Transformação - Mansão SKZ escrita por Adnoka


Capítulo 10
Cap 07. Você pode até correr, mas nunca se esconder.


Notas iniciais do capítulo

Oi oi! =)

Graças a esse lindo do Lee Felix eu pude conhecer os Stray Kids pois foi ele que em um dia que eu estava extremamente mal passando por uma crise depressiva fortíssima que me pegou pela mão e disse "ei olha aqui pra mim", o que me chamou a atenção nele? Sua voz não vou mentir, eu sou uma viciada em "deep voices" mas depois disso eu fui observando ele e vi o quão maravilhoso era, e depois bem, fui me dando o prazer de conhecer um por um daquele grupo com musicas tão boas e hoje estou aqui.

Então antes de começar o capítulo só queria dizer obrigada Lee Felix!

Ao final do capítulo explicarei uma coisa a vocês então nos vemos lá embaixo!

Desculpem-me qualquer erro, se quiserem comentar pontuando eu arrumo okay!

Boa leitura! ♥



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A noite foi um tanto agitada para mim, os pensamentos sobre tudo que me foi dito me assolaram me levando a ficar rolando na cama até que ouço um barulho no para peito da janela e quando olho me sinto feliz em ver que o Seungmin estava ali.

­— Eu te disse que não consigo ficar muito tempo longe né, mas não imaginei que ainda estaria acordada, você precisa de algo? — Ele estava com um sorriso extremamente iluminado e eu só pude pensar em como ele é lindo. — Se quiser é só dizer.

As próximas palavras que profiro me deixaram em seguida com muita vergonha, mas já havia dito então só sorri para ele...

— Quero que se deite comigo, acho que já me acostumei a me aninhar em você para dormir.

Ele sorri mais ainda ao ouvir isso e de prontidão salta de onde está e vem para mim que sem pensar duas vezes apenas me aconchego toda nele e pergunto:

— Será que vou conseguir descobrir o que preciso para me libertar desses episódios dolorosos?

— Eu realmente espero que sim princesa, mas não esqueça o que o Channie disse, não queira apressar as coisas, tentar forçar estes episódios ou algo assim podem te fazer mal e não é o que queremos. — Enquanto fala ele acaricia meu rosto.

Eu acabo pegando no sono, e a noite a partir dali foi completamente tranquila nos braços aconchegantes e protetores do Seungmin.

Acordo me espreguiçando e sem querer bato minha mão em alguma coisa, percebo que o Seungmin não estava mais lá no quarto o que me deixa de certa forma triste, pois é realmente muito bom ficar perto dele e eu já estou acostumada com isso.

Uma caixa... foi no que minha mão bateu e quando a olho com mais atenção vejo que nela haviam algumas iniciais “H&A”, “H&R” “H&I” e por fim um “H&N” eu abro a caixa e lá dentro tem alguns envelopes separados em montinhos e enrolados em um rústico barbante e também um bilhete avulso que pego para ler:

“Nesta caixa tem algumas cartas que escrevi para você quando você não estava mais entre nós, não tive tempo de te entregar ontem então gravei nossas iniciais de agora nela e trouxe até você, leia quando tiver tempo, espero que você goste. Nos vemos em breve. – Com amor, seu Han.”

Ao ler isso eu dou um longo suspiro; estou mesmo apaixonada por ele, por todos e cada um deles, que loucura.

E assim que termino este pensamento sinto uma presença, ou melhor uma voz em minha cabeça que diz: “Não se apresse em me encontrar, te esperarei a eternidade se for preciso” e a ironia contida ali me faz entender o recado.

Era a voz profundamente marcante do Felix, mas afinal o que foi isso? E assim que “escuto” ele dentro da minha cabeça meu corpo reage como em uma espécie de transe apesar de estar meio consciente, se levantando e automaticamente fazendo tudo o que preciso antes de sair do quarto e quando saio eu não penso em nada, mal presto atenção a minha volta, eu apenas sigo pelo grande salão o atravessando com passos firmes e urgentes, pois eu precisava me encontrar logo com ele.

De repente estou parada em frente a uma porta muito bonita, e antes que eu pegue na maçaneta a porta se abre, mas não tem ninguém do outro lado o que me deixa apreensiva, mas em um impulso eu entro no cômodo  e assim que o faço a porta se fecha atrás de mim.

