O Bando Vizinho escrita por Adnoka


Capítulo 10
ΑΩβ 09. — Sete dias. Dia Três.


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap... espero que curtam.

Boa leitura meus amores



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Como a Jin-ah só precisaria estar na faculdade as onze da manhã para dar início ao processo de contratação ela estava tomando seu café tranquilamente enquanto lia sem parar o bilhete que o Hyunjin havia deixado para ela na noite anterior.

Você adormeceu nos meus braços lindinha, então te coloquei na cama e saí, mas confesso que queria ter ficado ao seu lado. Ps: quando dorme você fica ainda mais bonita. Que seu dia seja perfeito assim como você é.

Vou sentir saudades. Beijos do seu Jinnie.”

— Meu Deus, eu realmente estou apaixonada por eles.

Ela disse sorrindo enquanto passava seus olhos naquele bilhete pela milésima vez.

— É eu estou sim.

Ela foi se arrumar aos poucos, com calma pois ainda teria bastante tempo já que acordou super cedo, e enquanto escolhia a roupa batidas em sua porta foram ouvidas e ela foi logo atender.

— Será que o Jinnie esqueceu algo? Ou será que é o Innie?

A campainha tocou também e ela achou estranho, “estou indo” ela disse enquanto descia as escadas e ao se aproximar da porta seu estomago embrulhou, ela começou a tremer e sua alegria foi a deixando aos poucos pois o cheiro forte de bambu estava tomando a entrada da sua casa e ela já sabia o porquê.

...

Na casa em frente, todos dormiam com o Bang Chan pois geralmente era assim que faziam em seus períodos, durante o dia revezavam, mas a noite ficavam sempre todos juntos.

...

— Já acordado bebê?

— Sim Channie, mas e você meu amado beta, por que acordou agora?

— Não sei, tô me sentindo estranho.

— Incomodado?

— Um pouco.

— Eu também...

— Meus amores está tudo bem?

— Você também Minho. Já acordado?

— É... Não sei por que mas estou estranho.

— Acho que todos estamos meu amor.

— Oi Binbin...

Todos ali acordaram se sentindo estranhos sem conseguir entender direito o porquê.

— Innie amor, é a sua vez de falar com a Jin-ah, não é?

— Sim Lino.

— Você vai falar com ela agora cedo?

— Será que ela já acordou? Eu queria falar com ela antes de ela ir para a Universidade.

— Innie bebê você pode ir amor, não se preocupe comigo e qualquer coisa os outros estarão aqui, e você também pode voltar mais tarde.

— Vou se me der um beijo primeiro Channie.

— Claro meu lindo beta, aproveita e deixa do seu cheiro delicioso para mim por favor?

— Todo meu cheiro para você amor.

...

Quando o Innie saiu do lugar de conforto do Chan ele se sentiu ainda mais incomodado então colocou seu telefone em uma chamada no viva voz pois ele decidiu que falaria com a Jin-ah enquanto tomava banho.

— Por que ela não me atende logo?

...

Na casa da Jin-ah tudo veio ao chão quando ela abriu a porta e viu que seu pesadelo era real.

— Oi Jin-ah te encontrei finalmente, então foi aqui que você veio se esconder de mim?

— Park Seon... — Ela tremia por dentro, tudo que ela não queria era ver seu ex marido naquela manhã e agora com ele bem ali em sua frente ela teve que se segurar muito pois pensou que fosse vomitar a qualquer momento. — O que você está fazendo aqui?

Ele mal olhou na cara dela e foi a empurrando da porta para liberar a passagem para ele para assim entrar em sua casa sem ter sido convidado.

— Quem disse que você poderia entrar Park Seon? Saia já da minha casa.

— Aí meu amor, você não sentiu minha falta?

Ele era tão dissimulado que se alguém o visse acreditaria que ele gostava dela, igual a quando eles se separaram onde tudo que a Jin-ah ouvia era “nossa, mas ele parecia te amar tanto, parecia te amar mais até do que você o amava”; para o inferno todos que lhe falaram isso acreditando que ela era quem não amava naquela relação quando ela sabia que na verdade não era nada daquilo.

Ela queria morrer, respirar estava doendo nela.

— Que merda é essa? — Sua voz saía tensa e ela não queria se alterar — Por que você veio atrás de mim Park Seon?

Ele a olhava de cima a baixo, olhava toda a casa dela e aquele sorrisinho idiota de quem achava tudo aquilo perfeitamente normal estampado no rosto dele estava deixando a dona da casa irritada.

— Pelo que vejo você está muito bem né Jinzinha?

— Não me chame assim, e como eu estou não te interessa nem um pouco.

O alfa respirou fundo e pôde sentir um leve cheiro ali que ele não reconhecia.

— Chocolate com hortelã? Um alfa? — Ele puxava mais o ar — O que um alfa fazia na casa da minha mulher?

— DA SUA O QUÊ? — Ela parecia que ia perder as forças a qualquer momento. — Até onde eu sei eu nunca fui sua mulher de fato Park Seon, você nunca me considerou assim e agora vem com essa porcaria toda pra cima de mim?

Ele foi para cima dela e a segurou nos ombros com tanta força que ela soube que ficariam marcas ali.

— Você acha mesmo que outro alfa vai querer você? — Ele rosnava um pouco e ela encolheu, mas não deixou de encará-lo — E mesmo que ache que queira vai ser só ficar com você pra saber que você não é tão boa assim, e aí vai te trocar como eu fiz, por que é o certo a fazer.

— Sai daqui Park Seon, eu vou chamar a polícia se você não sair.

Ele a soltou serrando os lábios.

— Me deixa explicar por que eu vim amor, eu queria te dizer que não te esqueci, desculpa o que falei quase agora é mentira, eu só fiquei com ciúmes de você; eu tô com saudade Jin-ah, sinto falta do seu cheiro, do seu jeito todo carinhoso e...

