Mastermind escrita por Nathyy Weasley


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oi!
Eu estou satisfeita com esse fim, rapaz, eu só escrevo coisas curtas agora né, Hirena drenou toda minha capacidade de desenvolver longs? Será?
Enfim, estou grata por essa mini jornada aqui, e com esse finalzinho muito silly eu encerro mais uma.
Espero que tenham um vislumbre de Daylight hoje.

Boa Leitura!



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Eles passaram a noite inteira alternando entre um e outro na sala de espera do hospital, Alvo resolveu trazer as meninas para casa para descansarem um pouco, estavam todos ansiosos, porém exaustos, pela longa viagem e o dia que não acabava nunca.

Isso era o que Rose pensava ao cair no sono, estava montando várias teorias na sua cabeça e uma das primeiras coisas que fez foi deixar uma mensagem para Lily.

“Tem alguma coisa errada com Alice”

Quando finalmente abriu seus olhos novamente, relutante, ela coçou os olhos e sentou na cama, Dominique parecia uma pedra do seu lado, dormindo profundamente, babando no travesseiro.

Rose bocejou e olhou ao redor, a sua mala estava aberta no chão como tinha deixado no dia anterior, mas ela notou que algo faltava ali.

Antes que pudesse se questionar Rose pegou o celular, ligando a tela.

“Realmente tem”

Rose franziu o cenho, ouviu duas batidas na porta e ergueu os olhos atordoada.

A cabeça de loiros platinados despontou na porta.

— Ele nasceu, Rose! – Scorpius murmurou com um sorriso largo no rosto

Rose balançou a prima animada, Dominique reclamou tentando abrir os olhos com a claridade

— O que foi, Rose?

— Seu sobrinho nasceu, Dominique, levanta daí

Essa foi a injeção que faltava para fazer Domi pular da cama, já pilhada, correndo para trocar de roupa

Rose começou a vestir qualquer coisa ali mesmo, Scorpius entrou no quarto e fechou a porta atrás de si

— Tem outra notícia que acho que você vai querer saber, Rosie

Ele começou abrindo um sorriso que Rose achou muito suspeito

— Alice foi para casa

— Que? – Escutaram o grito de Dominique do banheiro

Scorpius soltou uma gargalhada sincera e Rose parou para o encarar.

Ficou em silêncio encarando o amigo, como assim foi para casa, ela voltou a olhar para a tela do celular, isso era arte de Lily Evans também?

Rose não teve tempo para pensar, pois ouviram os gritos de Alvo os chamando lá embaixo.

As meninas terminaram de se vestir e desceram aos tropeços atrás de Scorpius.

— Nós precisamos esperar que eles venham para casa – Disse Alvo cruzando os braços.

A ruiva não prestou atenção no primo, seus olhos se atentaram para o primo mais velho, vestindo apenas uma calça moletom, seu cabelo estava bagunçado, seus olhos levemente fechados, ele estava com sono também, bocejava.

Rose perdeu a noção do tempo enquanto observava o primo.

Por alguma sorte ninguém estava prestando atenção nela, agradeceu a Deus por aquilo porque tinha certeza que estava corada.

Dominique e Alvo conversavam animadamente enquanto mandavam mensagens para os familiares.

Era a visão mais estonteante que ela tinha visto naquela semana, quem sabe naquele mês inteiro, ela estava agraciada demais com a visão e sentia seus nervos a flor da pele, poderia explodir se alguém tocasse nela.

Não foi tarde demais quando os olhos de James se encontraram com os seus, ela quis se tapar de alguma forma, pois se sentia despida perante ele, vulnerável e sem nenhuma armadura.

Os olhos castanhos de James entrelaçaram seus olhos azuis e os dois passaram um minuto inteiro fitando um ao outro.

Como se só existissem os dois na sala, Rose sentiu sua pele arrepiar.

Antes que pudesse fazer qualquer coisa, o celular de Rose vibrou, ela recebeu uma mensagem de Lily

“É a sua chance, Rosie”

Você está me vigiando, Lilian Evans? Rose pensou corando.

