X-Men Evolution - 5ª Temporada escrita por Ethan0157


Capítulo 1
Caçando às Cegas - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

DOS DIREITOS AUTORAIS

Essa é uma obra de ficção, feita de fã para fã, sem fins lucrativos.
Todos os direitos pertencem à Marvel Comics e os desenvolvedores da animação original, a saber: Boyd Kirkland e Michael Wolf.
A obra tem primordial e unicamente a intenção de divertir e entreter os fãs de X-Men, seja qual for o seu nicho.
É uma obra de FICÇÃO.
Os fatos narrados aqui são puramente fictícios e produtos da imaginação do autor.
Qualquer semelhança com os nomes, personagens, locais, eventos, pessoas e situações do cotidiano são mera coincidência.

DE ALGUNS DETALHES PERTINENTES

Inicialmente, acredito ser sensato que todos saibam que se trata de uma fic por parte de um fã apaixonado. Minha ideia é desenvolver a história como um roteiro dos capítulos caso fossem animados. O cerne disso é fazer com que o leitor, ao ler os parágrafos e as falas, sinta como se estivesse assistindo o desenho animado. Por exemplo, a narração de uma cena de batalha das mais chocantes podem chegar a duas folhas. É a roteirização dos episódios, um roteiro. Por tanto, trata-se de um texto narrataivo descritivo ao pé da letra. Assim, espero que o fator prolixo não interfira na experiência.

Em segundo lugar, não possuo formação em literatura. Em contrapartida, sou engenheiro com uma bagagem considerável de artigos e monografias escritas. Então, se isso for sinônimo de experiência em escrita, acredito estar no fio da meada (rsrs).

Por fim, uma rápida timeline explain: Se passaram algumas semanas desde o triunfo sobre Apocalypse. Os adolescentes continuam adolescentes e alguns ainda estão na highschool. Como todos sabem, apenas Jean e Scott eram os mais velhos. O nome X-Men é pouco difundido na sociedade, logo não são todos que sabem o que significa esse termo.

Com essa pegada mais jovem, X-Men Evolution possui um potencial enorme pra adaptações dos vários arcos dos quadrinhos. Por isso, planejei mais 4 temporadas. Há muito a ser contado. E para começar... tome logo um capítulo quente em duas partes!

É isso. Espero te deixado tudo claro. Desfrutem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/810743/chapter/1

Em algum lugar no Atlântico Norte. Nada se via no horizonte a frente tão belo quanto os raios de sol dourados que embelezavam aquele fim de tarde ao revelar a gloriosa magnitude de castelos de nuvens tão esplendorosos, que nada poderia lhes roubar a beleza. Fury observava no corrimão de uma sacada, na base aérea da SHIELD. Logo, passadas bruscas no metal e um alarme soando o fazem revolver. Havia euforia e gritaria. Ele entra num laboratório, nervoso.

—Fury: O que houve?

—Dr. Garryson: Invadiram nossos sistemas! — ele teclava o computador com euforia — Roubaram nossos arquivos!

—Fury: Quais?

—Dr. Garryson: Todos os arquivos da "Pasta X". Deletaram ela do backup!

—Fury: Impossível… — seu cenho é pura preocupação — Código Lockdown!, agora! — balbuciava ele para um soldado perto da mesa de reunião que correndo deixa a sala em ar nervoso.

Havia  alvoroço e não pouco estardalhaço. Portas de aço se fechando, baias de lançamento de jatos sendo recolhidas para dentro da nave, sons ensurdecedores de metal rangendo enquanto canhões de plasma e mísseis se armavam em todos os pontos de combate daquela magnífica maravilha de metal voadora.

—Fury: Preparem minha nave.

==== Intro

Um pouco distante dali, aonde o sol estava mais brando e não menos convidativo a uma boa vista, onde uma enorme massa de veículos estava já a muito eufórica devido a um engarrafamento numa bela manhã de meio de semana. O helicóptero do noticiário do Canal 11 sobrevoava a Ponte de Bayville e o cinegrafista aposto à beirada da porta da aeronave, fazia seu trabalho junto ao repórter que procurava encaixar seu fone de ouvido. Estava tudo normal como deveria estar. O ônibus escolar deixava os alunos no Colégio Bayville, os comércios e Shoppings estavam para abrir, o polícia fazia sua ronda como de costume. A um tempo, esses dias eram mais normais que o de costume. Porém, esse novo normal de agora, não era tão diferente do passado. E isso, depende de quem observa.

