Os órfãos de Nevinny escrita por brennogregorio


Capítulo 15
Olhos abertos




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É manhã e seus olhos gradualmente se abrem quando um cheiro peculiar o faz despertar de vez. Já faz um tempo que não sente esse aroma marcante de uva que percorrendo pelos ares.

Levantando-se da cama você decide seguir o cheiro para ver sua origem, mas logo percebe que já não está mais em seu quarto.

O local você conhece bem: as paredes brancas, os objetos espalhados distribuidamente entre os móveis, a janela de vidro acompanhada de cortinas acinzentadas de seda com visão para a piscina. Sendo assim, você decide sair do quarto e caminhar pelo vasto jardim. Ao olhá-lo você nota sua formosura, com alguns arbustos de diversos formatos e bastante florido com borboletas voando por todos os lados, joaninhas, além de outros insetos. Porém, o que mais lhe chama a atenção não é o que está no jardim, mas quem.


Ao ver algumas pessoas pra você um pouco familiar espalhadas no jardim e na piscina, você vai em direção à porta do quarto e segue pela casa em busca de Lívia e Jeremy. Não demora muito e você logo os encontra na cozinha. Lívia preparando o café enquanto que Jeremy põe a mesa.

— Eu prefiro acreditar que isso tudo é ilusão da minha cabeça, mas mesmo assim vou perguntar: o que raios estamos estamos fazendo aqui? E por que os moradores do nosso prédio estão espalhados por toda a casa?

— Bom dia, S/N — diz Jeremy com uma expressão séria.

— S/N, precisamos te dizer uma coisa. Mas promete que não vai se alterar?

— Já começou errado porque com esse suspense eu já tô me alterando — diz você sentando-se em uma das mesas.

— O nosso prédio, S/N... — Lívia dá uma pausa e, suspirando, completa —Ele pegou fogo — ela diz pondo-se a chorar.

— É, ontem horas depois de irmos dormir o prédio foi consumido. Os bombeiros disseram que o incêndio começou em um dos andares acima do de vocês. As chamas foram se espalhando rapidamente e consumiu o prédio inteiro — Jeremy fala indo consolar sua irmã que chora amargamente.

— O quê?! O prédio inteiro?! — você pergunta sem acreditar.

— Eu sinto muito — Jeremy diz.

— Mas como assim? Como que eu não acordei diante de uma situação dessa? E o que aconteceu depois? — você questiona sentando-se em uma das cadeiras.

— Depois pegamos um táxi e viemos pra cá. Eu tive que te carregar até o carro, pois você estranhamente não acordava de jeito nenhum. Mas antes de virmos pra cá Lívia deu a ideia de trazer o máximo de moradores, já que essa mansão é enorme.

— Espero que não se importe, S/N. Eu sei que o último lugar que você queria ir nesse mundo seria essa mansão, mas não pude deixar as pessoas desabrigadas — Lívia fala secando as lágrimas.

— Não, tudo bem. Vocês fizeram o certo. Mas o que eu não consigo entender é como eu não consegui acordar. O mundo praticamente se acabando e eu parecendo a Bela Adormecida presa num feitiço? — você pergunta, surpresx.

— Eu também não entendi, mas parece que você tem um sono pesado que nem o dela — Jeremy diz sorrindo.

— Verdade. Eu nunca te vi dormindo assim, S/N. Você não sentiu o cheiro da fumaça porque dorme com a porta fechada, mas ficamos um tempão te chamando e nem se mexia. Entendeu agora o por quê de eu dizer pra você não dormir com a porta trancada?

— Sim, entendi, mas... eu nunca imaginei que isso fosse acontecer de verdade um dia — você diz.

— Essa é a prova que o imprevisível é real — Jeremy comenta.

— Que coisa doida! Mas e vocês, estão bem? Não se machucaram?

— Não, nós estamos bem. Falamos com a polícia e os bombeiros e eles estão começando a investigar. Talvez vão reparar os danos que aconteceram, vamos receber indenização e em breve, talvez podemos voltar, mas pelo visto ainda vai demorar bastante tempo — Jeremy declara.

