Através de Robert escrita por HEILA HANS SHEFTER


Capítulo 60
Capitulo 60




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— Cody! Eu não estou suportando mais...
— O que foi Robert! Você não está se sentindo bem?
— Não... eu gosto muito daqui, até me sinto muito interessado no nosso novo posto, e agradeço, pois, estamos indo juntos.
— Bom que estaremos a trinta km de Hope Valle, mas o melhor é que estaremos trabalhando juntos, a procura daquele ladrão de joias.
— Eu sei Cody... Estou muito agradecido a Deus, por nos permitir estar juntos nessa missão. Eu gostaria de ter você como meu parceiro a vida toda.
— Então… qual o motivo de você está chateado e desanimado assim?
— Eu… eu sinto que meu coração está faltando algo. É como se parte de mim estivesse quebrado. Eu não estou suportando a falta que ela me faz.
Cody sorriu, um sorriso matreiro, conhecedor... Ele sabia que a anos seu amigo estava apaixonado.
— Alien?
— Sim Cody... ela é muito especial para mim. Desde que chegou na cidade, ela me conquistou com seu jeito levado, e me acompanhando em minhas brincadeiras. Ela cresceu com a gente. Era e é uma menina que ama a matemática mais que sua vida, e ela me ajudou muito nessa matéria.
— Eu sei, Robert. Ela também me ajudou muito e acho que a todos da sala, com a pequena Opall, sempre foram inseparadas...
— Ela é a menina mais linda que eu já vi, Cody. Não consigo esquecer aquele sorriso dela...
Cody riu, seu amigo só tinha dezenove anos, enquanto ele tinha dezoito, alien tinha dezessete, quase dezoito anos, pois ela e Cody faziam aniversario com diferença de poucos meses.
— Robert! Eu acho que você está caidinho pela Alien?
— Estou mesmo Cody. Caidinho, para dizer a verdade, estou de quatro por aquela menina. Eu sei que ela será minha esposa um dia;
— E você Cody? Não tem interesse em ninguém?
— Não Robert! Mas eu vou te contar algo, se você prometer não rir da minha cara.
— O que foi Cody. Nunca tivemos segredos um para o outro.
— Eu sinto muito a falta de alguém. Ela fica passando sempre em meus pensamentos. Sabe... quando eu estou cansado a noite, ela vem nos meus sonhos e estende suas pequenas mãos para me ajudar, ou ela enxuga o suor da minha testa, e sempre ela sorri ante de ir embora sumir nos meus sonhos.
— Quando isso começou? Perguntou Robert curioso para saber quem era essa menina.
— Pouco depois que chegamos aqui. Não sei, mas acho que sinto falta dela.
Robert coçou a cabeça e perguntou:
— Quem é ela, Cody. Me conta logo, porque estou curioso.
Cody olhou para o outro lado, fazendo seu cavalo andar mais rápido, sentindo meio envergonhado, foi falando:
— Opall!
Robert, não poderia estar mais surpreso. Sua boca secou sem palavras para aquele momento, seus olhos estavam regalados de tanta surpresa. A pequena Opall, não poderia ser...
— Cody! Você não está ficando louco/ A pequena Opall, é um bebê ainda.
Cody sorriu...
— Robert! Se ela é um bebê, posso te dizer que é o bebê mais lindo que já vi na minha vida. E sorriu...
— Mas ela tem uns dez anos, não é Cody?
Rindo ainda mais, Cody falou:
— Claro que não Robert. Ela tem dezesseis anos e irá se formar daqui a alguns meses após a de Alien.
— Mas ela é tão pequeninha, Cody?
— Ela é, sim, Robert... ou nós dois somos muito altos perto dela. Mas ela é um amor, e aqueles olhos dela me fazem ficar molinhos... acho que é assim que o mountie Jack e o mountie Nathan ficaram pela nossa professora Elizabeth.
— Cody; você está apaixonado por Opall;
— Eu... eu não sei Robert. Só sei que não consigo esquecer nossa Opall.
— Nem poderíamos esquecê-la, Cody. Ela sempre esteve com a gente na escola. Tao pequenininha, que fazia a gente querer proteger. E você, se lembra do“ Brauner”, o urso que ela carregou durante sua infância?
