X-Men Evolution - 5ª Temporada escrita por Ethan0157


Capítulo 2
Caçando às Cegas - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

DOS DIREITOS AUTORAIS

Essa é uma obra de ficção, feita de fã para fã, sem fins lucrativos.
Todos os direitos pertencem à Marvel Comics e os desenvolvedores da animação original, a saber: Boyd Kirkland e Michael Wolf.
A obra tem primordial e unicamente a intenção de divertir e entreter os fãs de X-Men, seja qual for o seu nicho.
É uma obra de FICÇÃO.
Os fatos narrados aqui são puramente fictícios e produtos da imaginação do autor.
Qualquer semelhança com os nomes, personagens, locais, eventos, pessoas e situações do cotidiano são mera coincidência.

DE ALGUNS DETALHES PERTINENTES

Bem, essa é a segunda parte do capítulo. Uma continuação direta, começando exatamente onde o outro terminou. É comum na animação nós termos apenas duas partes no capítulo final. Mas como um bônus, decidi fazê-lo. Espero que o mistério fique no ar e que vocês façam suas teorias. Enfim, aproveitem.



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—Fury: Logan, que droga tá acontecendo?

—Dr. Garryson: Sinceramente, Comandante, não sei do que ele está falando!

—Logan: Pra alguém que diz que vê tudo, tá fazendo feio, Fury.

Logan aponta para o colarinho de Garryson, onde estava com manchas de sangue. O doutor os encara mudando seu semblante e expressando muita desconfiança.

Um pouco distante dali, no colégio Bayville, os X-Men chegavam às portas da escola para mais um dia de aula, onde para alguns, era o último ano letivo. Amara e companhia corriam para pegar um lugar na frente, na aula de artes, talvez porque fosse a melhor aula da semana. Ou só para não perder a hora do sinal, mesmo. Enquanto isso, Vampira ia na frente andando um pouco isolada, com Kitty e Tabitha vindo logo atrás.

—Tabitha: Ei, se liga. O que tá rolando com a Vampira? Ela tá tão reservada, ultimamente.

—Kitty: Nem faço ideia. Deve tá emburrada com algo.

—Tabitha: Tive uma ideia. Bora levar ela prum rolê depois da aula?

—Kitty: Ah, tô dentro!

Alguns passos e elas chagam às portas da escola. Porém, antes de entrarem, Tabitha avista um grupo de cinco jovens correndo atrás de um garoto. Os cinco pareciam ser do time de futebol, americano. O pobre garoto corria desesperado de seus agressores que queriam alcança-lo a todo custo.

Enquanto isso, na casa da Irmandade, eles assistiam uma notícia que  era de tirar o fôlego, todos lado a lado de frente para a TV.

—Lance: Ah, que piada!

Logo Pietro desce as escadas mais rápido que o som.

—Pietro: Que foi?... Tá de zoeira com minha cara?!

         Uma manchete destacava Kelly como novo candidato às eleições de Senador. Ele estava uma coletiva de imprensa no Capitólio e com altos índices nas pesquisas.

—Pietro: A coisa vai ficar feia.

—Groxo: E já num tava, não?

—Blob: Eu não sei vocês, mas eu vou aproveitar os meus dias de paz que restam.

—Lance: Quando esse cara ganhar, metade do país cair em cima da gente.

—Pietro: A gente tem que pensar.

—Groxo: Quero vê se tu é rápido pra pensar é agora, boca de vento. — ia em direção à cozinha.

No Colégio Bayville, o rapazinho chega na parte sul da escola, perto de uns bancos, ao lado de um canteiro de pedra. Ele tropeça e estava aos prantos. Logo, um deles disfere um soco. Porém sua mão é aparada e ele recebe um chute no estômago.

—Tabitha: E aí, gostou? Tem mais de onde veio esse.

—Jovem: O que? Vai querer encarar?

—Tabitha: Olha, dar uma surra em otários como vocês é o que a gente faz todo dia no café. Né não, Kitty?

—Kitty: É, eu não queria admitir, mas eu bato bem mais forte que ela.

Falavam elas na intenção de intimidar os rapazes, que estavam abismados e eufóricos.

—Jovem: Cala a boca! Vocês tão fritas na nossa mão. — falava enquanto eles avançavam lentamente e as cercavam.

—Tabitha: Chega pra lá, moleque, agora o bicho vai pegar.