— Que coisa horrível!

— Bom, mas por favor vamos mudar a conversa? Não podemos fazer nada a respeito agora. Apenas recomeçar, comprando novas roupas, fazer novos documentos, enfim. Apesar de tudo estamos vivos e por sorte temos essa mansão dos pais de S/N pra morar e ainda conseguimos abrigar todas essas pessoas. Hoje temos que fazer que nem eles e aproveitar aqui ao máximo — Lívia dá um suspiro enquanto olha os moradores no jardim pela janela.

— Eu não sei nem o que dizer. Eu tô simplesmente em êxtase — você diz.

— Eu sei. Mas o que eu proponho que a gente faça é: vamos tomar esse café antes que se acabe. Com esse tanto de pessoas aqui as coisas se acabam rápido.

— É, tem gente pra caramba aqui. O que me preocupa é na hora de dormir. Será que todo esse pessoal vai conseguir dormir à noite diante de todas essas regalias da mansão? — questiona Jeremy tomando um gole de suco.

— Ainda bem que tem muitos adultos aqui e eu conheço todos eles. Então não tem com o que se preocupar, eles são de confiança — Lívia diz.

— Espero que esteja certa — você comenta, preocupadx.

 

 

Após tomarem café da manhã você, Lívia e Jeremy vão para o belo jardim digno de cenário para um ensaio de fotos. Sua cor verde vibrante que compunha todo o espaço, as flores de várias cores dando um toque de delicadeza. Aquilo tudo passa um sentimento tão bom em você, uma inspiração, um sentimento de pureza e uma forte conexão com a natureza de tão magnífico.

Os adultos andando, alegres, observando cada detalhe, cada arbusto com formatos geometricamente desenhados. As crianças correndo, brincando de pega-pega. Alguns brincando nos balanços ao lado da casa da árvore, outras usando a mangueira pra molhar umas às outras e em você uma sensação tão boa por de alguma forma estar ajudando aquelas pessoas num momento tão triste e que pegou a todos de surpresa. Mas apesar de não poder negar o ocorrido, sua mente prefere apenas pensar no atual momento, onde sorrisos estampam rostos e a alegria predominante.

⌚ Alguns minutos depois...

Passado um certo tempo na piscina com Jeremy, Lívia e os outros, você decide sair um pouco quando avista alguém que lhe parece bastante familiar vindo em sua direção. A pessoa, quando te vê, automaticamente abre um sorriso. Você vai ao encontro dela até que ficam frente a frente.

— Nat? O que você está fazendo aqui? — você pergunta.

— Eu que pergunto. Depois de tanto tempo você do nada volta pra cidade e nem me avisa?

— Acontece que eu não tive culpa. Ontem eu 'tava em casa e quando acordei já 'tava aqui. Até agora nem acredito que isso aconteceu de verdade.

— S/N, aqui é sua casa. Aqui é sua casa, sua vida. Você nunca era pra ter ido embora.

— Você diz isso porque não foi você que perdeu seus pais. Queria o quê? Que eu continuasse morando aqui?

— Mas é claro. Aqui não é mais o mesmo sem você, suas festas.

— Ah, é? Se queria tanto que eu ficasse, por que não me levou pra morar na sua casa?

— Eu te ofereci, lembra? Mas você estava tão fora de si que recusou esse convite tentador e disse que ia mudar de cidade — Nat fala.

— Eu... eu esqueci disso. Mas agora já foi. Estou morando em Nevinny agora. Não é tão longe. Por que ainda não foi me visitar?

— Por que você não veio me visitar? A gente se via de novo, você via o resto da galera. E aí poderíamos relembrar os velhos tempos depois — diz Nat com um sorriso malicioso.

— Não começa, Nat. Você não vai me fazer ficar aqui. Eu não sei quanto tempo isso vai durar, mas não vai ser por tanto tempo.

— Ah, mas até lá...

— Até lá, nada. Já vi que você ainda continua desse jeito, né? — você fala sorrindo e analisando Nat de cima a baixo.

