História After You - escrita por Clawen


Capítulo 6
Capítulo - We Little Baby


Notas iniciais do capítulo

❤❤



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Owen tocou o nariz no da ruiva, e logo os lábios dele estavam encostando nos dela. Apenas encostando, sem que nenhum beijo fosse iniciado.

— Era isso que você queria? - O marido falou em um tom de voz baixo, as bocas apenas se encostando levemente quando ele falava. E agora a boca do loiro não estava mais na dela, já havia ido até sua orelha, que ele agora mordia e sugava, fazendo sons excitantes cada vez que se afastava um pouco para então devorá-la novamente e repetir todo o processo. - Responde. - Owen soou exigente, quase dando uma ordem a Claire.

— Sim...- respondeu com tom de desespero. Estava de olhos fechados sentindo os toques delirantes, sob o domínio dele, ela adorava aquilo. Até que virou, encarando-o. - Tira a roupa.

Owen sai de cima dela, encontrando o fecho da calça e o abrindo. Desceu as calças pelas pernas, até chutar a peça de roupa, trajando apenas sua cueca.

Ele levantou os braços para que pudesse retirar a camisa e assim o fez.

— Feliz?

— Ainda não... - o puxou, jogando-o na cama. Subiu por cima dele sentando em sua perna, passou a mão em seu peitoral deslizando até a barra da cueca boxer. Ela mordeu os lábios e puxou a peça deixando amostra o membro ereto. - Você é perfeito, sabia?

— Perfeita é você mesma, senhora Grady. - aproveitou a oportunidade de ela estar daquela forma e segura o membro firme, a puxa pelo quadril e se encaixa nela.

— Oh céus... - gemeu de satisfação. Parecia que fazia anos que os dois não se amavam, eles se encaixavam perfeitamente. Claire começou a fazer movimentos de vai e vem devagar, desfrutando aquela sensação.

Naquela posição ele tinha uma bela visão dela, subindo e descendo tão lentamente que o loiro não conteve o gemido de satisfação. Ela se inclinou sobre ele, encostando seus seios em seu peitoral. Aproximou o rosto do dele com um sorriso e o beijou, lentamente com muito amor.

Owen queria algo mais bruto, mais selvagem. Sugou os lábios arroxeados dando beijos chupados na ruiva, a estimulando a continuar sentando. Quanto mais forte, melhor.

Claire entendeu o recado, conhecia muito bem o marido. Se separou de seus lábios voltando a sentar. Começou a aumentar a velocidade, cavalgando com mais intensidade. Era uma mistura de cavalgada e rebolada. Owen ajudou com as sentadas que ela dava, segurando firme na cintura da ruiva. A dança erótica em cima dele fez o loiro perder a cabeça.

Claire percebeu a expressão de Owen. Aquilo era recompensador, saber que o satisfazia. Ela intensificou ainda mais e mais. Os corpos já suados e respirações ofegantes, a ruiva já estava quase no ápice. No último impulso da ruiva, Owen chega ao ápice se liberando todo dentro dela. Claire continuou com os movimentos e logo chegou junto a ele, sentiu seu corpo todo amolecer e caiu sobre ele.

— Nossa... que saudade eu estava de você...

— Também fiquei. - Sorriu abraçando a ruiva apertado. - Matou à vontade?

— Não... - sorri de canto. - Nunca mais vou deixar você ir... você é tudo para mim!

O loiro os cobriu com o lençol sem soltar da ruiva. Começa a encher a bochecha dela de beijos.

— E quem disse que eu vou?

Ela sorri o apertando.

— Como é bom saber disso amor... quero matar toda essa saudade que doía no meu peito. Dormi mal todas essas noites sem você. - Confessou com um suspiro.

— Só fechar os olhinhos e dormir. Amanhã estarei aqui com você. Ok? - A beijou uma última vez, apagando a luz logo depois.

— Okay... Boa noite meu amor... - sussurrou com um sorriso, fechou os olhos se aconchegando no braços do marinheiro. Era um alívio tê-lo novamente ao seu lado.

*

Quando a claridade do sol invadiu o quarto do casal pela manhã, Claire acordou assustada. Havia sonhando com os terríveis dias separada do amado, ao abrir os olhos e vê-lo ali ao seu lado a fez sorrir. Ainda abraçada a ele, ficou por alguns minutos admirando-o, sentindo as batidas do coração dele e sua respiração. Tudo voltou ao normal, era assim que tinha que ser, os dois juntos.

