I Miss You escrita por Damaged Girl


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

não me matem pela demora T.T haha



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- Não queria te dar nenhuma expectativa. Eu te amo Ry, muito! Mas, não o suficiente. – Falei triste. Virei e sai andando de volta para o quarto. Me joguei na cama, chorando. O que já tinha virado rotina. Olhei para o meu velho violão, que estava em um canto do quarto. Caminhei até ele e o peguei. Desde que eu saí de perto DELE, a música tem me acalmado. Eu fazia aulas de música. Admito que eu era boa, tinha até um emprego. Bem não sei se dá pra chamar assim, mas de vez em quando o David me chamava pra tocar e cantar. David era meu chefe, ele trabalha em um pub, ás vezes eu ia lá tocar e todos aprovavam. Dedilhei as primeiras notas da música... ( a música original: http://letras.terra.com.br/chris-daughtry/1510416/traducao.html , é perfeita, né?! *-*)

 

Ten miles from town and I just broke down

Spittin' out smoke on the side of the road

I'm out here alone just tryin' to get home

To tell you I was wrong but you already know

Believe me I won't stop at nothin'

To see you so I've started runnin'

 

All that I'm after is a life full of laughter

As long as I'm laughing with you

I'm thinkin' that all that still matters is love ever after

After the life we've been through

'Cause I know there's no life after you

 

Last time we talked, the night that I walked

Burns like an iron in the back of my mind

I must've been high to say you and I

Weren't meant to be and just wasting my time

Oh, why did I ever doubt you?

You know I would die here without you

 

All that I'm after is a life full of laughter

As long as I'm laughing with you

I'm thinkin' that all that still matters is love ever after

After the life we've been through

'Cause I know there's no life after you

 

You and I, right or wrong, there's no other one

After this time I spent alone

It's hard to believe that a man with sight could be so blind

Thinkin' 'bout the better times, must've been outta my mind

So I'm runnin' back to tell you

 

All that I'm after is a life full of laughter

Without you God knows what I'd do

All that I'm after is a life full of laughter

As long as I'm laughing with you

I'm thinkin' that all that still matters is love ever after

After the life we've been through

'Cause I know there's no life after you

Know there's no life after you...

 

Finalizei a música com alguns acordes baixos. As lágrimas já dominavam meu rosto. Quando eu iria esquecê-lo de uma vez por todas? Eu não agüento mais isso... Sofrer.

 

 

Justin's POV on

 

Minha carreira não podia estar melhor, eu estava crescendo como músico a cada segundo, o que eu sempre sonhei. Minhas fãs eram as mais inspiradoras, sempre me apóiam em tudo, eu as amo, e sinto que são minha família. Claro que ainda não estava completo. Depois que Samantha se foi, tudo ficou sem sentido. Eu precisava dela, mas que tudo.

 

Eu estava de férias, tinha um mês de folga, esses últimos anos foram bem corridos. Nada melhor no que passar um tempo com Benjamin, Lizzie e Chris.

 

- Oi Justin, que saudades! – Liz falou me abraçando.

 

- É faz um tempo que a gente não se vê. Também estava com saudades, principalmente desse menino aqui! – Falei pegando Benjamin no colo. Ele sorriu. Aquelas risadinhas de bebê, fofas *-* isso soou meio gay!

 

- Justin! – Chris exclamou surpreso com a minha visita. – Não sabia que viria.

 

- Liz me convidou! Que saudade cara! – O cumprimentei e sorri.

 

– Vamos almoçar? Já está pronto! – Chris avisou e entrou seguido por mim e pela Liz. Depois do almoço, eu fiquei na sala com o Ben, brincando com ele. Algun tempo depois ele dormiu nos meus braços, então o levei para o quarto.

 

- Fazia tempo que ele não se divertia tanto assim, estamos sempre tão ocupados! – Chris falou e eu fiquei assustado. Estávamos na sala, conversando.

 

- Nossa, desde quando você fala como se fosse um executivo? – Falei debochando. Ele riu e jogou uma almofada em mim.