— Olá minha doce Naty, então você me encontrou mesmo. — A voz do Felix vibra por meu corpo inteiro toda vez que ele fala e desta vez não foi diferente o que me fez arrepiar — Hoje você é só minha, então não se preocupe apenas venha até mim.

E ao terminar de ouvi-lo meu corpo começa a adentrar o cômodo que percebo ser um quarto, mas completamente diferente do meu, bem mais escuro e intenso, mas também de certa forma muito aconchegante com uma cama muito grande e com um mosqueteiro realmente lindo e antigo e ao olhar bem dentro dele vejo o Felix deitado sem camisa e com uma calça de seda preta que destaca ainda mais sua pele branca e aqueles panos vermelhos sobre a cama e me olhando como se de fato fosse me devorar e já no momento seguinte como em um piscar de olhos ele está de pé em frente a mim segurando meus ombros com suas finas e gélidas mãos.

— Se não se importa meu doce, vire a cabeça um pouco quero olhar seu pescoço de perto.

Ele está se divertindo comigo, e eu estou em um mix de pânico e vontade de me entregar, então sem sequer pensar muito no que estou fazendo eu deito minha cabeça de lado deixando o pescoço a mostra e assim que o faço ele afasta meus cabelos, abaixa em minha direção e sussurra com seus lábios tocando minha pele:

— Agora vou te libertar da minha “influência” docinho e vamos ver o que você vai fazer...

Ao terminar de falar ele apenas beija meu pescoço demoradamente o que me faz soltar um leve gemido involuntário enquanto sento ainda mais o gélido toque de seus lábios contra minha pele e isso me faz fechar os olhos com medo apesar de sentir claramente todo meu corpo querer que ele beba meu sangue como se de alguma forma aquilo fosse tão excitante para mim quanto para ele, mas ele não faz mais nada além daquilo, ele na verdade solta meus braços e se vira de costas para mim abaixando a cabeça e então eu entendo o que ele quis dizer com “vou te liberar de minha influencia” pois agora estou cem por cento de volta a mim e meu primeiro impulso é sair dali correndo.

Corro como se não soubesse exatamente o que estou fazendo, minha mente em turbilhão entendendo que mesmo que ele estivesse me controlando minha real vontade era deixa-lo me dominar, mas então por que eu corri? Por que sai do quarto dele e para onde estou indo?

Paro de correr de repente e com a respiração ofegante coloco minha mão no peito e me encosto em uma árvore o que me faz entender de imediato que corri para fora da mansão e enquanto tento me recompor ouço um estrondo e levantando meu olhar vejo que o Felix está na minha frente ainda sem camisa o que com a luz do dia o faz reluzir e o seu rosto expressa o sorriso mais lindo que já vi dele.

— Você pode correr, mas não se esconder meu amor, não de mim, de mim jamais!

E sem entender muito o que eu estava sentindo eu vou para cima dele de forma completamente afoita e o beijo...

Nosso beijo é intenso até demais e estamos quase nos fundindo em um só, enquanto me beija ele morde meus lábios e solta uns gemidos roucos naquela voz de perdição o que me faz quere-lo ainda mais.

Eu não imaginava que teria esse tipo de conexão com ele, mas tudo que eu queria naquele momento era que ele me torna-se sua em todos os sentidos da palavra, e ele parece querer o mesmo ao me deitar no chão vindo por cima de mim e olhando dentro dos meus olhos quando dispara com a voz ainda naquela excitante rouquidão por conta da emoção do momento:

— É agora que finalmente provo você!

Ouvir ele dizer isso me fez quere-lo ainda então eu mesma levo meu pescoço a sua boca o que o faz parar e milímetros da minha pele me deixando em um turbilhão até que sem aguentar mais eu praticamente suplico:

— Por favor Lix, eu te imploro... — solto em um gemido quando as mãos dele apertam minha cintura me levando ainda mais para perto dele o que faz ele sorrir de forma quase que leviana e assim ele sem nenhuma hesitação crava sua mordida em meu pescoço...

“Agora estou certa de que eu sempre o amei, e que sempre foi intenso assim entre nós dois, abro meus olhos, mas não estou mais onde estava e o Felix que estava em cima de mim provando do meu sangue agora está sentado em baixo de uma linda árvore do outro lado me observando e sorrindo acena para mim.

— Como está linda meu amor, venha, vamos comer alguma coisa.

