Antes do para sempre escrita por Cupcake de Brigadeiro


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! Se gostar, não deixa de comentar! ♥



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Peeta chegou tarde em casa e com a aparência muito cansada. Se deitou no sofá, depois de tirar a camisa e os sapatos, lavando as mãos como se fosse um médico na pia do lavabo ao lado da porta de entrada, sendo amparado por Butter antes que eu pensasse em me aproximar, o que me tira um sorriso.

— Muitas encomendas? — assente, em um longo suspiro. Butter está em sua barriga, ronronando e amassando pãozinho. É muito engraçada a cena. Mesmo cansado, ele ri, e estica os braços para mim, que cedo e me deito ao seu lado. — Você não consegue viver sem trabalhar. Verdadeiro ou falso?

Rimos juntos. 

— Verdadeiro. Acho que nem vou conseguir subir hoje… já avisei que amanhã eu não vou — diz, com os olhos fechados, afagando meus cabelos com uma mão, enquanto a outra faz o mesmo com Butter. Tive que aceitar essa divisão de atenção. — Pode dormir aqui embaixo comigo?

Assinto, beijando seu peito, e o abraçando mais apertado. Claro que eu aceito. Dormiria na areia se isso significasse seu consolo e a segurança de ouvir as batidas do seu coração. Mas então volto atrás, quando levanto sua camisa e vejo que ele tem uma queimadura leve na barriga, e suas costas estão vermelhas.

— Vamos para o seu ateliê, eu ajudo você. Só espera eu arrumar a cama.

Ele nem assente. Vou até seu ateliê, que fica no primeiro andar, e armo a cama de casal que fica dobrada. Raramente usamos, mas hoje é uma boa ocasião, já que o sofá só fará mal para sua coluna. Consigo arrastá-lo — quase literalmente — até lá, e ele se deita suspirando profundamente.

— Quer comer alguma coisa? — nega, mas logo sua barriga ronca, e Butter toma um pequeno susto, abrindo os olhos-de-gato verdes. — Como você mente mal.

Ele abre os olhos azuis, e me dá um sorriso de canto, me observando ficar apoiada sobre um ombro e colocar meu cabelo atrás da orelha. Dou uma risada sincera. Eu gosto muito da nossa vida.

— Tinha tanta coisa para fazer, esqueci de comer alguma coisa direita. Foi mal — se explica, mas eu simplesmente rio, porque já conheço a peça. — Sei que amanhã você vai caçar. Não precisa se cansar.

— Eu fui hoje mais cedo caminhar e trouxe 2 esquilos. Delly me contou que você estava com muito trabalho hoje, amanhã fico para cuidar de você. Inclusive, tem um ótimo macarrão com queijo que ela me trouxe, comi antes de sair, mas sobrou grande parte. Deixei para você. Uma parte tem corante azul, porque um dos meninos dela quis comer diferente, mas fique em paz, é comestível.

— Obrigado — diz, de forma tão simples, que eu fico simplesmente feliz e dou outra risadinha, me jogando para fora do colchão, indo colocar sua janta. Butter vem atrás, porque também gosta de mim. Mas eu finjo como se não gostasse, mesmo ela merecendo por ser mais agradável que Buttercup. Cedo e dou para a gata três almôndegas que Delly me deu ontem, com molho e tudo, enquanto o resto divido para mim e Peeta.

Quando voltei com os bowls, ele já estava se esforçando para manter os olhos abertos, deitado no colchão, balançando um braço para chamar a atenção de Butter. Seria patético se eu não o amasse tanto.

— O que você fez hoje na padaria? Acordei às 5, mas você já não estava mais em casa — pergunto, sentando de frente para ele. Cruzo confortavelmente as pernas, e ele faz o mesmo, de frente para mim. Essa simplicidade vale absolutamente tudo na nossa rotina. O vejo suspirar com o esforço que faz para ficar sentado, e começo a pensar em como fazer para ajudar suas dores.

