Aurora escrita por Bia Black


Capítulo 6
Capítulo 6




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        A medida que o tempo ia passando, Nessie, como era carinhosamente chamada por todos aqueles que conheciam a filha caçula do ex-chefe de policia, se sentia cada vez mais em casa. Os dois primeiros meses passaram em um piscar de olhos, e os dias pareciam até passar mais rápidos desde que ela aceitou um emprego na lanchonete de Sue. Era uma ótima forma de passar o tempo. Todas as tardes, após o expediente na própria oficina que tinha aberto em La Push, Jacob vinha até a lanchonete apenas para ter o prazer de estar na companhia do seu imprinting.

      Se por um lado a híbrida estava feliz com o estilo de vida humano que estava tentando levar, por outro sentia cada vez mais a ausência de seus familiares e namorado. Claro, ela falava com ele todos os dias em diferente horários, mas não era a mesma coisa. Sentia falta do toque físico, do abraço, do carinho e principalmente dos beijos de Nahuel. Sentir-se carente era novidade para a híbrida.

        - Hey, chefe Jacob. – ela brincou, vindo até a mesa onde os morenos se acomodavam. Quil e Embry estavam com ele, Quil tinha acompanhado a esposa até a faculdade e agora aguardava pelo horario de saída da mesma para ir buscar. Embry estava entendiado, e só queria sair um pouco da reserva.

        Ela se inclinou e selou seus lábios na bochecha do alfa, que a puxou para que se sentasse no seu colo em um movimento rápido. Enchendo seu rosto de beijos, e embora ela percebesse o olhar acusatório de suas colegas de profissão por aquele não ser o comportamento adequado para alguém que estava trabalhando, ela não se importava. Gostava dessas trocas de carinho que tinha com Jacob, era diferente de qualquer outra coisa que já tenha experimentado na vida.

       - Um certo híbrido não vai gostar disso. – Quil provocou, falando baixo o suficiente só para os ouvidos daquele grupo escutarem. Jacob parou os beijos, mas manteve seus braços fechados em torno dos braços e corpo da menor, a segurando bem onde estava.

        - Quem não dá assistência, abre pra concorrência- Jacob usou um tom de brincadeira, mas era exatamente isso. Ele estava aproveitando da situação aos poucos, se aproximando cada vez mais do seu único intuito que era transformar Renesmee em sua mulher.

        Ela corou ao ouvir a resposta dada por Jacob e bateu de leve em suas mãos, ele afrouxou o aperto e ela saiu de seu colo. Quil tinha razão, pensou ela, não posso continuar com essas brincadeiras, se Nahuel descobre ele não vai parar para ouvir que Jacob é gay. Eles não haviam voltado a essa temática, mas ela não conseguia tirar essa ideia da cabeça. E, nas poucas vezes que saíram para umas festas, ela viu Jacob se esquivar de várias mulheres e isso teoricamente comprovava sua teoria. As únicas mulheres com quem ele tinha alguma intimidade eram da família dele e com ela, e ao entender dela isso se dava pela amizade que ele tinha com sua família e principalmente com sua mãe.

       - Oi rapazes- ela disse por fim, ignorando o fato que Jacob mantinha seus olhos presos a ela. – Vão querer comer algo?

      - O que você sugerir. – disse Jacob.

     - Melhor não, vai que ela sugere o alimento líquido favorito dela. – debochou Quil. Ela passou a língua pelos dentes, incomodada com o comentário maldoso do Quileute. Mas, não era a intenção dele deixar ela chateada.- estou brincando. – se corrigiu rápido ao ver o olhar de censura de seu alfa.

      Pedidos anotados, Renesmee foi até o balcão onde entregou o papel com o pedido e a moça que estava no caixa repassou para a cozinha. Outras pessoas chegaram também, até então Renesmee não tinha tido nenhum tipo de problema com os clientes dali. Todos eram educados e respeitavam as atendentes, mas aquele grupo de homens que entrou não era da cidade. Vestiam roupas de couro, era um grupo de motoqueiros que passavam por Forks

      - Eu não vou! – uma das atendentes logo disse ao perceber que os homens se sentaram em uma das mesas sobre a sua responsabilidade, elamos reconheceu de imediato, já haviam passado por ali a quase um ano e tinham mexido com todas as atendentes. – Johnny- ela chamou por o único homem, que na verdade trabalhava na cozinha.