Imediatamente, os jovens partem pra cima delas. Não representavam muita coisa para as meninas que já haviam enfrentado todo tipo de diabrura. A surra é rápida e Kitty é bem mais calma e racional que Tabitha que não se importou muito com os  fortes golpes. Por fim, a luta termina, com Kitty em cima de um deles, o montando como se fosse uma cela de cavalo e o torturando com o braço nas costas.

—Jovem: Sai de cima de mim! — falava desesperado.

—Kitty: Pra já!

Eles fogem imediatamente, uns se apoiando nos outros. Uma cena engraçada. Apenas isso.

—Tabitha: Legal! Botamo pra quebrar!

Enquanto Kitty falava, Tabitha, com um largo sorrido e olhos fechados, alisava o cabelo do garoto o tranquilizando, como uma avó faz com o neto. Depois disso, o garoto corre para sua aula. E assim elas também o fazem quando o sinal toca. Enquanto elas corriam, Kitty não podia deixar de olhar para cima, pois logo ali, na janela mais próxima, a srta. Sinclair parece ter assistido tudo de camarote.

No Instituto, Scott esperava Charles do lado de fora da sala de perigo. Logo, uns momentos depois, Charles sai.

—Scott: Era o Logan?

—Prof. Xavier: Sim. Havia um espião a bordo. E ele conseguiu escapar.

—Scott: Nossa. Eu sabia que era melhor eu ter ido com ele.

—Prof. Xavier: Avise a Tempestade e a Jean.

—Scott: Pode deixar.

No colégio Bayville, era hora do almoço. O clima totalmente hostil não poderia remeter a algo que a meses antes era um ambiente de inclusão e pacificidade.  Tabitha e Kitty avistam Vampira.

—Vampira: Ah, na moral, por mim essa galera virava poeira.

—Tabitha: Aff, né só você, não.

—Kitty: Ah, vai se acostumando. Daqui pra frente só piora.

—Vampira: Quer saber família, eu tô pouco ligando... Por mim eu nem saia da cama.

—Tabitha: A gente tá vendo. E eu achava minha cara feia quando acordo. — Kitty começa a rir.

—Vampira: Ai eu quero morrer... — decai seu semblante e apoia os cotovelos na mesa, fazendo apoio pro rosto.

—Kitty: Bora dar um rolê depis da aula. Fiquei sabendo que tem disco novo da Junie Lee.

—Tabitha: É! E quer saber? Eu pago o teu CD. Simbora?

—Vampira: Garotada, só vocês pra me tirarem dessa bad, viu?

De bruços escorada na mesa e de braços cruzados com sua cabeça apoiada neles, ela sorri serenamente pra suas melhores amigas. Porém, de longe, Kitty avista Alícia, que as observava com tom sério. Kitty sorri sem graça.

Na base da SHIELD, as tropas se mobilizavam formando grupos de busca. Wolverine dava algumas ordens às equipes, segundo a liberdade para tal que Fury lhe concedera. A caçada não podia demorar mais.

—Logan: Seu pessoal já está alertado. O Professor mandou reforços.

—Fury: Ótimo. Acho melhor a gente não esperar pelos seus amigos. Tempo.

—Logan: Hum. — ele consente fazendo sinal positivo com a cabeça.

Logo, ele embarca em um helicóptero as aeronaves zarpam e somem no horizonte abaixo em questão de segundos. Eles estavam sobrevoando o estado do Wyoming e a possível localização da queda da cápsula era uma densa floreta cercada por uma cadeia de montanhas e rios que percorriam o vale abaixo. Seria uma grande busca, mas se tornaria algo menos complicado, devido a presença de Logan. E momentos depois da partida da aeronave, o X-Jato pousa na pista, e Fury está lá para recepciona-los.

Momentos depois eles estavam chegando à Sala de Interrogatório, onde havia uma mesa de metal no centro com cadeiras também de metal e uma luz suspendida por um longo cabo de aço que balançava para lá e pra cá, e ao lado da porta, uma janela de vidro blindado bastante extensa. Havia ainda assim, uma ante sala, com computadores e toda uma equipe de monitoramento.

—Fury: Ponham a foto dele. — um agente providencia num telão — Floyd McCkenzie. Nosso Invasor. Um agente antigo.