Em Westchester, na cozinha estava tudo bem. Logo ela toma à mão uma frigideira, manteiga e ovos. Quem sabe uma omelete. Não. Seria muita gordura para alguém que já vem de semanas de treino intensivo na academia. Talvez algo mais leve como apenas algumas torradas de pão integral, leite e uma maça já estavam de bom tamanho. O bip apita, as torradas estão prontas. Hora do café e um pouco de paz

—Bobby: Nooossa eu tô com tanta fome!

—Ray: Cara, eu tô faminto! Nem acredito que acordei de madrugada pra assaltar a geladeira.

—Jubileu: Será que ainda tem leite integral?

—Ray: Se o Bobby não bebeu tudo…

         Todos os os recrutas entram todos de uma só vez. Cada um fazendo em específico, tomando pratos, fazendo vitamina ou ainda mais torradas. Amara parecia incomodada com a barulheira. E Bobby, atrás no fogão, girava a frigideira no dedo com bastante ousadia e infantilidade. Logo, ele deixa escopilar e aquela massa de gordura vai toda na cabeça de Amara.

—Jubileu: Booobbyyy!

Agora o copo de vitamina se esparrama pelo ar. E de longe os gritos daquela guerra de comida matinal podem ser ouvidos mansão adentro.

—Logan: O que está acontecendo ali?

—Prof. Xavier: Guerra de comida, eu suponho. Eles estão cada vez mais eufóricos. Tem certeza que não está pegando pesado demais com eles?

—Logan: Nããão. Uma pressãozinha a mais é sempre bem-vinda.

Literalmente, do nada, da parede atrás deles, surge inesperadamente com tom de muita pressa.

—Kitty: Anda logo, Kurt! A gente vai se atrasar!

—Kurt: Caramba!

         Sem nem cumprimentar os dois mais velhos, eles dois saem às pressas.

—Logan: Ah, crianças.

Ele encara a saída deles fazendo sinal negativo com a cabeça enquanto o professor apenas sorri. Logo uma bola de sorvete vem parar aos pés deles. Logan se espanta e range os dentes.

—Logan: Vão preparando a vassoura e o rodo! — grita andando em direção a cozinha — O que pensa que estão faz-

Logo, uma bola de sorvete atinge em cheio o rosto do homem com garras de metal.

—Logan: Homem de Gelooo!

Um pouco distante dali, o lixeiro fazia sua coleta diária. Como de costume, ele põe o lixo tão rapidamente e o carro logo dá a partida, em tom de muita pressa. Logo, uma voz ecoa de longe e se perde em meio ao rastro de fumaça deixado pelo caminhão: "Espera, esperaaa! Faltou esse aqui!". O caminhão segue adiante como se não pudesse ouvir e faz a próxima parada para coletar o lixo de uma creche. Antes que o coletor de lixo pudesse descer do caminhão, um vento repentino toma de conta do local e seu chapéu boné acaba indo ao chão. Ele com certeza não notou, devido ao susto, porém, a pilha de lixo estava misteriosamente com um saco a mais.

Pietro: Prontinho. Nem a pau que fico com um saco de lixo a mais aqui. Já basta toda essa sujeira.

—Groxo: Ah, qual é o teu problema? Atrai umas mosquinhas, mas é meu lanchinho.

—Pietro: Ah, vê se toma banho, ô sua perereca lodosa.

—Lance: Ei, perdedores, tô indo lá na escola.

—Groxo: Como é que é? Tu vai fazer o que lá?

—Pietro: Com certeza ele vai ver a Kitty. Num tá na cara?

—Lance: A escola trocou de diretor, caso vocês não saibam.

—Groxo: É, com certeza. Vai lá fazer tremor com a Kitty, vai. Ih hi hi hi ha ha ha ha!

—Lance: Ahh, você que pediu!

Lance lança um impulso de avalanche que deforma o chão e cria uma onda, atingindo a poltrona onde Blob estava roncando e logo jogando ele pela janela.

—Blob: Ah! De novo? Para com isso, cara!

No Colégio BayVille, o sinal da primeira aula toca e Kitty vinha ao lado de Kurt em tom de muita pressa.

—Kurt: É, você não arrastou metade dos parquímetros que tem pelo caminho no carro da Jean. Já é uma vitória

—Kitty: Quanto drama.

Nesse momento, ela avista Lance, descendo de seu jipe. Ela vai até ele, correndo, como se Kurt não estivesse ali. Kurt estranha, mas logo perce o motivo ao olhar para trás.

