O Túmulo de Safira escrita por Hana


Capítulo 8
O Pergaminho




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/809889/chapter/8

Após a morte de Malik, os aventureiros sentiram-se perdidos, incertos sobre como prosseguir com a missão. Estavam caminhando, sem rumo, desnorteados, até que uma figura já conhecida reapareceu para eles.

— Nobre aventureiros, por terem sido tão honestos diante do desafio que lhes concedeu a Chave da Compaixão, eu vim direcioná-los para a próxima tarefa. A próxima chave é a Chave da Paciência. Ela desativa uma armadilha de queda de pedra que bloqueia a entrada para um corredor tão estreito ou até mais do que o anterior pelo qual passaram. — Nixie explicou, sua voz angelical ecoando pelo local. — Para obter essa chave, vocês deverão esperar pacientemente até que a armadilha se desative por conta própria, o que pode levar algumas horas… ou dias.

Alexandre, Rachel e Ethan, observaram Nixie com surpresa e curiosidade. Até que Rachel quebra o silêncio:

— Como vamos saber quando a armadilha se desativar?

— Vocês vão ouvir um som de clique. Esse é o sinal de que a armadilha foi desativada e a Chave da Paciência pode ser coletada. A chave já estará em sua fechadura correspondente. — respondeu Nixie. — Mas cuidado, essa armadilha pode ser traiçoeira e pode ser reativada se vocês forem imprudentes.

— E onde deveremos “esperar”? — indagou Ethan.

— Ah, é claro. Isto deve ajudá-los — respondeu Nixie, entregando um pedaço de pergaminho para o jovem. — Boa sorte. 

Em seguida, a entidade mágica desapareceu. Ethan abriu cuidadosamente o pergaminho. Percebeu que continha algumas dicas para eles encontrarem o local onde deveriam esperar pela desativação da armadilha da Chave da Paciência. As dicas eram descritas em forma de enigmas e charadas. O jovem leu em voz alta para que Rachel e Alexandre pudessem escutar:

— Bom, a primeira dica é a seguinte: “Encontre a sala do faraó e olhe para o alto, lá verá um círculo que brilha como o sol. Vá até lá e siga a sombra em direção ao norte.” Depois tem “Procure o pilar de pedra com o olho de Ísis, ele mostrará o caminho para uma passagem secreta. Siga em frente até encontrar a entrada escondida”, e por fim “Atravesse a sala das serpentes e encontre o sarcófago de Cleópatra". Olhe para os pés dela e verá um símbolo sagrado. Pressione o símbolo. Ele irá abrir uma porta. É nesse local que deverão esperar.” E pronto. É isso o que tem no pergaminho.

Após ouvir as dicas, Alexandre coçou a cabeça e olhou para Ethan e Rachel, confuso.

— Desculpem, mas eu não entendi nada. 

— Bem, vamos por partes — disse Ethan. — Primeiro, precisamos encontrar a sala desse tal faraó e olhar para cima. Lá, veremos um círculo brilhante que deve nos guiar em direção ao norte. Parece simples, não é?

— Sim, mas como vamos encontrar a sala do faraó? — perguntou Alexandre.

— Talvez possamos seguir as inscrições nas paredes e ver se encontramos alguma indicação. — sugeriu Rachel.

— Ótima ideia, vamos fazer isso então — concordou Ethan, e os três aventureiros começaram a caminhar lentamente pela tumba, procurando por pistas que os levariam à sala do faraó.

Os três já estavam exaustos de tanto caminhar, mas a missão que haviam assumido exigia que seguissem, mesmo esgotados. Observavam atentamente as paredes e inscrições à medida que andavam, até que Rachel chamou a atenção dos dois:

— Olhem isso! — exclamou ela, apontando para uma parede com uma inscrição em hieróglifos.

— Você consegue entender os hieróglifos? — perguntou Alexandre, curioso.

— Não. — ela respondeu, decepcionada — Sou cientista. Até consigo entender alguns símbolos antigos, mas meus conhecimentos são muito limitados.

— Tenho certeza que Malik conseguiria decifrar essas inscrições bem rápido — disse Alexandre, em um tom de tristeza. — o que faremos agora?