Cautelosamente ela se levanta e vai até o banheiro fazer as higienes matinais. Não demorou muito para terminar e voltar a deitar ao lado de Owen. Estava muito feliz, ficou apenas o olhando dormir. Parecia tão tranquilo. Fato era que toda manhã Owen costumava resmungar quando a ruiva se mexia na cama, aquele momento não foi diferente.

— Que horas são? - Perguntou sonolento tentando abrir os olhos na claridade.

Ela sorriu com a manha do marido, sempre o mimava para acordar.

— Bom dia, amor... - beijou-lhe no ombro. - Ainda está cedo, pode dormir mais... - Sussurrou acariciando sua barba. Claire tinha planos para eles aquele dia. - O que quer comer?

Owen fechou o braço ao redor dela sem responder e acabou dormindo novamente todo preguiçoso.

Claire sorriu e aproveitou para ficar mais um tempinho com ele. Enquanto o loiro dormia, ela acariciava seu abdômen. Estava cedo ainda, mas ela queria aproveitar ao máximo o dia com ele. Então, cautelosamente se levantou, pegou o celular e mandou uma mensagem para Vivian.

"Bom Dia Vivian, hoje eu e Owen não iremos para o escritório. Estaremos ausentes, mas qualquer emergência, pode nos ligar. Beijos."

Após encaminhar a mensagem foi para cozinha, preparar o café da manhã.

Owen sentiu falta da ruiva e puxou o travesseiro dela, aspirando seu cheiro doce de baunilha. Logo começou a sentir um cheiro gostoso de algo sendo feito na cozinha.

Poucos minutos depois o ex-marinheiro apareceu peladão e com o cabelo todo fora de ordem.

— Bom dia.

Ela estava distraída já que finalizando o que fazia, quando ouviu a voz do marido e virou para olha-lo.

— Nossa... uau... - ficou admirada ao vê-lo daquela forma, estava quase babando.

— O que está fazendo? Volta para cama. São seis e meia... - Aproxima-se abraçando-a por trás.

— Uhmmm... - suspirou. - Estou fazendo nosso café, amor. Assim que eu terminar, eu vou para cama.

— O que está fazendo? - Sussurrou apertando o bumbum dela com força. - Cadê meu sanduíche de pernil?

Ela soltou um gemido com aquele toque.

— Não tem, vai ser panquecas. Eu ia colocar bacon, mas o cheio me enjoou... Então, espero que goste mesmo assim. - Virou para ele mordendo os lábios. - Podemos fazer uma certa atividade física, antes do café...

— Já quer levar uma surra logo pela manhã, ruivinha? - Beija o pescocinho da esposa. - Como assim enjoada de bacon?

— Sim. A saudade era tão grande, que ainda não estou saciada... - sorriu. - Pois é... Eu comecei a fritar, mas não aguentei o cheiro.

O loiro a ergueu colocando-a no balcão da cozinha.

— Falamos do meu bacon depois. - Ele iniciou com beijos quentes por toda extensão do pescoço até seios. As mãos dele não tinham pressa, acariciavam cada pedacinho do corpo dela que conhecia tão bem. Não demorou muito para ele estar dentro dela mais uma vez, mas com toda calma do mundo enquanto ia e voltava devagarinho.

Claire estava com as pernas em volta da cintura dele, beijava lentamente seu pescoço e ombros definidos. Gemia baixinho ao pé do ouvido dele, e voltou a beijá-lo nos lábios. Suas línguas se acariciavam, quentes de paixão e amor. Ela o abraçava deslizando as pontas dos dedos nas costas largas de Owen. Faziam amor lentamente.

O loiro agora apertava as coxas da esposa com demasiada força que provavelmente mais tarde ficariam vários hematomas. Visivelmente o prazer nos olhos da ruiva a impediam de protestar, então o loiro prosseguia apertando a cada lenta estocada no interior quente e úmido.

A medida em que os corpos se amavam, o calor de intensificou tanto que ambos acabaram derrubando um prato que estava em cima do balcão, no piso de mármore.