—Kurt: Ai. Já vi no que vai dar... — ele vê, olhando para trás, Lance se aproximando de Kitty.

—Kitty: Mas o que você tá fazendo aqui?

—Lance: O mesmo que você, ué. De repente bateu uma vontade de estudar.

—Kitty: Ha ha ha ha! — um sorriso sereno e vigoroso —Ah, cala a boca. Você foi expulso. Não pode voltar.

—Lance: Kelly não dirige mais essa espelunca. Vou arriscar e fazer cara de bonzinho.

         Ela dá um sorriso vigoroso e retrocede, com um largo feliz, nem disfarçando a felicidade a qual essa notícia lhe trouxera.

—Kitty: Você não tem cara de bonzinho. E Lance... se você se comportar dessa vez... talvez eu aceite o seu convite pra me levar ao Shopping... — falava ela já se desmaterializando pela parede da entrada da escola e piscando o olho esquerdo pra ele.

—Lance: Ei, e aquela história de não usar os poderes?

Ela entrava parede a dentro fazendo "Ssshhh" com o dedo na boca. Ela sabia como provocar uma avalanche no coração de Lance Alvers.

Na Mansão X, o tempo não parecia refletir uma bela manhã de verão. Pois as nuvens cinzas no horizonte criavam um clima melancólico, porém ao mesmo tempo aplacador, quando pequenos feixes de raios solares perfuravam o céu semi nublado, formando um prisma dourado sem roubar a beleza daquela atmosfera cinzenta. Ventos frios arrancavam flores dos arbustos que dançavam loucamente no ar, levando perfume e beleza por onde passavam. Uma jovem deixava seus cabelos ao vento e pensava em várias coisas, sentada em um banco de pedra de um jardim com uma perna pra cima e as mãos para trás apoiadas na parte traseira do banco. De olhos fechados estava, sentindo toda a magia daquele clima inusitado. O vento fazia carícias em sua pele tão pálida quanto o céu acima de sua cabeça. Logo a magia do momento é roubada pelo o aproximar de uma voz.

—Scott: Vampira? O que cê tá fazendo aqui?

—Vampira: Scott? Nossa, não sabia que... A quanto tempo cê tá ai?

—Scott: Nesse exato momento. Tava te procurando. Vem cá, o qué que tá pegando? Conta pra mim.

—Vampira: Não é nada, é só que... Aff. Tenho tido uns não tão bons pressentimentos do futuro.

—Scott: Em relação ao que? Nós?

—Vampira: Nós? Como assim?

—Scott: É, é é, ah ah! Não não. Péra. É. Hrum! Hrum! Nós, eu quero dizer, é todo mundo. Todos nós. É isso.

—Vampira: Tu é nervosinho, sabia? Não, não. Não é sobre vocês. É algo mais... pessoal.

         Ele assente, mas demonstrando que não entendera bem.

—Vampira: Às vezes, simplesmente, tenho medo. — ela põe os dois pés para cima do banco e apoia a cabeça no joelho — Medo do que posso me tornar.

—Scott: Acho que todo mundo. O Logan uma vez passou por isso também.

—Vampira: Mas eu não sou igual a vocês. Lembra daquela que o Professor mandou, do Apocalypse?

—Scott: E isso importa?

—Vampira: Hã?

—Scott: E daí se você perder o controle? Somos seus amigos. Deixa as coisas do futuro pro futuro. Agora, a gente tem uma vida. Vamo viver ela. — ele sorri.

Os olhos dela brilham. Porém a recruta Vampira é durona na queda. E ela não entregaria lágrimas preciosas assim tão fácil.

—Scott: Nossa. Quanto trovão.

—Vampira: Isso não é barulho de trovão... é barulho de... Aeronave!

Em um jato retumbante, a enorme aeronave corta os céus que circundavam o instituto. Três helicópteros, para ser mais específico. Circundam a área verde a frente do instituto.

Rapidamente, a enorme brigada de soldados desce de suas aeronaves e se posiciona em recepção ao desembarque de seu comandante, que com cara de poucos amigos caminha em tom de muita pressa.

—Scott: Fury? O que houve?

—Fury: Perdoam a visita sem hora marcada, mas essa não podia esperar.

Repentinamente, o clima antes cinzento, agora se torna negro; a ventania aumenta e raios ecoam dos céus, tão ensurdecedores que provocam arrepios em todos os soldados que estão ali, fazendo alguns saírem de suas posições. Em seguida, ela desce onipotentemente dos céus, com cabelos como que de labaredas brancas ao vento. Magnífica.

