O Natal da Família Wayne escrita por Suefuani


Capítulo 1
Carta pro Papai Noel


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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24 de Dezembro

Véspera de Natal. Era um clima frio, nevava um pouco. Famílias estavam reunidas em suas casas esperando o horário que marcaria a chegada de mais um Natal e socializando um com os outros.

Em uma casa específica, na verdade, numa mansão, duas crianças brincavam no enorme quintal, que estava com a grama alva. Um menino e uma menina, que aparentavam ter 4 anos, muito semelhantes um com o outro. Ambos de cabelo preto, a única diferença sendo seus olhos, os do menino eram pretos como a noite e os da menina eram azuis como o céu. Os dois muito bem agasalhados, mas ainda sim suas bochechas e narizes estavam levemente rosados. Observando os pequenos estavam um casal, sentados em um banco num pequeno gazebo ali próximo. Os dois também aquecidos com vestes de inverno e aquecendo um ao outro num abraço.

—Crianças, brinquem mais 5 minutos e vamos entrar, daqui a pouco vai anoitecer e ficar mais frio. -A mulher, que parecia uma versão adulta da garotinha, diz

—O que está pensando em usar hoje a noite, princesa?

—Não vou dizer, é uma surpresa pra hora. -Ela fala sorrindo e repousando a cabeça no ombro dele.

—Não tem problema em estragar a surpresa, eu aceito, pode dizer.

—Nada disso, Bruce Wayne. Você vai aguardar como todo mundo.

Ele abraça mais forte a cintura dela.

—Não fale comigo como se eu fosse criança. Eu tenho meus métodos de arrancar qualquer coisa de você -Ele se aproxima do ouvido dela e sussurra -e você sabe que eu posso usar a qualquer momento.

Mesmo um pouco balançada com a provocação do homem, Diana levanta a cabeça e encara o Wayne.

—Sei muito bem, mas você não vai poder usar seus métodos aqui e agora -Ela se levanta do banco e dá breves selinhos nele enquanto diz -então... eu não sou... obrigada... a dizer nada...

E dito isso ela sorri e caminha pra fora do gazebo, deixando um Bruce desnorteado pra trás. Ele só volta a realidade quando sente um impacto gelado em seu rosto e vê que acabará de ser atingindo por uma bola de neve, lançada por um pequeno ser que nesse momento ria do pai. Ele sorri de volta.

—Vai se arrepender disso, Elizabeth Wayne! -Bruce sai do gazebo e já pega uma bola de neve no chão e corre atrás da menina

Enquanto corre, novamente sente um impacto atrás de sua cabeça, o fazendo virar. Da direção de onde veio esse tiro, estava Diana segurando a mão de Thomaz de um lado e com neve na outra mão.

—Vocês dois estão na minha mira, voltem já aqui!

E então começa uma mini guerra de bola de neve, que não dura muito pois, como Diana tinha dito, começou a anoitecer e a nevar mais forte. Eles entram em casa, onde Alfred os aguardava.

—Patrão Bruce, senhora Diana, o jantar está quase pronto. Assim que terminar posso mandar servir?

—Pode sim, Alfred. Só vamos dar banho nas crianças e já estamos descendo.

—Mande acender a lareira, por favor, Alfred.

—Sem problemas, patrão Bruce.

O casal então sobe, Diana indo pro quarto de Liz e Bruce pro quarto de Tom, para darem banho nos filhos. Não demora muito e os dois já estão arrumados para o jantar e vão para o quarto de brinquedos, enquanto seus pais também vão tomar banho, em banheiros separados. Bruce é o primeiro a terminar e vai até seu quarto para esperar por Diana . Ele vestia uma calça verde oliva e uma blusa Branca, que estava com as mangas dobradas. No seu pulso estava um relógio de ouro.

—Precisa de ajuda aí dentro? -Ele diz na porta do closet

—Não, obrigada Bruce, eu estou quase terminando.

—Tem certeza? É uma proposta única. -Ele começa a abrir a porta do closet -Eu estou disponível a ajudar

Diana, lá de dentro, fecha rapidamente e tranca, enquanto ri e Bruce fecha a cara.