— Da pra parar com isso? Eu estou ficando com mais nojo ainda de você, o que você aprontou? E a sua esposa? A ômega perfeita que “deus” preparou para você? — Ela respirou com calma e o cheiro dele causou ainda mais náuseas nela — Quer saber? Não me diga nada, apenas saia daqui e eu te proíbo de aparecer na minha casa novamente está me ouvindo?

Ele era tão dissimulado que a Jin-ah não soube o que ele poderia estar pensando.

— Você não vai me expulsar, eu vim para ficar com a minha ômega, você ainda pertence a mim, espero que saiba disso.

— O que? Desde quando? Nem me marcar você me marcou, eu não quis lembra? Eu não quero você, não quero nada de você, eu tenho nojo de você Park Seon, você foi um lixo comigo e eu tenho certeza que deve estar em uma merda enorme para ter aparecido assim, mas quer saber do que mais? Eu não ligo, não tô nem aí para seja lá o que for que você esteja passando, nos separamos a anos já, você tem sua vida e eu o quero bem longe da minha.

— Esperneie o quanto quiser amor, eu estou voltando para você e pelo o que eu vejo seja lá quem for esse ou essa alfa tá só se aproveitando de você, nem tá aqui para te defender, deve só ter fodido com você a noite e foi embora por que é como eu disse, ficar ao seu lado pra valer ninguém quer, só eu ainda consigo essa proeza.

A Jin-ah queria fazer alguma coisa para tirar ele da casa dela, ela estava perdendo seu chão a cada palavra daquele alfa, e as feridas dela iam sendo expostas uma a uma a fazendo sangrar novamente a cada merda que aquele alfa jogava nela.

— Cala a boca seu imbecil, é sério Park Seon sai da minha casa agora.

— Você vai me obrigar a isso? Duvido... deve estar louca de saudades de mim, então por que não subimos e matamos sua saudade?

Ele foi até ela e tentou a abraçar, pois ele lembrava como ela amava abraços e ele pensou que se chegasse perto o suficiente ele poderia inebriá-la com seu cheiro despertando desejos nela de forma proposital.

— Não me toca! — Ele tentou beijá-la, mas ela conseguiu se afastar. — Você não tem o direito de aparecer aqui, não tem o direito de me falar um monte de merda e nunca pense nem por um segundo que eu sequer cogitaria voltar para você por que eu jamais faria isso.

— Eu posso forçá-la a isso Jinzinha, você ainda não foi marcada por ninguém, logo não apareceu ninguém que a quis como eu sempre suspeitei que seria.

...

Do outro lado da rua o Innie olhava o carro parado na frente da casa da Jin-ah e achava aquilo suspeito, então ele decide ir até lá para ver se estava tudo bem.

...

— Vamos Jin-ah não seja difícil comigo, sou o único que ainda vai querer encostar em voc...

Ele não pôde terminar de falar pois levou um soco na boca que a cortou e a fez sangrar.

— Quem você pensa que é para encostar e falar assim com minha ômega seu otário?

Ele nem deixou o alfa falar mais nada e lhe desferiu outro soco, mas agora no meio da sua face acertando em cheio o seu nariz e a Jin-ah estava em desespero, mas seu desespero era unicamente pelo beta, pois ela teve medo que ele se prejudicasse por conta daquele odioso alfa.

— Um beta? O que um beta está fazendo aqui e falando que você é dele amor, fala para ele que eu sou seu esp.

— Ah você quer apanhar mais? — O beta o pegou pela nuca e o levou para fora. — Entra na merda do seu carro e some daqui a Jin-ah é a minha ômega e você nunca mais vai encostar um só dedo nela está me ouvindo? Não apareça mais aqui, não tente encurralá-la para falar com ela e se eu sonhar que você está a rondando eu juro que mato você.

— Quem é você seu beta inútil? Ela é a minh...

— Você ouviu meu beta e agora vai me ouvir também, — O Minho que tinha ouvido a confusão dentro de sua casa chegou ali usando a sua voz de lobo e por ser um alfa superior o Park Seon se encolheu, o alfa líder do bando Lee havia resolvido sair para ver quem era e ao se deparar com a cena fez as conexões entendendo logo de quem se tratava e aquilo o enfureceu como a muito nada o fazia. — Não me interessa quem você é, o que sei é que a Jin-ah não é nada sua então você vai entrar no seu carro agora e sumir daqui, vai seguir exatamente o que meu beta te falou e se voltar a dar as caras não vou impedir o Innie de matar você, muito pelo contrário eu mesmo vou ajudá-lo, — Ele tinha seus punhos cerrados e sua voz de lobo fazia o interior de todos ali estremecerem. — Suma daqui, e eu espero nunca mais colocar meus olhos em você.

O Park Seon os encarava com ódio, ele tinha ido até ela com planos, ele queria um lugar para se esconder por um tempo de uns agiotas e acreditava que fazer a Jin-ah se convencer de seu arrependimento era o mais fácil, depois ele só sumiria, ou falaria pra ela que se enganou ao achar que sentia falta dela e voltaria para sua ômega e filha.

— Vocês dois estão trepando com ela? Por isso essa revolta toda por que o marido e verdadeiro dono dessa ômega voltou?

O rosto do Park se virou por completo com o soco que o Minho deu.

— Nunca mais se refira a ela, nem de brincadeira você me entendeu? Você é um lixo, nunca a mereceu nem por um segundo sequer dessa sua vida medíocre e agora você vai entrar na merda do seu carro e sumir daqui.

A voz de lobo do Minho ordenou e o Park Seon não tinha como não obedecer, quem mandava ali era aquele alfa, mas o Park não desistiria, ele ainda queria ficar com a Jin-ah para se esconder e a faria acreditar em seu falso amor a qualquer custo, pelo menos esse era seu pensamento.

— Eu vou, mas a Jin-ah ainda não foi marcada, e por ter sido seu marido eu vou reivindicá-la.

— Some daqui!

O outro alfa apenas entrou no seu carro e se foi, mas na cabeça dele apenas esperaria o momento certo, ele tinha um plano e o colocaria em prática assim que possível.

Assim que o carro dele sumiu de vista a Jin-ah foi ao chão e se não fosse pelo Innie ela teria batido a cabeça no meio fio.