—Vampira: Pode ficar fria, Tempestade, essa galera aí só veio bater papo.

—Tempestade: Então acho melhor entrarmos logo, porque vai chover. — um raio rasga os céus.

Fury então dá a ordem a sua equipe para aguardarem fora da mansão. Seu tom de pressa era visivelmente claro, uma vez que ao andar tão rapidamente e em alto tom de nervosismo, ele passa à frente dos outros, quiçá fosse o anfitrião e não o convidado. Porém os raios da tempestade furiosa o refrearam um pouco

Momentos depois, eles estão na sala de recepções, sentados em poltronas aconchegantes demais para querer ficar apenas para uma conversa casual, enquanto a fumaça e o aroma de generosas xícaras de chá preenchem o ambiente.

—Fury: Vou ser bem direto com vocês. Precisamos de sua ajuda. Invadiram nossa base aérea.

         Todos se espantam ao ouvir isso.

—Fury: Deletaram nossos arquivos e sumiram sem deixar rastros.

—Scott: Caramba!

—Prof. Xavier: E o que a sua divisão de inteligência descobriu?

—Fury: Só prejuízo. Arquivos da HYDRA, delitos, pesquisas nucleares, coisas assim.

—Vampira: Agora, criança, vem a parte que eu não entendi. O que os X-Men tem a ver com isso?

—Fury: Como falei, precisamos de sua ajuda. Nem teria passado perto de seu quintal se realmente não pudesse lavar só a minha roupa.

—Prof. Xavier: Ele tem razão, Vampira. Não temos ideia da complexidade do que pode haver naqueles arquivos. Logan? Tempestade? — eles assentem.

—Logan: Concordo. Há muita coisa em risco. Mas não nos envolva em nenhuma guerrinha pessoal de agências.

—Fury: Acredite, não é. Confio no potencial de vocês. Até mesmo já salvaram o mundo. — olha pra Vampira e sorri, e ela sorri bem levemente.

Logan e Charles se olhavam. Havia uma sinergia ali. Em pouco tempo, ele toma seus pertences e os helicópteros da SHIELD somem em meio ao horizonte em questão de segundos. Vampira estava emburrada

—Scott: Porque deixar ele ir sozinho?

—Prof. Xavier: Os parâmetros dessa missão foram muito chamativos pra alguém com as habilidades do Logan. Vamos confiar nele.

—Vampira: E eu tô zarpando também, galera. — ela sai rapidamente.

Um pouco distante dali, o momento não era pra gargalhadas e sim um pouco mais sério. Lance consegue uma reunião com a nova diretora do Colégio BayVille: Srta. Alícia Sinclair. Loira, olhos azuis esverdeados, usava óculos e cabelos médios presos em rabo de cavalo. Suas vestes eram executivas cinzas; uma saia e um blazer. Além do salto alto, claro. Ela não parecia ser alguém na casa de seus 30 anos. Sentado nos bancos de espera ao lado do gabinete da diretora:

—Alícia: Lance Alvers?

Eles entram e se sentam, enquanto o ventilador no teto não refresca tanto o ambiente.

—Alícia: Fui informada que você solicitou pessoalmente essa reunião, estou certa?

—Lance: Sim, é bem isso, mesmo.

—Alícia: E, no que posso ajudar?

—Lance: Acho que a senhora já imagina o que é. — ela franze as sobrancelhas — Sabe, acho que eu e meus amigos merecemos uma chance aqui.

—Alícia: Seus... amigos. Bem, sr. Alvers, digamos que muitos ainda não estão acostumados com a ideia de conviver com essa outra... raça. Há temor

—Lance: É sempre a mesma coisa. Acha que todos nós queremos guerra? Ah, fala sério!

—Alícia: Não falo da intenção, sr. Alvers, mas sim da situação. Recebi recomendações do antigo diretor Kelly e-

—Lance: Já chega. Já ouvi demais por um dia. Tô caindo fora.

—Alícia: Peço que compreenda.

—Lance: Compreender... — fala ele de costas já na porta — Sabia que o diretor Kelly nos usou contra os X-Men? Prometeu que a gente ia voltar, mas nos dispensou no final. Nos usou. Mas nããão. Isso ele não te contou, né?

Enquanto a diretora fica de boca aberta, Lance deixa a sala dela. Sua revolta não estava a ponto de prender a pobre diretora na parede com a mesa, como foi com o diretor Kelly. Aliás, ele jamais faria isso com uma mulher. Com muita raiva ele sai pelo portão principal. Logo atrás dele, vem Kitty.