—Serei obrigada a recusar.

O homem então vai até um espelho para vê como estava. Ele abre os primeiros botões de sua blusa até seu peitoral estar bem a mostra. Ele também começa a pentear seu cabelo para trás e, enquanto faz isso, vê pelo reflexo que a porta do closet se abriu e de lá saia a mulher mais esplêndida do mundo, que ele tinha o prazer e privilégio de chamar de esposa.

Diana estava com um vestido frente única verde esmeralda longo, tão escuro que era quase preto. Tinha uma grande abertura lateral que ia até sua coxa e um decote em V bem revelador, dando um ar sensual. Em seus pés estava usando um scarpin branco. Em seu pulso havia uma pequena peça de ouro que continha as inscrições T | E, as iniciais de seus filhos, em uma caligrafia bem desenhada. Embora o cabelo tampasse, dava pra vê as belas jóias de esmeraldas que pendiam em sua orelhas. Estava belíssima.

Bruce fica sem ar ao ve-la pelo reflexo e então se vira para contemplar melhor e continua sem reação e sem conseguir dizer nada. Ela caminha até ele e ajeita o cabelo dele, o jogando pra trás mas deixando uns fios soltos na frente. Ele não consegue tirar os olhos dela.

—Esta tão lindo, meu amor.

Ele pega as mãos dela e a afasta. Queria continuar olhando pra ela. Se pudesse, ficaria a noite toda a admirando.

—Você... Você... Está divina! Vestida assim, céus, quer me matar? Quando penso que não pode ficar mais linda, você me surpreende desse jeito. O que eu fiz para conseguir uma deusa só pra mim?

E assim que termina suas declarações, ele a puxa pela cintura, a segura pelo queixo e captura os lábios dela com os seus, em um beijo apaixonado, sem pressa. Depois de um demorado beijo, Diana tenta interromper, mas Bruce não deixa.

—Amor... Temos que descer... As crianças...

—Eles estão bem... A porta está trancada... -Ele larga os lábios dela e vai para o pescoço, a fazendo arrepiar -Ah... Que perfume maravilhoso... Minha princesa...

—Bruce... O jantar...

—Que jantar...?

E como que para ajudar Diana, eles são interrompidos por batidas na porta

—Papai, mamãe, vamos! -Tom fala do outro lado

—Papai Noel vai chegar e a gente não jantou ainda! -Liz diz impaciente

—Ele vai ter que jantar com a gente, e depois não vai querer o leite e os biscoitos

Eles começam a bater sem parar, fazendo seus pais rirem e se recomporem

—Já estamos indo, meus amores -Diana diz indo pegar algo no closet. Ela volta com uma caixa de veludo -Querido, pode me ajudar. Mas sem distrações.

Bruce abre a caixa e pega a gargantilha de ouro pra colocar em Diana, que já afastou seu cabelo e está de costas pra ele, deixando seu pescoço visível. Ele provoca ela mais uma vez, dando leves beijos no pescoço dela

—Bruce, pelos deuses, as crianças estão na porta -Ela fala sussurrando -Agora não...

—Não posso me divertir?

Mais batidas

—Mamããããe!

—Eu to ouvindo alguém no teto, acho que ele chegou! -Tom fala

—Teremos a noite toda pra isso, Sr. Wayne. Eles vão acabar quebrando essa porta de tanto esperarem. E você sabe que não estou exagerando.

—Ta bem, ta bem. Mas me aguarde.

Bruce finalmente coloca a peça na mulher. Ela mais uma vez ajeita os cabelos dele e então eles caminham pra porta, destrancando ela e abrindo, encontrando os gêmeos sentados no chão perto da porta.

—Mas que pressa é essa? -Bruce fala. Liz pega a mão do pai e começa a puxar ele

—Anda papai, não vai dar tempo.

Bruce pega a filha no colo e começa a beijar o rostinho dela, a fazendo rir

—Vocês sabem que horas são? Não precisam se preocupar, ainda está cedo.

—Mas é que esse ano a gente vai vê ele!

