Home II escrita por llRize San


Capítulo 7
Eu acredito!


Notas iniciais do capítulo

Olá meu anjo :)

Só um aviso pra não ficar confuso, essa fic vai abordar outras dimensões, sugiro que leiam minha outra fic "Doce e Marrento", pois ela se conecta com essa aqui... sim, a autora é doidinha rsrsrsrs

Então é isso... Boa leitura.



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(Alguns meses antes do ataque dos Orcs)

 

(Seul - Dias atuais)

 

A manhã em Seul amanheceu nublada, com os cidadãos correndo apressados, segurando seus celulares e copos de café, imersos em suas rotinas enfadonhas.

I.N suspirou com tristeza, sentado no banco de uma pequena praça, questionando-se se aquele era o limite de sua existência. Puxou o ar até encher os pulmões, tossindo devido à poluição provocada pelos inúmeros carros que circulavam pela cidade.

Voltou sua atenção ao seu notebook, envolvido em uma conversa com um misterioso anônimo que encontrara nos recantos obscuros da Deep Web. I.N dedicava-se incansavelmente à pesquisa de outra dimensão, mesmo que seus amigos o considerassem louco. No entanto, ele tinha motivos convincentes para acreditar nisso.

Seu pai, o visionário Dr. Yang, um renomado físico especializado em física quântica, faleceu tragicamente enquanto buscava validar suas teorias sobre a existência de outras dimensões e a possibilidade de viajar entre elas. Ele acreditava firmemente que o tempo e o espaço assumiriam formas totalmente distintas nessas misteriosas realidades. Apesar de dedicar toda a sua vida a esses estudos, o Dr. Yang não conseguiu apresentar provas convincentes de suas teorias.

I.N estava determinado a provar, para si mesmo e em homenagem ao seu pai, que as teorias sobre outras dimensões não eram meras fantasias de um estudioso lunático. Concentrado, digitava incansavelmente em seu notebook, engajado em um diálogo nada convencional na esperança de encontrar qualquer pista ou prova da existência dessas realidades alternativas.

A informação que I.N obteve durante toda a conversa indicava a existência de uma chave mágica. Enquanto muitos poderiam rir dessa ideia, para I.N, que havia estudado todas as teorias de seu pai, ela não parecia absurda. Sua mente estava aberta ao desconhecido e ao que muitos considerariam impossível. Determinado, ele continuou sua busca, ansioso por desvendar os mistérios além da compreensão comum.

I.N descobriu que uma senhora, conhecida por vender uma variedade de produtos místicos, poderia ter informações sobre a tal chave. Ao obter o endereço, dirigiu-se até o local indicado.

Ao chegar, deparou-se com uma loja térrea situada em um beco pouco convidativo. Ao abrir a porta cuidadosamente, ele examinou o ambiente com atenção. A loja exalava um cheiro de mofo, suas antigas janelas de vidro estavam cobertas com jornais para bloquear a entrada de luz do lado de fora, indicando claramente que o dono não apreciava a luz do dia.

A loja, mais parecida com um antiquário, exibia milhares de prateleiras empoeiradas que ostentavam uma variedade de objetos antigos, alguns aparentemente sem grande significado. Entre os itens, havia baús, amuletos, espelhos, caldeirões e até mesmo escudos e espadas antigas. A atmosfera geral remetia a objetos medievais, como se tivessem pertencido a outro mundo.

— Olá? — I.N chamou, um pouco receoso.

Após alguns minutos, uma figura emergiu de um cômodo nos fundos da loja. Era uma senhora de estatura pequena, com cabelos longos e grisalhos. Nos braços, ela carregava um gato que fixou seus olhos cinzentos e felinos em I.N, como se pudesse ler seus pensamentos.

— O que um jovem faz em uma loja como essa? Não vendemos celulares e coisas do tipo.

I.N limpou a garganta e respirou fundo; o lugar dava-lhe calafrios, como se tudo ali tivesse vida própria.

