Antes do para sempre escrita por Cupcake de Brigadeiro


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo eu escrevi do nada, ele inteiro em maio de 2023. A Katniss está com 5 meses de gravidez, em meados de outubro



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Minha mãe me alertou sobre os dias que eu passaria somente deitada, mas eu não achei que fosse ser, de fato, verdade. Me espreguiço e volto a deitar, depois de passar um total de 16 horas na cama, com um pequeno intervalo para tomar um banho quente, lavar o cabelo e escovar meus dentes, o que foi há uma hora.

Butter está amando minha nova personalidade. Ela fica mudando de posição conforme eu mudo, e isso fica me tirando boas risadinhas nessa tarde fria e nublada de outono. 

— Você gosta de me imitar? — pergunto e a gata ronrona, desviando os olhos de mim. Escuto o som das chaves de Peeta, e ela também, pois abre seus olhos castanhos claros em modo alerta, assim como ergue suas orelhinhas e sai correndo. 

Minha barriga está pequena o suficiente para que eu possa correr, caminhar, mas hoje eu quero ficar aqui. Na cama. Comi apenas o suficiente para não estar com fome, e estou de bem com isso, quero apenas o conforto dos braços de Peeta.

— Eu estou te chamando e você nem falou nada, mas dessa vez não me preocupei porque você estava tão insuportavelmente adorável mais cedo, que imaginei que fosse dormir — Sorrio ao vê-lo entrar, com Butter em seu colo. Imagino um bebê em um de seus braços, Butter no outro… e é ótimo imaginar. Ele ri, quando coloco um travesseiro sobre meu rosto.

Ele deixa a gata na cama, então vai tomar um banho. Me levanto para me esticar um pouco, Butter sai do quarto, enquanto eu vou até a varanda menor do nosso quarto que dá para uma árvore grande e muito bonita, é muito privado. A outra varanda, que é maior e tem uma mesa e três cadeiras, dá para a parte da frente, raramente fica aberta.

Reparo na roupa que estou usando, não me incomodo. É um short fino e curto, enquanto minha blusa é fina, marcando meus seios sem sutiã, e uso um cardigã aberto. Um vento frio vem, me arrepiando, no instante em que Peeta sai do banho.

— Céus, meu bem, fecha essa janela — ele pede, brincando, passando por cima da cabeça um casaco de moletom pesado. — Mesmo na padaria, eu estou morrendo de frio. Você ficou o dia todo assim?

Rio, negando, ficando de costas para a varanda, mas de frente para ele, com os meus braços apoiados no parapeito. 

— Bem, na verdade sim. Mas com muitos cobertores juntos. Senti sua falta. O bebê mexeu pouco hoje, deve ser o clima — sorri, me abraçando pela cintura, e eu escondo meu rosto no seu pescoço. 

— Eu fico o dia todo feliz no meu trabalho. Eu amo o que eu faço. Mas você grávida me esperando em casa? — olha em meus olhos, e eu fico sem forças nas pernas, mas tranquila porque ele está me segurando. — Eu adoro. É muito mais do que eu posso dizer.

Apenas me inclino para beijar sua boca, e me aproximar o máximo possível. É diferente e ainda estranho minha barriga de quase cinco meses entre esse abraço, mas não é um impedimento para nada. Sei que posso ajudar em alguma coisa, então vou o empurrando em direção à cama, onde já fiz um forte de edredons.

— Isso é sério? Logo depois de eu voltar para casa? Por que não é assim todos os dias? — pergunta, e eu rio, parando por um instante, pela falta de fôlego. Ele fica preocupado, se sentando e se afastando para olhar meu rosto. — Você está bem?

Assinto, e sorrio sincera. Ele se desfaz e sorri também, colocando meu cabelo para trás das minhas orelhas. Seguro em seus ombros e fico em seu colo, podendo o olhar bem de pertinho. Como eu o amo.

Existem dias (que não são poucos), em que eu poderia tranca-lo comigo nesse quarto. E passar todo o dia na nossa cama. 