— Desse jeito como? Não estou mais de acordo pra você? — Nat diz, checando a roupa.

— Não, não é isso. Esse seu jeito, se atirando. Me lembra até uma pessoa que eu conheci na cidade — você diz, gargalhando.

— Está rindo, mas eu sei que gosta — Nat fala — Mas vem cá, quem é essa pessoa que você conheceu?

— Ah, para. Deixa de graça. Isso não importa — você diz dando um leve sorriso — Mas então, como soube que eu estava aqui?

— Ontem de madrugada vimos quando chegaram. Então esperei uma hora propícia pra vim falar com você.

— Fez certo. E está valendo a pena?

— Sempre vale.

— Er, vamos sentar ali — você diz apontando para um banquinho de madeira que avista não tão distante.

— Ah, pode ser.

 Você e Nat vão em direção à um dos banquinhos do jardim. Para você, tudo não passa de uma ilusão e por alguns segundos até se pergunta se o que está vendo é mesmo real. A presença de Nat está sendo uma surpresa maravilhosa, pois, desde que tinha saído da mansão de seus pais não tinha mais visto aquelas casas e mansões, aquelas ruas e claro, as pessoas que sempre estiveram presentes durante todo o período de sua vida.

Nat e você se conheceram quando crianças, por fazerem parte de um mesmo nicho social e suas famílias terem bastante influência na sua cidade natal, Atelis. Durante o período, foram crescendo e construindo uma amizade forte o bastante até evoluir para um relacionamento amoroso.

— E quanto aos outros? Vocês ainda mantém contato? — você pergunta.

— Alguns sim, outros não. Por conta da sua ida eu pude perceber quais eram os seus, quer dizer, os nossos verdadeiros amigos — Nat fala.

— É, eu lembro muito bem como foi. O fato das coisas terem ficado ruins pro meu lado e eu ter ficado sem meus pais foi o suficiente pra mostrar quem era próximo a mim só por interesse — você diz com um certo tom de raiva na voz.

— É, mas não se preocupe. Isso já passou. Mas... posso te perguntar?

Você arqueia as sobrancelhas em sinal de sua resposta.

— Por que você fala assim dos seus pais? Como se eles tivessem morrido? Você sabe que não é verdade.

— Mas é como se fosse. Quando se tem um pai preso e uma mãe que junta suas coisas e simplesmente te abandona, é como se eles estivessem mortos pra mim.

— Você falando assim me assusta — Nat diz com uma expressão preocupada.

— Mas isso é verdade. Eu não posso simplesmente esquecer tudo.

— Isso é complicado. Mas não fique assim tão triste. Nós viemos pra te alegrar.

— Nós? Como assim? — você pergunta sem entender.

— Eu ouvi alguém dizer que está triste? — diz uma voz feminina surgindo de repente.

Ao virar-se para ver de quem se trata, você se surpreende ao ver uma linda menina loira muito bem arrumada com um enorme e largo sorriso brilhante, que acompanhada de dois cachorros brancos.

— Meghan?! — você diz, surpresx.

— Oi, S/N, como está? — diz um rapaz se aproximando.

— Victor?!

— Todos nós viemos pra te ver, S/N — Meghan fala.

— Você não vai nos ter aqui por muito tempo, então não podemos deixar de te visitar — Victor diz.

— O quê?! Como assim? — você pergunta sem entender.

— Ah S/N, a gente sabe que você vai acabar voltando — Meghan fala.

— Er... mas por enquanto que estamos aqui, vamos conversar. Já sei, que tal caminhar no bairro? — Nat sugere.

— Eu estou de acordo — Victor concorda.

— Por mim tudo bem — Meghan diz.

— Tá bom, vai — você fala.

— Mas antes, eu quero ir no seu quarto, S/N — Meghan solicita.

— No meu quarto? Por quê?

— Apenas vamos. Quero te mostrar uma coisa.

— Tá — você concorda sem entender.

Chegando no quarto você sente algo que te impressiona ao ver que várias das coisas que começara a ter lembranças estão bem organizadas e arrumadas pelo local, mas ao mesmo tempo lhe causa uma estranheza ao ver que aquilo tudo antes era a sua realidade diária.