—Scott: Não sei o que dizer. Traição é o que me vem à cabeça

—Fury: Vamos focar nisso. A Telepata fica. Vocês dois podem seguir.

Todos consentem enquanto observam o doutor Garryson sentado na Sala, bastante nervoso. Assim, Tempestade parte no X-Jato com Scott e Jean se prepara para uma longa triagem de análises metais.

No Colégio Bayville, Kitty e Tabitha estão na sala da diretora. Boom Boom, com cara de poucos amigos, está de braços cruzados e fazendo biquinho.

—Diret. Sinclair: Bem, meninas. Poderiam me dar uma explicação?

—Tabitha: Ah, cê quer uma explicação? Pergunta pra eles...

—Diret. Sinclair: Hã? — a diretora sente-se desgostosa com a resposta.

—Kitty: N-não, não, Srta. Sinclair! A Tabitha quis dizer que a gente vai esclarecer. — Kitty olhava emburrada para Tabitha — Estávamos protegendo aquele rapazinho.

A diretora suspirava e tirava os óculos. Coçando os olhos, ela se levanta e dirige-se a janela, parecendo refletir na situação.

—Diret. Sinclair: Vejam bem... normalmente isso seria um bom motivo para uma suspensão, ou algo mais... severo.

—Tabitha: Pff, novidade... só expulsa a gente logo e deixa rolar...

—Diret. Sinclair: Normalmente. Nosso mundo está... uma loucura. Vocês não serão expulsas. Mas, levando em consideração que a violência não é o caminho, a partir de segunda-feira vocês estão em detenção por três dias, todo dia depois das aulas, com a senhora Hopkins. Fui bem clara?

Nesse momento, Tabitha que estava com uma expressão feliz, agora muda-a completamente e se preparara para falar. Entretanto, antes que pudesse dizer algo, Kitty se prontifica e dá um tapa em sua boca e mantém sua mão assim.

Longe dali, no Wyoming, Logan estava em um dos vales da cadeia de vales em Jackson County, em meios a floresta e trilas que ficavam nos arredores de Jackson City. Junto dele estava sua equipe de busca com mais cinco homens. Após um longo período de busca, eles conseguiram localizar a cápsula de fuga que estava aos pedaços próxima a um riacho, sem nenhum vestígio do Espião, a não ser, claro, rastros de sangue e seu cheiro, o que para Wolverine, era mais que suficiente.

Lá ele estava a investigar a cápsula, enquanto o vento varria o vale a dentro, lavado consigo folhas secas que eram coradas pela aura alaranjada de um fim de tarde.

—Logan: Esse pouso não é nada suave.

—Soldado da SHIELD: Sim. Essas cápsulas são de emergência. São em último recurso.

Logan sobe em uma rocha e aproveita a direção do vento contra seu rosto para sentir o faro de seu alvo. Ele obtém sucesso.

A leste dali Scott e Tempestade sobrevoavam uma área em que a floresta não era tão densa. O X-Jato possuía o sonar mais avançado de todos, e sua potência máxima estava sendo posta em ação. Scott planava com o jato sobre a floresta, enquanto Tempestade tomava de conta do radar.

—Scott: Como estamos indo?

—Tempestade: Estou detectado assinaturas de calor lá em baixo. Mas são só pessoas fazendo trilha.

—Scott: Droga.

Do outro lado do vale, Wolverine começa a sentir cada vez mais forte o rastro aumentando. De longe, em cima de uma árvore, o Espião estava observando a tudo com um dispositivo de longo alcance.

—Espião: Ah, filho duma... Você num se cansa, não?

Logo, ele começa a sentir uma mudança repentina na direção do vento. Assim, ele usa essa mudança a seu favor. Ele rasga partes de sua roupa e as atira ao vento, em várias direções.

—Espião: Fareja isso aqui, cara de lobo.

Seu estratagema é preciso. Logan começa a sentir o rastro vindo de várias direções. Os desígnios do mutante inimigo foram atendidos. Logan range os dentes.

Em Bayville, Vampira, Tabitha e Kitty estão na loja de CD’s. Uma das coisas que Vampira mais adorava fazer. A variedade de artistas e produtos disponíveis para a venda era imensa, incluindo almanaques, revistas informativas semanais atualizadas, réplicas de roupas de seus ídolos, instrumentos musicais e algumas peças de roupas exclusivas, além de um bom preço promocional.