—Kitty: Lance! Lance!

—Lance: E aí, gatinha. Não devia tá na sua aula?

—Kitty: Me diz como foi lá com a diretora.

—Lance: Ahh — suspira — Não vai rolar, Kitty. Parece que todo mundo nessa droga de mundo odeia os mutantes.

—Kitty: O que você fez? Ou falou?

—Lance: Só a verdade. A gente se fala.

A pobre Kitty não tem palavras e apenas observa Lance ir embora em seu jipe com tristeza no coração. Só que na mesma tarde, ao chegar em casa da escola, ela corre mansão adentro.

—Prof. Xavier: Você está aprendendo muito rápido, Jean. Seu avanço no estudo da multiplicação de células está melhor que o meu, quando jovem.

—Jean: Apenas me esforçando pra tentar parecer com uma certa pessoa que conheço. — eles abrem um bom sorriso — Vou fazer um chá.

—Kitty: Professor! Professor!

Ela entra na sala de recepções onde o Professor franzia o cenho, surpreso.

—Kitty: Preciso de sua ajuda!

O Professor a encara sem entender muito bem. Um dia depois, em algum lugar sobrevoando o estado do Wyoming, já era fim de tarde. O céu estava laranja avermelhado e uma brisa suave corria por esses ares. Logan estava lá, trajado com seu uniforme de calça azul escura, botas e luvas pretas e a couraça regata dos X-Men com marcas douradas de garras nos ombros.

Ele estava ao lado de Fury e do Dr. Garryson, no refeitório gigante, onde todos os soldados estavam reunidos em uma única fileira, lado a lado. Um cientista trazia uma amostra numa cuba de vidro.

—Fury: O trapo ensanguentado. Encontraram no local onde foi feito o hacker. O sangue não é de nenhum de nossos agentes.

—Logan: Ótimo.

Nada do que Wolverine já não tivesse feito antes. Aliás, era algo que ele fazia todos os dias: cheirar coisas. O trabalho era simples. Através do cheiro no trapo, farejar o espião que possivelmente estava infiltrado. A fileira de soldados a sua frente estava tensa e Logan consegue sentir um leve cheiro à sua direita. Com seu nariz aspirando e aspirando o ar ao seu redor, como um perdigueiro experiente ele caminha mais e mais. E o rastro cresce de maneira absurda.

Fury está atento a cena e com muita expectativa. Caso o espião não estivesse dentre aquela turba de soldados no refeitório, ainda restava a equipe de cientistas e os pilotos da nave. O rastro aumenta ferozmente e por instinto, Logan é atraído para um soldado à sua direita. Como alguém que descobre um tesouro perdido, tamanho é o entusiasmo de Logan, que cinge suas garras ameaçadoras.

—Logan: É você!

—Espião: Buuu! Me pegou.

Ele sabia que não havia mais saída. Ele poderia falsificar a sua identidade, mas não o seu cheiro. E contra Wolverine, não há ninguém que possa escapar. Logo, esse mesmo que Logan acaba de apontar como invasor, levanta as mãos em sinal de rendição. Porém, era pura distração. Entre seus dedos haviam duas granadas de fumaça, que caindo no chão, criam uma cortina quase que com visibilidade zero.

—Logan: Cuidado!

Todos ficam eufóricos. Logo, o invasor aplica uma voadora com os dois pés em Logan o jogando a metros de distância; e no mesmo movimento, ele dá um pulo mortal pra trás, conseguindo subir no pilar atrás dele, e apoiando-se em um refletor de luz gigante.

—Soldado da SHIELD: Onde ele foi? Todo mundo em alerta máximo!

—Fury: Ele tá ali em cima!

—Soldado da SHIELD: Todo mundo, atirem nele!

Os tiros resvalavam e zuniam, tanto de armas de fogo pesadas quanto de armas que disparavam raios lasers. O Espião se movia com uma agilidade absurda e com um salto pra trás, ele sobe em outro refletor de luz de um pilar ao lado. Os tiros acertam o refletor, obrigando ele a aterrissar. Assim, ele lança outra bomba de fumaça no chão e isso o encobre. Ele aproveita e entra no meio da cortina onde alguns soldados estão. Logo com golpes incríveis de artes marciais, ele manda os soldados pro chão. Mas ele esqueceu suas costas.

—Soldado da SHIELD: Fim da linha, babaca!

