A Vida de Alice escrita por Lari_pink, Na_Cat


Capítulo 7
Internação


Notas iniciais do capítulo

Sim, nós sabemos que demorou!
Mas ta aí! Aproveitem!
Nos falamos lá embaixo...



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| Clínica de Repouso Psiquiátrico Saint Louis

Estrada da Independência , s/nº - Divisa com New Hope

Procurar por Drº  Neiman Sherman – Psiquiatra Chefe |

 

                Era isso que dizia o bilhete que Elizabeth segurava em suas mãos trêmulas. Um Hospício! Um Sanatório! Era isso? Seria esse o destino que daria á sua filha? Sua cabeça rodava em mim pensamentos. Mas não era a culpa que a assombrava. A grande questão era: como esconderia isso de Orlando? Sim, esconder. Pois ele jamais concordaria com isso. Enquanto caminhava para a saída do convento,sua mente tentava elaborar uma saída para seu dilema. Ela não sentia remorso pela menina, a verdade é que, sentia-se frustrada, já que suas esperanças estavam na internação no convento. E estas, também não deram resultados. E agora? O que faria? Como faria? De repente uma idéia lhe ocorreu. “É isso!” – pensou satisfeita. A idéia lhe pareceu a única saída. No caminho para casa, elaborou-a melhor.

                Chegando em casa, Elizabeth passou algumas instruções sobre o jantar para a cozinheira, evitou Célia, a fim de poupar-se de explicações sobre sua visita ao convento e dirigiu-se ao quarto de banho.Precisava relaxar, e pensar como abordaria Orlando.

Passado o jantar em família, Elizabeth deu ordem à Célia que colocasse as meninas para dormir.Pediu que o marido lhe acompanhasse até o escritório.

                - Orlando, o que tenho a lhe dizer não é nada bom... – ela começou – Eu sinto muito aborrecer-te, mas você deixou bem claro que queria saber notícias,quaisquer que fossem, sobre Alice.

                - Com certeza Liz! Não hesite em me contar nada sobre nossa filha.

                - Bem Orlando, Alice se adaptou muito bem ao Internato. Está aprendendo coisas novas, fez amizades, e não tive nenhuma reclamação a respeito de seu comportamento.

                -Isso me alegra muito. – o marido interrompeu.

                - Com certeza Orlando. Mas infelizmente uma fatalidade aconteceu. – ela firmou a voz, interpretando, mas ele não percebera a mentira por detrás de suas palavras. – Alice contraiu pneumonia, você sabe como esta praga está se alastrando rápido entre as pessoas. Dizem que vem do ar, e se pegar friagem piora. – Orlando encarou a esposa abismado.Ela continuou: - Fui chamada hoje pela Madre Superiora, ela disse que a menina se resfriou e começou a ter tosse. Depois de uns dias sem melhora, um médico foi chamado, e diagnosticaram a doença. A questão é que Alice está piorando.

                - Então vamos trazê-la para casa! – Orlando sugeriu sem ao menos desconfiar que tudo era uma farsa.

                - Não acho que seja prudente Orlando! Lá no Convento eles tem uma enfermaria, e pessoas que possam tratá-la bem. Eu penso que o mais adequado nesse momento, seria que contratássemos um médico particular para atendê-la lá mesmo. O que acha?

                - Bem, se você acha que é o melhor..

                - Sem dúvida querido. Me foi indicado o Drº Neiman Sherman, um pneumologista muito bem quisto. Só que ele é de New Hope. Talvez mantê-lo semanalmente para Alice saia caro...

                - Sinceramente Elizabeth – Orlando bufou. – dinheiro nesta casa nunca foi problema, muito menos para cuidar de nossas filhas. Custe o que custar, traga esse especialista para cuidar de Alice.

                Orlando não sabia que o médico que ele acreditava ser pneumologista, era na verdade, o psiquiatra chefe do Hospital que sua esposa pretendia internar sua filhinha. E sequer poderia imaginar que Elizabeth tinha esquematizado uma maneira de resolver os transtornos de Alice. Ao concordar em contratar o médico, não poderia prever o futuro que estava destinando à sua filha...

 

                Elizabeth contatou o médico e marcaram uma reunião para que ela lhe contasse sobre os distúrbios de sua filha. Certamente a mulher aumentou muito mais do que o que era a verdade, de fato. Drº Sherman ficou muito impressionado com o relato dela, e aceitou fazer uma visita de avaliação à Alice.

                Na sua primeira visita ao Internato, o Drº conversou a sós com a menina, tendo o aval da madre Superiora, uma vez que aquela não era a primeira de suas internas que era avaliada por ele. O Drº conversou muito com Alice, mas não chegou a nenhuma conclusão de imediato. A única coisa que pudera mesmo perceber, é que a menina de fato acreditava que seus sonhos eram reais.