Após meia hora dentro da loja e alguns olhares tortos, elas estavam com as sacolas cheias e as carteiras vazias. Elas vão até o estacionamento.

—Vampira: Agora me conta uma coisa: Comé que cê tá andando no carro do Scott?

—Kitty: Hahaha! Essa vocês não vão acreditar.

Nesse exato momento, surgem atrás delas:

—Jovem: Ah, trouxeram a amiguinha...

         A turma que Kitty e Tabitha enfrentaram mais cedo, voltam para se vingar.

—Tabitha: Noossa eles voltaram querendo mais.

Eles estavam com as mãos para trás quando chegam.

—Jovem: Pois é.

Eles revelam o motivo de estarem com as mãos para trás, pois estavam armados. Eles seguravam tacos de baseball, corrente e tacos de golfe. Elas nem se impressionam.

—Vampira: Relaxa, meninas, a gente já acabou com coisa pior.

         Eles partem pra cima delas todos de uma vez pra tentar acertá-las em um único golpe combinado. Elas, com bastante experiência, esperam a ação deles e desviam no último segundo, pulando para trás deles, onde eles acabam acertado o carro de Scott e provocando um imenso amassado.

E dar outra lição neles nem foi tão mais difícil. Nem um minutos depois, e os garotos estavam no chão, gemendo e se lamentando.

—Tabitha: Legal! Meninas, a gente manda muito bem, cês num acham? — ela se levanta com extravagância.

—Jovem: Suas aberrações! Vocês são uns monstros!

Tomado por uma fúria, ele se levanta e agarra o braço de Vampira e encosta bem de leve em uma parte que estava desprotegido. Todos já sabem o que vem a seguir.

—Jovem: O quê?! O que vocês fizeram com ele?! O que você é?!

—Kitty: Ai, meu Deus!

—Jovem: Me ajudem aqui! Peguem ele! Ele está respirando! Vamos levar ele pro hospital!

Após isso, eles saem às pressas com o rapaz nos braços, com expressões de um zumbi. Vampira, de joelhos, ainda sentindo os efeitos d absorção, massageia seu cenho com uma expressão preocupante.

No Wyoming, conforme o tempo passava, o iluminação laranja dos raios solares gradualmente aumentava, tornando o clima bonito demais para um dia de caçada. O que estava se esvaindo também, era a paciência de Wolverine.

—Logan: Tempestade?

—Tempestade: Na escuta.

—Logan: Preciso que faça um favor.

—Tempestade: E o que seria?

—Logan: Manda uma ventania daquelas. A mais forte que você conseguir.

—Tempestade: Qual o alcance?

—Logan: Começando uns 5 km ao leste. Consegue?

—Tempestade: Eu sou a rainha do tempo. Se esqueceu? Scott, estabilize o jato.

Scott eleva o X-Jato um pouco mais acima do nível do solo. Meio sem entender o porquê, mas ela consente sem questionar. Seus olhos ficam brancos e instantaneamente, um vento mais forte que tudo que viram na vida vem do leste na direção oeste. Tamanha era a força daquela massa de ar que chegou a arrastar os soldados que estavam na floresta e os pinheiros dançavam sob esse vento impetuoso. De longe, podia-se ver as gôndolas de uma estação de esqui sacudidas de um lado para o outro dependuradas pelos cabos de aço.

Com a ventania, o Espião é arrastado ladeira abaixo, dando de cara com algumas árvores e se machucando mais ainda, ficando caído no início da enorme ladeira. Os trapos que o Espião havia jogado ao relento e estavam espalhados pela floresta somem no horizonte. O rastro novamente estava mais forte.

—Tempestade: E então, deu pra você?

—Logan: Humpf — sorri de leve já cingindo seu adamântium — Vamos! Ele está perto!

Wolverine convoca a turba pois o seu alvo estava à pouca distância. O Espião estava ainda a se recuperar da queda que Tempestade lhe causara, e ele pode já ouvir os passos e os gritos dos soldados chegando perto. Desesperado, ele consegue se levantar e recuperar o fôlego, porém logo em seguida, Wolverine e sua equipe de busca acabam chegando no sopé da ladeira, avistando o seu alvo. Os soldados não perdem tempo e disparam lasers contra ele, que usa as árvores a seu favor para se proteger. Logan toma seu comunicador.