Me contou dois 2 bolos de casamento, 5 de aniversário e 6 fornadas de doces especiais para algumas cerimônias. Seu trabalho é requerido até mesmo por pessoas da Capital. Tem aprimorado sei trabalho ao longo dos anos, é impressionante o que só ele consegue fazer.

— Vou precisar de uns dois dias em casa sem fazer nada. Serei um peso para você, mas de consciência limpa — reviro os olhos, como se fosse um peso estarmos juntos um dia inteiro. Sempre acho bom.

Quando terminamos o jantar, subi para buscar sua escova de dente e a minha, além de uma roupa para se trocar e ficar mais confortável. Joguei as roupas de cama na escada e só pude ouvir sua gargalhada com a minha preguiça de carregar uma parte e precisar subir para pegar o resto.

— Quer ajuda? — pergunto, voltando depois de escovar os dentes. Ele se escorou em um cavalete e ficou. — Faz tempo que não te vejo assim.

Assente, em um longo suspiro, aceitando minha mão. Depois de ficar em pé, eu o abraço por trás, empurrando ele até o banheiro, escondendo meu rosto em suas costas enquanto ele escova os dentes e ri. Pede licença para tomar um banho, mas fico com receio que caia de tanto cansaço.

— Eu posso ajudar com isso — digo, sincera, desabotoando sua calça.

— Katniss, mete o pé. Ou ninguém vai tomar banho — brinca, tirando as peças que faltam, e eu cubro o rosto com as mãos, me sentando na bancada do banheiro. — Você simplesmente é incorrigível. 

— Você que é! Estava fazendo essa encenação só para namorar, Peeta? — ele ri, negando. — Me parece sincero, então ok.

Ele ri de novo, entrando de uma vez no chuveiro. Balanço minhas pernas, esperando com os braços cruzados. Cantarolo uma canção infantil que aprendi recentemente. Não ligo de esperar ele tomar banho.

— Você realmente não vai entrar? — pergunta, sorrindo, inclinando a cabeça para a fresta do box do chuveiro. — Tecnicamente eu já tomei banho, mas…

Sorrio, negando. Eu quero que ele venha até onde eu estou. Não é preciso muito para que venha. Sua confiança me torna confiante, de tal ponto que me apoio sobre minhas mãos, inclinando meu corpo para trás, deixando meu cabelo solto cair de maneira uniforme. Ele sorri e puxando uma das minhas pernas, enquanto com a outra mão pega em minha nuca. Um simples gesto mas que me desfaz em um gemido baixo.

Pequenos momentos assim que se tornam a razão para estarmos vivos. Descobri isso ao longo dos anos.

— Vem para o banho comigo — pede, quando nos separamos de um beijo que me deixou até sem saber onde a gente está. — Vem

Nego, o puxando para mais um desses beijos que me deixam com dor de cabeça. Ele puxa minhas roupas, me despindo sobre a bancada, como se fosse algo tão comum. Não que nunca tenhamos feito isso sobre a bancada do banheiro, mas é mais preferível a nossa cama.

— Quer terminar no chuveiro? — pergunto, quase sem voz, sentindo suas investidas ótimas. Estou na borda da bancada, que só não treme por ser fixa na parede mogno. Dessa vez ele quem nega, apertando mais uma das minhas pernas, presas em seu quadril, e eu gemo outra vez, e outra vez, escondendo meu rosto em seu pescoço. Ele continua os movimentos, e eu me sinto amolecer. — Você me jurou estar tão, tão cansado, Peeta…

Ele me olha de uma forma que é tão atraente, que eu sinto meu corpo se arrepiar, ainda mais com o sorriso que ele dá logo em seguida, tirando a boca de um dos meus seios. Arfo, sem fôlego, precisando me segurar com uma mão em seu ombro e outra na beirada da pia, embora saiba que ele não me deixaria cair.