— Sim… ela deu ele para o pequeno Jack, assim que ele fez um ano, dizendo que iria protegê-lo. E ela falou para a nossa professora, que agora ela tinha eu e você, e iriamos protegê-la de qualquer perigo.
— Ela sempre foi meiga, Cody e muito fofa.
— Ela foi e é até hoje, ela me recebeu com tanto cuidado e carinho, nos primeiros dias de escola. Acho que ali eu comecei a me apaixonar por ela, mesmo sem saber sobre isso. Mas foi aqui sozinho, que a falta dela me atingiu igual um murro no meio da cara.
— Cody, eu sei o que está sentindo. Entende porque estou assim, Alien é muito importante, ela é minha alma gêmea.
— Robert, somos muito jovens para amar assim tão forte, e eu sei que todo mundo vai falar sobre isso. Mas eu sei que gosto de Opall, como nunca imaginei gostar de alguém.
— Cody, você ainda não morava em Hope Valle. Para dizer a verdade a cidade se chamava Cool Valle, uma vez Gabe falou com Jack Thorton, após ajudá-lo no primeiro jantar que ele fez para a senhora Thorton, que ele iria casar com Emily. Lembro que Emily era nova, uns doze anos no máximo, mas ele passou a vida todo amando aquela menina e agora pela última carta que ele me enviou, estava prestes a voltar para Hope Valle e pedir em casamento.
— Quando está certo, está certo. Ninguém manda no coração Robert.
O crepitar suave das folhas sob as patas dos cavalos ecoava enquanto Cody e Robert cavalgavam em direção à cidade, seus olhares fixos no horizonte. A brisa suave da tarde agitava as crinas dos cavalos, criando uma dança silenciosa entre os companheiros de jornada.
O sol começava a mergulhar no Oeste, tingindo o céu com tonalidades douradas que refletiam a determinação nos rostos dos dois homens. Cody, com sua expressão séria, sabia que a missão pela frente não seria fácil, mas a confiança nos olhos de Robert era a garantia de que estavam prontos para o desafio.
Os dois eram jovens, mas eles não eram diferentes dos outros cinquenta jovens de suas idades, que também foram enviados para alguma missão.
“Força, fé e foco...” as palavras de sua professora Elizabeth, voltou a mente dos dois rapazes.
A paisagem rural se desdobrava diante deles, revelando prados verdejantes e riachos serenos. À medida que avançavam, a cidade se materializava no horizonte, um aglomerado de construções que contava histórias silenciosas de seus habitantes.
Sem a necessidade de palavras, Robert e Cody compartilhavam um entendimento profundo. O cavalo de Cody, ágil e determinado, acompanhava o ritmo constante do cavalo de Robert. Juntos, formavam uma dupla unida pela amizade e pelo propósito de proteger a cidade que chamavam de lar.
Ao se aproximarem do centro urbano, as sombras alongadas pela luz crepuscular sinalizavam que a noite estava prestes a cair. A cidade, embora tranquila à primeira vista, guardava segredos sombrios nas vielas e nos becos. O ladrão de joias, um enigma que precisava ser desvendado, era a ameaça que pairava sobre a comunidade.
Cody ajustou a posição de seu chapéu, os olhos atentos aos detalhes, enquanto cavalgavam pelas ruas estreitas. Robert, com seu olhar perspicaz, compartilhava o compromisso silencioso de trazer justiça àqueles que prejudicavam os outros.
À medida que se aproximavam do local dos recentes roubos, o clima tenso se instalava no ar. O brilho das joias roubadas não apenas representava valor material, mas também a segurança e o conforto dos moradores da cidade.
E assim, sem a necessidade de palavras, Cody e Robert iniciaram sua busca, seguindo o rastro de pistas invisíveis e confiando no entendimento mútuo que os tornava uma equipe formidável. A cidade, precisava de uma resolução e eles iriam lutar por isso.


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