— Eu preciso de uma informação.

— Diga-me Jovem, em posso ajudá-lo? — O gato ronronava em seu colo sem deixar de encarar I.N, aquilo o incomodava.

— Preciso saber sobre uma chave — I.N pegou uma folha em sua bolsa, onde havia alguns desenhos feitos a lápis, incluindo a imagem de uma chave. A senhora ergueu as sobrancelhas.

— A chave para Amicitia?

— Olha, eu sei que tem um jogo de RPG com esse nome, mas não é isso que estou procurando. Preciso saber dessa chave, da chave real, por favor, estou desesperado por isso, eu pago por essa informação.

— Vocês humanos, sempre achando que podem ter tudo com esses papeizinhos verdes — A pequena senhora balançou a cabeça e sorriu.

— Por favor, eu preciso dessa chave. Quero provar que as teorias do meu pai estão certas. Ele não pode ter morrido em vão — Os olhos de I.N carregavam dúvidas e tristezas quando falava sobre aquilo, e a senhora astuta percebeu.

— Pierre — A senhora falou com o gato — Acha que podemos confiar nele?

I.N estranhou ela falar com um gato, mas de certa forma também era um louco por acreditar que havia outra dimensão. O gato farejou I.N e deu um miado agudo olhando para a senhora.

— Parece que Pierre confia em você, ele sente uma certa aura felina. 

— Em mim?

— Sim. Talvez você tenha sido um felino em outra vida. 

I.N não entendia nada do que ela estava falando, mas queria as chaves ou ao menos alguma informação. Então ele apenas assentiu.

— Talvez eu tenha sido um gato em outra vida também — Ele sorriu. 

— A chave que procura abre a porta para Amicitia, não esse jogo idiota que os jovens jogam, mas um mundo mágico onde os humanos dessa dimensão nem sonham que exista. Você, meu pequeno felino, é diferente dos outros humanos, você consegue enxergar muito além, assim como seu pai...

— A senhora conheceu o meu pai?

— Já li sobre ele nos jornais — Ela sorriu sutilmente — Seu pai acreditava nesse mundo, mas procurou pelos meios errados.

— Então eu só preciso dessa chave para entrar nessa outra dimensão?

— Não entendo nada de dimensões, mas sei que Amicitia é um mundo real assim como o nosso. Lembrando que são duas chaves, uma para abrir e outra para fechar o acesso a esse mundo.

— E onde estão essas chaves?

— Uma foi vendida para um jovem que queria dar um presente para um amigo especial. A outra tenho guardada comigo. A que tenho é a que abre a porta para esse mundo mágico.

— Quem comprou a outra chave?

— O nome dele é Park Jimin, aqui ele é apenas um pequeno e medroso rapazinho fadado a um relacionamento amoroso complicado e perigoso. Mas em Amicitia ela é um corajoso e poderoso Rei.

I.N a ouvia perplexo, qualquer outra pessoa iria chamá-la de louca, mas não ele; sentia como se o mundo mágico de Amicitia fosse tão real quanto o mundo dele.

— Onde posso encontrá-lo?

— Não sei, mas o amigo especial para quem ele deu o presente estuda naquela escola para crianças ricas e mimadas no centro da cidade, o nome do rapaz é Min Yoongi.

I.N anotou mentalmente todas aquelas informações.

— E a chave que a senhora tem guardada? Poderia me vender?

A idosa riu.

— Essa chave não está à venda, mas eu lhe darei de presente.

— A senhora irá me dar? — Perguntou incrédulo.

— Sim, és um bom menino e vejo que precisa encontrar a verdade.

A senhora retirou um colar que estava guardado em uma das gavetas atrás do balcão. No colar havia uma chave, um pouco maior que as chaves comuns e com um estilo um tanto quanto medieval. I.N olhou impressionado, examinando cada detalhe da chave dourada. Era como se tivesse encontrado um tesouro.

— M-muito, muito obrigado.

