As Rainhas do Trono de Diamante escrita por autorasantiis


Capítulo 6
Beirando a Insanidade




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O clima no castelo estava tenso, depois da visita de Jimin, os regentes, escudeiros e funcionários pareciam pisar em ovos, todas as vezes que estavam na presença das Rainhas, o que passou a ser escasso, já que elas haviam se tornado reclusas, mal saiam de seus quartos e não faziam a mínima questão de se apresentarem para seus compromissos reais.

Lilases estava definhando aos poucos, os regentes faziam o que podiam, mas nem tudo dependia da aprovação deles, como por exemplo a importação e exportação de materiais, de suprimentos, de remédios, isso eram as Rainhas quem cuidavam, já que era uma relação direta com os outros reinos.

— Precisamos fazer algo, se não Lilases definhará sob os nossos pés – Jackson dizia, enquanto andava de um lado para o outro.

— Acabar com o piso andando de um lado para o outro não resolverá – Tuan diz, o parando e o colocando sentado.

Estavam os cinco regentes reunidos na sala de reuniões, uma diferente, aquela era propriamente para discutir estratégias e negociações.

— Alguém precisa convencê-las, talvez a Imperatriz – Jaebeom sugere e os outros apenas negam veementemente com as cabeças.

— Elas podem ficar mais nervosas ainda, pode ser um desastre – Youngbae diz sério, ele era o regente de Astros e apesar de ser novo naquele cargo, conhecia muito bem a família real de Lilases e era amigo íntimo de outras famílias fora dos muros.

As portas se abriram e por ela passou Chaeyoung, sendo escoltada por Jongin e Kyungsoo, a mesma estava com uma imagem horrenda, os cabelos bagunçados, a coroa na mão, um vestido simples, mas todo amarrotado e os pés descalços, parecia que havia enlouquecido.

— Não precisam se calar, só porque eu cheguei – ela diz se sentando na sua habitual cadeira, tinha os olhos fundos e o olhar perdido, mas sabia muito bem onde estava e porque – digam, do que precisam?

— Minha rainha, temos problemas a resolver, o estoque de medicamentos está acabando do nosocômio de Shadow – Jackson diz firme, enquanto encarava a loira que tinha o olhar direcionado a ele – e não consigo falar com a Rainha Manobal.

Rosé solta uma risada soprada, como se estivesse debochando das falas de Jackson, mas de fato, ela só havia achado engraçado.

— Vocês acham que alguma delas ligam para isso? Se colocamos vocês lá é porque queremos que façam o melhor, sem nos incomodar – Chaeyoung diz ríspida, ela nunca havia sido tão grosseira daquele jeito – se não tem mais nada a falar – ela ia se levantando, mas a voz de Jinyoung a fez parar.

— A Rainha Lee não gostaria de saber que seu precioso reino está definhando enquanto vocês disputam pelo trono – ele fala, recebendo o olhar dela sobre si, era gelado, quase como se ela não possuísse alma.

— A Rainha Lee nunca ligou para nenhuma de nós, ou para o Reino, vocês acham que quem comandava tudo? – ela ri como uma louca e olha para Jinyoung debochando dele – por mais ridícula e odiosa que seja, era aquela maldita quem cuidava dos assuntos reais, o cérebro pensante por trás da prosperidade de Lilases, era Kang Lia.

Os cinco se entreolham e vê apenas por um segundo Chaeyoung derrubar aquela pose prepotente para um olhar triste.

— Mas ela não está mais aqui – ela suspira e olha para cada um – façam o melhor de vocês, com licença.

E do mesmo jeito que ela surgiu, ela desapareceu porta a fora, deixando os regentes com a batata quente sobre o colo. Elas poderiam não se importar, mas aqueles cinco foram criados para serem patriotas, eles amavam o reino que viviam e se dependesse deles, eles prosperariam, com ou sem a ajuda das Rainhas.