 

- Justin, eu e Liz tivemos que criar Ben, sozinhos, com o tempo você começa a ter responsabilidades, uma vida depende de você entende?! – Ele falou emocionado – Foi difícil, mas quando ele nasceu nada podia me deixar mais feliz. – Ele continuou sorrindo.

 

- Chris tem razão. O nascimento dele melhorou tudo, e agora dependemos dele. Ben é tudo pra nós. – Lizzie falou de mão dada com o Chris.

 

- Eu admiro vocês sabe. Tudo o que enfrentaram, eu com 18 anos e na situação de vocês não saberia o que fazer. – Abracei Lizzie forte e ela sussurrou obrigada.

 

- Me conta como anda sua vida, queremos saber de tudo! – Liz falou animada.

 

- Vocês não vêem TV? – Ri. – Ta tudo ótimo, minha carreira de músico decolou, não podia estar mais feliz. – Disse sorrindo.

 

- Que bom cara, fico feliz por você! Sem querer ser chato, nem nada, mas, e sua história com a Sam? – Chris perguntou. Suspirei e deitei a cabeça no encosto do sofá.

 

- Nada mudou Chris, ela está em Londres agora. E também, eu estou com Caitlin. Seguimos caminhos diferentes, e sabíamos que isso ia acontecer um dia. – Falei chateado, não queria tocar no assunto, porque sabia que ia me arrepender de tê-la abandonado.

 

- Não acredito que voltou com Caitlin! – Liz falou meio brava. – Quando ela voltou da Europa? – Lizzie e Caty nunca se gostaram, sempre brigavam quando se viam.

 

- Eu voltei com ela sim, ela tem me ajudado na minha carreira Liz. – Falei delicado. – Ela voltou á um ano, já faz um bom tempo.

 

- Justin, eu sei que ela é minha irmã, mas eu tenho que dizer que você está errado, lembra o que ela fez com você no baile do colégio? Quando você namoravam? – Chris perguntou, apenas assenti – Ela te traiu cara! - Liz ia falar mais alguma coisa, mas o telefone a interrompeu.

 

- Alô? – Liz apertou o botão da secretária eletrônica, atendendo.

 

- Liz, amiga, que saudades! – A voz do outro lado da linha gritou animada.

 

- Sam? – Ela perguntou indecisa. O meu corpo inteiro ficou arrepiado, ouvir sua voz depois de 2 anos, era tão bom.

 

- Sou eu! Tudo bem? Eu fiquei sabendo do seu baby, parabéns! – Ela disse e logo depois riu. Sua risada contagiante, a risada que eu tanto amava.

 

- Obrigada amiga! Ben é um amor de criança, tem que conhecê-lo logo! – Liz continuou.

 

- Claro que eu vou, não perderia essa chance por nada! Acho que eu vou pra Geórgia ainda hoje, se tudo der certo. – Sam falou. Meu coração disparou, eu ia vê-la, não pode ser. Depois de tanto tempo eu iria encontrar a menina que eu amava, a que me fez sorrir, e viver novamente. Eu relembrava cada momento que passamos juntos, um especial... (flashback)

 

- Sam? – Bati na porta do seu quarto de leve, bati e bati, mas ninguém respondeu. Resolvi entrar no quarto. Silenciosamente abri a porta e me deparei com uma cena não muito agradável para o Justinzinho! Samantha estava de calcinha e sutiã e dançava uma música em frente ao espelho, animada. Fique na porta paralisado, seus movimentos eram suaves e provocantes. Já tinha me esquecido de sue corpo perfeito! Continuei ali babando, até ela me perceber.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! OMFG! SAII DAQUI! – Ela gritou e fechou a porta na minha cara. Eu apenas ri com sua reação e me acalmei, se é que me entendem.

 

Nessa hora eu devo estar rindo igual uma hiena, porque Chris e Liz estavam me encarando.

 

- Desculpa Sam, o senhor risadinha ali, não me deixou terminar. – Liz falou debochando de mim.

