Antes do para sempre escrita por Cupcake de Brigadeiro


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Escrevi esse capítulo no dia 10 de fevereiro de 2023, ou seja, um ano atrás! Mas o nome eu decidi recentemente, de um jeito bem aleatório, pesquisei e gostei muito, espero que vocês também



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Quando o choro dela irrompe nossos ouvidos, eu sinto que vou desfalecer. Peeta parece notar, ele me agarra pelos ombros, fazendo com que eu me deite confortável na cama, então nós dois contemplamos a bebê vir para o meu colo.

Estou me tremendo, tendo alguns espasmos pela dor, pelo choro que ainda me vem, se misturando com todo o suor que meu corpo produziu nessas horas exaustivas de parto. Peeta não, firme como uma rocha, mas sobrecarregado de energia, surpresa, alegria e… completo amor. Sinto que estamos na mesma página agora. Isso é muito mais do que eu podia imaginar. 

Um tufo de cabelos escuros cobrem toda sua cabeça, mas é quando abre os olhos que eu começo a rir, ainda que eu esteja cheia de catarro por causa do choro, eu rio. Alegria sem fim. Simplesmente são os pares de olhos azuis como os de Peeta e como eram os de Prim. Como nomear uma criança tão linda? Tão divina? Ela parece um pedaço do céu, mesmo coberta com sangue e gosma que saiu de dentro de mim. Ela tem cheiro de esperança e alegria. 

— Katniss, Peeta, precisamos levá-la para os procedimentos comuns com recém-nascidos, tudo bem? — A obstetra diz, alguns minutos depois que eu conto quantos dedos tem em cada mão e cada pé, com um sorriso. Minha mãe está emocionada, ao seu lado. — Peeta, gostaria de acompanhar?

Ele olha para mim, incerto. Olho para a minha mãe, que parece entender na mesma hora que eu não gostaria de ficar sem ele, mas não quero nossa filha desacompanhada, embora seja evidente que minha médica seja uma pessoa de confiança. 

— Pode deixar que eu vou — minha mãe responde, vindo até perto do meu rosto, beijar o alto da minha cabeça. — Estarei atenta à tudo e vou te passar depois. 

Obrigada, mãe — agradeço, apenas mexendo a boca, sem conseguir falar ainda, pela falta de ar, permitindo que com todo cuidado tirasse a menina do meu peito, levando para o cômodo ao lado com a médica, assim que terminou todo o procedimento que deveria comigo. Precisei de dois pontos, mas nada além, o que é um alívio. Poderia ter sido pior, pois a bebê é maior do que eu imaginava que ela seria. Ela é bochechuda, o que me faz rir mais uma vez.

Peeta me ajuda a acomodar melhor na cama, trocando o cobertor. Tudo em um silêncio, mas com um sorriso no canto do rosto. Fecho meus olhos, e sinto seu braço passar debaixo do meu pescoço, outro pela minha cintura, me abraçando depois de me vestir com uma camisola. Mesmo com dor, me viro um pouco para poder receber seu mais doce amparo, em um abraço cheio de amor. 

O que é que acabamos de vivenciar? Simplesmente o melhor momento das nossas vidas. Uma crise pânico passa a me atravessar, mas passa quando ela retorna para os meus braços, mexendo as perninhas e bracinhos, tentando se acostumar com o novo mundo fora de mim. 

Ninguém precisa me dizer nada. Simplesmente acomodo ela em meu peito, Peeta ao meu lado, e é impressionante como rapidamente encontra meu seio para mamar. Não há palavras que eu possa usar para explicar esse momento. É algo que me incomoda, mas não muito. Meus peitos subitamente parecem maiores do que jamais estiveram, quando estão perto dela. 

— Ela pode se chamar Hazel, Katniss. São os seus cabelos — Peeta diz, sentado ao meu lado. Estamos sozinhos. Minha mãe deixou ela em meu colo e foi para outro cômodo com a médica para me dar privacidade. — Ou Cherry, pelas bochechas. 

Dou uma risadinha, com o choro preso na garganta ao contemplá-la. Todos os nomes combinam com ela. Mas não é nenhum desses ainda. Ela abre os olhos de novo, enquanto mama, são olhos tão azuis. Tenho plena certeza de que não irão mudar de cor depois. Me lembram olhos violetas, por causa da luz do quarto. 

— Ela é mais bonita que qualquer flor ou fruta que eu possa imaginar. Ela é muito mais do que qualquer coisa que a gente já viu — digo, com a voz bem rouca após todos os gritos, olhando para ele. Peeta é um homem impecável. Sei que está na mesma sintonia que eu e nem preciso pensar muito. — E se chamássemos de Violeta? Você colheu violetas para mim quando soube que era uma menina — sugiro. 

Ele sorri. Estamos na mesma página. 

— Mas o próximo eu vou escolher — sussurra, bem no meu ouvido, e eu dou uma risada sincera, calorosa. Olho novamente para Violeta, e realmente acredito que vamos ter outro bebê.


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Notas finais do capítulo

Ainda estou pensando como vou seguir a história, mas eu pretendo continuar. Não sei exatamente como, mas em breve venho com mais esclarecimentos. Obrigada pelo carinho de vocês, é muito importante para mim, espero que o feriado de vocês tenha sido ótimo e que tenham aproveitado muito



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