BOYFRIEND; pansy parkinson escrita por proudofdraco


Capítulo 1
01 | Finally Alone


Notas iniciais do capítulo

boa leitura!



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— Disse que ele iria te largar sozinha. – resmungou com um sorriso, fazendo a amiga bufar. – Ele te largou sozinha, não largou? Pelo Malfoy. 

— Vai soltar fogos de artifício ou algo assim?

— Bom, os Weasley's vendem os fogos, então não..

Phoenix revirou os olhos, saindo de frente ao espelho em que se olhava e voltando a fitar sua melhor amiga, Pansy Parkinson, jogada em uma das poltronas no dormitório em que dividiam na Sonserina. Deitou em sua cama, suspirando uma resposta. 

— Sabe que não vou ir por ele, vou pelo meu pai. 

— Queria apresentar os dois, sei disso. Regulus odeia Hogsmeade. Você também, pelo que eu me lembro. 

— Claro, Parkinson, claro. Não posso fazer nada sem que você me reduza à Blaise Zabini. 

— É o que dizem por aí. – murmurou a dona dos cabelos pretos, fitando o teto e escondendo um sorriso. – Que Phoenix não tem mais personalidade, que tudo que faz, faz pensando no namorado. 

— Quem disse isso? – perguntou, cansada. 

Sabia que era mentira. Mais uma das milhares que Pansy Parkinson contava ao dia, nada de diferente. Era o charme dela. 

— Bom, ouvi seus amigos da Grifinória comentando, não queria dizer nada.. Mas sabe que prezo pelo seu bem, em te ver bem falada. 

— E a cobra vai fumar..  

— O que disse? – questionou confusa.  

— Nada, Pansy. Já acabou?  

A Parkinson riu, se levantando da poltrona e se deitando ao lado da amiga em sua cama.  

— Sabe que só eu posso falar mal de você, não sabe? – disse em tom baixo, fitando a amiga ao seu lado. – Que te xingar pelos quatro cantos de Hogwarts é minha profissão, de mais ninguém. Se eu ver Zabini falando pro Malfoy que você é "difícil de lidar" mais uma vez, corto o pinto dele fora e faço o amiguinho dele comer.  

— Tem que dizer isso à ele, não a mim.  

— Claro, vou dizer.  

— E que eu sei me cuidar sozinha. – insistiu Phoenix.  

— Sei que você sabe.  

Parkinson viu a amiga passar um de seus braços pelos seus ombros, ainda deitadas, então se aproximou e deitou a cabeça em seu peito. Não fazia aquilo com mais ninguém, e se alguém visse ela daquele jeito, estava morta socialmente. Não chegava menos de dois metros de ninguém, mas com Black era completamente diferente.  

Black tinha privilégios que ninguém tinha, e Pansy odiava o fato da amiga não abusar desses privilégios. Do fato de Phoenix não ver que toda aquela permissão de toques, abraços e cafunés era bem mais do que uma "cortesia de longa amizade".  

— E o que ele quis dizer com "difícil de lidar"? – perguntou Parkinson, recebendo um carinho no cabelo que morreria para sentir todos os dias.  

— Zabini.. Está com raiva porque não dou atenção o suficiente.  

— Você não dá atenção o suficiente pra ninguém.  

— Como posso dar atenção suficiente pro meu namorado? Tenho que cuidar de você.  

— Essa é a minha garota..  

Riram juntas, se aproximando mais uma da outra e perpetuando o abraço deitado.  

— O mundo não gira em torno dele. – resmungou ela. – Entende?  

— Claro. Gira em torno de você. – respondeu Pansy, fazendo a garota rir. – É um idiota. Eu sempre digo: 

— "Ele não presta. Se alguém te compara o tempo inteiro com o melhor amigo, é porque quer comer o melhor amigo mas só sobrou você." – disseram em uníssono, Black em puro deboche.  

— Qual é? – reclamou Pansy, ao ouvir o sarcasmo da amiga. – É a mais pura verdade. Eu mesma, quando namorei aquela lá, só comparava ela com.. Enfim. 

— Tá, Parkinson, tá. Quer me dizer alguma coisa?  

— Não, não. – respondeu ela, se soltando do abraço e se sentando à cama, em um suspiro. – Puta sonsa. 

— O que disse? 

— Nada, amor. 

— Não me chama de amor. – brigou Phoenix.  