 

- Senhor risadinha? Adorei viu, muito original! – Falei irônico.

 

- J..u..Justin? – A voz no telefone, gaguejou surpresa.

 

- Oi Sam, tudo bem? – Falei com medo da sua reação. Minhas mãos pareciam estar transpirando. Era incrível que mesmo depois de tanto tempo ela ainda me faz reagir desse jeito.

 

- Sam, o Ryan pediu pra mim te falar que ele está te esperado St. James’s Park! – Pude ouvir outra voz feminina, imagino que seja Brid. Que saudade dela. Espera! É o Ryan? Meu melhor amigo?

 

- Eu tenho que desligar agora! Amo vocês, estou com saudades. – Ela falou, ainda em choque, antes de desligar.

 

- Risadinha! Muito legal Lizzie – Debochei irônico.

 

- Eu tava tentando conversar com a Sam e você ficava rindo igual um louco! Foi a primeira coisa que veio á minha cabeça, ué – Ela explicou dando ombros. – Continuando nossa conversa, o Chris tem razão, ela te traiu, além do mais, ela só quer fama Justin, entenda isso! Eu a conheço muito bem. – Liz disse me alertando.

 

Suspirei e mordi o lábio, nervoso. A imagem de Caitlin beijando o Breed, do time de basquete, no 'canto dos amassos' do colégio veio em minha mente, como um relâmpago. Já fazia um tempo que isso tinha acontecido, muito tempo mesmo, mas de certa forma ainda me afetava.    

 

- Eu sei Liz, eu também conheço ela muito bem, mas... – Eu não sabia o que dizer, ela estava totalmente certa.

 

- Se deixou levar pelos encantos dela não é mesmo? – Chris disse convicto. Apenas assenti.

 

- Ou, você está usando Caitlin pra tentar esquecer a Sam? – Lizzie perguntou com uma sobrancelha levantada.

 

- Acho que os dois! – Admiti, derrotado.

 

- Hahaha, pois é Justin. Não vai conseguir esquecer a Sammy tão fácil, e eu sei que a puberdade é difícil, mas vai ter que resistir! – Chris falou risonho.

 

- Ou, ache alguém melhor pra satisfazer seus desejos! – Liz finalizou, o tom da sua voz parecia meio debochado.  

 

- Háhá, engraçadinha! – Ri ironicamente e joguei uma almofada nela.

 

- Heeeeey! – Ela exclamou devolvendo a almofada com força.

 

- Tá chega! Qual é, eu tenho 18 anos, já to meio velho pra fazer guerra de almofadas. – Reclamei sorrindo.

 

- Ta bom, já que você não vai devolver nenhuma almofadada (n.a hã? .-.), eu vou te atacar! – Liz falou e jogou todas as almofadas do sofá no meu rosto.

 

- Ok, você venceu! – Falei pra Lizzie, que comemorou com pulinhos.

 

- Eu sou demais, ainda não perdi o jeito! – Ela disse contente.

 

- Senta amor, vai me deixar com vergonha! – Chris falou rindo, e eu o acompanhei. Liz fez uma careta e sentou.

 

- Não quero ser indelicado, nem inconveniente, mas fique sabendo do seu pai! Como ele está? – Chris falou sem jeito. Sorri gentil.

 

- Não é inconveniente! – Sorri triste - Aaah cara, é horrível não poder ficar perto dele durante o tratamento, mas eu vou vista-lo ainda hoje se puder! Então acho que já vou indo se quiser ver ele... – Abri um sorriso nos lábios.

 

- Que bom, estamos torcendo por ele! Mande lembranças! Estamos muito enrolados com o Ben aqui, mas assim que der vamos vê-lo! Foi muito bom te ver Babyeber – Lizzie falou sorrindo. Ri, fazia tempo que ela não me chamava assim.

 

Me despedi deles, entrei na Ferrari e fui correndo até o hospital.

 

- Oi pai. – Coloquei a cabeça pra dentro do quarto. E ele me olhou sorrindo.