— Ai meu Deus... - sorriu, mas aquilo era o de menos. E o prendeu ainda mais forte com as pernas, poderiam ficar ali se amando o dia todo, os corpos já estavam suados e as respirações descompensadas. Era um ato de puro amor.

Quando os corpos ansiaram por um alívio, Owen intensifica o ritmo ainda mais, abrindo as pernas dela até onde podia, como se fosse possível.

Não demorou muito e ele se satisfez, derramando-se dentro dela. Claire soltou um último gemido chegando ao ápice junto a ele. Ela sorriu com aquela sensação maravilhosa e selou seus lábios nos dele em um beijo calmo e cheio de ternura.

— Amor... - O olha nos olhos. - Se você não se importar. Programei o dia para passarmos juntos. O que acha?

— Passarmos juntos?

— Sim... Não gostou da ideia?

— Sim, precisávamos disso na verdade. Inclusive temos que conversar sobre sua gravidez, eu acho que já passou da hora. Só um momento.... - Ele a desceu do balcão seguido de um beijo e foi tomar um banho rápido e se vestir. Quando retornou o café já estava pronto.

Claire já havia preparado tudo para os dois se servirem, sentindo seu coração palpitar de ansiedade. Sobre o que ele quer falar da gravidez? Estava pensativa, quando ele aparece na cozinha.

— Uhmm... está cheiroso... - sorriu.

— Ah é? O poder da minha colônia vencida de 5 dólares é infalível. - Comenta brincalhão enquanto dava uma mordida imensa em duas panquecas ao mesmo tempo.

— É a melhor colônia! - pisca para ele. Após alguns minutos comendo em meio a trocas de olhares, ela quebra o silêncio. - Quando terminar de comer quero te dar...na verdade te devolver algo...

— O que? Me dar você acabou de fazer isso.

Owen definitivamente não tinha freio na língua. Ela revirou os olhos com um sorriso de canto. Levantou e foi buscar uma caixinha rústica que estava dentro da cômoda e logo retornou, voltando a sentar ao seu lado.

— Isso é seu... eles me entregaram faz dois dias. - lhe entregou a caixinha. - Acharam quando estavam reconstruindo o parque.

— Meu? - Olhou curiosamente para caixa e não hesitou em abri-la dando de cara com uma garra de raptor. O ex-marinheiro sorriu em silêncio enquanto pegava o pequeno objeto nas mãos. - Será da Charlie, Echo ou da Delta? - Perguntou triste, sem desviar os olhos.

— Hey meu amor, não fica assim... infelizmente não tem como sabermos, mas... você fez um trabalho incrível com as quatro. - Levantou ficando atrás dele, curvando-se para abraçá-lo e deposita um beijo em sua bochecha. - Elas nos salvaram graças a você.

— Aqueles desgraçados atiraram nos meus raptores e eu pedi para não fazer isso... - Respondeu com raiva na voz.

— Eu sei... Mas a Blue está viva. Não fica assim, Owen... - o puxou pela mão. - Vem, vamos conversar na nossa cama, preciso te dizer muita coisa. - suspirou.

O loiro assentiu e logo já estavam na cama, Owen pega o álbum de casamento que havia deixado na gaveta da cômoda.

— Eu ia ver antes quando deixou comigo, mas preferi esperar a gente se acertar...

— Quando recebi a caixa do álbum, eu não resisti e olhei as fotos. Ficaram tão perfeitas... - os olhos dela começaram a ficar marejados. - Owen antes de olharmos juntos, preciso te dizer tanta coisa. - respirou fundo o encarando, pegou sua mão e viu que ele estava com a aliança. - Ainda está com a minha e o colar? - acariciou o dedo com o anel.

O loiro já havia aberto o álbum na primeira página em que havia uma bela foto dela na beira da praia segurando o buquê.

— Dizer o que? Estou com eles sim... bem guardados.

Ela respirou fundo o olhando nos olhos. Precisava desabafar com ele.

