Eu estava agora longe, na minha nova casa com o meu namorado. Víamos vídeos e séries de drag queens no nosso tempo livre, com meias de arco íris.
De repente, uma chuva bravia inundava a rua, a casa, a sala. Eu vi os meus pertences sucumbindo enquanto lutava por cada lufada de ar. Não sabia bem o porquê, mas de forma arbitrária e acroática, me vi numa mansão. Topo de um penhasco, com o mar quebrando em ondas contra rochas. Uma terrível baleia, gigante e assassina me encarou.
Eu arfei.
— Não vai correr? Estou te vendo.
— Eu não tenho medo.