                Um mês depois,o Drº Sherman chegou á um laudo. Tinha visitado Alice uma vez por semana, em todas as semanas daquele último mês. Vários exames psicológicos e  psiquiátricos haviam sido feitos. No fim, o resultado foi de que a pequena Alice, sofria de esquizofrenia leve. A melhor coisa, seria realmente interná-la para tratamento e medicação controlada, afim de que ela melhorasse e pudesse voltar ao convívio da sociedade, sem resquícios de transtorno.

                Elizabeth foi convocada em uma reunião urgente com a Madre e o médico. Informaram-lhe a conclusão sobre o caso de Alice, e que seria adequado interná-la. A mulher nãos e surpreendeu,esperava mesmo por isso.Sentia-se aliviada, e dessa vez tudo parecia mais definitivo. Chegou em casa e mentiu ao marido, dizendo que Alice havia piorado em seu estado de saúde, e que seria necessário interná-la em uma clínica particular, para cuidados especiais. Disse ainda, que o médico havia diagnosticado: tuberculose – uma doença que se proliferou muito rápido na época e ma maioria dos casos, era fatal, por isso requeria cuidados integrais.Obviamente o pai da menina concordou com tudo, só pensava no bem estar de sua filha.

Uma semana depois...Alice foi transferida do convento para a clínica psiquiátrica. Apenas a mãe acompanhou o trajeto. E somente ela conhecia a verdade.

 

                Alice tremia quando adentrava a recepção da clínica. Olhava ao redor, pessoas vestidas de branco andando rapidamente, mal lhe notando. Ouvia gritos vindos de um lugar próximo ali.Um cheiro forte de material de limpeza, impregnava aquela saleta. E tudo era incrivelmente como em seu último sonho – seu pesadelo mais recente. As lágrimas escorriam por seu rosto quando ela percebeu isso. Sabia por seu sonho que viveria coisas ruins ali naquele hospital. O aperto em seu peito, não deixava dúvidas.

 Mary Alice não tinha completado nem 12 anos ainda, mas era muito mais madura do que qualquer menina de sua idade. As circunstâncias lhe impuseram isso. Sempre tão criticada, tão desamparada.

                - Mamãe, por que tenho que ficar nesse hospital? – Ela indagou chorosa.

                - Alice, o  Drº Sherman já não lhe explicou tudo? Aqui você terá os cuidados necessários para sua saúde. Quando estiver curada poderá retornar para nossa casa. Por isso, obedeça ao que o médico lhe disser, está bem?

                - Mas eu não me sinto doente! O que eu tenho ? – limpou as lágrimas que continuavam escorrendo.

                - Bem...- a mãe suspirou. Já era difícil pra ela admitir para si mesma que a filha era louca,dizer em voz alto, tornava ainda pior. - ... você... – hesitou. -...você sofre dos nervos. É isso! E por essa causa tem aqueles...sonhos. – estremeceu ao dizer a última palavra.

A menina apenas balançou a cabeça, assentindo.

                Alice foi instalada em um quarto sozinha, na ala infantil, que apesar de ser infantil tinha em sua maioria adolescentes. Eles eram estranhos. A menina tinha medo deles. Alguns gritavam, se debatiam. Outros não falavam, apenas a observavam. Não eram muitos, mas era o suficiente para amedrontá-la.

Foi designado para ela, Claude, um enfermeiro particular. Ele tinha um estranho sotaque francês e era muito educado. A empatia foi imediata: Claude estava sempre de bom humor, e tratava Alice muito bem.

                Alguns dias se passaram, e uma rotina se estabeleceu: pela manhã, Claude acordava Alice, dava seus remédios, e quando ela seguia para o refeitório para o desjejum ele arrumava seu pequeno quarto. Após o café, Alice fazia exercícios físicos, só uma de suas terapias, depois durante a tarde, ela participava da aula de pintura e também de um curso que envolvia costura, arremate, bordado, e mais uma vez ela encontrou alegria ao mexer com moda. Aquilo lhe trazia paz, costurando ou bordando, ela esquecia  de seus problemas. Alice tinha acesso à uma biblioteca também, e muitas vezes passava horas lendo. Tudo fazia parte de um tipo mais leve de tratamento: terapia ocupacional.

                Nessa rotina, Alice se adaptou, e na companhia constante de Claude, ela mal percebeu o tempo passar. Já faziam dois meses que ela estava internada.

As conversas com Claude eram sempre agradáveis, ele lhe contava de lugares que já havia visitado, cidades que morou, lugares que conheceu. Ou então de pacientes que assistiu. Uma amizade genuína se formou entre eles.