— Quando descobri que estava grávida, fiquei desesperada...O medo e o pânico tomaram conta de mim. Não tive quase tempo para processar e recebi a notícia do falecimento do seu pai... - as lágrimas rolaram pelo seu rosto. - Amor... Eu sei o tamanho da dor dessa perda, sei o quanto o amava. Queria tanto, tanto ter ficado ao seu lado naqueles dias mais difíceis, te abraçar e secar as suas lágrimas, te fazer carinho até dormir, cuidar de você com todo o meu amor... Mas... Eu deixei a mágoa, raiva e dor falarem mais alto... e não o mais importante, o nosso amor. Eu fui covarde e fui embora, eu me odeio por isso. Você precisava de mim...- respirou fundo novamente. - Os dias que fiquei na Karen, sem você foram terríveis. Dormi mal todas as noites sem você... porque você é parte de mim, é minha felicidade, meu porto seguro, meu amigo e companheiro, é meu amor. A cada briga que tínhamos era tão, tão doloroso... Então eu refleti sobre tudo e nunca poderia te perder, não poderia deixar isso acontecer.... Owen, você me deu o maior e mais lindo presente... um bebê... um filho. - repousou a mão da barriga. - Essa criança se tornou uma luz na minha vida assim como você é... amo vocês mais que tudo nesse mundo, são a razão da minha vida. - pegou a mão dele e beijou. - Me perdoa por ter ido embora... - suplica em prantos.

— Você sabe que a culpa disso tudo é minha, Claire. Por favor, não me peça desculpas... A notícia sobre nosso primeiro bebê deveria ser uma alegria no primeiro momento. Eu fui um imbecil da pior espécie, era como se a morte do meu pai acabasse com todas minhas expectativas de vida, mas eu demorei um tempo para chegar à conclusão que não era bem assim. Meu pai estava velho e cansado, amor. A morte seria como um alívio e eu entendi isso depois. Mas isso jamais, jamais vai justificar a forma como te tratei naquele dia e depois dele. - Owen já estava de joelhos diante dela. - Eu quero que me perdoe. Se quiser dar um tapa na minha cara, eu só vou abaixar a cabeça e concordar. O único covarde dessa história toda sou eu, e me envergonho muito disso. Talvez você ter ido embora fosse necessário. Aprendi uma lição. Creio que foi essencial para nós dois. - O loiro repousou a mão sobre a dela e a trouxe até os lábios, ele praticamente a reverenciava naquele momento. - Foi nossa primeira briga de casados?

Claire sorriu em meio às lágrimas o puxou pela mão para sentar-se novamente na cama.

— Foi sim, e foi terrível... - O abraçou forte. - Eu te amo muito, e te perdoou amor... erramos juntos, sofremos juntos e aprendemos juntos. Agora vamos ser felizes juntos... nos amar a cada dia. - suspirou.

Owen a abraçou tão forte naquele momento que pensou que fosse se fundir a ela.

— Já passou, agora pára de chorar. Esse marinheiro também te ama até o fim.

Ela se sentou em seu colo com uma perna de cada lado.

— Meu lindo marinheiro... - Sorriu passando seu nariz no dele. - Após irmos na consulta, vamos no cinema? Nunca fomos juntos...

— Ia falar isso. Você marcou a ecografia?

Ela o olhou sem entender muito.

— Acho que sim, farei vários exames... será que vamos ouvir o coraçãozinho dela? - diz empolgada e com um lindo sorriso.

— Não sei... - Owen ainda estava com receio, mas com toda certeza tudo mudaria após a consulta. - Quantas semanas já está mesmo?

— Fez um mês a dois dias... um mês... - Sorriu novamente. Sem perceber, Claire já estava bobona quando falava do bebê.

Owen arregalou os olhos a colocando de volta na cama e deixando o álbum na cômoda.

— Era para gente ter feito essa consulta a muito tempo, Claire. Se tiver algum problema, detectar logo no início faz a diferença. Vamos agora mesmo. - Disse já mandando uma mensagem para os assistentes.

Claire sorriu de canto e o segurando pela mão.

— Hey, calma okay... Não tem nada, nada de errado com a nossa princesa... A consulta é a tarde, daqui a pouco saímos de casa. Amor... fica tranquilo.

— Ah... - Tentou se acalmar, voltando para cama. Pegou o álbum de volta e abriu na primeira página novamente. - Vamos ver então como ficou.

— Vamos sim... - Se aconchegou ao lado dele, enquanto Owen folheava o álbum. - Amor, olha essa nossa... - apontou, nessa foto os dois estavam abraçados se olhando. - Ficou tão perfeito... Aaaah tem o vídeo do casamento no pen drive que eles mandaram, mas ainda não assisti.