Chaeyoung caminhou lentamente pelos corredores do castelo, enquanto mirava cada quadro da família real, haviam inúmeros, todos os reis e rainhas que passaram por ali, estavam naquelas paredes e ela estacionou seus pés bem em frente ao último, a Rainha Lee sentada no Trono esculpido em Diamante, recebendo a luz amarelada que provinha do salão que o deixava ainda mais bonito, e atrás dela, suas cinco filhas, posicionadas uma ao lado da outra, em ordem de nascimento, sendo a primeira Kang Lia, a direita, no braço do trono, em seguida Jisoo do outro lado, depois Jennie ao lado de Lia atrás do trono, Chaeyoung ao lado de Jisoo e Lalisa no meio sendo a mais nova.

— Você foi a pior desgraça que aconteceu nas nossas vidas – Chaeyoung fala e ri – que bom que você está morta, e espero que apodreça no inferno.

Os dois escudeiros se entreolham e um deles apenas nega, um sinal claro de que ele não deveria dizer nada ou comentar sobre aquilo com ninguém.

Chaeyoung ri e volta a andar, se encaminhando para seu quarto, seus guerreiros ficaram do lado de fora, de guarda e ela adentrou o quarto, logo voltando para sua cama e adormecendo.

No meio da noite a loira acordou aos gritos, depois de um maldito pesadelo com sua irmã morta. Ela se levantou com o coração batendo forte contra o peito e olhou pela janela aberta, o que foi temivelmente seu erro, pois no meio do jardim ela pôde ver aquele corpo se movimentando ao som de uma música qualquer, que ela não podia ouvir, mas ela sabia a quem pertencia àquele corpo.

Chaeyoung ouviu a porta se abrindo com um ranger sinistro, e ela imediatamente se virou, só para ver o homem encapuzado virar a cabeça para olhá-la. Seus olhos se arregalaram e ela se escorou na parede, enquanto ele vinha em sua direção. A primeira tentativa foi feita quando ele levantou a adaga e ela viu o brilho do Ruby brilhar no cabo, a adaga rasgou o ar, ferindo apenas o braço da loira que conseguiu se desvencilhar e correr porta a fora.

Rosé correu pelos corredores, enquanto vez ou outra olhava para trás, para verificar se seu assassino estava a perseguindo e de fato ele estava, mas não só isso, ele também estava brincando com ela. Ela se esbarrou em uma mesinha que ficava no corredor, fazendo tudo cair com um estrondo, mas ela não ligou, e nem ligaria se acordasse todo mundo naquele castelo, ela precisava rapidamente encontrar alguém.

Seu quarto ficava na torre sudoeste, assim como sua cidadela, ao sudoeste de Lilases, fazendo fronteira com o reino de Trevian, comandado pela Duquesa Jade Hammer. Como cada quarto ficava ao extremo do castelo, dificilmente ela conseguiria recorrer a uma das irmãs, mas obviamente ela ainda poderia procurar pelos seus protetores, que não pareciam estar em lugar algum do castelo, obviamente, aquela era a hora que eles desciam para fazer a ronda do castelo e jantar.

Ela ouviu a zoada de algo sendo rasgado, mas não olharia para trás, seus pés estavam cansados e seus pulmões queimavam como brasas. Ela desceu as escadas principais e tropeçou no último degrau, o que a fez torcer o pé, mas nem isso a impediu de continuar correndo até a cozinha, onde ela empurrou as portas com força e fez todos os rostos se virarem para si. Suas pernas fraquejaram no mesmo momento em que Jongin a segurou nos braços, fazendo a loira suspirar, por finalmente estar segura em algum lugar.

— Está ferida minha senhora – Jongin diz vendo o sangue escorrer pela manga do vestido.

— Eu a vi Kai, ela estava lá, dançando o maldito Quebra Nozes, eu sei que foi ela, eu sei – Rosé chorava copiosamente, enquanto todos os funcionários do castelo que estava jantando naquele momento olhavam para aquela cena apavorados, afinal, nunca haviam visto Chaeyoung tão insana daquele jeito.

— Peguem agua para ela – Jongin diz firme, olhando para uma empregada que apenas assentiu, se recuperando do choque inicial – ficará tudo bem minha rainha, acharemos que fez isso.

Rosé olhou para ele e negou, fazendo-o franzir o cenho.

— Não se pode achar os mortos, nós definharemos – a loira diz e seu corpo amolece, desmaiando ali mesmo, sem se importar com postura ou prepotência, ela estava vulnerável e aquilo não acabaria enquanto alguém não fosse pego.


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