Ela o olhou fixamente, e I.N podia jurar que a pupila de seus olhos pareciam estar verticais em formato de fenda, como as de um gato. Mas talvez fosse algum tipo de lente, como as que os cosplayers usavam.

— Só tenha cuidado com o que passa pela porta. Amicitia é um lugar mágico, criaturas maravilhosas habitam aquele reino, assim como espíritos horrendos e malignos.

— Vou ter cuidado, essa chave está em boas mãos.

— Assim espero, meu jovem felino.

I.N se despediu da senhora e saiu pela porta, o tempo todo examinando a chave no colar em seu pescoço. Tinha mais algumas dúvidas sobre como usar a chave; talvez perguntar mais algumas coisas para aquela senhora não seria uma má ideia.

Virou para trás, na tentativa de voltar para a loja; no entanto, no lugar da porta, havia apenas um muro coberto de lodo, a loja misteriosa havia desaparecido. I.N teve certeza em seu íntimo de que aquela não era uma loja comum e aquela senhora não era uma vovó normal que tricotava o dia inteiro. Queria respostas sobre tudo aquilo; estava cada vez mais perto de descobrir a verdade pela qual seu pai se empenhou por anos para provar.

— Já tenho a chave que abre, mas preciso da chave que fecha, caso algo dê errado. Agora só preciso achar esse tal de Min Yoongi que faz faculdade na universidade central de Seul. Não vai ser difícil para mim encontrar ele.

(Atualmente em Amicitia)

 

Taehyung chorava desesperado, incapaz de acreditar que Yoongi o tinha abandonado daquela forma.

— Tae — Jimin tentava tranquilizá-lo — O Yoon machucou você, sabemos que não foi de propósito, mas ele se sente mal pelo que aconteceu. O amor que ele sente por você é tão grande que ele não conseguiu suportar isso.

— Vou buscá-lo e vou trazê-lo de volta pra casa.

— Tae, nós nem sabemos onde ele pode estar, já faz um mês que ele partiu, e você precisa repousar devido à sua gravidez.

— Estou bem Jimin, ainda estou com um mês e minha barriga sequer aparece. Vou encontrar o Yoon e ninguém vai me impedir disso.

— Não Tae, eu lamento, mas não permitiremos que você perambule por aí sozinho, sei que és forte e valente, mas Amicitia ainda tem muitos lugares perigosos e criaturas horrendas.

Taehyung percebeu que era inútil discutir com Jimin, pois ele falava não apenas como o rei, mas também como um irmão mais velho.

— Tudo bem Jimin, você tem razão, não posso sair por aí sozinho no estado em que estou. Vou repousar e fazer tudo corretamente como Jin orientou.

— Isso é o correto a se fazer. Yoongi vai voltar, não se preocupe. Enviarei uma equipe para procurá-lo enquanto isso.

— Obrigado Jimin.

...

No dia seguinte, enquanto todos dormiam, Taehyung preparou-se para a jornada. Ele pegou sua aljava, flechas, antídotos de cura, cantil de água, corda e alimentos para a viagem. Sorrateiramente, fugiu na madrugada. Seu objetivo era encontrar seu amor, mesmo que isso significasse percorrer toda Amicitia. Taehyung não estava disposto a desistir de Yoongi; queria dar-lhe uma bronca e, em seguida, envolvê-lo em um abraço e um beijo apaixonado.

Montou em Epona, sua fiel égua que já o havia acompanhado em muitas jornadas. Taehyung tinha uma ideia de onde Yoongi poderia estar, um lugar que provavelmente lhe proporcionasse conforto.

— Epona, vamos para Hillvards, buscar o meu noivo fujão… Me aguarde Min Yoongi, estou indo te buscar.


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Notas finais do capítulo

Isso Tae, vai atrás do seu homem!

Innie sendo um gatinho em qualquer dimensão :)

Só um adendo: Esse I.N é o mesmo que fica perseguindo o Yoon na minha fic "Doce e Marrento". Em Home II explicará o porquê.



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