Em frente a ele uma toalha estendida e muita comida deliciosa, tudo decorado com flores no que parecia ser um belo pique nique.

Vou até ele, comemos um pouco e eu tenho a brilhante ideia de lhe dar uvas na boca e o ato de abrir a boca para pegá-las no cacho o deixa ainda mais lindo de acordo com a visão que tenho de cima agora que ele repousa sua cabeça em minhas pernas o que parece deixa-lo ainda mais feliz.

— Essa luz toda te deixa tão linda meu amor — Ele me diz enquanto também coloca uma uva em minha boca. – Me dá vontade de toma-la para mim sem me importar com mais nada.

— Estou bem aqui Lix, e sou sua, então faça o que quiser comigo – falo o provocando.

— Aaaah isso não vai ficar assim, foi você que começou mocinha, lembre-se disso!

E antes dele terminar de falar me levanto e saio correndo em uma brincadeira nossa para que ele não me pegue.

— Você pode correr, mas não se esconder meu amor, não de mim, de mim jamais!

E com suas gostosas risadas ele quase chega a me pegar quando de repente tudo escurece como se fosse noite e o lugar onde estávamos virou uma floresta escura e medonha e o Felix não estava mais lá.

Ouço ele me chamar, mas não o vejo, mas pelo tom de sua voz ele está em desespero e quando finalmente o encontro ele está todo amarrado sendo levado de mim e eu corro até ele gritando seu nome implorando para que o soltem, mas nada acontece e quando me dou conta ele se foi e eu só consigo chorar com a dor que vê-lo partir me causou”.

— Ei Naty, acalme-se eu estou aqui querida, abra os olhos e olhe para mim por favor, estou bem aqui.

Abro meus olhos que estão embaçados pois eu estava chorando muito nesta realidade também e quando eu vejo o Felix ali diante de mim eu salto para cima dele o abraçando com toda minha força.

— O que foi aquilo?! Droga Felix eu não pude te ajudar, me perdoe, por favor me perdoe.

O olhar do Felix está assustado e ele segura minhas mãos enquanto me olha acredito eu que para tentar me acalmar, mas não funciona muito pois a visão que acabei de ter me trouxe à tona muitos sentimentos misturados.

Agora que estou tentando respirar fundo o Felix me pergunta sem rodeios:

— Você viu a noite em que me tiraram de você?

Eu fico realmente surpresa por ele saber exatamente o que eu vi.

— Sim, o que foi aquilo Felix? Por que te levaram? Por que não consegui te ajudar? – caio no choro de novo – Você me perdoa?

Neste momento a selvageria do Felix desaparece e ele se coloca como um verdadeiro protetor quando me pega no colo.

— Vamos para o meu quarto lá conversamos, você precisa descansar.

Estar no colo do Felix era diferente de estar no colo do I.N ou nos braços do Han pois com o ele eu me sentia como alguém extremamente indefeso que estava sendo protegido por uma força um tanto obscura e completamente dominante.

Ao chegarmos no quarto dele ele me deita em sua cama me dando um longo selinho enquanto desliza seu polegar em meu rosto e se afastando devagar dispara:

— Argh! Como eu senti sua falta! – Seu olhar jamais perde a intensidade e reparando que ainda estou em pânico ele tenta se recompor – Bom Naty, como vê eu ainda estou aqui então se acalme e por favor não me peça perdão novamente, você jamais foi culpada de nada daquilo acredite em mim.

Eu o encarei incrédula pois o Felix que estava diante de mim agora era um centrado rapaz completamente diferente do caos de quando nos conhecemos.

— Como você pode me dizer algo assim? Eu fui incapaz de impedir que o levassem — As lágrimas vêm novamente molhar meu rosto e nesse momento o Felix me serve a bebida que ele estava antes preparando para mim e enxugando minhas lágrimas ele me interrompe.

— Eu fiquei sabendo que você quis saber mais dos outros que encontrou, de mim você não quer saber nadinha? Você vai apenas me usar assim? — Ele sorri descontraidamente enquanto fala aquilo em um tom de manha e eu sei que ele só quer tirar minha atenção do que eu estava sentindo, mas era verdade, nós não conversamos nada.

Tomo o gole do que ele me serviu e gostei muito do sabor e de sentir o álcool contido ali pois fazia um tempo que não bebia nada alcoólico e minha nossa eu estava mesmo precisando, mas não sabia o que era aquilo.