 

- Justin, que bom que veio me ver... – Quando me aproximei melhor dele, o mesmo me abraçou contente.

 

- Fico feliz em ter vindo. Lizzie e Chris mandaram um beijo e disseram que logo vêem te ver. – Ele sorriu e agradeceu. – E como estão as coisas por aqui? – Perguntei.

 

- O medico falou que eu tenho que fazer uma cirurgia pra tirar o tumor, enquanto ele não está muito grave. A cirurgia é de risco filho, eu não sei o que fazer! – Meu pai admitiu triste. Eu sentei em uma cadeira ao seu lado e suspirei.

 

- A decisão é sua pai, é você quem vai fazer a cirurgia. Mas eu posso te dizer que eu vou estar aqui com você, não vou te abandonar! E o que você escolher, vou ficar feliz. Não tão feliz né, porque não dá pra ficar feliz com isso... mas.. ér... – Ele riu da minha confusão e me interrompeu.

 

- Eu entendi filho! Obrigada! – Ele disse e me abraçou forte. Eu amo meu pai, e agora mais do que tudo ele precisa de mim, e eu vou estar ao seu lado!

 

 

Samantha's POV on

 

Eu ainda estou paralisada, eu ouvi a voz dele, só pode ser um sonho. No momento que eu ouvi ele falar, meu coração disparou, eu fiquei completamente arrepiada, não sabia como reagir ou o que falar. Mas, graças ao bom Deus eu tenho uma irmã desagradável! Ri com meus pensamentos.

 

- Samantha, o Ryan fica ligando de 5 em 5 segundos! E eu estou tentando estudar. Será que você pode ir logo pra esse maldito parque logo?! – Brid falou brava. Resolvi provocar um pouquinho.

 

- Quem mandou ficar de recuperação final?! Eu que não. Agora em vez de sair com seus amigos você vai ficar estudando. – Sorri marota. Ela bufou e fez careta. Me arrumei rápido e saí.

 

Desci do táxi e andei entre as árvores altas, onde alguns passarinhos descansavam. Eu amo Londres, é uma cidade muito bonita. Mas, o que eu mais gosto é desse parque, as crianças brincando, os animais correndo, piqueniques, as flores, é tudo maravilhoso.

 

Um pouco longe dali vi Ryan, mas ele não estava sozinho ele conversava com uma menina ruiva, a mesma garota que estava com ela de manhã. Então, do nada ele a beijou. Eu senti algo estranho, como uma dor no peito, não sei ao certo, talvez raiva, nojo, ciúmes!? Me aproximei devagar e toquei seu ombro. Ele se virou corado.

 

- Saam! Essa é a Samantha, Jessy, aquela que eu te falei. Samantha essa é a Jéssica. – Ryan falou nos apresentando.

 

- Sam, Ryan fala muito de você! Pode me chamar de Jessy – Ela sorriu e estendeu a mão. Olhei pra ela com um sorriso cínico. Ryan me olhou e negou com a cabeça, imaginando o que eu estava prestes a fazer.

 

- Oi, não me chame de Sam, só amigos me chamam assim. Jéssica é um bonito nome, me conte Jessy, você é uma biscate para sair beijando um menino no primeiro encontro? – Perguntei com um olhar irônico. Ela me olhou assustada, falou alguma coisa no ouvido do Ryan e saiu dali em passos largos. Não consegui me conter e ri. Ryan me olhou com ódio e saiu andando também.

 

- Hey! Ryan desculpa! Espera! – Gritei e corri atrás dele.

 

- Porque Fez isso Sam, não acha que tenho direito de ser feliz? – Ele virou pra mim e perguntou.

 

- É claro que tem direito de ser feliz. Me desculpa, eu fui uma idiota! Acho que fiquei com ciúmes. – Confessei culpada. Ele levantou a cabeça, e me olhou diferente. – Que foi? Minha maquiagem ta borrada? – Ele riu e me abraçou. – Correspondi, surpresa. – Porque me abraçou? Aceitou minhas desculpas? – Perguntei com os olhos brilhando.