— Leve ela para dentro Innie, vamos cuidar dela.

Ele assim o fez levando-a para seu quarto e a deitando em sua cama, sendo seguido pelo Minho que tomou seu pulso e verificou seus sinais vitais com cautela e precisão.

— Não foi nada sério bebê, ela já vai voltar a si não se preocupe.

...

De fato, ela não demorou a voltar a si e o Innie estava ao seu lado segurando em sua mão quando ela acordou.

— Lino ela está acordando!

— Estou subindo bebê! — Ele tinha descido para pegar água para quando ela acordasse.

— Innie... Oi... — Ela estava com o semblante triste que logo foi substituído por um semblante aflito. — Meu Deus que horas são? Eu preciso ir para a Universidade.

O Minho entrou no quarto e pode sentir a angustia da ômega, ela estava em real desespero, mas não era só por conta do que precisava resolver, tinha muito ali a ser dito.

— Amor que horas você precisa estar lá? Tome aqui... — Ele coloca a água que levou para ela em um copo e entregou a ela que o pegou sem nem perceber.

— As onze, preciso estar lá as onze Minho, eu apaguei por muito tempo?

— Não minha perfeitinha só um pouco, ainda está cedo, vai dar tempo tranquilo eu vou levar você não se preocupe.

O alfa e o beta trocam olhares, enquanto ela estava desacordada eles combinaram que o Innie iria passar o dia todo com ela se possível, pois eles acreditavam que o Park Seon ainda estaria a rondando.

— Innie, não precisa se preocupar comigo, inclusive eu agradeço muito a ajuda dos dois, mas agora que ele já foi eu vou ficar bem. — No fundo ela sabia que não ficaria nada bem, mas também não queria desabar na frente deles.

— Meu bem, deixe a gente cuidar de você um pouco por favor? — O Minho sentou ao lado dela na cama e segurou em sua mão. — Olhe para mim amor, — Ela que estava de cabeça baixa pela vergonha que sentia acabou o olhando como ele pediu. — Ele era o seu ex marido certo?

— Sim, o Park Seon veio atrás de mim...

— E o que ele queria?

— Provavelmente um esconderijo provisório, mas veio com papinho de querer voltar, aí me insultou e foi quando ele sentiu o cheiro do Jinnie aqui em casa e surtou, depois veio com papo de me marcar enfim um terrível pesadelo.

— Marcar você? Quem aquele merda pensa que é?

— É eu entendi a intenção dele quando ele disse que irá reivindicá-la Innie, como ele foi seu último parceiro ele acha que ainda pôde marcá-la para prender ela a ele.

— Que filho da puta! Ele pode mesmo fazer isso Lino?

A Jin-ah apenas prestava atenção neles, se tivesse um buraco ali ela se esconderia e ao mesmo tempo ela só queria um abraço bem apertado para tentar diminuir angústia que sentia.

— Poder ele não pode, mas pelo que vi ele vai tentar, e por isso meu amor que eu peço a você, permita que o Innie te leve até a universidade, faça o que tem que fazer por lá e depois passe o dia com ele tudo bem? Pode ser assim?

— Eu não posso incomodar vocês assim Minho...

— Não será incomodo algum minha perfeita ômega, na verdade eu já tinha planos para nós hoje. — Ele fala com um lindo sorriso no rosto e a Jin-ah por um instante esquece sua aflição pensando em como ele é adorável. — Então? Vou buscar o carro e as coisas que tinha separado está bem? Você não vai dizer não para mim, não é?

Ela olha para o beta e depois para o alfa, ela estava tão envergonhada e triste que mal saberia dizer como se sentia em vê-los ali com ela, pois pensou que certamente de pois de presenciarem aquela maldita cena eles não iriam mais querer continuar com aquilo tudo com ela, enfim tinha sido bom enquanto durou.

— Está bem, vou passar o dia com você Innie, e obrigada por isso.

— Não me agradeça amor, — Ele a abraça forte — Me abrace também, eu nunca vou deixar você perder seu lindo sorriso minha perfeitinha.

Ela o abraçou de volta e chorou um pouco e ele se afastou indo fazer o que tinha dito.

— Até daqui a pouco amorzinho.

Depois que ele saiu o Minho se colocou de frente para ela que desviou o olhar, mas teve seu rosto voltado na direção dele que o pegou com delicadeza e o levou para si dando um selar carinhoso em sua bochecha em seguida.

— Precisamos falar sobre isso meu amor.

— Precisamos? — Lágrimas ainda rolavam o rosto dela — Minho eu sinto muito por você ter presenciado aquilo, eu sinto muito por você ter se envolvido com alguém como eu e...

— Alguém que é mais do que perfeita para mim e para todo o meu bando? — Ele a interrompeu por entender mais ou menos como ela se sentia, e ele não podia deixar ela com aqueles pensamentos errôneos. — Jin-ah acredite em mim, isso não alterou em nada meu desejo de te fazer minha, de ter você no meu bando e de te ver sendo nossa ômega excelente para o resto de nossas vidas, — Ele deu outro selar em sua outra bochecha que estava molhada com as lágrimas dela — Eu só quero te proteger, eu preciso que me deixe cuidar de você, você não tem culpa alguma se esse calhorda do seu ex é um babaca sem tamanho, mas acontece que agora você não está mais sozinha, eu e os outros estamos com você e sempre estaremos só nos permita cuidar da nossa ômega sim?

Enquanto ele falava ele liberava mais do seu cheiro para acalmá-la o que ele notou funcionar bem.

— Como Minho?

Ele não entendeu muito bem o que ela quis dizer.

— Como o que meu bem?

— Como você vai continuar interessado por alguém como eu? Sem nenhum tipo de atrativo, cheia de problemas e que ainda tem um imbecil atormentando a vida?

O Minho a encarou, com toda certeza aquele imbecil desencadeou gatilhos de rejeição nela e ele estava devastado em vê-la assim.