—Espião: Ah, jura?

O soldado atira com sua arma de laser, mas o Espião consegue desviar e aplica uma tesoura voadora no soldado, quebrado seu pescoço.

Fury: Não o matem! Precisamos dele vivo! Vivo!

Nesse momento, Wolverine se levanta, ainda se recuperando da voadora que tomara instantes antes. Não fora uma voadora qualquer. O Espião aplicou tamanha força e concentrou em um ponto específico do copo do X-Men que o deixou atordoado. Nesse momento, Fury aparece para ajuda-lo, enquanto a turba de soldados perseguia o espião, que foge para dentro da cozinha do refeitório.

—Soldado da SHIELD: Atrás dele!

—Fury: Logan! Como é que você tá?

—Logan: Com uma... — se levanta com a mão do lado direito do peito — coceira no peito. Picada de mosquito.

—Fury: Ele tá encurralado.

—Logan: Tô sabendo!

Logan cinge suas garras e vai pra cozinha, onde o Espião estava. Lá, podia-se ouvir os som dos golpes e estocadas, e os soldados voavam pra fora da janela. Dentro da cozinha, ele é cercado.

—Soldado da SHIELD: Agora te pegamos!

O Espião acerta um soco no soldado a sua frente e salta para trás da grande mesa de metal que ficava no meio da cozinha, desviando  dos tiros de laser em pleno ar.

—Soldado da SHIELD: Atirem nele!

Ao aterrissar, os soldados estão para atirar. Logo, com sagacidade, ele toma um botijão de gás que estava ao lado e lança na direção dos soldados que acabam acertando o cilindro e uma explosão se segue, apagando todos os soldados que ali estavam. Do meio das chamas ele sai saltando pela janela, rolando no chão, mas não perdendo a pose. Ali mesmo, Wolverine surge.

—Logan: Então você se acha bom demais, não é?

Do chão, usando apenas uma mão, o Espião toma um impulso e cai em cima do Wolverine, onde este contra ataca com suas garras, quase acertando o capacete dele. Por pouco. Ele desvia e devolve uma cotovelada nas costelas de Logan, que se desestabiliza. O Espião aproveita para aplicar um golpe de Maui Thai, mas Logan segura sua perna e o arremessa em cima de uma mesa, quebrando-a. Aproveitando essa oportunidade, Logan vai pra cima na tentativa de imobiliza-lo, mas seu inimigo é ágil e contra ataca com espécie de coice com os dois pés, acertando a barriga do X-Men, que vai para trás. O invasor tenta um soco giratório, mas Wolverine se defende usando suas garras em forma de X. Em seguida, agarra ele pelos ombros e bruscamente lhe aplica uma cabeçada em cheio. Logo, aplicando um abraço de urso no seu inimigo, eles disputam força.

Uns três soldados que estavam caídos se levantam e avançam pra cima deles. Um dos soldados dá a ordem para atirar, pois estavam com o inimigo na mira.

Mas foi tarde demais e eles atiram. Antecipando os movimentos deles, o Espião relaxa seu corpo e usa a força de Wolverine em sua vantagem. O X-Men se desequilibra e seu corpo é usado como escudo que recebe as rajadas a laser. Ele aproveita e aplica um chute giratório em Logan, o jogando para o lado. Em seguida, ele joga outra bomba de fumaça no chão e salta em cima dos soldados, apagando eles. Com astúcia, ele toma a arma de um deles e atira nas luzes, deixando o enorme refeitório mal iluminado.

Em meio àquele imenso salão escuro, onde as luzes agora piscavam e de maneira pausada, todos procuravam pelo invasor. Fury saca a sua pistola. Um grupo de soldados monta guarda em volta dele, onde Fury era o centro, sempre procurando em volta no chão, mas esquecendo de olhar para cima. Com a leveza e sagacidade um gato, ele aterrissa atrás de Comandante. Fury sente a presença de alguém atrás dele, mas era tarde demais. Em fração de segundos, o Espião saca do bolso de Fury um cartão e logo acerta ele, fazendo desmaiar. Os outros soldados, percebendo isso, se voltam rapidamente, já atirando. No entanto, o invasor salta para cima no momento dos disparos, onde cada soldado, sem querer, acaba acertando o que estava a sua frente. Alguns ainda de pé, mas o hábil acrobata derruba todos ele com chutes giratórios sequenciais, como se fosse um jogo de pinball. Ele corre até a porta e passa o cartão que roubara do bolso de Fury e a porta se abre.