— Não na frente do Blaise. – acrescentou, um imenso sorriso sarcástico e provocativo em seu rosto ao se levantar. Estendeu uma das mãos para a amiga logo em seguida. – Vamos, levanta daí. Tenho que te levar pra ver seu pai. 

 

✧ ✧ ✧

 

Regulus Black não esperava ser pai de alguém tão reclamão e amargurado como ele, mas não havia como negar que Phoenix Onion Black era, de fato, sua filha. Como era pai solteiro, sentia a necessidade de ser presente nos fins de semana da filha, a tirando um pouco de Hogwarts e a levando para algum lugar minimamente divertido para que conversassem na semana. Só que ele realmente odiava Hogsmeade.

Viu sua filha se aproximando, e ao seu lado, uma garota da mesma idade, levemente mais baixa e com cabelos curtos e escuros. Pôde ouvir a conversa ao seu aproximarem o bastante.  

— Adolescentes com hormônios aflorados, velhos loucos por doces! Odeio esse lugar, odeio muito...  

— Para de reclamar, bruxa velha. – resmungou Pansy. – Veja, seu pai.  

— Bom dia, Reggie.  

— Bom dia, Nix. – suspirou ele, sorrindo levemente. – Já está resmungando igual uma senhora amargurada que não encontra seus gatos?  

Pansy gargalhou alto, recebendo um tapa no braço de Phoenix. Regulus estranhou, o sorriso mínimo se abrindo um pouco mais.  

— E suponho que essa seja a sua namorada? É um prazer conhecê-la.  

— Ela não..  

— O prazer é todo meu, senhor Black. – interrompeu – Sou Pansy Parkinson, conheço sua filha há longos cinco anos.  

Olhou para o lado, fitando uma Phoenix carrancuda e nada satisfeita. Suspirou, um sorriso sincero irradiando seu rosto pálido.  

— Mas do lado dela parecem só alguns segundos.  

— Nix, não disse que sua namorada é uma romântica de coturnos à moda antiga.  

— Se ela fosse minha namorada..  

— Ela não é? – perguntou o homem.  

Parkinson sorriu, parecendo uma criança em um parque de diversões. Phoenix revirou os olhos, fazendo o pai rir fraco.  

— É um trabalho ainda em andamento.. – explicou ela – Sua filha está em estado de negação.  

— Claro que está, ela é sonsa. – explicou o homem seriamente, causando outra gargalhada em Pansy e uma reclamação da filha.  

Foram conversando sobre as antiguidades e tradições dos Sagrados 28, alegando que não era mais uma coisa tão importante hoje em dia, mas os olhos de ambos claramente brilhando. Phoenix atrás, olhando os dois e bufando incrédula. Havia perdido seu pai duvidoso para sua amiga duvidosa. 

— Onde está Sirius? – perguntou, atrapalhando o papo dos dois novos amigos e recebendo um olhar feio do pai. 

— O asqueroso do seu tio está por ai, comprando coisas pra você. Pra provar que eu sou um péssimo pai. 

— E é. Faz uma semana que não me vê e me troca pela Parkinson logo quando a conhece.  

— Estou conhecendo a sua namorada. – explicou calmamente.  

— Ela não é minha.. Aquele é o Malfoy?  

Olharam na mesma direção, vendo Draco, Zabini, Crabbe e Goyle beberem cervejas amanteigadas animadamente em uma das mesas externas de um dos bares. 

Aquele é o namorado da sua filha. – explicou Parkinson.  

— Phoenix?! – perguntou inconformado.  

— Era o que tinha! – se explicou. – Pai, você disse que tinha que ser aceitável!  

— Não especifiquei o gênero!

Pansy gargalhou, vendo a amiga bufar. Phoenix não se importava nem um pouco com Zabini no geral, mas não podia admitir isso de jeito nenhum. Gostava de ter alguém do lado dela as vezes, sem muita seriedade e que pudesse chamar de namorado para que sua família a deixasse em paz. Fora isso, achava ele bem desprezível. De uma forma bem charmosa, mas achava.  

— Vamos, Nix. Pago sorvete pra nós três. – falou Pansy. – Claro, se minha presença não for extremamente incômoda e..  

— Cala a boca, vamos logo. 

Regulus sorriu de lado, deixando as duas irem mais a frente e xingarem o grupo de amigos com todos os piores palavrões do mundo bruxo. 

Não que Pansy, em hipótese alguma, soubesse dos planos secretos de Zabini e tivesse mudado a rota da caminhada dos três até o local onde o grupo estaria.  

Pansy, em hipótese alguma, faria algo do tipo. 

 

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