— Olhe para mim meu amor. — Ela que desviava o olhar do dele o encarou a muitas custas. — Nunca mais repita algo assim, você sem atrativos? Nem de brincadeira isso seria real...

— Mas Lino...

— Não meu amor, eu não vou deixar que você se deprecie, isso não é real e se você me permitir aos poucos eu vou fazê-la se enxergar como eu a enxergo e aí sim você vai ver o quão incrivelmente perfeita você é.

Ele sentiu uma vontade enorme de beijá-la, ele a envolveria em seus braços e a beijaria com todo seu amor e carinho, mas ele decidiu ainda não ser a hora para isso então apenas a abraçou.

— Vamos fazer assim gatinha, vai se arrumar para ir resolver o que precisa, eu vou ficar aqui até o Innie voltar, passe sim o dia com ele depois que resolver tudo e a noite nos falamos mais está bem?

Ela estava toda aninhada nele e ficar assim em seus braços foi completamente automático eles nem se deram conta em como se encaixaram daquele jeito.

— Está bem Lino, eu só posso agradecer, você é muito bom para mim e eu nem mereço isso.

— Como não merece? Minha ômega merece apenas o melhor e é exatamente isso que você vai ter de nós, o melhor para sempre me entendeu?

— Entendi... Vou me arrumar Lino.

— Vai lá amor.

Ela antes de sair da cama deixou um selar no rosto dele que sorriu grande com o gesto, mas ficou pensando no que precisaria fazer para saber mais daquele que a fez tão mal e uma coisa era certa o Minho não iria deixar ele se aproximar dela novamente.

...

Na casa em frente

O Innie foi correndo em casa e pegou as coisas que já estava arrumando desde o dia anterior para colocar no carro e poder voltar logo para a casa da Jin-ah com medo dela desistir de passar o dia com ele, e enquanto ele aprontava e pegava tudo ele contou ao Hyunjin o que aconteceu.

— Que ódio desse idiota, meu Deus Innie por que você não me chamou amor?

— Não fique bravo comigo meu lindo, eu não podia deixar ela lá sozinha com ele e quando o Minho chegou bem... você sabe, eu já estava cego de ódio e não pensei em mais nada.

— Você fez bem em colocar aquele idiota no lugar dele, espero que não tenha se machucado raposinha.

— Estou bem môh só estou preocupado com a nossa perfeitinha.

— Ela ficou muito mal? Que pergunta besta, quem não ficaria mal numa situação dessas? — O alfa queria correr na casa dela, mas como o Minho estava lá ele ficou. — Queria abraçar nossa lindinha Innie...

— Eu vou passar o dia com ela lindo, falo que você mandou um monte de beijinhos para ela.

— Podia dar uns beijinhos nela também né? — os dois sorriram cúmplices.

— Ninguém a beijou ainda môh?

— Acho que não, mas acredito que tivemos vários “quase”.

— Hum... Então talvez ela ainda não queira me beijar também.

— E você vai tentar?

— Não sei, até tentaria se não tivesse rolado essa merda toda, na verdade era esse meu plano para hoje.

— Seu danadinho!

— E foi por ser assim que você se apaixonou por mim não foi?

— Exatamente, meu pequeno príncipe! E eu sou louco por você até hoje!

Eles se beijaram com paixão, mas logo se separaram para não perder o foco.

— Môh não comenta nada no lugar do Channie tá? Isso pode fazer mal para o nosso manhosinho.

— De jeito nenhum bebê, acho que nem com os outros eu vou comentar, vou esperar que o Minho fale com todos nós é o melhor a fazer.

— Tão perfeito meu lindão. — Eles dão um último abraço e o Innie pega as coisas para ir.

— Deixa eu ajudar meu galã a colocar tudo no carro.

— Obrigado lindo.

Antes de ir eles se despedem carinhosamente.

— Cuida bem da nossa ômega tá bom amor?

— Pôde deixar môh, vou cuidar dela e convencê-la a vir logo pra nós, não vamos precisar nem dos sete dias do prazo você vai ver.

— Eu te amo tanto sabia?

— Sabia sim, você me falou isso agorinha enquanto bagunçava meus cabelos.

— Ai que bobo, convencido!

— A culpa é sua que fica me bajulando o tempo todo.

— Vai logo Innie antes que eu agarre você.

— Cuida bem do Channie tá bom? Agora é a fase final do período dele então já sabe né?

— Sei sim e eu adoro!

— Claro que adora seu safado!

Os dois se beijam e o Innie sai com o carro da garagem deixando um Hyunjin que no fundo estava muito preocupado para trás.

— Espero que a minha lindinha fique bem.

...

— Acho que estou pronta. — A Jin-ah fala encarando o Minho — Desfaz essa cara por favor Lino, eu fico sem jeito assim.

— Minha cara de bobo apaixonado? Impossível desfazer ela agora, você está muito linda amor.

Ela se sente corar, mas em seu coração apenas a dor de crer que aquilo não era verdade, provavelmente ele só estava querendo ser legal consigo.

— Até parece...

— Não ligo se você não acredita em mim amor, eu sei o que eu sinto e muito em breve você vai ver o quanto isso tudo é real.

Eles pararam frente a frente e se olharam com intensidade, ele queria passar para ela todo seu sentimento e ela desejava que tudo aquilo nunca acabasse como tudo em sua vida.

— Os pombinhos querem privacidade?

— Innie que bom que voltou bebê.

— Ah querem que eu me junte a vocês então?

— Innie!

— O que foi alfa?

A Jin-ah sorriu com aqueles dois e eles se sentiram mais aliviados por vê-la sorrir.

— Bom vou voltar para casa ver como o Chan está e cuidar de algumas coisas — Ele deixa um selar na testa da Jin-ah e outro na do Innie — Aproveitem bem o dia e qualquer coisa Innie me ligue na hora está bem?

— Pode deixar alfa.

— E cuide bem da nossa gatinha!

— Acredite em mim, eu vou!

— Eu sei que vai... bom, até mais meus amores.

— Tchau Lino.

Ele sai dali e o Innie fica a encarando.

— O quê? Algo errado com a minha roupa?