                Mas apesar das distrações, toda noite ao deitar-se, Alice pensava em sua família –  nunca à tinham visitado. E Célia? Mesmo quando ninguém mais iria vê-la, a ama sempre ia. Por que ela não ia agora? O que acontecia em sua casa? Esses pensamentos lhe atormentavam, e ela custava a dormir. Quando era vencida pelo cansaço, era tomada pelos pesadelos.                

 

                Na fazenda dos Brandon, Célia não agüentava mais as saudades de sua menina. E mais uma vez interrogava a patroa sobre Alice:

                - Sra. já faz um mês que a menina foi internada. Será que ela não melhorou? Será que ela já pode receber visitas?

                - De novo isso Célia? É muito desagradável essa sua cobrança, sabia? – Elizabeth fitou a empregada. Lançou-lhe um olhar de censura.

                - Eu sinto muito senhora. Mas é apenas preocupação, não cobrança. 

                 - Você está insinuando o que Célia? Que eu não me preocupo com minha filha? Você é uma insolente! – a mulher se sentia amedrontada. Sabia que a empregada era mais esperta do que aparentava, e mais ainda: era mais perceptiva que seu marido. Ela percebera que algo em sua história, estava errado.

                - Eu peço desculpas, sra. Elizabeth, se me fiz entender mal. – Célia retificou-se, arrumar uma briga com ela não estava em seus planos, e não ajudaria a descobrir o paradeiro de Alice.Sim! Ela sabia que havia mentira no que Elizabeth dizia. Ela visitava a menina no Convento e nunca ficou sabendo sequer de um resfriado. Quanto mais da praga que assolava o Estado. Parecia improvável que Alice pudera adoecer tanto, em tão pouco tempo.

 

                Mais um mês se seguiu sem que Célia descobrisse nada de Alice. Porém em uma tarde, Elizabeth chamou o carroceiro apressada, dizendo que tinha que ir até New Hope tratar de alguns assuntos. A ama desconfiou e resolveu seguir a patroa. Mesmo sabendo o quanto era errado, sua intuição lhe dizia que tinha a ver com sua pequena.

 

                Na clínica, o humor de Alice mudou. Apesar de ainda se entreter com Claude, ela se sentia infeliz. Ninguém de sua família apareceu, sequer mensagem lhe mandaram. Nem mesmo Célia. Seus pesadelos se repetiam toda noite: Alice não enxergava nada , tudo era escuridão. E um calor a consumia. Não adiantava gritar, ninguém a escutava. Então ao fundo ouvia a voz de Claude, dizendo à ela para se acalmar. E assim ela acordava, todas as noites,suada, agitada. Apavorada!

A angústia em seu peito só aumentava, ela se questionava quando aquilo iria acontecer  em sua vida. Porque de uma coisa ela tinha certeza: mais cedo ou mais tarde, isso lhe aconteceria.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

N/A: Olá meninas!!

Tudo bem por ai?

Digam nos o que acharam desse capítulo!! Mandem reviews!! Uhuull!

Bom, para quem está tão ansiosa  quanto nós para a transformação de Alice, se preparem no próximo capítulo ela conhecerá James...o nosso vilão que mudará essa história! Haja coração! *-*

Meninas queridas... Nós gostaríamos de conhecer um pouco mais o perfil de nossas leitoras, então vamos falar um pouco de nós e gostaríamos que pelo review  vocês  falassem de vocês...

Vamos lá:

Lari_pink:  Me chamo Larissa, tenho 22 anos, [uma tia já! Hahaha] ,solteira! Sou estudante de Direito.

Meu estilo de música preferido é MPB! Adoro sair, principalmente pra beber com os amigos!

Adoooro cinema e com certeza sou IRREVOGAVELMENTE apaixonada pela Saga!

Amo a Alice, o Emmett e o Seth e sou TEAM JACOB forever!

Escrever virou meu vício tanto quanto ler... e devo isso a vocês leitoras!

Acho que é isso...agora quero saber de vocês! Beijos

Na_cat: Oi gente, eu sou a Ná, tenho 22 primaveras! rs Estudante e trabalhadeira, gosto de muitas coisas, uma delas é ler e escrever. Nem preciso comentar que eu sou completamente apaixonada pela Saga..  Entre meus 22 anos é a primeira vez que me vicio de uma forma em uma saga, adoro HP por exemplo, mais não sou tão viciada quanto Twilight. Eu sou Team todos! HAHAHA É engraçado, eu sei.. mais eu não tenho uma preferência. Acho que cada um tem um papel importante, tenho meus queridinhos como a Alice e Seth, mais nada de outro mundo. E vocês, o que tem para contar? Beijos amores. 

 

 

 

É isso ai meninas! Esperamos conhecer mais um pouquinho de vocês!! O próximo capítulo será bem caprichado e sai semana que vem!

Nos vemos em breve..beijokas!


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