirava a caixa de veludo.

— Deixe-me adivinhar - Comentou Remus, com um sorriso nos lábios - É um colar.

— Acha? - Ironizou Sirius - Preferi comprar uma tiara. Achei uma que combina com seus cabelos.

Remus revirou os olhos e abriu a caixa, ficando espantado. À sua frente estava uma peça indescritível. E de valor elevado, pelo que conseguia perceber.

— Lindo ... - Balbuciou, tirando o colar de dentro da caixa. Viu como a peça brilhava contra a luz das velas. - Obrigado, Siri.

— Quer que coloque em você? - Perguntou Sirius, terminando seu sanduíche e, vendo o aceno afirmativo, sacudiu as mãos e pegou na joia.

Atravessou o fio pelo pescoço de Remus e fechou cuidadosamente o fecho. Beijou o pescoço de Remus, vendo como ele estremecia e gemia seu nome.

— Sirius... - Se afastou, com um sorriso maroto, vendo as bochechas ruborizadas de seu namorado. Como ficava belo. Era o homem mais sortudo do mundo por ter Remus a seu lado.

Remus se aproximou e trocaram um beijo apaixonado, suas bocas se tornando uma. Suas línguas querendo dominar a outra. Era uma batalha de vontades.

Mas não podiam continuar. Dentro de pouco tempo, a lua cheia apareceria e Remus perderia sua humanidade.

Se afastou, vendo o desejo nos olhos âmbar. Tocou no rosto ruborizado e disse, com tristeza:

— A gente vai ter de se preparar. - Remus acenou em resposta. - A lua cheia pode chegar a qualquer momento.

— Certo. - Remus petiscos mais um pouco das maravilhas que tinha à sua frente. Sentia Moony se remexendo, inquieto, querendo se apoderar dele, mas não iria permitir. Ainda não era o momento.

Remus pegou no anel e estendeu a mão, pedindo:

— Me dá sua mão? - Sirius estendeu-a e Remus deslizou o anel pelo dedo. Sentiram de imediato como se um choque tivesse atravessado seus corpos.

"Uau!" - Pensou Sirius, espantado. Nunca tinha sentido nada como aquilo. Ouvir de outras pessoas só era possível com legitimancia, uma arte que ele não era conhecedor.

"Eu sei" - Escutou a voz de Remus em sua mente.

"Agora a gente pode conversar nas aulas, sem os professores nos interromperem"

"Sirius..." - Remus revirou os olhos, divertido.

Conversaram um pouco sobre amenidades. Próximos um do outro, se tocavam com frequência. Não era justo Remus se transformar em um lobisomem. Não era justo ele ter sido mordido, ser um monstro, um perigo para a sociedade.

Mas Sirius iria ficar a seu lado. Amava -o demasiado para deixá-lo sozinho. Ajudá-lo-ia em tudo o que precisasse. Daria, se fosse preciso, sua vida por ele. E nada mais importava.

 

FIM


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Notas finais do capítulo

1. Oi! Espero que tenham gostado do capítulo final. Mais uma fanfic que escrevi para marcar o dia dos namorados. Tenho de admitir que gosto de escreve sobre esse casal, pois Sirius tem um lado mais brincalhão e Remus é seu contraste. Uma união perfeita. Que acharam? Gostaria de saber vossas opiniões. Bjs :D

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