— Nossa que gostoso isso o que é? — Pergunto realmente curiosa o que arranca um lindo sorriso dele.

— É hidromel envelhecido em carvalho, que bom que gostou, sou eu quem produzo.

— UAU — Falo realmente impressionada — Temos um homem de talentos múltiplos aqui. — Ao terminar minha frase ele se transforma em um gato sedutor e vem até mim posso dizer que quase ronronando.

— E você ainda não viu nada, meu maior talento faria você delirar e certamente você viciaria em mim. — “Ele voltou!” Eu penso e ele me encara com um olhar tão penetrante que posso garantir que um dos seus dons é o olhar de raio-x e agora ele está me vendo nua.

— Você não tem jeito né? — Falo finalmente sorrindo o que nitidamente o acalma.

— Tudo para ver você sorrir assim, você fica linda quando sorri — Ele se aproxima beijando minha bochecha e passa o dedo no meu pescoço o que me causa um arrepio — Está dolorido? Quando os outros virem isso com certeza eu vou ouvir...

Coloco minha mão no meu pescoço e sinto, mas marquinhas da mordida que ele me deu mais cedo sentindo uma leve dorzinha no local.

— Ai! Ta muito marcado? Isso foi literalmente um “chupão” — A risada que ele dá me anima a rir com ele.

— Olha aí Sras. e Srs. Minha amada voltou mesmo para mim.

— Falando nisso Felix, como éramos antes de tudo isso? Você e eu sempre fomos intensos assim?

— Ah sim, pode ter certeza que se não os mais intensos estávamos no pódio! Era praticamente impossível nos desgrudar quando era nossa vez de ficarmos juntos, e não importa em qual vida sua era sempre assim, e pelo jeito que você pulou em mim lá fora acho que não deixaremos a desejar dessa vez também.

Eu me sinto queimar por dentro e acabo tomando de uma vez todo o resto do hidromel que está na caneca e o Felix para variar apenas se diverte com a situação.

— Nos dois querida Naty somos o fogo — Ele aponta para mim — e a lenha — Diz agora apontando para si — e enquanto estivermos juntos queimaremos este mundo e tudo ao redor dele.

Eu suspiro profundamente com essa alusão do Felix.

— Eu devo ter transtorno dissociativo de identidade — Falo comigo mesma ignorando um pouco a menção do Felix de quem iria dizer algo e continuo — Cada um de vocês é muito diferente do outro e com cada um eu me identifico, compartilho, e formo uma dupla e tanto, se não for isso então... — sou finalmente interrompida.

— Eu acredito realmente que isso com a gente, — Ele faz uma pausa e me olha nos olhos — todos nós mesmo quero dizer, é coisa do destino sabe? Era pra ser ou sei lá, pois entre nós, entre os meninos também tudo se encaixa, somos bem mais que irmãos, amigos, cúmplices ou coisa assim, somos um punhado de alma gêmeas e todos nós nos amamos muito.

— Olha só Lix você é um fofo! Ah não acredito que você é um grande fofo! – Falo me divertindo com ele e apertando sua bochecha sem nem notar que o chamei de Lix pela segunda vez, mas falo realmente sério ele foi muito fofo falando aquilo.

— Tá bom, tá olha só você já está me chamando de Lix e tudo — Ele me encara com um olhar digamos que apaixonado? — Mas voltando a nós dois — Ele fala fazendo uma careta pra mim — Nós erámos bem grudados sim, e juntos aprontávamos bastante, e eu sempre irritava os outros com isso, mas você nunca gostou muito que eu os provocasse. Éramos impulsivos e muito apaixonados e provavelmente quando você estava como Rebeca foi onde mais demos trabalho aos demais...

— Rebeca, a impulsiva — Falo me lembrando das palavras do Channie.

— Exatamente, naquela época agente literalmente botou fogo no mundo. — Ele sorriu, mas em seguida ficou com a expressão vazia e eu entendi...

— Foi como Rebeca que vivemos o que vi de tão ruim na minha visão? —eu já sabia que sim, mas queria ouvir dele.

— Sim, exatamente ali, o que prova que as teorias sobre o que acontece com você estão certas. Você transita entre suas vidas tanto antes de sermos vampiros quanto depois que nos tornamos o que somos enquanto tem suas visões e em relação ao que viu a culpa daquilo foi toda minha pois eu estava dando início a minha “era sombria” como gostamos de chamar, mas você não tinha conhecimento disso então acredite em mim, sou eu quem deve se desculpar aqui.