— Eu vou te abraçar perfeitinha. — Ele vai até ela e a abraça com força — Você está linda, perfeita em cada detalhe e eu prometo que deixarei esse dia especialmente doce para você.

— Só de estar aqui Innie já me sinto bem. — Ela o aperta na mesma intensidade que ele a aperta — Seu cheiro é tão bom.

— Quer mais amor?

— Sim Innie, por favor.

— Tudo que quiser perfeitinha, e você poderia me contemplar com o seu cheiro também por favor?

— Certeza? Ele não deve estar tão bom agora.

— Sim amor com toda certeza e saiba que se for seu cheiro será bom não importa quando ou como.

Eles ficaram abraçados ali por uns cinco minutos trocando cheiros sem nada dizer.

— Acho que precisamos ir Innie.

— E nós vamos, mas antes... — Ele levou seu nariz e o colou no pescoço dela cheirando o local profundamente o que a fez rir e se contorcer um pouco com a cócega que sentiu. — Cosquinhas amor? Que fofinha!

— Eu não sou fofinha Innie!

— Ah sinto muito, mas tenho que descordar...

...

Eles saíram e foram até a universidade, no caminho o Innie a distraía com músicas, conversas aleatórias e sempre que possível dava um jeitinho de a elogiar, fosse a roupa, o cheiro, sua voz, pele e cabelos enfim ele estava sendo um verdadeiro cavalheiro com ela e ela mal sabia como se portar diante aquele tratamento que ela acabou por julgar ser o natural dele pois não parecia nada forçado e depois de tudo resolvido lá e ela ser informada de sua escala que começaria na segunda, sendo ela as segundas quartas e sextas-feiras nos períodos da manhã e tarde eles sentiram fome e o Innie disse que a levaria para almoçar.

...

— Para onde você está me levando Innie?

Ela olhava o caminho e a vastidão verde dos lindos campos que tinham naquela região foram enchendo seus olhos, eram muito lindos, mas nem de longe parecia que por ali tinham restaurantes onde eles poderiam comer alguma coisa.

— Hum... surpresa?

— Ah qual é Inniee... assim não vale poxa.

— Meu deus como pode ser tão fofa? — Ele sorria, mas mantinha seu olhar na estrada e ela o encarou. — Vou ter sérios problemas em me segurar para não ficar te agarrando o tempo todo, olha vai ser difícil e já vou avisando que as vezes posso não conseguir.

— Você nunca se olhou não?

— Como assim perfeitinha?

— Innie você é a coisa mais fofa que já vi, é impossível que eu seja fofa quando estou perto de você.

— Já que você pensa assim nunca vamos entrar em uma disputa de fofura por que é capaz que nenhum dos dois sobreviva então.

— Exato! — Ela sorriu e ele adorou vê-la pelo espelho retrovisor.

— Chegamos perfeitinha!

Um lindo campo repleto de flores coloridas e mais ao fundo árvores majestosas enfeitavam a paisagem em sua frente e logo o Innie parou o carro.

— Vamos comer aqui?

— Sim amor, eu te trouxe para um piquenique.

Ele a encarava tentando decifrar seus pensamentos, mas nem ela sabia o que pensar no momento.

— Aqui é tão lindo... — Foi a primeira coisa que disse depois da declaração do beta de que fariam um piquenique.

— Não como você, mas sim é bem bonito aqui então vamos descer? Mais para lá que é para onde vamos é ainda mais lindo e eu sei que você vai amar.

— Vamos!

Os dois desceram e o beta pegou uma cesta de piquenique no porta malas do carro que a Jin-ah julgou ser enorme uma vez que eles eram apenas em duas pessoas e assim que fechou o carro ele estendeu a mão para ela.

— Vem perfeitinha, me deixe guiá-la ao nosso destino final.

Ela deu a mão para o beta e os dois sorriram um para o outro e guiando o caminho ele foi não muito rápido para que ela pudesse apreciar as flores.

...

— Chegamos amor.

Os olhos dela estavam arregalados, eles estavam em um campo de girassóis e era uma das coisas mais lindas que a ômega já viu em sua opinião pois com o posicionamento do astro rei todos os girassóis estavam imponentes seguindo o dono de sua razão de existir e a Jin-ah se sentiu arrepiar com tamanha beleza.

— Innie isso é perfeito demais! — Ela se aninhou ao braço do beta que sorriu satisfeito.

— Vem perfeitinha, vamos ficar bem ali.

Era uma espécie de tenda, mas com um grande espaço verde aberto para um romântico piquenique então eles se arrumaram e se sentaram em seguida e a Jin-ah não conseguia parar de olhar para toda aquela belezura em sua volta, de onde eles estavam sentados dava para ver o campo de girassóis de frente e aquele era um verdadeiro espetáculo em sua opinião.

— Estou sem palavras Innie, muito obrigada por isso, eu nem sabia que tinha um lugar assim aqui em Mid Vallien e o tanto que eu amei...

— Estou muito feliz que gostou, eu pensei nisso todos esses dias, eu sei que você deu seu número para que nós falássemos com você essa semana e eu sei o tanto que meus amores amaram falar com você ou estar com você nem que fosse um pouquinho, mas eu não iria conseguir apenas fazer uma chamada, eu até pensei em vir aqui e te ligar para você ver e eu prometer que a traria, mas para que fazer assim se eu já poderia te trazer direto?

A Jin-ah sorriu mais uma vez, o beta era astuto, apressado, mas principalmente muito encantador.

— Eu adorei você ter decidido me trazer, ainda mais hoje que... enfim você sabe.

— Amor, me desculpe perguntar assim, mas aquele canalha batia em você?

— Apenas porradas psicológicas e não precisa se desculpar, eu entendo sua curiosidade depois de tudo o que viu.

— Porradas psicológicas são porradas amor, eu sinto muito por você ter passado por tudo que passou, sinto mesmo, mas quer saber do que mais?

— O quê?

— Temos panquecas pro almoço e fui eu mesmo quem as fiz — Ele mostrou a travessa de panquecas e estava linda, e como estava em um isopor as panquecas ainda pareciam quentes — Eu garanto a você que depois de comer minhas panquecas você mesma vai me pedir em casamento.