O alarme soa e os corredores agora vibram em meio a discoteca de luzes vermelhas. Uma turba de soldados vai atrás do Espião que foge incessantemente sob tiros vindos de todos os lados. Sua respiração é ofegante e seu coração palpita sem parar, sentindo o temor de ser capturado.

—Fury: Droga! — toma seu interfone — Detenham ele! Ele está com meu cartão de acesso! Não deixem ele chegar até as cápsulas!

—Logan: Ghaahh! Pra onde ele tá indo?

—Fury: Pras cápsulas de lançamento..

—Logan: Põe na conta o preju.

Logan cinge suas garras e vai direto pra porta que Fury havia dito. Com alguns golpes ele abre um rombo na parede. E continua a fazer isso, indo em linha reta, até dar onde Fury havia dito. Em outra ala, o invasor continuava sua fuga. Ele estava já próximo da porta de saída daquele andar. Os soldados continuam a atirar. De longe, o Espião consegue ver a porta no fim do corredor, mas suas chances não estão muito boas, pois o tempo em que a porta levaria para fecha-la, seria o tempo dos soldados o alcançarem. Entretanto, ele tinha uma última cartada. Uma última bomba de fumaça lhe restava. Essa mesmo ele lança no chão, onde explodindo, cria pânico nos soldados e os põe em alerta. Eles criam coragem, encaram a cortina de fumaça e avançam. A porta era do tipo que emergia metade do chão e a outra metade de cima até se encontrarem. E é essa a visão que os soldados tem. O Espião saltando para fora num salto desesperado, pela brecha que estava quase selada.

—Soldado da SHIELD: Morre diabo!

O agente lança uma granada explosiva em direção ao Espião. Nesse momento, a granada atravessa a porta e o acompanha quando ele ainda estava no ar. Em fração de segundos, como que em câmera lenta, no ar, ele segura a granada e a joga de volta, onde milimetricamente, a granada volta para dentro e a porta se fecha.

—Soldado da SHIELD: Impossível!!!

Boom! O som é ouvido meio abafado, do lado de fora. Do lado de dentro, o caos é notório: as paredes estão destruídas e os soldados no chão. Para garantir sua segurança, ele danifica o sistema eletrônico da porta. Em seguida, pula a sacada à sua frente e parte para as cápsulas de lançamento.

Claramente sua vitória é garantida e o consequente sucesso da missão. Porém. Sons de garras de adamantium rasgando o metal. Wolverine desenha um triângulo na parede e com uma voadora, triunfa para fora do hangar, jogando o pedaço da parede longe. De longe, o Espião assiste sem acreditar no que vê.

—Espião: Cacete, cara, tu num desiste, não?

—Logan: Há! Me avise quando perceber!

Sem perder tempo, Logan pula aonde o Espião está. E começa a persegui-lo. Da parede onde Wolverine sai, surge Fury.

—Fury: Vamos Logan, não deixe ele escapar!

Em determinado momento, eles chegam a um corredor formado por umas plataformas redondas e ridiculamente espessas. O caminho está se estreitando e o Espião ataca Logan com uma sequência de chutes e Logan defende todos com o braço. Logo, o invasor ataca com um soco. Logan desvia e o acerta no estômago. Com força! O inimigo colide com a parede, sentindo o golpe.

—Logan: Acabou, meu chapa! Renda-se!

Como que por instinto, Fury põe sua mão em seu bolso esquerdo. Enganado! O Espião roubou mais que só seu cartão. Ele arregala seu único olho.

Logo, o Espião saca um pequeno controle.

—Espião: Tem razão. Acabou. Pra você.

Ao apertar o botão, surgem do chão vários pilares de prata, formando uma espécie de corredor, distraindo Logan. Ele era o alvo. Nesse momento, as estacas emitem rajadas elétricas, eletrocutando Wolverine, que dá grunhidos altos e se contorce. O Espião, aproveita essa brecha e vai até as cápsulas de lançamento. Ele aciona duas delas com o cartão que roubara de Fury. Ele entra em uma delas e aciona a alavanca de desprendimento, ligando os foguetes. Então a cápsula é lançada. Fury, de longe, corre como se não houvesse amanhã, cingido com um lança-foguetes. Ele vai até a beira do precipício da nave e mira na cápsula. Ao puxar o gatilho, sua mira é certeira, nem parecendo que ele tinha apenas um olho. A cápsula vai aos ares deixando um rastro de fogo no ar!