Ethan interrompeu a conversa e disse:

— Bem, eu conheço um pouco de hieróglifos. Costumava estudá-los quando era criança. Ainda lembro de algumas coisas.

— Sério? Isso é ótimo!  — exclamou Rachel, animada.

Alexandre sorriu um pouco, grato pela ajuda de Ethan, mas ainda sentindo a falta de Malik. Ethan concentrou-se nas inscrições por alguns instantes. Rachel e Alexandre observaram-no em silêncio. Alguns minutos depois, ele disse:

— “Sala do Faraó, local de descanso eterno de Ramsés II.” — ele fez uma pausa — é isso o que está escrito. Parece que encontramos o caminho certo.

Eles entraram na sala, e olharam para cima.

— O círculo… — começou Rachel.

— … Brilhante como o sol… — completou Alexandre.

Os três começaram a seguir a sombra do tal círculo, passando por corredores estreitos e escuros, quando de repente a sombra desapareceu. Eles se encontraram em um beco, sem saber para onde ir. Escutaram um estrondo, era a porta se fechando atrás deles.

— Eu pensei que essa dica seria fácil demais. — disse Rachel, franzindo a testa. — Parece que estamos presos aqui.

Ethan, então, começou a tocar nas paredes, em busca de algo que pudesse ajudar a abrir a porta, já que aquele túmulo enorme era cercado de segredos por todos os lados. Rachel, por sua vez, tentou utilizar seus conhecimentos científicos para examinar a porta em busca de um mecanismo oculto, mas também não obteve sucesso. Alexandre, sem saber o que fazer, começou a cavar o chão de areia com as mãos, na esperança de encontrar algum botão escondido.

De repente, Rachel olhou para Alexandre e não pôde deixar de rir ao vê-lo cavando o chão com as mãos.

— O que você está fazendo, Alê? Procurando por tesouros escondidos na areia? — brincou ela.

Ethan, por sua vez, continuava tocando as paredes, procurando algum tipo de mecanismo que pudesse abrir a porta.

Foi então que Alexandre, ainda cavando, notou uma área diferente na areia, que parecia mais sólida. Ele removeu a areia com as mãos e encontrou um pequeno botão de bronze.

— Ei pessoal! Acho que achei alguma coisa! — exclamou ele, empolgado.

Rachel e Ethan se aproximaram, curiosos. Alexandre apertou o botão e, para a surpresa de todos, uma passagem se abriu lentamente em uma das paredes, a parede que direcionava para o norte. Os três se entreolharam, sem acreditar no que havia acabado de acontecer.

— Quem diria que a solução para o nosso problema seria cavar a areia. — disse Rachel, rindo.

Ethan, Alexandre e Rachel, ainda rindo, atravessaram a passagem. 

— Certo, agora vamos para a segunda pista do pergaminho: “Procure o pilar de pedra com o olho de Ísis, ele mostrará o caminho para uma passagem secreta. Siga em frente até encontrar a entrada escondida”.

— Quantas passagens secretas tem nesse lugar! — resmungou Alexandre. 

Rachel e Ethan apenas riram, e continuaram andando pelo único caminho que tinha disponível naquele momento. 

Depois de andar por alguns minutos, eles avistaram um grande pilar de pedra à frente. Era alto e imponente, com entalhes intrincados em sua superfície. No topo do pilar, havia uma figura esculpida com um olho desenhado no lugar do rosto. Era o tão procurado "Olho de Ísis", representando a deusa da fertilidade, do amor e da maternidade. As cores do olho passavam de azul escuro ao verde-esmeralda, e possuía detalhes dourados. O desenho em si era feito de lápis-lazuli, que brilhava intensamente. Rachel e Ethan se aproximaram do pilar, examinando-o cuidadosamente em busca de alguma pista ou indicação da passagem secreta que precisavam encontrar, até que notaram uma pequena alavanca escondida próxima ao olho. Alexandre rapidamente puxou a alavanca, sob os olhares curiosos dos amigos, e ao puxar, uma escada íngreme se revelou através do pilar. 

— Parece que achamos a entrada escondida. — disse Ethan.

— Isso está ficando cada vez mais interessante. — declarou Rachel.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Túmulo de Safira" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.