— Ah então esse era seu plano?

Ele sorriu enquanto a servia.

— O tempo todo. — Ele piscou para ela que sorriu grande com o jeitinho daquele beta — Tome aqui, experimente vou analisar sua reação.

Ela pegou o prato e os talheres e se sentou melhor para poder comer direitinho, tirou um pedaço e levou até a boca e o Innie estava ansioso e extremamente concentrado pois como disse ele iria analisar a reação dela.

— Huuum... — Ela fechou seus olhos e respirou fundo enquanto sentia a explosão de sabores em sua boca — Hum... Innie que delícia — Ela falou ainda com a boca cheia, mas não tinha como não falar nada aquela era a melhor panqueca que ela já havia experimentado. — Isso tá perfeito.

O beta estava satisfeito, era exatamente essa a reação que ele queria ver.

— Então, quando casamos?

— Meu deus — Ela sorria e seu rosto se iluminava com o ato — Vamos com calma sim? Eu ainda nem sei se vamos levar isso adiante Innie, você viu hoje que não vou ser deixada em pás, e também viu o quão quebrada eu ainda estou, mesmo que eu tente parecer forte acredite em mim beta, eu estou quebrada.

O Innie já havia começado a comer também, mas agora ele a olhava concentrado, como se pensasse no que faria para fazê-la mudar de ideia.

— Perfeitinha, — Ele falou em um tom ameno.

— Hum... — Ela respondeu de boca cheia.

— Quando algo nosso se quebra muitas vezes nós descartamos, não é?

— Isso...

— Mas quando é algo que amamos muito, algo que nos é valioso mesmo que para o resto do mundo não seja, geralmente quando é assim nós tentamos restaurar, não é? Ou guardamos para poder transformar aquilo em algo novo certo?

— Mais ou menos por aí, mas onde você quer chegar com isso?

— Quero chegar em você amor, não importa se o mundo te tratou sem o amor que você merecia, não importa o tanto que te disseram que você não era valiosa ou estava estragada, para mim e para todos nós do bando Lee você é nosso algo valioso, inestimável e que amamos muito e se você nos permitir nós vamos lutar por você, lutaremos com você e vamos te guardar, cuidar e proteger até que você sinta ter se transformado em algo novo, mas eu quero que saiba que esse novo será apenas para os seus olhos pois para nós você já é essa perfeição toda, você só precisa se enxergar como nós a enxergamos e é isso que eu e esse pedaço de torta de chocolate estamos te pedindo.

A Jin-ah adorou a alusão dele a torta, esse jeitinho do Innie era apaixonante para si.

— Você e a torta?

— Sim perfeitinha, nós estamos pedindo uma chance, uma chance de entrar na sua vida, de fazê-la sentir nosso sabor, uma chance para fazer você amar ter a gente em sua vida assim como nós amaríamos que você estivesse na nossa, seja devorando-a aqui — ele mostrou a torta para ela — ou me dando uma chance para te amar e poder fazê-la descobrir que você já está me amando também.

— Todos vocês são graduados em romance? Porque olha, não é possível serem tão bons assim...

— Ah se te serve de consolo pense que cada um de nós temos outro sete para amar, mimar, e conquistar dia após dia, então pegamos o jeito, mas por favor acredite em mim, nada disso aqui é ilusório, e saiba também que para cada um deles a coisa funciona de forma diferente então eu sei que com você não serve o que faço com o Jinnie por exemplo, você é única entendeu? É a minha perfeitinha e eu tô louco para amá-la do jeitinho que eu imagino que você vai adorar.

— Certo... mas vocês já são em oito Innie, para que mais uma?

— Sabe o número nove me parece perfeito neste caso.

— Como assim?

— Nove representa tudo que se poderia desejar, no nosso caso você, nossa ômega excelente, e isso sem falar em termos mais aprofundados pois acredite o nove representa muita coisa boa.

— Você é um verdadeiro sábio doutor Jeongin.

— Me chame assim de novo e eu a beijarei.

Ela sorriu para a impulsividade daquele lindo beta.

— Não vai me beijar ainda.

— Ainda?

— É você me ouviu...

— Então quando?

— Vou conversar com todos vocês depois, e se nos acertarmos direitinho aceitarei os galanteios e aí então quem sabe eu te permito me beijar.

— Eu estarei contando os dias amor.

Eles haviam terminado de comer e a torta de chocolate estava realmente divina e essa de acordo com o beta havia sido feita pelo Felix.

— Posso pedir para você se aninhar em mim?

O pôr do sol estava incrível, mas anunciava que faltavam poucas horas para que eles tivessem que ir.

— Pode sim Innie.

Ela se encostou em seu peito e ele a envolveu em seus braços.

— Você é perfeita Jin-ah, sabe disso né?

— Não, eu não sei Innie e eu já te disse.

— Posso te pedir que acredite em mim? Por favor, ou pelo menos que tente acreditar? Você é sim muito perfeita!

Ela se encostou mais no beta e fechou seus olhos para sentir melhor o calor de seus braços que a envolviam.

— Vou tentar Innie...

— Ótimo, isso já é o bastante, obrigado minha ômega perfeitinha.

Eles ficaram ali apenas curtindo a paisagem alaranjada até que no horizonte o sol se pôs e então eles decidiram que era hora de voltar.

...

No lar do bando vizinho.

O Minho havia conversado com cada um de seu bando, menos com o Channie por ainda estar passando pelo seu período e ser de senso comum que saber do ocorrido poderia fazer mal ao beta que estava em seu momento de maior sensibilidade.

...

— Eu vou matar aquele idiota!

— Calma Hannie, não se altere assim amor.

— Como não Linnoyah? Como? Você mesmo deve estar querendo esfolar aquele desprezível.

— Sim, eu quero, e eu vou se ele aparecer novamente, mas preciso pedir a todos vocês que se acalmem, tanto pelo Channie como já falamos, mas principalmente pela nossa Jin está bem?