Peeta parece que sempre soube como me fazer arrepiar e tremer de amores, sem precisar encostar sua boca em mim. Mas quando o faz, não tem mais volta. Não tenho outra alternativa que não seja me desfazer e deixar que ele me refaça com as próprias mãos uma versão otimizada e mais sorridente pelas próximas horas.

Desde a descoberta da gravidez termos esse tipo de intimidade é um pouco diferente, fica muito mais por cima dos panos (em um sentido literal). Mas eu hoje não vou conseguir deixar por isso, nem se eu quisesse, nada teria como evitar. Nada, eu só quero que Peeta me reivindique sem pensar muito.

Mesmo sendo muito falador, Peeta é mais sábio, e sabe que essa não é a hora de abrir a boca para nada que não seja me beijar. Sinto um arrepio gostoso na base da coluna até meu pescoço quando alcança um dos meus seios, bem maiores agora. 

— Quer ficar por baixo? — pergunta, segurando meu queixo, e sinto falta da sua boca em meu peito. 

Dou de ombros, porque não me importo, desde que ele me preencha tão forte e fundo que não possa saber onde é o fim de um e do outro. Ele se levanta comigo em seu colo por um instante, até que me deita novamente. Ergo os braços para me esticar em um riso grato por estar tirando a roupa que ainda me falta, então ele tira a que havia acabado de colocar depois do banho. 

Não sinto nada de negativo, nem haveria como. A boca de Peeta vai em lugares certos, como se sempre soubesse como fazer. Eu não questiono nada, não preciso mandar em nada. Simplesmente fomos no escuro desde que ficamos juntos. Não tenho nenhuma outra experiência, mas sequer acho que é necessária. Seus dedos me tocam do jeito certo e eu me sinto a mulher mais incrível do mundo.

Peeta, por favor — digo, já suada, e a voz manhosa, então o vejo aparecer no meu campo de visão, sorrindo abertamente, ofegante sem estar cansado. Eu me sinto prestes a derreter outra vez, só em vê-lo assim. Preciso deste homem tal como de água.

Minha barriga é um pequeno empecilho para fazer isso mais rapidamente, mas consigo sem sua ajuda. Minha vontade é maior que qualquer outra coisa. Às vezes tenho desejo de comida, às vezes simplesmente desejo Peeta. O empurro numa risada para deitar na cama, e eu fico por cima, com uma mão segurando a cabeceira, apenas como apoio. Minha outra mão em seu peitoral.

— Essa é a minha visão preferida de você, e eu amo tudo de você — diz, beijando delicadamente meu pulso, como se eu não fosse fazê-lo sentir coisas que apenas eu sou capaz de fazê-lo sentir em seu colo. 

— Se não fosse o seu trabalho, você poderia me ver desse ponto de vista todos os dias — ele ri, me puxando pelo pescoço e também se inclinando para me beijar, quando eu desço e absolutamente tudo deixa de existir.

O suor surge como se fosse mágica e nenhum de nós se importa. Não há motivos para tal. Me mexo e jogo a cabeça para trás na intenção de tirar o cabelo da frente do meu rosto. Faço todo o esforço que não fiz o resto do dia, e Peeta age também como se tivesse descansado a tarde inteira.

Minha mão escorrega da cabeceira e de seu corpo, mas não é um problema, simplesmente me inclino sobre ele e me apoio nos travesseiros e entrelaço nossas mãos no momento junto que nós temos.

Eu deságuo e ele também, na sensação de que nós dois somos um oceano. Escorrego para nos desencaixar, e ele consegue ainda me deitar decentemente na cama, me trazendo para colocar a cabeça em seu peito. Não dizemos uma palavra.

E o silêncio é preenchido gostosamente pela paz das batidas do seu coração, e eu consigo dormir.


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Notas finais do capítulo

❤️❤️❤️❤️ quis postar um bem romântico pra vocês ❤️❤️❤️❤️



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