— Vamos ver as fotos primeiro. - Eram bastante fotos. As primeiras eram de Claire vestida de noiva na entrada da cerimônia. Owen teve a lembrança daquela noite com carinho, ela estava radiante. Única. A mais bela mulher que vira na vida. Depois das fotos do casal, havia fotos da festa. Os sobrinhos gêmeos sorrindo para a câmera, uma foto da família toda que ocupava a página inteira. Bárbara em uma das fotos de cara fechada e até Braddy Cooper ganhou um espaço no álbum, apareceu sentado com as duas prostitutas que ele havia levado.

O casal comentava todas as fotos, algumas riam até chorar pelas lembranças engraçadas.

— Nem tive tempo de saber como o Brad infiltrou na festa com essas mulheres...

Claire continuava rindo, estava vermelha.

— Esse cara é muito ridículo. Olha essas mulheres... Quando eu o vi na festa, fiquei em choque, vergonha alheia... - ria descontrolada. - Sem dúvidas foi o melhor dia da minha vida. E você descobriu o que aconteceu com a Bárbara? Por que ela não estava nada bem na festa...

— Não, fiquei de perguntar e esqueci, amor...

— Pergunta para o Lowery, ele sabe o que aconteceu. Estava rindo igual um idiota.... - eles ficam por um bom tempo ali, até que as horas foram se passando. - Vou tomar banho, daqui a pouco temos que ir... - levanta e vai até o banheiro e começa com seu banho. Owen abriu de volta o álbum e começou a ver do início.

Claire logo já havia terminado, estava muito feliz de ter se acertado por completo com Owen. Assim que saiu do banheiro o viu novamente com o álbum. Sorriu largamente com aquela cena, até pensou em dizer algo. Mas na verdade, não precisava dizer nada, já estava perfeito. Então foi rapidamente até o closet. Vestiu uma blusinha folgada, calça jeans que realçava seu bumbum e pernas. Maquiagem de sempre, cabelos ondulados e seu perfume. Logo já estava pronta e a ansiedade começou a tomar conta de si. Aproximou-se lentamente dele.

— Vai se arrumar amor, daqui a pouco o helicóptero chega.

Owen encarava uma foto sem nem piscar, até ela apressá-lo.

— Olha, vou fazer uma moldura com essa foto sua.

Ela ficou levemente corada e surpresa.

— Vamos fazer uma nossa e colocar na sala... - Se aproximou mais dele até selar seus lábios nos dele. - Você estava lindíssimo de marinheiro... - sorri.

— Estava é? - Puxou ela pelas pernas. - Onde vai assim toda gostosa?

— Eu vou passear de mãos dadas com o meu marido, que por sinal é o homem mais lindo desse mundo... E vamos ir juntos ver o nosso bebê...

— Hmmm...Eu concordo com esse passeio...

— Agora anda, vai se arrumar. Ou então vou te prender e te fazer meu escravo sexual o resto do dia... - morde o lábio inferior sorrindo, nem ela mesma acreditava no que acabara de dizer. Mas qual o problema? Eles são casados.

— Ah é, senhora Grady? Já percebi que alguém não quer me dar sossego mais. - Brincou se levantando e indo tomar para o closet. Logo apareceu de camisa polo e calças escuras com um tênis.

— Vamos ruivinha? Pegou os documentos?

Ela deu um longo suspiro quando o viu, a cada dia se apaixonava mais. Pegou sua bolsa indo até a porta.

— Sim... Lowery acabou de ligar avisando que o helicóptero já chegou. - saíram e após Owen trancar a porta, entram no elevador. Ah... aquele elevador, quantas lembranças. Claire sorriu ao lembrar de todas as vezes que se amassaram ali dentro.

Mal sabia ela que aquela vez não seria diferente. Owen deu um puxão na cintura dela e a beijou intensamente. Tanto que a maioria do batom dos lábios da esposa foram parar na boca dele.

Claire retribuía o beijo na mesma intensidade, a línguas se acariciaram por um bom tempo enquanto ela o abraçava e o apertava contra si. Até que foram obrigados a se separar, pois já estavam no térreo.