—É, a gente não vai dormir e vai conseguir vê papai Noel chegando. -Liz fala abraçando o pescoço do pai

O casal começa a rir. Diana pega na mão de Tom para poder descer as escadas com ele, e então vê que seu pequeno a encarava encantado e hipnotizado.

—Mamãe, você tá tão bonita. -Diana sorri e ajeita o cabelo de Tom

—Não, meu filho, sua mãe está linda, assim como sua irmã -Bruce abraça a menininha e novamente beija o rostinho dela 

—Obrigada, meu solzinho com estrelas. Você e seu pai também estão maravilhosos. Agora vamos descer.

Finalmente a família começa a jantar. Durante a refeição, as crianças enchiam os pais de perguntas.

—Mas se a lareira estiver ligada, ele não vai se machucar?

—Tem que desligar a lareira, papai.

—Não precisa, papai Noel sabe exatamente como descer, mesmo com ela ligada. Ele já faz isso a muitos anos.

—Muitos anos? Mas quantos anos?

—Desde que o papai e a mamãe eram crianças também.

—Mas então papai Noel ta muito velho! Como ele vai descer a chaminé? -Tom fica desesperado com a possibilidade do Noel não trazer seu presente

—Seu bobo, por isso que ele é o bom velhinho. Ele já tá acostumado.

—Filha, não fale assim com seu irmão. -Diana chama a atenção da filha

—Desculpa, mamãe.

—Mas ela tem razão Tom, papai Noel já está acostumado. Não se preocupem, ele vai vir. Quer dizer, só se vocês estiverem dormindo.

—O que? Mas como a gente vai vê ele dormindo, mamãe?

—E se a gente fingir que tá dormindo?

—Não funciona, ele sabe quando as crianças estão dormindo ou fingindo. -Bruce diz sorrindo. Amava a ingenuidade das crianças.

—E se a gente colocar uma câmera escondida na árvore?

—É, e também no telhado. Papai, a gente pode colocar uma câmera no telhado?

Diana e Bruce se olham querendo rir.

—Terminem o jantar, depois falamos mais sobre um plano pra vê o papai Noel chegando. -Bruce termina a conversa

Assim que todos terminam, eles vão para a sala de estar e colocam um filme infantil para distrair as crianças e vê se eles dormiam, mas os dois estavam agitados.

—Tom, fica olhando a janela, ele já deve estar chegando.

—Ta, fica de olho na lareira.

Diana e Bruce apenas sorriam com a situação.

—Como vamos colocar o presente deles na árvore desse jeito? -Diana sussurra

—Eles vão acabar dormindo, não se preocupe. Se bem que eu bem queria abrir meu presente agora -Ele fala beijando a bochecha dela e Diana fica vermelha e da um tapinha no peito de Bruce.

Tom se aproxima do casal e sobe no colo de Bruce

—Mamãe, será que o papai Noel vai trazer o que eu pedi?

—Claro, meu amor. Você se comportou muito bem durante o ano. -Ela fala ajeitando o colarinho da blusa do menino

—Até o que escrevemos depois? -Liz diz, subindo também no colo de Bruce

—Escreveram depois? Vocês mandaram outra carta pro Polo Norte? -Bruce pergunta

—Sim, a gente desenhou o que queria.

—É, e pedimos pro Tio Wally levar pro papai Noel porque ele corre muito rápido, aí ia dar tempo

“E porque esse idiota não contou nada pra gente?” Bruce pensa

—Mas porque não contaram nada pra gente?

—Porque você e o papai tinham saído pra missão

—E depois que voltamos?

—Esqueci de contar, desculpa papai

—Tudo bem Tom, não tem problema, só não façam mais isso.

—E o que vocês pediram na nova carta? -Diana pergunta curiosa. Com sorte, podia ser algo simples e fácil de conseguir. Podia pedir pra um dos empregados comprar rapidamente.

—Um irmãozinho! -Os dois dizem sorrindo

Bruce e Diana arregalam os olhos e ficam sem palavras.

—Vocês... Pediram um irmãozinho... Pro Papai Noel? -Diana diz se engasgando. 


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Notas finais do capítulo

Será que eles vão ganhar esse presente de última hora?



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