— Sua era sombria... o uso inapropriado dos dons... — vou falando baixinho — Seus dons; — Volto meu olhar para ele que está prestando atenção em mim — Você controla a mente? É isso?

— Docinho, você parece uma criança com um brinquedo novo, é fofa demais — ele está sorrindo mais agora e posso afirmar sem medo que ele fica muito lindo quando sorri — Bom, eu tenho meus dons vampíricos sim hum... por exemplo; “tire sua blusa” — Ele fala me olhando nos olhos e assim que ele fecha seus lábios eu estou tirando minha blusa mesmo pensando lá no fundo que não deveria estar obedecendo a ele — Ah e “relaxe” e assim que ele termina de falar eu estou completamente tranquila sobre o que estou fazendo — “Agora corra de mim e se esconda lá fora na floresta” — e eu sai correndo sem blusa como quem tivesse mesmo que me esconder, mas ao mesmo tempo estava tranquila com isso.

Me escondo do lado oposto de onde estava mais cedo com ele, e bem adentro da floresta particular deles onde estava bem mais escuro apesar de ser de dia, respiro ofegante sorrindo com a certeza que ele não me encontraria fácil quando de repente ele está atrás de mim me abraçando enquanto me envolve com um roupão de seda que combina com a calça que ele está usando.

— E esses também são meus dons; agilidade e rastreamento então tecnicamente te encontrarei aonde for muito rapidamente. — E se aproximando perigosamente de mim que sorrio para ele que apenas repete as palavras já ditas antes: “Você pode até correr minha doce Naty, mas não se esconder, não de mim, de mim jamais.”

Ele me levanta colando meu corpo ao dele e me beija, sem urgências apenas um beijo profundamente apaixonado que eu devolvo com toda minha vontade de ter seus lábios selados ao meu e quando o ar nos falta ele se afasta lentamente e me diz baixinho.

— Vamos, vou te levar de volta.

E desta vez ele me levou para o meu quarto.

— Já está entardecendo e por enquanto não dormiremos juntos, pelo menos não até você ter seu encontro com todos nós.

Eu balanço a cabeça de forma afirmativa o olhando e ele entende que quero dizer algo então se senta do meu lado na cama.

— Pode perguntar o que quiser meu docinho, eu jamais mentirei pra você.

— Você fez coisas muito ruins na sua “era sombria”? – Eu não tenho certeza se queria detalhes, mas ele me responde sem receios.

— Ah docinho, digamos que fui o pior de todos nós, todos nossos dons nos deixam muito poderosos comparando a seres indefesos e sem ter nada disso para uma luta justa, mas junto a todos os meus dons que já são um perigo por si só, eu tenho um; bom, como dizer sem te assustar? Vejamos, um instinto assassino muito forte? Quase uma compulsão na verdade. Já que vampiros são predadores e assassinos por natureza, acho que posso dizer que em mim este instinto veio com um “plus” então sim, não se engane, não é nada de que me orgulhe agora, mas fiz coisas terríveis e se não fosse o Channie eu ainda estaria nessa acho, ou morto... — ele para e me olha fixamente – Como você pôde ver em seu vislumbre do passado naquela noite fui levado por outros vampiros que não estavam muito satisfeitos com minha conduta, e eu fui digamos que severamente punido e aquela não foi a primeira vez e nem a última.

Agora ele me encara como quem esperasse que eu o expulsasse do quarto morrendo de medo dele, mas o que faço a seguir não chegou nem perto disso.

— E você não pensou em ir em frente comigo hoje após me mandar tirar a blusa – vou até ele e o beijo — nós éramos realmente fogo e lenha?

Ele olha maravilhado pelo que acabei de perguntar e ficando por cima de mim na cama ele sela seu lábio ao meu deixando uma mordida considerável no meu lábio inferior enquanto dispara sorrindo.

— Até pensei, na verdade fazer amor com você até o dia clarear não sai da minha mente desde que te vi aqui pela primeira vez, mas sei que teremos tempo e eu não vou irritar os outros ainda mais do que já ficaram putos comigo por isso aqui — Ele passa seus lábios na marca da mordida deixando uma lambida no local me fazendo lembrar dela novamente e eu sinto um pouco dolorido onde ele mordeu.