       - Eu vou. – Renesmee respondeu, um grupo de três homens não a assustava.- Não precisa tirar o Johnny de sua função na cozinha apenas para anotar um pedido.

         - Seth deu ordens para não atendermos mais esse tipo de cara – Melissa tentou persuadir Renesmee, mas ela ignorou a colega. - Eles costumam causar problemas - a híbrida achou engraçado, não entendia ainda como homens podiam ser quando não tinham nenhuma educação.

        - Boa tarde, querem beber ou comer algo? Gostariam do cardápio?

     O homem mais velho, uns trinta anos olhou descaradamente para o corpo da híbrida a sua frente. Seus pensamentos eram os mais impuros possíveis com aquela jovem. Do outro lado, Jacob ainda não havia percebido aquilo, ele estava de costas para a entrada e consequentemente para a mesa onde aqueles três estavam. Outros dois entraram e se sentaram ali também, o último fez questão de parar atrás de Renesmee e avaliar o tamanho do seu quadril. Ela teve que fingir que não havia sentido a presença e o cheiro de álcool que vinha das roupas do homem parado atrás dela.

         - Você está inclusa no cardápio? – o primeiro homem que a avaliou falou. Todos os demais deram risadinha maliciosas e repugnantes. Eram acostumados a mexer com mulheres dessa forma.

     Jacob ouviu, Embry teve que se esforçar para manter Jacob no lugar. Não fariam nada a menos que fosse realmente necessário. Quil e Embry queriam ver até onde o autocontrole da híbrida iria, sabiam bem que nenhum daqueles caras seria capaz de encostar um dedo nela.

    - Senhores, acho que se enganaram. Isso aqui é uma lanchonete, o cabaré é em outra direção. – foi taxativa, trincou os dentes mas sua vontade era de sentar a mão na cara dele. Se o fizesse, ele quebraria alguns ossos da região.

      - Qual é, gracinha, precisa atender melhor os clientes. – disse o último homem que se sentou.- E prometemos deixar uma boa gorjeta. - por baixo da mesa, ele passou a mão em sua intimidade por cima da roupa e isso ficou evidente para a híbrida que notou o movimentar do braço dele.

      O que estava atrás de Renesmee, tentou colocar sua mão nela e tudo o que conseguiu foi ter sua mão esmagada pela de Renesmee. Ele gemeu em dor, enquanto a híbrida apertava com força e ele acabava se inclinando ficando quase de joelhos diante dela.

       - Vagabunda, me solta! Eu vou acabar com você – foi o estopim para o moreno que era segurado. Jacob avançou como um animal feroz. Segurou o homem que Renesmee esmagava a mão e o arremessou pela janela de vidro que havia ali.

        Os outros avançaram, Quil para não deixar Renesmee se expor a puxou com ele para os fundos enquanto Embry e Jacob colocavam o restante daqueles homens para fora na base do soco mesmo.

        - Me solta, Quil! – ela fala praguejando tentando se livrar do aperto ferreo dele. – Eu posso me virar sozinha. – as outras olhavam alarmadas para a fúria de Nessie, não entendendo como alguém tão pequena estava dando trabalho par aumentar homem grande e cheio de músculos manter no lugar.

         - Fica quieta garota, ali é briga de gente grande! Deixa eles resolverem. – pediu, aflito.

         Renesmee mordeu o braço de Quil com força, sentindo o gosto ferroso do sangue dele em sua boca. Ele a soltou, ela cuspiu os vestígios do sangue dele da boca e logo ele colocou um guardanapo pois sabia que em segundos cicatrizaria a ferida e não teria como justificar aos funcionários que presenciaram tudo. Ela correu para fora, a tempo de ver Jacob segurando o homem que a chamou de vagabunda pela jaqueta e se preparando para dar o último soco. Os demais já estavam desacordados.

        - Jake, não. – ela pediu, vendo a confusão que tudo aquilo ia dar. Ao som do pedido, ele soltou o homem que caiu no chão e quase não tinha forças para se manter acordado.

        - Nunca mais toque ou fale com mulher nenhuma daquela forma. Muito menos, nessa cidade. – cuspiu com raiva.

       O som das sirenes foi ouvido, alguém tinha chamado a polícia.

 

 

 

 

 


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