— Katniss, se eu um dia me recusar ficar dessa forma com você, tem total direito de enfiar uma flecha na minha cabeça. Você sabe que eu jamais inventaria desculpa para isso — rio, me inclinando para a frente, o beijando outra vez, e ele vem contra mim devagar, depois de toda essa frenesi, e não aguento. Me desfaço, a total mercê, deixando minha voz ecoar no banheiro junto com seus suspiros.

— Vamos de novo no colchão, eu quero dar atenção para suas costas — murmuro, num instante em que preciso para me recompor. Ele ri, concordando.

No meio dos lençóis, Peeta me torna dele outra vez, com poucas palavras mas muitos gestos gentis que fazem toda diferença no nosso relacionamento. Faz uma trilha de beijos da minha barriga até o pé do meu ouvido que eu sinto que vou entrar em erupção de tanta felicidade. Seus dedos fazem mágica, antes de me preencher com ele mesmo entre minhas pernas. Eu arfo, segurando seus cabelos, de tão bom que é o que faz. Como ele faz.

O deito no colchão, sem importar com a roupa de cama toda bagunçada, ficando por cima, e ele me segura pela cintura, não tem como ser insegura dessa forma. Não há cicatriz, estresse, que roube a sensação de ser a pessoa mais deslumbrante do mundo quando estou nua na frente de Peeta, com meu cabelo solto e embaraçado pela bagunça que ele mesmo provocou.

Enquanto estou sobre ele, em um ritmo devagar, massageio seu peitoral, sorrindo, o beijando também, até que seu quadril se mova e nos coloque em um ritmo diferente e que tenho que aceitar. Minha coluna arde pela posição, o suor escorre, mas não tenho vontade de parar. Jogo o cabelo todo para trás, sem me importar que esteja todo embolado, e ele fala algo sobre como adora me ver desse ângulo. Eu sorrio, e o encaro, flagrando ele me olhando com um sorriso enorme no rosto também. Então é como se eu desaguasse, e me desfaço ao seu lado, totalmente sem fôlego. 

Nossa intimidade foi construída de forma delicada, nos descobrindo dentro do que nós dois temos interesse, e é muito bom. Ele me deixa confortável e eu o deixo também.

— A dor nas costas passou? — pergunto brincando, deixando um beijo em sua costela. Assente, de olhos fechados, com um sorriso no canto do rosto.

— Vou definitivamente dormir por dois dias inteiros para dar conta — caio na risada sinceramente, me escondendo em seu abraço. 

<…>

Quando acordo, estou totalmente nua da noite anterior, coberta apenas por um edredom. Dou um sorriso satisfeito ao ver Peeta dormindo tão profundamente que é possível ouvir sua respiração pesada de cansaço. Ele não ronca, mas depois de ontem, até achei que fosse acontecer.

Então, alguém bate na porta. Meu rosto fica vermelho e quente, sem saber o que fazer. Infelizmente, todo mundo sabe que moramos aqui. Por outro lado, se eu não atender, vão pensar que eu saí para caçar, e hoje é, de fato, um dia que costumo fazer isso.

Pela voz é Delly. Mas não parece impaciente, talvez seja para pedir alguma coisa de última hora. Não leva muito tempo para ela ir embora. Suspiro, me aconchegando mais em Peeta, feliz pela proximidade. Butter parece entender bem e não fica próxima em momentos assim, o que é um alívio. Eu aproveito ao máximo.

Tiro os fios de cabelo do seu rosto, e aproveito cada detalhe silencioso. Como Peeta é bonito. Sua sobrancelha loira, seus cílios também. Ele tem longos cílios, mas às vezes passa despercebido, por serem bem claros. Se nós tivéssemos um bebê, a quem puxaria?

O pensamento me faz sorrir de forma espontânea, balançando a cabeça em negativa. Semana passada eu sonhei com uma menina, mas se parecia comigo e com os mesmos olhos dele. Volto a dormir segura em seus braços logo depois, e quando acordo, não estou me sentindo mal com nada. Tudo está como se no devido lugar.


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Notas finais do capítulo

A Katniss não é uma pessoa muito simples de escrever, porém estarei dando meu melhor. Espero que estejam gostando
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