— Não sei não, nós vamos ficar de olho nela não vamos? Por precaução Lino? Vamos né?

— Vamos sim esquilinho, quando o Innie voltar com ela eu vou sugerir que um de nós durma lá com ela pelo menos essa noite.

— Então você acha que ele vai voltar querido?

— Sim Bin meu amor, inclusive se ela aceitar eu vou pedir que você durma lá na casa dela essa noite, tudo bem para todos?

— Claro, acho o Bin a escolha mais sensata inclusive, um murro dele e aquele palhaço entra em coma.

— Lix, não queremos isso, não é? É melhor que ele nunca mais apareça.

— Vamos lá lindão da minha vida, você acredita mesmo que ele não vai mais aparecer? — Ele olha cético para o Minho — Claro que não acha, está querendo mandar o Binbin pra casa dela...

— Eu sei Lix, mas amor podemos tentar ser otimistas, por que sabemos que se ele aparecer novamente nós o faremos entender que ele cometeu o pior erro da vida dele.

O Felix vai até ele e o abraça.

— Nossa, eu já disse que te amo hoje? Adoro seu jeitinho de resolver as coisas.

— Não você não disse Lix. — Ele o abraça de volta.

— Te amo amor!

— Também te amo.

O celular do Minho vibra e ele vai verificar.

Bebezinho:

Chegaremos daqui uns cinco minutos.

Só me dê um tempinho para me despedir dela e pode ir  =P

Te amo.

— Daqui a pouco o Innie e a Jin-ah estarão de volta, vou tomar um banho e depois vamos lá na casa dela Binnie.

— Vou para o banho com você então.

— Vamos meu lindo ômega. — Ele se volta para os que estão ali — Vocês voltem para o Channie e nada de comentários como combinamos.

— Pode deixar Linnoyah vamos cuidar do nosso beta, agora ele entra na reta final.

...

O Innie e a Jin-ah chegaram e o beta parou o carro enfrente a casa da ômega.

— Me convida para entrar?

— Claro Innie, por favor entre comigo.

Os dois sorriem e saem do carro seguindo para o interior da casa.

— Quer alguma coisa Innie?

— Banheiro? E um copo d’água quando eu sair.

— Claro Innie, fique á vontade por favor, tem o banheiro aqui em baixo no final do corredor e tem um lá em cima, pode ir onde achar melhor.

— Você poderia me dar um apelidinho só nosso né?

Ele a pegou de surpresa com o pedido e ela sorriu.

— E do que você quer que eu te chame?

— Não sei, olhe para mim e pense em algo e enquanto pensa vou ao banheiro.

Ele deixa um selar na bochecha dela e sai em direção ao fim do corredor e a Jin-ah vai pegar a água que servirá para ele enquanto pensa em como o chamaria.

Quando ele volta do banheiro a água está pronta pra ele beber e a expressão da ômega deixa o beta curioso.

— Pelo jeito você achou meu apelido.

Os sorrisos soltos já era algo comum entre esses dois e bem agora estavam acontecendo mais uma vez.

— Sim, eu já achei seu apelido.

— E qual seria?

Ela o encara, sente suas bochechas queimarem, mas decide que vai falar mesmo assim.

— Vou te chamar de pão.

Ele sorri com o apelido.

— Pão?

— Sim, pãozinho, pão, não me pergunte o porquê, mas você será o meu pãozinho se continuarmos com isso.

— Lá vem ela com essa de “se” — ele faz o sinal de aspas com os dedos.

— Mas é Innie...

— Tente pãozinho.

— Aah... sério?

— Sim, agora só vou te responder se me chamar de pãozinho.

— Mas Innie...

— Ele sorri e vira o rosto em uma tentativa dissimulada de ignorá-la

— Innie... por favor... — Ela vai para sua frente e ele vira novamente, mas a abraçando o que faz eles ficarem em um movimento de pêndulo. — Não vai falar comigo pãozinho?

— Yaaah! — Ele a levanta e a gira no ar — Já me acostumei com isso, quero que me chame assim pra sempre sua fofa perfeitinha.

— Pãozinho...

— Oi perfeitinha?

— Pode me dar um pouco do seu cheiro? — Ela pediu por não aguentar mais segurar ele tinha um cheirinho doce que era misturado ao cítrico do maracujá e ela simplesmente já amava muito aquela combinação. — Por favor pãozinho?

— Meu Deus perfeitinha casa comigo por favor? — Ela sorri e o encara — É sério amor, a gente casa depois você se casa com os outros, mas aí você já vai ser minha e eu vou poder dormir com você assim sentindo seu cheirinho e você sentindo o meu.

— Você sabe que casar não é algo que me anime muito pãozinho.

— Mas vai ser amorzinho, agora vem cá. — Ele se inclina para ela o sentir e nisso vai a levando para o sofá. — Pode sentir o quanto quiser minha perfeita.

Eles ficam em silêncio por um tempo e ele suspira alto.

— O que foi pão?

—Vou sentir sua falta.

— Innie você mora do outro lado da rua. — Eles dão altas risadas juntos.

— Com quem você está falando perfeitinha? Não ouvi o que disse.

— Innie?!

— Ãnh? É comigo.

Ela acabou se rendendo.

— Pãozinho, você mora do outro lado da rua.

— Ah mas mesmo assim Jin-ah vou morrer de saudades tá?

— Ãnh? Ta falando comigo pãozinho? Eu não ouvi nadinha.

Ela levou as mãos ao rosto e riu tímida.

— Aprende fácil né? — Ele beijou sua cabeça e a apertou no abraço — Mesmo assim perfeitinha, mesmo do outro lado da rua vou morrer de saudades suas.

— Ah entendi.

— Boba.

A campainha toca e ele vai até a porta.

— Ah oi amores podem entrar.

— Olha para ele Lino, todo bobo.

— Sim, fofo!

Os dois entraram e o sorriso da Jin-ah cresceu.

— Oi Binnie, Oi Lino!

— Oi minha querida!

— Boa noite gatinha, como foi seu dia?

