Duas Faces de Uma Mesma Moeda escrita por Julia Carlie


Capítulo 1
Capítulo 1 - Partida




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Finalmente os créditos começaram e aquele filme chato que me fazia lembrar Bella e Edward acabou. Emmett  pegou  minha mão e nos colocamos de pé, depois um longo beijo apaixonado começamos a andar. Com a mão ao no meu ombro ele me levou para fora do cinema e começamos a discutir sobre o filme - como sempre.

          - Então amor gostou do filme- perguntou-me Emmett. Achei que ele estava sendo irônico com essa pergunta tola, porque era obvio que eu tinha odiado a porcaria do filme - Então amor o que você achou do filme?

          - Emmett tenho que responder mesmo?

          - Não, eu sei que você gostou. - disse ele. Só podia estar me provocando.

          - Eu odiei

         - Como assim o filme foi tão bom- falou Emmett. Ele só podia estar ficando louco e pela primeira vez agente discordou.

        Passamos a noite toda sem se falar ele bravo comigo só porque eu não tinha gostado do filme.

             Só depois de  um dia sem falar, ele decidiu fazer alguma coisa a respeito da situação.

            - Rosalie preciso falar com você - disse ele delicadamente.

            Quando escutei aquilo vieram vários pensamentos em minha cabeça, nós iríamos nos entender e ele iria falar que estava errado por termos discutido no dia anterior.  

            - É claro amor - falei calmamente.

            - Vamos lá para fora e assim podermos conversar sem que ninguém nos escute. Não é Edward?

             Todos que estavam na sala ficaram uma tanto quanto espantados. Esme e Carlisle se entre olharam com uma expressão de preocupação. Jasper olhou para Alice que parecia muito chateada. Edward, Bella e Reneesme brincavam em um canto, mas Edward - mesmo naquele estranho clima de enterro- deu uma risadinha para Emmett.

           -  Magina maninho. Você acha que eu iria fazer isso com você? - perguntou Edward

          - Claro que faria - falou Emmett.

          - É você tem razão, eu realmente faria.

          A sala ficou em silencio, um silencio mortal. Emmett me puxou pelo braço e fomos ate o topo de uma árvore longe o suficiente de Edward.

          Aquela parecia uma noite comum de um dia de inverno, um luar lindo. Ali sentada sobre a luz da lua, ao lado da pessoa que eu mais amava no mundo. Tudo parecia perfeito, intocável e de forma alguma, separável. Mas o que eu não sabia, era que a pior noite da minha vida estava apenas começando e que a partir daquele dia, minha vida desabaria para sempre.

          -Rosalie temos que conversar sobre nós - falou Emmett.

           - Conversar sobre o que? Tem algum problema entre nós? - perguntei, agora realmente preocupada. 

           - Depois que nós discutimos ontem pensei muito e vi que está na hora de ir procurar outro lugar para eu viver. - relaxei

           - Aonde, eu aceito qualquer lugar. Realmente, eu também não aquento mais as visitas dos cachorros.

          - Não amor. Eu vou sozinho.

         - PORQUE VOCÊ esta dizendo o isso? O que eu fiz? Só porque eu disse que não gostei do filme?

         -Não é por causa disso... Depois que Carlisle me transformou nunca sai daqui para conhecer novas pessoas, novos mundos.

         - Você não gosta mais de mim?

         - Rosalie não é isso. Eu sinto que é hora de mudar. De dar um tempo. Conhecer novos lugares. Perdoe-me.

          Quando me virei para olhar em seu rosto vi que ele não estava mais ali. Vi que ele havia indo embora. Vi que junto com ele minha vida e minha razão de viver haviam ido embora tudo ao mesmo tempo.

         Não queria mais viver sem ele. Não, eu não conseguiria. Olhei para baixo vi as pedras bem longe e simplesmente me joguei do alto em uma tentativa inútil de suicídio. Como eu viveria agora?

 

 

 

 

- Rose o que você está fazendo ai garota? – gritou Alice assim que viu o lixo que estava tacado sobre as pedras. – O que você estava tentando fazer? – disse ela com a mão na minha cabeça.

         - Por que você não me contou Alice? Por quê?

         - O que eu não te contei?

         - Que Emmett me deixaria, que me largaria como lixo. Por que Alice? – perguntei me levantando.

         - Carlisle não me deixou contar.

         - Quer dizer que todos sabiam, menos eu?

         Ela me entre olhou meio arrependida. Fechou os olhos com força como em uma expressão de dor; como um sentimento de culpa. Ainda com os olhos fechados sussurrou:

         - Sim...

         Senti uma vontade de chorar, de gritar de matá-la. Mas não fiz nada só coloquei a mão na boca e dei um grande suspiro. Indignada corri. Não adiantaria me esconder. Cada lugar que eu passava era como se eu sentisse Emm...  Como dói falar dele, principalmente porque eu sabia que ele não estava.

         Fui para um riacho, sentei-me lá. Junto com a noite caia uma chuvinha fina – peneirava. A solidão foi abrindo espaço para a tristeza, e eu nem acreditava que podia continuar vivendo sem ele do meu lado para me acolher.

         Não estava só triste, estava com raiva. Com raiva de Alice. Sabia que ele não tiha culpa de nada, porém de certo modo sentir raiva dela fazia- me sentir-se um pouco melhor. Uma hipótese seria que fosse uma mera distração.

 Por lá passei a minha noite, fui bem acolhida. Vagalumes dançavam em torno da margem do riacho e de repente a noite ganhou um ar meio melancólico com a chuvinha triste e constante; tão triste e tão constante; tão constante e tão triste.

         Quando o sol nasceu ofuscado pelas nuvens densas eu decidi que era hora de ir para casa. Não demorei nem um pouco para chegar. Entrei pela porta, todos estavam na sala a minha espera. Alice estava lá com aquela carinha, Edward com Bella – Eca. Subi para o meu quarto onde eu recebi uma visita.

         - Rosalie, minha filha. – disse Carlisle com a voz serena.

         - O que você vai dizer Carlisle... Por que não me contou que ele ia embora?

         - Você me ouviria?

         Ele tinha me pego. Eu acredito que nem acreditaria afinal era 1 de Abril.

         - Pelo menos se eu soubesse... Ah, isso dói pai, dói muito. – disse

         - Tudo vai passar eu prometo.

         - Jura?

         - Juro

Não que eu pudesse duvidar da pureza da alma dele, mas por um momento eu estava tão vulnerável que não podia me deixar crer que seria tudo em ordem perfeito, não minha alma não me deixava.

         - De coração? – fiz a pergunta.

         Percebi que ele demorou um pouco para pensar. Mas os seus olhos não mentiam, eram serenos, ele não estava preparando uma mentira, e sim a mais pura verdade. Por fim ele disse:

         - Não só de coração; como de alma.

         - Te amo. Muito. Te amo pai

         Ele ia falar alguma coisa a mais. Porém não falou. Nele eu podia confiar. Finalmente eu estava calma, finalmente. E não era uma calma superficial de Jasper, por que a dor também não era superficial como a de Jane. 

 


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Notas finais do capítulo

Tem mais !



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