— Vê, S/N. Tudo está do jeito que você deixou — Meghan diz.

— É, vocês cumpriram mesmo a palavra — você fala.

— Nós viemos aqui todos os dias pra arrumar algumas coisas e os funcionários cuidam do restante.

— Agradeço.

— Não precisa agradecer. Fizemos isso pra que tudo ficasse de acordo pra hoje — Nat fala.

— Lembra-se disso, S/N? — Meghan lhe pergunta lhe entregando um retrato na qual contém a imagem de vocês quatro quando crianças e mais algumas pessoas.

— Claro. Como posso esquecer da vez que vocês me ajudaram a andar de bicicleta pela primeira vez? — você falando forçando um sorriso.

— E disso? — pergunta Victor lhe entregando um outro retrato.

— O dia em que nossos pais enlouqueceram porque a gente fez a guerra de ovo e farinha e no mesmo dia vocês tomaram um shake de pimenta? É, acho que não tem como esquecer disso também — você diz, gargalhando.

— Foi um dos melhores milk-shakes da minha vida — comenta Victor.

— Ai, credo, garoto! De onde vocês tiraram essa ideia maluca de tomar shake de pimenta? Só doido pra fazer isso — Meghan fala dando um leve tapa em Victor.

— Ah, então se inclui nessa, Meghan. Já esqueceu que você foi uma das primeiras a tomar? — Nat pergunta, gargalhando.

— Eu 'tava sendo pressionada. Mas confesso que também fiquei um pouco curiosa pra provar.

— Tá vendo? Já vai condenando, sendo que você foi uma das precursoras — Victor diz, sorridente.

Olhando adiante, de todas as fotos que há em seu móvel, uma lhe chama mais a atenção do que as outras, pois dentre todas, é a única que se encontra com a frente virada para baixo.

Devido a sua curiosidade, trata logo de pegá-la e, ao virar, vê que trata-se de uma foto sua com seus pais. É uma selfie e os três estão bastante sorridentes. Sua mãe, em uma ponta da fotografia, belíssima com um vestido preto clássico e deslumbrante, enquanto que na outra ponta está seu pai de terno e gravata. Por fim, você no centro da fotografia parecendo estar bem alegre.

— Eu lembro desse dia. Parece que foi ontem — você comenta segurando o porta-retrato.

— É, foi o dia da nossa formatura do ensino fundamental. Não tem tanto tempo assim — Meghan diz pegando a fotografia de suas mãos.

— Quem diria que fosse acabar assim — diz Nat.

— E nós juramos de ficarmos juntos pra sempre — Victor fala, pensativo.

— Estamos juntos agora. Quem sabe isso possa ser definitivo? — Meghan pergunta olhando para você.

— É... será que podemos ir agora? Já vi todas essas fotos então pensei que já poderíamos fazer outra coisa, que tal? — você diz devolvendo todos os retratos para o móvel.

— Tá bom, mas... Você tem certeza? — Nat pergunta.

— Tenho. Fotos são legais, mas chega de olhar. Não quero que elas tenham sobre mim aquele poder de deprimir.

— Então vamos nessa — Meghan fala.

Após saírem do quarto, voltam para o lado de fora e põem-se novamente para caminhar pela vizinhança. As casas como sempre estavam todas de portas fechadas, mas não tinham movimentações nem sequer algum indício de que alguém estava morando ali. Nem se comparava com o bairro que morava em Nevinny, sempre cheio de gente, animado, com pessoas na correria de um lado para o outro para os seus afazeres, veículos passando a todo momento e tudo mais. Era simplesmente estranho. Parecia que a alegria daquele lugar havia sido arrancada e algo dentro de você lhe chamava como se você tivesse o dever de fazer algo para que tudo voltasse a ser como era antes.

— Onde estão as pessoas do bairro? — você pergunta olhando ao redor.

— Eu não sei bem. Já tem algum tempo que não vejo a maioria deles — Nat diz.