—Logan: Ele está indo para a estação de esqui!

—Tempestade: Positivo. Estamos indo pra lá.

Logan ia na frente. Era algo inútil para os soldados acompanharem Logan, pois a ladeira era repleta de árvores, troncos caídos e rochas, o que dificultava a locomoção, ainda mais por não possuírem toda a habilidade que o X-Men tinha. O Espião, mesmo machucado, conseguia subir os obstáculos com muita maestria. Eles não conseguiam acompanhar. Assim, Logan faz um sinal para eles aguardarem.

Os soldados consentem sem questionar sua autoridade. Logo, Logan se sente livre para trabalhar a seu estilo e persegue o alvo até a estação de esqui, que estava vazia devido a época do ano. O Espião foge desesperadamente e finalmente ao chegar à porta da entrada principal da estação, ele a arromba com um pontapé.

Na base aérea da SHIELD, Jean está vasculhando a mente do Dr. Garryson com seus poderes.

Esforçando-se ao máximo, ela força seus poderes a penetrar mais fundo. Suas expressões remeteram à dor. Ao fazer isso, finalmente ela consegue acesso a algumas imagens e lapsos. Essas imagens mostravam o Dr. junto ao Espião, onde eles conversavam a respeito dos códigos de segurança da SHIELD. Noutro lapso, o Espião mostrava ao Dr. um dispositivo com a capacidade para um CD de dados e após isso o Espião falava: “Bem, é aqui que insiro os dados?”. Outra imagem revelava o Dr. em uma ambientação escura, gritando pela vida, enquanto uma figura sinistra lhe acertava um golpe. Após isso, Jean perde o controle e a sessão mental se encerra.

—Jean: Uau... nossa. — falava ela tonta, sentada e com uma mão na cabeça e outra apoiada na mesa.

—Fury: Jean? O que houve? — dizia entrando na sala.

—Jean: Capitão, já sei como ele conseguiu seus dados. — Fury faz cara de impressionado, ansioso pela resposta.

Na perseguição, Logan consegue chegar ao topo da ladeira e nota a estação de esqui com a porta arrombada. Seu interfone toca.

—Fury: Logan, na escuta?

—Logan: Fele. Acabei de encontrar ele.

—Fury: Ótimo! Ele está com um CD de dados. Mantenha ele vivo.

—Logan: Vou tentar.

Logan entra na estação. Na entrada, havia um bar com uma linda bancada de madeira, e adentrando mais a fundo, um salão com mesas e cadeiras de madeira e uma enorme fogueira no meio do salão com uma chaminé indo até o telhado com pé direito alto. Calmamente, Logan entra no lugar farejando, porém com cautela, pois sabia quão ardiloso era seu inimigo.

—Scott: Logan, estamos nos fundos da estação.

—Logan: Certo. Deem a volta.

Teoricamente, o Espião estava cercado. A euforia dos soldados poderia pôr tudo a perder, então ele preferia assim. Andando calmamente pelo salão, ele vê uma silhueta ao fundo, perto de uma bancada com uma máquina de chopp. E o cheiro do inimigo apontava para lá. Era um jogo de gato e rato. A luz laranja do sol adentrava o cômodo pelas imensas janelas de vidro, mas alguns cantos estavam escuros. Poderia ser ali onde ele estaria. Logan caminha até onde sentira o cheiro, deixando a entender como se não houvesse notado nada. Ao chegar lá, ele para, como se esperasse um ataque, pois iria revidar. Porém nada acontece. Então ele avança com suas garras e enterra elas onde possivelmente estaria o Espião escondido no escuro. Porém a única coisa que ele fisga é uma cabeça de urso pardo empalhada na parede. Que infelicidade. Com isso, ele baixa a guarda, onde o Espião, estando dependurado no teto, surpreende Logan e o golpeia forte, estraçalhando uma mesa. Fazendo isso, ele arromba uma porta dupla de ferro a frente e foge. Logan se recupera do golpe.

—Logan: Arghh... é claro.

Ele entra na sala, que na verdade era um imenso galpão. Era a sala das gôndolas, onde havia armários, banheiros e várias mesas e caixas jogadas. Esta, era a sala onde as gôndolas de passeio saiam e chegavam quando a estação estava funcionando, e também de onde os esquiadores partiam ladeira a baixo. Não estava tão iluminada como a outra anterior.