— Você realmente bebeu meu sangue... nem consigo acreditar e eu deixei, ou melhor que eu quis isso. – Falo olhando pra ele e rindo daquilo, pois eu que praticamente implorei por aquilo, mas deixa quieto – Vem cá seu dom de controlar, ele não é absoluto? Pois eu estava tendo meus próprios pensamentos e minha própria consciência enquanto você me mandava fazer as coisas.

— Docinho eu faço isso em vários níveis, posso te dominar cem por cento ou apenas setenta e cinco, cinquenta, dez, posso fazê-lo usando minha voz em comando ou posso apenas compartilhar meus pensamentos com você te induzindo. E o que fiz hoje com você digamos que foram uns cinquenta por cento, e logo cedo compartilhei meu pensamento contigo de que te esperaria pela eternidade se preciso fosse – ele pisca para mim, que agora me encontro apreensiva.

— Você já usou seu dom em mim cem por cento?

— Em você? Não, nunca! – eu o encaro incrédula – É sério amor, nunca! — ele prossegue tentando se explicar — E por dois motivos: Primeiro; o Channie saberia, ele consegue ler e rastrear a mente e quando eu estou no domínio ele não vê nada pois com os cem por cento você não tem autonomia sobre sua mente como se não estivesse ali mais. E Dois por que eu prometi a você que só faria o uso cem por cento desse meu poder em você se você mesma me pedisse e até hoje isso não aconteceu.

— Entendo — ele me olha e faz um beicinho, cara ele é irresistível — Eu acredito em você Lix.

Depois dessa conversa toda meu estomago ronca e ele sem me dizer nada sai do quarto, mas sem demorar, retornando em seguida com comida para mim e o resto do tempo que ficamos ali nos entrosamos mais ainda.

— Sabe de uma coisa? — Ele dispara agora que estamos deitados na cama ele com a cabeça no meu colo e eu alisando seus cabelos — Quero te beijar de novo.

Ele mal termina de falar e já estamos em um ósculo intenso a língua dele pedindo passagem e eu permitindo seu acesso, ele com suas mãos hábeis me coloca sentada em seu colo deixando nosso troncos em contato eu levo minhas mãos aos seu cabelos e ele leva as dele as minha nádegas me fazendo dar um impulso mais para perto dele o que nos deixa completamente entregues e me faz sentir sua excitação mas é neste instante que sinto tudo escurecer e bem distante do que seria minha visão percebo olhos raivosos me encarando o que me faz afastar meus lábios dos dele permitindo apenas nossas testas em contato.

— Melhor pararmos Lix, acredito que por pouco não me afundei em outra visão.

— Sim, melhor pararmos até por que mais um pouco e não respondo por mim. — E mesmo contra nossas vontades fomos nos recompondo e deixando aquele fogo de lado por hora.

— Acho que vou querer aquelas uvas. — Eu aponto para as frutas que ele havia trazido e nós dois caímos na risada.

— Toma aqui, minha vez de dá-las nessa sua boquinha gostosa.

E assim que ele para de falar a porta do meu quarto se abre.

O Channie entra no meu quarto e logo atrás dele os outros seis vampiros, bom isso que dizer então que chegou a hora da minha visita noturna.

—--

~Ponto de vista da Naty sobre a mordida do Felix~

Ele estava me manipulando eu sei, pelo menos até eu chegar no quarto dele, mas agora? Agora tudo que eu mais quero é que ele beba do meu sangue é como se eu precisasse disso para continuar respirando, meu corpo está queimando por esta vontade absurda e eu tenho certeza que ele sabe como eu me sinto pois arrisco dizer que ele se sinta da mesma forma.

...

Esses lábios tão perto do meu pescoço, então por que ele não faz nada? Estou delirando, eu preciso sentir isso e quero que seja com ele, na verdade não tive esse impulso com nenhum dos outros; é ele quem faz isso comigo...

— “Por favor Lix, eu te imploro...”

Por mil demônios e todos os deuses que existem, essa é a melhor sensação que eu já tive em toda minha vida é como se o paraíso fosse a exata junção do céu e do inferno e eu estou agora bem no centro disso tudo tendo quem eu amo inteiramente entregue a mim assim como eu estou entregue a ele...