— Espera aí... - O puxou na escadaria da entrada do hotel. - Deixa eu limpar isso... - com um lenço, cuidadosamente retirou o batom borrado da boca do loiro. - Agora podemos ir.

— Porque tirou meu batom, amorzinho? - Fez voz afeminada. Bem naquele momento um casal de turistas idosos passava por eles. A velhinha ficou encarando Owen que fingiu que nada aconteceu.

— Aí meu Deus... - gargalhou com a cara que a idosa fez. - Você não existe, Owen... vamos no meu carro? Ele está aqui no estacionamento.

— Vamos sim, antes que aquela senhora venha atrás de mim...

Claire sorriu e foram até o estacionamento, o entregou a chave do carro para que ele dirigisse.

— Aaaah... deixei meu batom igual o que estou usando no seu carro, pensei que estava aqui no porta luvas... - murmurou procurando.

— Tanto seu carro quanto o meu é um porta maquiagens seu. - Comenta já dando partida até onde pegariam o helicóptero.

Ela o olhou sorrindo de canto. Logo eles já chegaram na torre de controle e acabam encontrando Lowery.

— Bom dia chefes... - sorri e Claire o encara com os olhos cerrados, ele sempre era irônico.

— Bom dia Lowery, vamos sair de ilha. Já avisei a Vivian, mas é bom você também estar ciente. Qualquer emergência, nos ligue.

— Se o parque afundar, a culpa é sua, cara. - Brincou com o amigo e logo teve que arrastar a ruiva para pegarem a aeronave que estava esperando. Ela queria monitorar uma missão no paddock 7 que estava acontecendo.

— Você é inacreditável, Claire Grady.

Ela entrou no helicóptero bufando.

— O que eu fiz agora? Só queria ver se tudo está sob controle.

— Hoje é dia de trabalhar agora? - Já estavam no helicóptero em direção a Costa Rica.

— Tem razão... - respirou fundo. - Me desculpa... em pouco tempo vamos ver o nosso bebê. - ela repousou a mão sobre a barriga acariciando.

— Vamos sim. - Observou de rabo de olho a esposa alisar o ventre e estranhou. Ele ainda tinha sérias dúvidas sobre ter realmente um bebê ali. Excluindo os enjoos e tonturas, ela não havia mudado nada fisicamente.

— Sabe amor... nos dias que ficamos separados. Quando finalmente dei por mim da gravidez, eu conversava com o nosso bebê todos os dias. Eu contava várias histórias, e falava muito sobre o pai dela... de como ele é incrível e o quanto é especial. - sorriu para ele.

— E um... feto escuta alguma coisa?

Claire fica desacreditada com o que acabou de ouvir, o sorriso desapareceu de seu rosto desviando o olhar para a janela.

— Não importa.

— Só perguntei... - Owen começou a meditar no que tinha dito, se falou algo errado.

— Você não parece feliz com essa gravidez... - diz ainda sem olhá-lo.

— Não é isso. - Segura a mão dela. - Por que acha isso?

Ela o olha.

— Porque sempre que toco nesse assunto seu jeito muda. Talvez não perceba isso, mas eu sinto essa mudança e dói. Acho que não está feliz.

— Não, Claire. É novo para mim ainda, entende isso. Para falar a verdade nem parece que está grávida. - Abraça a ruiva.

— Okay... - O abraçou, quem sabe um dia ele se empolgaria, assim como ela. - Não parece por quê?

— Não tem barriguinha nem nada.

— Owen... - começou a rir. - Estou com um mês apenas... Logo vai aparecer, oh céus... Vou ficar gigante. Você não vai nem querer olhar para mim.

— Não fala assim. - A repreendeu. - Vou ficar ainda mais apaixonado, sabia?

— Sério? - o encarou com um brilho nos olhos.

— Sim... e acho que já chegamos. - Apontou para o continente pela janela.

Ela respirou fundo ansiosa. Não demorou muito, estavam no táxi que os levariam até a clínica que era muito longe de onde o helicóptero pousou. Eles caminham até a recepção, Claire apertava nervosa a mão de Owen.

— Boa tarde, tenho consulta agora com a senhora Jones. - diz a ruiva.

— Ah sim, qual o seu nome? - a recepcionista pergunta.

— Claire Dearing Grady.

— Claro, só aguardar um momentinho. Já te chamaremos.