—Logan: Vai se mostrar, meu chapa, o vai ficar se escondendo a vida toda?

—Espião: Não que eu goste.

Passa correndo atrás de Logan. Quando ele se vira para atacar, não havia nada. Logan apenas observa o seu redor. O Espião sabia que não conseguia vencer Logan num mano a mano. Então ele opta por uma abordagem de incapacitação, pegando-o de surpresa. Assim, o invasor usa a escuridão a seu favor, atraindo a atenção de Logan para lá e para cá. Logo, quando ele julga tê-lo distraído o suficiente, o Espião salta de maneira silenciosa e sorrateira. Como se possuísse olhos atrás de sua cabeça, Logan agarra sua perna e o atira em uma mesa de metal, deixando-o atordoado.

—Logan: Você pode fugir dos meus olhos, mas não pode esconder seu cheiro, chará.

O Espião apenas sorri, e então lança um extintor de incêndio que estava ao seu lado, onde Logan o acerta e com suas garras o mesmo explode, criando uma cortina de fumaça.

O Espião entra em combate corpo a corpo com Logan. Porém, isso não surte tanto efeito, quando Logan consegue desferir um ataque com suas garras e acerta o punho do inimigo. Não fosse pela proteção e espessura do uniforme da SHIELD, ele teria sido gravemente ferido. Então ele aproveita esse momento e agarra o braço de Logan, dando-lhe uma chave de braço voadora. Com o Espião totalmente agarrado em seu braço, usando sua força bruta, Logan ergue o Espião e acerta repetidas vezes na mesa de metal ao seu lado, a amassando e enfraquecendo o invasor, onde este geme bastante. Wolverine o atira para a porta de saída.. Ele deixa cair perto de Logan um porta CD’s e o objetivo de sua missão, onde Logan aproveita e recupera os arquivos.

—Espião: Não!

Cansado e exausto, ele pretende fugir. Porém, antes que pudesse fazê-lo, Tempestade e Ciclope surgem por essa porta, onde Ciclope destrói a porta com sua exuberante rajada óptica vermelha.

—Scott: Fim da linha!

Meio que não dando ouvidos a Scott, ele salta em cima dos dois X-Men, sendo impedido por Tempestade que o refreia com um turbilhão de ar, deixando a mira precisa para Scott. Uma rajada em cheio! Ele sobe tão alto que atravessa o teto de vidro reforçado e fica preso do lado de fora no telhado.

—Scott: Acho que exagerei...

—Logan: Não se afoba, garoto. Esse é o objetivo da missão.

—Tempestade: O CD que Jean falou.

—Logan: Vamos terminar isso!

Chegando os três no telhado pela escadaria, o Espião estava lá, de quatro, prostrado como que em rendição, sem o capacete de sua armadura, não podendo negar que a vista magnífica do vale abaixo regado pela luz do crepúsculo alaranjado, era de tirar o fôlego.

—Logan: Renda-se. Não tem pra onde ir.

—Espião: Vou te falar... vocês são bons. Irritantes, mas bons. E antes disso acabar, quero deixar meus agradecimentos pela perseguição de matar. Sério, nunca topei com nada igual. — Ciclope já punha a mão no regulador de rajada em sua orelha.

—Scott: Logan, tô com ele na mira. É só dar a ordem que eu apago ele. Daqui ele não passa.

—Espião: Sabe o que minha mãe dizia? Quem tem telhado de vidro, não atira pedra na casa do vizinho.

Nesse exato momento, de algum lugar, algo como que um pedaço de um raio cor de rosa luminescente muito vibrante é lançado atrás do Espião. Exatamente quando passa por detrás dele, esse feixe explode e inexplicavelmente um portal de bordas rosadas se abre, deixando a todos perplexos. O Espião sorri. Scott, sem nem pensar duas vezes, lança uma rajada, porém, antes que essa rajada pudesse atingir meio metro, outro desse feixe cor de rosa brota na frente dos X-Men, explodindo e abrindo-se um portal. O rajada de Scott adentra esse portal e sai em suas costas. Ele desmaia.

—Logan: Mas o quê? Ciclope!