 

- Aceitei sim, você é minha melhor amiga não tem como ficar bravo com você! E outra, você ficou com ciúmes de mim! Devia ter gravado isso – Ele colocou a mão no queixo e fingiu pensar.

 

- Besta! Foi ciúmes de amigo, mais nada! – Falei sorrindo e ele retribuiu desanimando. – Nem começa, eu já te expliquei asse história! – Coloquei uma mão em seu rosto e o acariciei de leve.

 

- Eu sei, desculpa! – Ele falou arrependido.

 

- Pelo que? Por me amar? Que isso, eu sei que sou irresistível. – Falei de brincadeira. Ela riu e passou o braço pela minha cintura. – Pra que me chamou aqui?

 

- Eu queria me desculpar por mais cedo. Eu fiquei um pouco irritado com essa história de Justin. Eu sei que ele é meu amigo e tal, mas eu não agüento você falando dele á cada minuto. Você contando seus sonhos malucos e... – Ele falava sem parar.

 

- Eu sei que eu sou chata nesse ponto. Mas, eu pensei que fosse entender já que é meu melhor amigo. E não são sonhos, te digo que são tipos de visões, sempre que eu lembro DELE eu desmaio e sonho com alguma coisa que já aconteceu.- Esclareci.

 

- Falow então, Raven! – Ele revirou os olhos, brincalhão.

 

- Daãr, a Raven tem visões do futuro, eu do passado! – Disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo e ri.

 

- Aaai baixinha, eu te amo ta?! – Ele segurou meu rosto e beijou minha testa. Com o Justin fazia.

 

- Eu também te amo Justin... – O olhei confusa e assustada. Ele recuou e saiu correndo dali. Estúpida, você só faz merda mesmo. Ouvi meu celular tocar e atendi.

 

- Alô? – Falei ofegante. Corria atrás do Ryan.

 

- Sam? Minha querida, que saudades! – Minha avó falou.

 

- Vó? Que saudades vovó, como está tudo por ai? – Perguntei animada.

 

- Bem, mas não quero passar mais um aniversário sozinha, ouviu? – Ela avisou. Eu esqueci completamente. Minha avó faz aniversário depois de amanhã!

 

- Então vó, eu e a Brid estávamos combinando de ir aí. Mas não temos dinheiro suficiente pra comprar a passagem. – A primeira coisa que eu consegui pensar. Tínhamos bastante dinheiro guardado, o meu medo era encontrar o Justin lá.

 

- Sem problemas, eu pago meu amor. Mando o dinheiro hoje, pra você virem agora mesmo! – Dona Julie cheia de ideias. Como eu amo isso na minha avó ¬¬’.

 

- Claro vovó, mas podemos ir amanhã? A Brid tem uma prova importante de recuperação hoje. – O que é verdade, na verdade. (n.a. PC Siqueira vesguinho delicia *-* hahahaha -N)

 

- Ela não muda mesmo – Foi o que eu disse - Bom, vou agora correndo pro banco. Quero você aqui amanhã de manhã! Beijinhos, te amo. – Minha avó falou e desligou, na minha cara. Ótimo.

 

Estava escurecendo, e não achei o Ryan, desisto! Voltei pra casa andando mesmo, não teria problema, porque o internato ficava perto do parque.

 

No meio do caminho senti olhos sobre mim. Virei rapidamente e vi um vulto. Comecei a ficar com medo e aprecei os passos. Ainda sim a sensação de alguém me seguindo não passava.

 

- Não gosto que ande por ai sozinha, ainda mais á noite. – Uma voz masculina falou. Virei e lá estava o Ryan ele me olhava com uma feição de deboche.

 

- AI! PODE PARAR, TA DOENDO SAM! – Ele reclamou enquanto levava uns tapas meus.

 

- VOCÊ FICOU LOUCO? NÃO SABE O MEDO QUE ME DEU! – Senti uma lágrima molhar meu rosto.