— Obrigada... - olhou para o loiro. Estava apavorada.

— Hey, calma. Não vai ser nada demais. - A acalmou, sentando-se com ela na recepção até que foram chamados.

Ela respirou fundo e caminhou de mãos dadas a ele até a sala, nunca imaginou que entraria na sala de uma obstetra, nunca imaginou que ficaria grávida.

— Sejam muito bem-vindos... Você deve ser Claire a mamãe... - esticou a mão para cumprimentá-la.

— Sim... - Sorriu.

— E você eu suponho que seja o papai... Qual o seu nome? - esticou a mão para cumprimentá-lo.

— Owen. Owen Grady.

— Bom, sou a Dra. Samantha Jones. – sorriu simpática, abrindo a porta do consultório para que a entrassem. – Sentem-se aqui, por gentileza. – Owen agradeceu ainda segurando a mão trêmula da esposa. Ele a olhou sorrindo, a encorajando com o olhar.

— Oh, vejo que sua barriga ainda não cresceu né mamãe? - se referindo a Claire.

— Ela está com um mês, doutora. – disse Owen passando a mão livre nas costas da esposa.

— É, estou vendo na ficha dela... – disse a médica sorrindo para ruiva e depois começou a perguntar uma série de perguntas.

A Dra. Jones lembrava muito a mãe de Owen. Tinha um ar de mãe que acolhia a todos sem exceção. A maneira como ela falava com Claire mostrava o quanto ela se importava com uma grávida que aparecesse no consultório dela. Owen observou a esposa e como ela sorria feliz toda vez que respondia alguma coisa sobre o bebê, os cuidados que ela estava tomando... Era absolutamente perfeito ouvi-la falar do filho deles com tanto amor e carinho como ela dizia.

— E o que o papai acha de ver o bebê agora? – Pergunta a doutora fechando a pasta com as anotações. – Vamos ver como ele está?

— Claro! – exclamou levantando-se rapidamente e fazendo-as sorrir. – Eu estou ansioso para ver!

Claire estava tão feliz, era um momento tão especial, único para ambos. Samantha os guiou até uma sala com vários equipamentos, Claire sentiu seu corpo pulsar de ansiedade, estava prestes a ver o filho deles. A ruiva não soltou a mão de Owen em nenhum momento, ele era o seu porto seguro.

Porém, as mãos tiveram que se soltar no momento que a enfermeira entrou com Claire numa porta que havia no consultório e a Dra. Jones guiou o loiro para o outro lado do consultório, onde havia uma pequena sala com um armário branco, mais à frente uma maca e ao lado um monitor parecido com o de um computador onde vários fios estavam ligados. Ela puxou uma cadeira alta e colocou do lado oposto ao monitor, mas ao lado da maca onde a ruiva ficaria.

— Você pode se sentar aqui, tudo bem? - Apontou a cadeira. - A Claire irá deitar-se aqui para realizar o exame. – Ela sorriu simpática para Owen que já havia se sentado, apreensivo, na cadeira que ela arrumara.

Esperaram Claire por uns minutos e logo ela apareceu usando uma capa azul, que parecia um vestido. Era abotoado em alguns pontos, porém nenhum perto o bastante da barriga. O loiro sorriu para ela e com a ajuda da enfermeira, ela deitou-se na maca e Owen segurou a pequena mão da ruiva. O marido sussurrou um "fica tranquila" ao ver a expressão de nervosa e então olhou para a doutora que preparava os aparelhos.

— Prontos? - Perguntou sorrindo para o casal. - Com licença, querida. - Ela desabotoou dois botões e então a barriga da ruiva ficou completamente visível. - Vai sentir um friozinho, mas logo passa.

— Está bem... - Sorriu, ela olhou para Owen fazendo um carinho em sua mão. A doutora passou o gel em sua barriga, era tão estranho e gelado. Ela sabia que a partir daquele momento, suas vidas mudariam. Assim que termina de espremer um gel incolor sobre a barriga dela, Owen sentiu a esposa apertar a mão com força. O loiro apenas observava a Dra. Jones trabalhar enquanto a ruiva não tirava os olhos do monitor. Então, pegou o aparelho de ecografia e posicionou por cima do gel espalhando pela barriga.