O Espião apenas bate continência para eles, pisca o olho e dando-lhes as costas, aperta um botão. Assim, eles começam a ouvir o barulho de sensores nos seus pés. Quando menos percebem, o Espião havia plantado pequenas bombas no chão, momentos antes de eles chegarem ao telhado, que era de vidro. Tudo arquitetado. Com essa distração, o Espião atravessa o portal e o mesmo se fecha. A explosão estraçalha o teto e eles despencam andar abaixo.

Com seus reflexos apurados, Tempestade faz brotar um turbilhão imenso e caótico, onde o mesmo amortece a sua queda. Scott estava ainda desmaiado.

—Tempestade: Ele está bem. Só apagou. O que exatamente foi isso?

—Logan: Eu não sei. E não sei se tão cedo vamos saber. Mas... — toma à mão o disco de dados que recuperara — aqui está o nosso objetivo.

Na base da SHIELD.

—Fury: Logan, te devemos essa.. — segurava e olhava para o disco de dados.

—Logan: E pode apostar que vamos cobrar um dia, Fury. O que exatamente você viu lá, Jean?

—Jean: Não muita coisa que ajude. Com certeza ele é um suspeito, mas… Nunca vi uma mente bloqueada como a dele.

Todos encaram o Dr., que estava preso em uma cela na ala solitária. Após esses acontecimentos, eles embarcam para casa no X-Jato. E na Mansão X, Vampira estava na sacada do primeiro andar, com uma ótima vista para a cidade de Bayville sempre iluminada.

—Prof. Xavier: Vampira?

—Vampira: Ah, oi! Professor!

—Prof. Xavier: Pensando no que aconteceu mais cedo?

—Vampira: Volta e meia sim... já sei que não leu minha mente.

—Prof. Xavier: Eu não preciso. — eles sorriem — A polícia declarou suas ações como legítima defesa.

—Vampira: Ah é? Fala isso pro garotão lá...

—Prof. Xavier: Ele passa bem. Felizmente, o contato com você não foi tão intenso… — ele se aproxima dela — Vampira, eu já senti o mesmo quando descobri meus poderes quando criança. Saiba que apesar de tudo, nós sempre seremos sua família. Eu, sempre estarei aqui, por você. Nunca se esqueça disso. — ele estende a mão para ela e sorri.

Ela apenas sorri e uma lágrima se forma em seu olho esquerdo. Ela dá a sua mão e se levanta da beirada onde estava sentada.

—Vampira: Olha, vou te contar... — enxugando as lágrimas — eu ia me amarrar em ouvir a história de seus poderes. — o Professor gargalha.

—Prof. Xavier: Quem sabe um dia.

Enquanto ela sai, Logan entra no cômodo e se dirige ao Professor. Passando por ele, Vampira dá um soco em seu peito, como cumprimento e sai da área.

—Prof. Xavier: E então, parece que suas expectativas caíram por terra. E também apostaria minhas fichas na Mística.

—Logan: Pois é. Suspeitei bem disso. Mas o cheiro entregou tudo. Não era ela.

—Prof. Xavier: Eu entendo. E o Espião? Eu estava monitorando com o Cerebro mas não senti presença mutante.

—Logan: Sim. Eu senti o cheiro de mais alguém. E acho que a gente ainda vai descobrir mais coisa por aí.

Bastante distante dali, em algum lugar incerto, o Espião conversava com alguém por vídeo chamada.

—Figura misteriosa: Hahaha... eu avisei que eles iriam intervir.

—Espião: É, foi ralado. Mas o que seria de uma boa briga sem um bom  desafio?

—Figura misteriosa: Certa vez um filósofo disse: Bom e difícil.

—Espião: Ah, corta essa. E como foi a transferência? Recebeu os dados?

—Figura misteriosa: Sim. Eu bato palmas.

—Espião: Só me paga e tá tudo resolvido.

—Figura misteriosa: Vou pagar até mais. Os idiotas caíram direitinho.

—Espião: Haha... é caíram mesmo.

Sorria maleficamente o Espião, enquanto uma segunda pessoa aparecia por detrás dele e lhe acariciava os ombros e seus olhos brilhavam cor de rosa no escuro.

A escuridão não deixa claro o que poderia ser.


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Notas finais do capítulo

Enfim, fim do Capítulo 1. Gostei de explorar bem os diálogos pra "amaciar" os personagens, no sentido de bons diálogos expositivos formam boas bases. Já que se trata de um roteiro, me vali disso. Bem, até a próxima!



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