 

- Desculpa baixinha. Me perdoa – Ele me puxou pra um abraço e caminhou comigo até a escola. Ryan me acompanhou até o quarto. Entramos juntos e minha irmã nos olhou curiosa.

 

- Ainda te odeio por ter me matado de susto, mas eu vou sentir sua falta – Falei e ele que me olhou confuso. – Minha avó me ligou e mandou eu ir passar o aniversário dela lá! – Expliquei.

 

- Sério? Vamos ver a vovó? – Brid gritou feliz. No fundo eu sei que, quem ela quer ver é o Logan.

 

- Vamos sim. Quer passar as férias lá com a gente? – Perguntei pra Ryan, que estava distante.

 

- Não posso, prometi pra minha mãe que iria ficar com ela – Ele disse meio triste.

 

- Quem sabe outro dia então? Fica tranqüilo, eu não vou fugir – Exclamei sorrindo.

 

- Vai saber se não vai fugir com o Justin? – Ele revirou os olhos. Ele ia começar com isso de novo? Ninguém merece!

 

- Ta, boa noite Ryan, vou te ligar todos os dias. Tchau. – Empurrei ele pra fora do quarto e fechei a porta.

 

- Brid, como foi de prova? – Perguntei me jogando na cama.

 

- Não sei, não ligo! – Ela disse dando os ombros. Gargalhei alto, só ela mesmo.

 

- Temos que arrumar nossas malas, a vovó disse que ela quer a gente lá durante a manhã – Avisei Brid que abria um sorriso bobo no rosto.

 

- Eu não acredito que vamos voltar pra Geórgia depois de dois anos! Voltar a respirar o ar daquela cidade maravilhosa. Que saudade! – Ela suspirou contente. Um sorriso brotou em meus lábios ao lembrar de Geórgia. A cidade em que ELE vivia. A melhor cidade do mundo. A cidade onde meus amigos moravam. Minha casa, meu lar. Algumas lembranças do Justin vagaram pela minha cabeça. A mesma começou a latejar. Eu iria ter outra crise. Eu desmaio e sonho. Isso não acontecia com freqüência. Mas, já tinha virado parte da minha vida. Meus olhos pesaram e eu cai, simples assim. Eu já estou tão costumada que nem ligo mais.

 

Flashback...

 

- Desculpa não queria te assustar! - Ele disse sem graça

- Tudo bem!  - Eu respondi com um meio sorriso

- A cabeça ainda.. hã.. você sabe.. doi? – Ele perguntou fazendo gestos estranhos, o que me fez rir alto.

- Não, já ta melhorando, fica tranqüilo – Respondi, piscando.

- Que bom, mas o que veio fazer aqui? Te pedi pra esperar lá encima! – Ela falou meio bravo.

- Desculpa, é que eu ri meio alto e algumas pessoas me olharam, então eu desci e entrei na garagem – Falei sem jeito.

- Porque você riu? – Ele perguntou, confuso.

- De você, você canta fazendo careta, é engraçado! haha - E eu comecei a rir.

 

Eu estava deitada na cama e as luzes apagadas. Acendi minha luminária e passei os olhos pelo quarto. Minha irmã dormia serena, as malas já estavam arrumadas, até as minhas, sorri. Ela podia ser irresponsável, mas era uma ótima irmã.

Parei pra pensar na visão, sonho... Ou seja lá o que for. De uma coisa eu tinha certeza. Eu conhecia o Justin antes do acidente, e conhecia muito bem. Alguma coisa eles estavam me escondendo. O meu médico disse, uma vez, que esses desmaios e os sonhos estranhos, são um sinal. Minha memória está voltando!

Apaguei a luz e voltei a dormir. Não queria pensar em nada, amanhã seria um dia duro. Eu sinto isso.  


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Notas finais do capítulo

eu sei que esse capitúlo ficou péessimo, mas eu prometo que o próximo vai ser melhor.
é que eu estava mesmo sem idéias :/
bom, é isso, o próximo post não vai demorar!
beijos :*
amo vocês sz'