Quando ergueu seus olhos novamente o primo já não estava mais ali, seu coração apertou no peito, o que ela ia fazer?

 

 

[...]



Então o dia tinha passado inteiro, sem ela saber ao certo o que tinha acontecido com Alice, e o porquê James estava sumido, provavelmente não queria ficar junto dos primos e estava falando com a namorada pelo celular o dia todo.

Sem mais mensagens de Lily, sem questionamentos para os seus amigos, que agora comiam como quem estava passando fome a três semanas na mesa do restaurante.

Restaurante muito bonito esse por sinal.

Tudo era incrível naquela cidade, parecia até um sonho, tinha o poder de deixar Rose fascinada como ela se sentia quando mergulhava em seus livros.

Na volta pra casa Rose não resistiu em desviar dos primos e ir para a praia, tirou o tênis dos pés e chutando areia caminhou até a frente da grande casa, sentindo o cheiro do mar salgado Rose sentou na areia.

Sua mente finalmente estava em silêncio, ouvindo as ondas do mar, sentindo a areia entre seus dedos do pé, a ruiva fechou os olhos, se deixando levar por aquele momento único.

— Está sentindo? – Ela escutou a voz mansa do seu lado e automaticamente abriu os olhos para vê-lo

Parado em pé ao seu lado estava um James coberto por uma manta, claro, estava frio, mas Rose nem prestara atenção nisso.

Ele se acomodou do seu lado e esticou a manta para que ela pudesse se cobrir também, Rose não entendeu nada do que estava acontecendo.

Os dois ficaram em silêncio, um silêncio ensurdecedor, Rose juntando palavras para saber o que dizer enquanto a brisa do mar batia levemente nos cabelos de James, os olhos dele brilhavam.

— O que houve com Alice? – Foi a única coisa que veio a sua cabeça, estava curiosa

— Voltou para casa

— Por quê?

Ela atraiu o olhar dele

— Ela não precisava mais ficar

— Como não precisava?!

— Rose – ele disse olhando de volta para o mar

A ruiva viu o menino corar, seu coração disparou no peito, o que estava acontecendo?

— Eu precisava ter certeza da sua parte

— O que está dizendo?

Ela estava totalmente confusa, James suspirou

— Você demorou muito pra aceitar isso

As mãos de Rose começaram a tremer e suar segurando o cobertor, ele estava falando do que ela pensava que estava?

De repente um quebra cabeça começou a ser montado na cabeça de Rose

— Perdão os meus meios, mas você é impossível de adivinhar...

— O que está acontecendo?

Ela ergueu as sobrancelhas

— James... – Ela começou arregalando os olhos à medida que entendia

Lily Evans! Rose pensou, é claro que Lily Evans não faria aquilo do nada

Ela não podia acreditar

Seu coração dava pulos como louco.

Ela não sabia o que sentir além de uma ansiedade imensa tomando conta do peito

Era tudo um plano

— Vovó me conhece bem e prometeu que me ajudaria com você, eu sinto muito por ter sido assim...

— E Alice?

— Alice é minha melhor amiga, Rose, claro que ela ajudaria

Agora ela estava se sentido lesada, chateada e com raiva, em algum ponto dentro de si sentia que aquela esperança tinha virado uma fogueira dentro de seu peito.

— Por quê diabos você só não veio falar comigo? – Ela disse pronta para se levantar, em estado de choque e revolta

James segurou em sua mão

— Eu tentei, mas você nunca me deixou chegar perto o suficiente

Os olhos dele passavam um lampejo de desespero.

Rose não conseguia entender, ela sabia que ela era difícil de lidar, que tinha um muro em sua volta, mas se sentia apenas uma peça de um tabuleiro.

— Vocês me usaram e...

— Não, Rose, jamais te usaria, eu não sabia que você ia sofrer dessa forma, eu achei que não me via da mesma forma e eu...

— James – Rose cortou

Ela não sabia o que dizer naquele ponto, ela pensava que o sentimento era unilateral, ele também pensava isso, qual seria a única forma de abrir o coração de Rose? Se Lily tinha arquitetado tudo aquilo ela tinha acertado em cheio.