—--

~Ponto de vista do Felix~

Não há nada que eu queira mais que tê-la em meus braços, sei que não só eu, afinal todos os outros querem o mesmo, mas isso não diminui este fato e eu não posso negar o que sinto e desde que a vi aqui pela primeira vez depois de tanto tempo quando até já havíamos aceitado que ela não voltaria mais para nós bom, vê-la aqui foi como se o sol voltasse para minha vida e eu acho que tenho direito ao meu banho de luz.

...

Todas as noites que nos reunimos eu a admiro ainda mais, ela é forte como sempre foi e está lidando com tudo até que bem eu diria, apesar de saber que por dentro ela está assustada e apesar do fato de eu temer que ela tenha medo de mim, pelo que vejo nossa conexão ainda existe, ela até me encara as vezes e eu sei que está curiosa em relação a mim.

Já eu estou morrendo de saudades.

...

Hoje o LeeKnow veio falar comigo e eu mal pude acreditar, ele me pediu para induzi-la a vir me ver amanhã coisa que não aconteceria então obviamente eu não negarei isso, finalmente chegou minha vez e se o LeeKnow veio até mim é porque todos os demais estão de acordo.

Ele diz que ela precisa de fortes emoções então por isso achou melhor ela me encontrar, mas eu sei que ele está fazendo isso por mim pois ele sabe que não estou em um bom momento e quer me acalmar.

...

O meu mau momento se deve as recentes cobranças do passado, e apesar de eu ter resolvido tudo nesses últimos dias o fato de rever aqueles vampiros que posso dizer sem medo me cobraram com juros o que eu lhes devia me deixou com uma raiva descomunal, mas agora posso afirmar que estou finalmente huum... livre?

Como estar livre se a Naty está passando por tudo isso? Preciso ajuda-la, quero que ela sinta o quanto eu a amo e é o que vou fazer.

...

“Não se apresse em me encontrar, te esperarei a eternidade se for preciso”

Pronto agora é só esperar pois ela já está vindo até mim e não tenham dúvidas; ela é quem vai implorar para que eu prove do delicioso sangue dela afinal sempre foi assim, e bem, diante de uma súplica dessas vinda de quem mais amo e desejo nesse mundo como eu poderia negar a ela esse prazer? Eu é que não vou ser este louco.

...

A voz dela quase em um gemido me chamando finalmente de Lix como ela sempre fez me implorando pelo que eu já sabia que ela imploraria me quebrou por inteiro e o gosto de seu sangue saborosamente doce em meus lábios e sua total entrega a mim me fez sentir quase como se chegássemos ao ápice em uma intensa transa juntos...

...

Essa marquinha vai me causar problemas depois anotem aí, mas eu não dou a mínima pois valeu a pena cada segundo, mas agora neste exato momento apesar tê-la em meus braços ela está presa no passado e eu não consigo trazê-la de volta. Daria minha vida para que ela não sofresse mais desse jeito.

Eu te amo tanto docinho volto logo para mim.

—--


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Notas finais do capítulo

Talvez o maior capítulo até agora?

Eu fiz esse capítulo com todo meu carinho então espero de verdade que vocês tenham curtido.

Como eu disse lá no inicio, se naquele dia específico eu não tivesse sido pega por um "Why do I keep getting attracted? 자석 같이 끌려가 I cannot explain this reaction 이것밖에 one four three" saído da boca dele talvez o sorriso não tivesse voltado aos meus lábios, e por isso eu fiquei feliz quando fiz meu jogo do pause para então começar a escrever (como já expliquei a inspiração para essa fic) e eu tirei que ele seria o que queria se alimentar do meu sangue, então eu quis que fosse ele quem tivesse essa conexão com a Naty onde beber o sangue dela fosse algo até "romântico" entre eles dois. Afinal para vampiros isso significa "a vida", e de certa forma conhecer os SKZ me trouxe de volta a minha.

E na real eu acredito muito nessa vibe intensa do Felix, fofo, "selvagem" enfim, intenso! Não digo que ele seja mesmo assim, não convivo né rs mas, ele me passa isso e eu realmente adoro isso nele.

Agradeço a todos que leem, e se possível peço para que votem, isso incentiva demais quem escreve, então não só aqui, mas em toda história que vocês lerem e curtirem, saibam que esse simples ato faz a vida de quem escreve muito feliz!

Tenham uma semana incrível, volto daqui dois dias!

Beijinhos e sabe a água? então... Bebam muito!



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