— Foi perfeito graças ao Innie!

— A quem? Quem é Innie?

Os outros dois não entenderam, mas a Jin-ah gargalhou com o beta.

— Sério isso?

— Uhum... — Ele apertava seus lábios ficando ainda mais fofo — Bem sério perfeitinha.

— Foi perfeito Lino, e tudo graças ao pãozinho.

— Vocês a ouviram bem? Eu sou o pãozinho dela.

Ele levava uma expressão de pura satisfação que foi aderida pelos outros dois do seu bando.

— Que fofos meu Deus, eu não aguento.

— Muito mesmo, por isso você está tão cheiroso assim não é bebê?

— Também...

— Bom vamos falar sério agora? Me desculpem, mas é preciso.

O Minho tomou a fala e todos eles o seguiram até o sofá.

— Está tudo bem Lino?

— Está gatinha, mas eu preciso te pedir uma coisa.

— Ah sim, pode falar então, fiquei curiosa.

— Você se importaria se o Binnie dormisse aqui essa noite?

Ela arregalou os olhos e olhou para o Changbin em seguida, teve medo de ele achar que ela não o queria por lá então tentou voltar ao normal o mais rápido que pode.

— Mas você acha mesmo isso necessário?

— Bom, seu ex ameaçou voltar e nós ficamos preocupados com isso, por isso queremos ter pelo menos um de nós aqui com você e como o Innie passou o dia com você ele vai ter que passar a noite com o Channie entende?

— Sim sim, claro que entendo.

— Certo, e de todos o Binnie foi o que mais ficou com o Channie então o risco de ele sentir falta dele é bem menor.

— Entendo. — Ela mordeu o lábio e os encarou. — Mas eu não quero incomodar vocês, tirar o Binnie da sua casa? Atrapalhar a rotina do Channie? Isso não é muito? Posso ligar qualquer coisa...

— Você não me quer aqui meu amor?

— Não! — Ela respondeu tão rápido que os fez rir — Não é isso Binnie por favor não me entenda mal é que...

— Pode não se preocupar tanto assim minha ômega?

— Está bem ômega, desculpe se pareceu que eu o rejeitei, eu não fiz isso eu juro.

— Eu acredito em você meu amor, e fico feliz por não ter sido rejeitado.

Os quatro sorriem pequeno.

— Lino, — Ela respirou fundo e ele a encarava esperando — Quando o fof.. quer dizer o Channie sair do seu período eu quero conversar com todos vocês.

— Uma reunião?

— Sim, acho que sim.

— Está bem gatinha falarei com todos e teremos a reunião.

— Muito obrigada alfa.

— Não por isso, mas então o Binnie dorme aqui hoje?

— Sim, ele pode dormir aqui hoje.

— Ótimo, obrigado meu amor vou me sentir muito mais calmo com o Binnie aqui com você.

O Changbin foi até ela e segurou sua mão.

— Prometo que não vou te incomodar amor.

— Você jamais me incomodaria Binnie.

— Bom, essa é a nossa deixa então, Innie vamos?

— Vamos Lino.

Eles se despediram dos dois e saíram.

— Durmam bem meus amores.

— Até mais perfeitinha.

— Boa noite, até mais.

Ela fecha a porta atrás de si e quando se vira o ômega está ali a olhando e os dois ficam sem jeito.

— Bom, ainda é cedo ou você já quer dormir? — Ela pergunta timidamente.

— Eu geralmente durmo tarde, mas você pode ir a hora que quiser está bem?

— Tranquilo, mas eu também costumo dormir tarde Binnie.

— Então podemos ver um filme se quiser.

— Por mim perfeito assim, e você já jantou? Está com fome? Quer alguma coisa?

A Jin-ah estava nervosa com ele ali, ele estava usando uma calça de moletom e aquela bendita regata preta que ela já amava, então ela tinha medo de o olhar demais e pegar mal.

— Eu jantei sim e você está com fome?

— Eu estou bem, vou fazer pipoca pra gente então, você gosta?

— Adoro.

— Doce ou salgada?

— Você faz pipoca doce?

— Sim, eu adoro na verdade.

— Nossa, pipoca doce caseira nunca comi.

— Se importa de experimentar?

— Feita por você ainda? Vou amar tenho certeza.

— A não, se não gostar pode falar aí eu faço da salgada pra você.

— Está bem eu falo se não gostar.

— Promete Bin?

Ele a achou tão adorável que quase esqueceu de responder.

— Prometo minha linda ômega.

Ela ruborizou e ele sorriu para ela.

— Não tô nada acostumada com isso tudo, mas confesso que será algo fácil de se acostumar se eu me permitir.

— Então se permita meu amor. — Ele segura em sua mão e a leva para a cozinha. — Vamos, aproveite e me ensine como faz a pipoca doce.

— Pode deixar e não é querendo me gabar não, mas a minha fica muito boa e eu acho que você vai gostar.

— Quero ver...

Ele não resistiu e a abraçou e ela o respondeu automaticamente o abraçando também e quando eles se deram conta estavam muito próximos.

— Desculpe eu não resisti...

— Tudo bem eu...

Os olhos dos dois estavam magnetizados uns nos outros e o arrepio que subia em ambos os corpos anunciava que ou eles se afastariam bem ali ou não conseguiriam mais resistir ao que viria a seguir e com uma certa rouquidão na voz o Changbin anunciou.

— Jin-ah eu acho que vou te beijar.

ΑΩβ


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Notas finais do capítulo

Bom e aí? o que acharam?

Sim o Park Seon é um babaca, e sim ele vai tentar causar ainda.

E com esse cap. eu declaro que o prazo dos sete dias provavelmente foi reduzido a três. =)

Acho que não temos muito mais o que falar, então é isso!

Ah teve cap. novo de Hoje à Noite o Mundo Acaba, então quem está acompanhando lá corre pra ler... =)

Fiquem bem meus amores, ótima semana e se cuidem está bem?

Se hidratem! Faz bem para a pele e ajuda o corpo em seu funcionamento.

Beijokas da Adnoka!



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