Mas tamanha era a mágoa para Rose que ela se levantou, com os olhos marejados, James se ergueu junto com ela e segurou em suas mãos, ela se mostrou relutante tentando se afastar

— Eu sinto muito, eu não podia mais ficar longe de você, eu não aguentaria nem mais um segundo se quer...

Então seu mundo parou e ela prendeu a respiração

— Você me deixa maluco, Rose, eu não consigo te ver e não te tocar, meu corpo inteiro vibra, seu cheiro me deixa louco, você não tem noção do que faz comigo

Rose tinha noção sim, pois era a mesma adrenalina que ele a fazia sentir, fora de si, a ponto de fazer coisas malucas para ter um pouco da sua atenção.

Os olhos dele encheram de lágrimas quando ela cedeu, segurando nas mãos dele também

— Eu te amo, Rose, desde o momento que você invadiu meu quarto e discutiu comigo por não estar na sala de jantar com vocês, te amo desde o momento que eu te vi descer as escadas no dia da formatura, te amo desde o ciúmes absurdo que me fez sentir saindo com o Scorpius, mesmo que fosse para encontrar com o Al

Ele tomou uma lufada de ar enquanto a ruiva já chorava sem parar

— Eu te amo tanto que dói, Rose, dói fisicamente em mim, eu não consigo respirar direito longe de você, nada mais importa

Suas palavras foram tão certeiras como uma flecha atirada em seu coração.

Ela faria tudo igual, na verdade ela fez, ela planejou momentos estratégicos e chutou o balde de uma vez, para não o perder, ela sabia que faria a mesma maluquice, sabia que atravessaria o oceano a remo, que quebraria o seu próprio muro e que entraria em uma briga de tapas com Alice por ele.

Era insano, o tão longe que ela tinha chegado, ela entendia ele, também estava desesperado a ponto de não aguentar mais aquelas briguinhas que só adiavam o inevitável.

Rose segurou em seus ombros, com o coração nas mãos e tremendo da cabeça aos pés, deixou o cobertor cair na areia e subiu na ponta dos pés.

Com o mesmo impulso que tivera nos últimos dias, Rose tomou os lábios dele em um beijo singelo.

Rose acreditou que todos os dias até ali tinham sido cinzas e sem graça, pois agora eram brilhantes e coloridos.

Agora tudo fazia sentido.

Quis dizer que também o amava, talvez com mais intensidade ainda, mas James segurou o rosto da ruiva com as duas mãos e aprofundou o beijo, tirando o folego da menina.

Em um beijo apaixonado os dois se perderam naquela noite, trocando olhares que nunca tinham feito antes, juntos o tempo todo, abraçados como se a simples menção de soltar pudesse quebrar um dos dois.

Já passava da meia noite quando decidiram entrar para dentro da casa, tentando evitar acordar alguém, mas assim que adentraram a sala, lá estava ela, com os braços cruzados encostada no balcão e com um sorriso maquiavélico nos lábios.

Lily Evans estava tão orgulhosa dos seus feitos ao ver aquela cena que ver os olhos brilhando dos dois aqueceu seu coração, ela estava tão feliz como se tivesse acontecido tudo com ela mesma.

Lily colocou o dedo entre os lábios, pedindo silêncio, os dois assentiram e subiram as escadas na ponta dos pés.

Rose estava nas nuvens, assim que atravessou a porta do quarto de hóspedes James a puxou de volta para outro beijo, obviamente tentando recompensar todos os anos perdidos pelo caminho.

Tinha dado certo no final, os planos de todos eles, como um desencadear de dominós, perfeitamente planejado.

Rose só conseguia pensar que Lily Evans era uma gênia e ela estava muito grata por isso.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada por me acompanharem mais uma vez, como sempre, eu vejo os números aqui a tanto tempo e fico tão feliz, de verdade, vocês fazem meu dia sabendo que tem pessoinhas interessadas.
Agradeço de todo meu coração mais uma vez e espero vocês em breve (Vamo ver se a gata cria vergonha na cara pra escrever mais).

Até uma próxima!



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