Pov Jacob – Quinze anos após “lua nova”

O som das águas batendo na rocha era a única coisa que costumava me relaxar ultimamente. Eu permanecia sentado a beira do penhasco, tentado a saltar como a mais de uma década não o fazia. Eu não era mais um garoto, não dá pra ficar saltando de penhascos por ai conforme meu pai já havia me dito a alguns dias quando ao retornar para La Push fui convidado para reviver antigas sensações. Bem mais ao longe eu podia ouvir o som de crianças correndo, de pais conversando, de mães gritando para essas mesmas crianças terem cuidado ao entrar na água. 

Desejei por um seguindo poder voltar no tempo, e desfazer as besteiras que fizeram meu casamento de dois anos desandar. Karoline deveria agora estar choramingando para Rachel e/ou Billy e a ultima coisa que eu gostaria agora era de retornar e encarar o julgamento feroz vindo deles, principalmente da minha irmã que endeuzava Karoline Summers, ou Black como ela passoua se chamar desde que assinamos os papeis do casamento já em falência.

Queria pular. Queria mesmo e já o estava quase fazendo quando meu celular tocou insistente no bolso da calça e eu precisei atende. Não era nada inteligente recusar a ligacação da minha irmã gravida de seis meses. Era o intimato que eu já esperava, não tive alternativa a não ser retornar até a reserva e ouvir tudo o que tinha a falar pra mim.

O destino parecia ter planos melhores pra mim, com os vidros abertos da picape eu senti um cheiro caracteristico, nada tão forte como geralmente era, mas ainda assim não havia duvidas sobre a que tipo de criatura pertencia aquele odor. Estranhamente, não me parecia ser de todo ruim. Me deixei ser guiado, assumindo a forma de lobo no meio do caminho.  E quanto mais eu me aproximava, mas o cheiro se tornava “ menos ruim”, na verdade começava a ficar agradavel, foi quando eu vi a criatura de costas. Seus cabelos longos acobreados caiam e cobriam suas costas alvas, ela usava uma calça jeans, não conseguia ver o que usava na parte de cima direito devido seus cabelos volumosos. Ela estava abaixada sobre o corpo inerte de um cervo, e eu não entendia o motivo de meu corpo estar paralisado quando normalmente eu teria simplesmente avançado e destruido aquela fria.

O que está fazendo, Jacob? Mate-a!— Embry rosnava ao acessar minha mente.

Outros diziam a mesma coisa enquanto se aproximavam para cercar a fria bebedoura de sangue. Não a conheciamos, não era um Cullen e o principal estava em nossas terras. Tinhamos total direito de destruir ela.

Tarde demais para que ela pudesse se defender, finalmente notava nossa presença e mesmo em pé mantinha o corpo meio curvado para frente, pronta para se defender de qualquer investida nossa.

Os olhos dela focaram nos meus, e todos os fios que me prendiam ao planeta terra foram cortados. Nada mais importava, nada e nem ninguém.

Não!— gritei em minha mente quando Sam avançou, passando sua pata na pele do braço da fria, ela gritou e sangue jorrou de sua pele. Ela é minha vida agora!

Avancei em Sam, o empurrando para longe. Ninguém estava entendendo nada. Como uma fria estava sangrando?

— Deixem ela em paz! – a mesma frase foi dita por oito vozes diferentes. Os Cullen corriam para defender a garota, o medico já enfaixava o antebraço onde o estrago estava feito a propria enxarpe.