Através de Robert escrita por HEILA HANS SHEFTER


Capítulo 21
CAPÍTulo 21




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CAPÍTULO 21

Charles Spurlok, entrou na mina de carvão, onde ele estava há vários dias escondido. Até ter sua vingança concretizada, ele ficaria ali; ninguém em Hope Valle, nem mesmo o juiz e aquele mountie, iriam pensar que havia alguém ali escondido.
Charles arrumou sua cama, iria deitar e descansar novamente, enquanto aquela professorinha passava esses dias, com todos ao seu redor, e ele iria planejar mais alguns sustos para a menina bonita.
“E como ela era bonita”, pensou Charles Spurlok rindo. Até pouco tempo, ele só tinha raiva por ela fazer tudo com seu irmão mais velho Júlio Spurlok, mas desde quando a viu caída no chão da escola, dentro dele algo acordou e agora só aumentava. Ele viu bem aquele corpo, aquela cintura fina era tentadora, e aqueles tornozelos, ele viu muito bem quando ela pulou e quando caiu, e sua saia levantou mostrando até seus joelhos. Eram pernas bem torneadas, e ela parecia ter uma pele macia e perfumada.
Se Jack Thorton provou aquela mulher, e agora Nathan Grant também queria, isso era mais motivo para ele também ter e provar aquela mulher. Seus instintos estão gritando por aquela mulher; Ele percebeu que seus hormônios, estavam à beira da loucura só em pensar na professora. Ela seria dele...
Ele iria beijá-la e fazer de tudo com ela. Iria se saciar com seu corpo; e se ela resistisse, era só alguns tapas e ela logo iria respeitá-lo como seu macho… iria mostrar aquela mulher o que era um home de verdade.
Charles ria, já sabendo como e o que iria fazer com Elizabeth, seu sangue fervia, e ele sabia o que aquilo significava...
— Desejo... Um desejo animal por uma fêmea.
“VOCÊ SERÁ, MINHA SENHORA, THORTON”.
E ASSIM Charles adormeceu e mesmo em seus sonhos ele já fazia planos para seu próximo ato de maldade.
Rose e Alien, notaram que Elizabeth não estava dormindo nada, seria a segunda noite e durante todo tempo ela nunca dormiu. Durante o dia ela sorria, mas estava estranha. Mesmo perguntando a ela sobre sua condição, sempre recebiam as mesmas respostas, um sorriso e um tudo bem...
Alien desceu as escadas, e foi bem devagar para a sala, onde Lee, Bill e Nathan dormiam no sofá e no chão, após Elizabeth ser carregada por Nathan para sua cama, os três homens resolveram dormir por ali, caso precisassem deles, mas na verdade eles estavam com um certo pressentimento ruim.
— Pai... você está acordado? Alien perguntou baixinho.
— Estamos... Ela ouviu os três homens falando ao mesmo tempo, e não conseguiu segurar o riso.
— Aconteceu algo filha? Nathan a puxou para seus braços, enquanto mexia em seus cabelos.
— Pai, eu acho que algo está errado… a senhora Thorton está estranha.
Bill e Lee foram levantando rapidamente e logo se sentaram próximo a ela, já questionando sobre o assunto...
— Eu não sei tio Bill, mas ontem ela quase não dormiu. Tia Rose disse que era dor e demos a ela mais medicamentos e nem assim ela dormiu. Durante o dia ela sorria, mas o olhar dela estava diferente.
— Diferente como Alien? Lee foi perguntando.
— Olha... Ela sempre tem um sorriso enorme e um brilho no olhar. Mas hoje de dia, o olhar dela estava apagado e...
— Mas filha, agora ela está dormindo e amanhã vai acordar melhor.
— Pai, aí está o problema. Até agora ela não dormiu nada. Tia Rose está com ela no quarto. Mas eu notei que após o acidente até agora ela não dormiu nada, às vezes ela fecha os olhos mas ela não está dormindo, eu vejo ela rindo de leve ouvindo nossas conversas. Tem algo estranho, eu não sei o que é, mas acho que você deveria descobrir;
— Ela não dormiu nada? Você tem certeza Alien?
— Sim, tio Bill, e tia Rose estamos lá no quarto com ela, lembra-se?
Nathan olhou para Bill e Lee, passando as mãos nos cabelos, foi dizendo que precisavam chamar Carson. Ela já estaria mais de trinta e seis sem dormir, algo estava realmente errado...
Nesse momento, Rose gritou por Alien dando ordem para levar algumas coisas para o quarto. Alien apareceu na sala e subiu as escadas correndo com uma bacia, jarra de água e uma toalha. Nathan, Lee e Bill subiram logo após. A porta do quarto estava fechada, mas eles ouviram Rose falando e dando ordens para Alien. Os barulhos inconfundíveis de Elizabeth vomitando era agonizante, e os homens não sabiam o que fazer. Entrar no quarto de uma mulher solteira não seria correto pelas regras da nossa sociedade.
— Rose! Fale comigo? Nathan perguntava agoniado...
Ela continuava a dar ordens a Alien, dentro do quarto, sem nada responder.
— Rose... pelo amor de Deus. Eu posso te ajudar? Nathan era desespero só.
O choro do pequeno Jack foi ouvido, Lee correu para o quarto para cuidar do seu pequeno. O menino estava bem-acostumado com ele, afinal era seu guardião e seu padrinho. Aquele anjinho seria bem cuidado até sua mãe estar melhor. Sua mãe… a mulher que se tornou uma irmãzinha par ele. Elizabeth e Jack foram as pessoas, que resgataram seu verdadeiro eu, quando ele vagado por Hope Valle, acabou os conhecendo. Após anos de solidão pela perda de seu irmão por pneumonia, ele foi se reencontrando na vida. Jack foi um verdadeiro irmão para ele e Elizabeth ao ficar viúva tão nova, só poderia se tornar sua protegida. E agora ela estava ali na cama doente.
Nathan falou que estava entrando, e já foi abrindo a porta sem esperar a resposta de Rose. Ela estava pálida, olhos regalados, tentando segurar Elizabeth que vomitava no chão. Mas aquilo era...
— Sangue! Gritou Bill e Nathan ao mesmo tempo.
Alien tinha lagrimas rolando em sua face. Elizabeth estava branca como um papel.
Nathan correu e a segurou. Ela tentou empurrá-lo, mas ele falou sério com sua voz de mountie.
— Eu vou ficar com você, e ninguém e nem mesmo você, vai me tirar daqui agora.
Os olhos dela realmente estavam estranhos, Alien tinha razão.
— Bill, chame Carson urgente.
Ela vomitava muito sangue, seu desespero era tanto que ela acabou retirando o curativo da cabeça e ele voltou a sangras; Nathan sentou em suas costas e colocou Elizabeth no meio de suas pernas, assim ele poderia segurá-la e evitar que engasgasse com o próprio vomito.
Tanto Rose quanto Alien, estavam todas suas. Nathan percebia o cheiro no quarto, ele já havia visto aquele cheiro. Aquele sangue era uma hemorragia digestiva.


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