Enquanto isso, Logan, gemendo e grunhindo, com muita ira, consegue vencer as rajadas elétricas e acerta golpes com suas garras em um pilar que está ao eu lado e assim, os outros são desligados automaticamente. Ele vai ao chão, com o corpo fumegando.

—Logan: Esse... n... não.

—Fury: O que? Logan! Você está bem?

—Logan: A cápsula! Alii!

Nesse exato momento, os foguetes propulsores da cápsula que estava ao lado da que Fury explodiu, ligam. A outra estava vazia. Foi apenas uma distração. Que sacada!

—Fury: Impossível!

—Logan: Rhááááá!!!!

Em uma última tentativa, Logan da tudo de si e correndo, dá um tremendo salto tentando fincar suas garras na cápsula. Mas é tarde. A cápsula é lançada e com uma forte estocada, Wolverine apenas consegue arranhar a cápsula, que some em seguida no horizonte, deixando o lobo dos X-Men envolto por uma cortina de fumaça negra. Depois disso, Logan desmaia.

Em Bayville, os alunos deixam a escola como de costume. Alguns vão com os pais, outros a pé, onde talvez no caminho vão a sorveteria ou ao shopping; já outros embarcam no ônibus escolar. Nada fora do normal, a não ser devido a constante perseguição e rejeição contra os mutantes, que a cada dia, torna-se mais ferrenha. Observando da porta de sua escola, Alícia assiste o sol se pondo gradualmente, enquanto o horizonte anuncia a chegada da noite, pouco a pouco. Elas se despede de vários alunos. Enquanto um vento do leste levanta as folhas secas no chão, tal brisa conduz sua atenção a presenciar uma cena. Alguns alunos do ônibus escolar acabam em porem para fora do ônibus outro aluno aos pontapés, julgando ele ser um mutante.

O pobre aluno cai de cara em uma poça de água, tendo seus materiais escolares espalhados. Ao testemunhar isso, ela é tomada por um sentimento de pena. Isso era visível em suas expressões. Como que por instinto ela se põe em posição e avança para ajudar. Porém, algo a impede e seus movimentos são travados. Talvez pelo receio de muitas pessoas ao redor observando enquanto um humano ajuda um mutante, ou algo que ela não sabia explicar. Mas de alguma forma, isso a entristece. Ela não consegue agir.

—Prof. Xavier: Boa tarde, srta. Sinclair. Sou Charles Xavier, diretor do Instituto Xavier para jovens superdotados.

—Alícia: Boa... boa tarde. Eu sei quem o sr. é. Como posso ajudar?

—Prof. Xavier: Venho interceder por certas pessoas.

Nesse momento, Kitty, que havia vindo com o Professor, apressa-se em prestar socorro ao garoto, que tenta recolher seu material e suas folhas dançando ao vento.

—Alícia: Ufff — ela suspira — Lance Alvers e seus amigos não fazem parte de sua escola.

—Prof. Xavier: Venho em nome de todos os mutantes que merecem viver uma vida normal.

—Alícia: Embora eu entenda, Professor, mas está além de mim. — ela o encara com firmeza — A decisão não é minha.

—Prof. Xavier: E nem muito menos deles.

Fala o professor olhando para Kitty e o garoto, enquanto ela corria atrás dos papéis do garoto e o menino dava gargalhadas com a cena.

Na base da SHIELD, momentos depois do ocorrido, Logan acorda na Sala de Monitoramento. Um despertar brusco, como se estivesse em um pesadelo medonho.

—Fury: Nossa, você acordou. Ele fugiu, Logan. O desgraçado conseguiu.

Enquanto Fury falava, Logan se levanta gradualmente já rangendo os dentes e cerrando os punhos, andando na direção do Dr. Garryson. Ele agarra o doutor pelo colarinho do seu jaleco e o joga na parede e põe suas garras no pescoço dele. Rapidamente, soldados avançam para detê-lo.

—Soldados da SHIELD: "Ei, que isso, que isso!". "Vamos, segurem ele!". "Reforço! Borá lá, gente! Segura! Segura!"

—Fury: Logan, o que diabos tá acontecendo?

—Logan: Quer mesmo saber? Pergunte a ele!

O doutor encarava Logan, assustado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, encerra-se por aqui, por enquanto. É um roteiro de um episódio todo, por isso é longo desse jeito. Há quem não goste ou prefira assim, mas é assim que um roteiro é; até onde eu estudei a respeito. Bem, é isso. Até a próxima! Continuação na sequência.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "X-Men Evolution - 5ª Temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.