Erros

Mostre-me o seu caminho meio errado...

Entre meus dúbios pensamentos e seu frio amável.

Transpareça o que você quer que eu veja,

E sussurre, entre os constantes goles nessa cerveja,

Se deseja que eu te siga adiante.

Não sou tolo para me comparar a um amante,

Mas quero te seguir sob essas luzes brilhantes.

O jeito com que acende o seu cigarro,

E me instiga a traga-lo é quase excitante.

Tanto quanto seus jeans rasgados,

E seu cabelo negro esvoaçado como a noite.

Só um gole do seu gosto e eu pedirei por mais...

Cada passo que dou ao seu encontro,

Me desvirtua do que considero certo.

Sentados à beira da calçada nessa estrada deserta,

E a fumaça que você provoca ao soprar com a boca aberta,

Contam uma história de minhas escolhas não tão certas.

Eu tenho a permissão para te tocar?

Você não me perguntou, mas se inclinou para me beijar.

A nicotina no seu sabor me faz aclamar,

O álcool no meu hálito te faz saborear.

Estamos sozinhos aqui nessa noite...

Me diga, garota, o que eu devo pensar?

Você vai me guiar para onde as luzes não alcançam?

Ou vai me provar nesse sexo tântrico?

Passeio com a língua entre teu ouvido,

Teu pescoço, teu umbigo,

Ah, em todo o teu corpo.

Tua mão desabotoa a minha calça, procurando...

Estamos quentes, mas vamos com calma.

Há tanto para se explorar d’alma...

Tanto quanto suas frases geladas.

Eu me entreguei ao que sabia que era errado...

Ao que sentia ser não mais que desejo.

Por todas as minhas escolhas, eu não as deixei de lado...

O carro, os cigarros, as estradas, a bebida

e os anseios em te ter de quatro.

~Gabriel.