— Eu também — Victor concorda.

— Você entende agora quando dissemos que não está mais o mesmo desde quando você foi? — Meghan fala.

— Acho que não tem nada a ver, mas agora que estou vendo... Isso não é mais onde eu morei — você declara.

— Bom, eu não sei o que aconteceu com o pessoal, mas eu sei o que acontece na minha casa. E lá tem algumas pessoas esperando por você, S/N — diz Nat, sorridente.

— Quando os pais de Nat virem S/N eles vão pirar — Meghan fala.

— Sério? Vai ser bom ver o senhor e a senhora Ferguson — você diz.

— Ansiosx pra rever seus sogros, S/N? — Nat lhe pergunta com um sorriso malicioso.

Você nada responde, apenas sorri ao mesmo tempo revirando os olhos como resposta.

— Vamos logo, vocês. Eu não quero perder esse momento — Victor fala empurrando você e Nat para andarem mais rápido.

— Calma, Victor. Você como sempre apressado — você fala.

— Me desculpa, S/N. Estou ansioso por esse momento. Principalmente quando você reencontrá-lo.

— Não vejo a hora de vê-lo.

⌚ Alguns minutos depois...

Chegando na casa de Nat, não demoram muito e logo adentraram a mansão. O interior do local continua exatamente igual ao da última vez que tinha visto meses atrás. O que é estranho, pois a cada mês a senhora Ferguson tinha o hábito de mudar os móveis de lugar ou até mesmo substituí-los por novos. Ela sempre teve esse hábito, então, vê-los tudo da mesma forma é algo de se estranhar.

— E então, onde eles estão? — você pergunta procurando pelos pais de Nat.

— Calma, S/N! Ele está lá em cima no quarto — Nat responde.

— Agora quem está com pressa? — Victor fala, sorridente.

— Espera. Cadê a Meghan? — Nat pergunta.

— Estou aqui. Estou aqui — diz Meghan se aproximando segurando um pedaço de torta.

— Você já estava na cozinha de novo? — Nat pergunta, desacreditado.

— Ah, é claro, né? Pessoas daqui também sentem fome — ela diz, abocanhando o alimento.

— Meghan sendo Meghan — você fala, gargalhando.

— Tá bom, vai. Vamos logo, senão não vai dar tempo — Nat fala.

Chegando em um dos quartos no andar de cima, repentinamente a ambientação começa a mudar de cor. A casa por inteira, vai ganhando uma coloração avermelhada de forma lenta e gradual.

Curiosos para saber o que está acontecendo, os quatro correm para uma das janelas que tem visão para fora da casa e notam que todo o céu também mudara de cor.

— O que aconteceu? Já tá anoitecendo? — você pergunta, confusx.

— Claro que não. Ainda faltam algumas horas até a noite — Nat responde.

— E então?

— Ah, devem ser os testes de ambientação — Meghan fala.

— Testes de ambientação? — você pergunta sem entender.

— É. Uma coisa nova na cidade. Depois te explicamos — Victor fala.

— Tá bom.

Voltando para a frente do cômodo que estavam anteriormente, Nat vagarosamente começa a abrir a porta e põe a cabeça para dentro do quarto para verificar se há alguém lá. Após ter verificado, olha para você e diz:

— Ele está aqui. Quero que você entre primeiro, S/N.

— É sério? — você pergunta.

— É claro. Ele vai adorar te ver — Meghan diz.

— Tá bom — você concorda.

— Quando entrar, bata na porta e ele logo verá você — Nat diz.

— Certo.

E assim fez. Ao abrir a porta você dá três batidas e logo vê um homem próximo à janela sentado em uma poltrona segurando um copo com uma bebida e uma carta em seu colo. Você, em êxtase, não acredita no que vê, então decide dar um passo para enxergá-lo melhor. Sua mente não estava lhe enganando, e tem a certeza a partir do momento quando ouve uma voz lhe saudando:

— Olá, S/N — diz o homem levantando-se da poltrona.

— Pai?! — você pergunta sem acreditar.

— Acho que precisamos conversar.


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