— Olhem ele aqui. - A doutora apontou com o dedo o monitor onde apareceu uma imagem, que para Owen era borrada de preto e cinza.

— Eu... Eu não consigo distinguir nada. - O loiro falou sem graça.

Claire esticou o pescoço também tentando ver alguma coisa. Mas assim como ele, não entendia nada do que ela mostrava.

— Eu também não estou vendo nada...

— É normal, até para mim é difícil distinguir ás vezes.

Owen olhou para a médica e ela sorria ternamente para a Claire. Logo em seguida, batidas de coração tomaram conta do ambiente e Owen arregalou os olhos.

— É... É meu filho? - Perguntou e a médica assentiu. O som do coraçãozinho batia compassado. O fato de estar no útero, ocasionava uns sons diferentes. Então a preocupação o atingiu. Será que o bebê estava realmente bem? Claire chorava de emoção, ouvir o coraçãozinho do seu filho foi a coisa mais especial. Não conseguia acreditar que carregava uma vida dentro de seu ventre, sentiu um amor incomum tomar conta de si. Sim, era o amor de mãe e ela nunca imaginou que sentir todo esse amor especial, fosse tão gratificante.

— Ele está bem, Dra. Jones? Não tem nenhum perigo de, por um acaso, ele se machucar nem nada do tipo, eu estou nerv...

— Calma, querido. - Disse a doutora com a voz calma, mas divertida. - Melhor do que ele está, não é possível. Ele está mais seguro do que nunca. Claire está cuidando muito bem dele. Mas é claro que a sua ajuda, vai fazê-los ficarem cada vez melhores. - Ela sorriu e depois apertou um botão na máquina do monitor. - Vocês querem uma foto? Posso imprimir uma especial agora que ele está bem visível.

O casal concordou rapidamente, sem delongas, e então a médica imprimiu uma foto pedindo para a enfermeira guardar em uma pasta, junto com os dados da consulta. Owen beijou a esposa tão terno e apaixonadamente que ambos sentiram como se nada no mundo os faltasse. E talvez não faltasse mesmo. Owen tinha sua mulher e seu filho para cuidar.

Ela abraçava e beijava Owen, ele lhe deu amor verdadeiro, um lar e agora um filho. Naquele momento ela se sentiu realmente completa, como nunca havia se sentido antes. Era tanta alegria que não cabia no peito.

— Obrigada meu amor... obrigada por me dar esse presente! Eu te amo! Te amo! - sussurrou entre o abraço cheio de carinho e amor.

— É um presente para mim também. Mal posso acreditar que vou ser pai do filho da mulher da minha vida. Eu te amo!

Ficaram trocando beijos e carícias, até que a enfermeira voltou para levar a ruiva para retirar a capa azul que ela vestia. Claire sorriu o dando mais um selinho, acompanhou a enfermeira e se trocou rapidamente. Logo o casal já estava na sala da médica, finalizando a consulta.

— Então papais, por hoje é isso. Claire, continua se cuidando, vou te passar vitaminas para que tome todos os dias... é muito importante. - entregou uma pasta para a ruiva, com o resultado dos exames, a receita com as vitaminas, a foto da ultrassonografia e um CD com o som do coração do bebê.

— Claro doutora, pode deixar... - Sorriu.

— E você papai, cuida bem dessa mamãe e do filhinho de vocês. - Sorriu. - Tenho certeza que teremos um lindo bebê, com pais como vocês. - diz gentilmente com um sorriso.

— Pode deixar, vou cuidar bem dessa teimosa.

As últimas instruções foram passadas e logo se despediram do consultório. Owen carregava uma sacola com todas as vitaminas necessárias durante toda a gestação. Ele não queria desgrudar-se da ruiva.

— Céus, eu sou o homem mais feliz do mundo.

Claire sorriu o abraçando forte, sem dúvidas era o dia mais feliz da vida de ambos.

— Aaah meu amor... - O deu um selinho demorado. - Quero te fazer o homem mais feliz do mundo todos os dias. - era muito gratificante ver como Owen estava feliz. - Você não faz ideia como me alegra te ver assim... - sorri. - Vamos ter um filho... Não sabia que poderia ser tão feliz.... - O beijou novamente. - Graças a você, Owen Grady... que chegou em minha vida e mudou completamente. Sou tão grata por isso... obrigada por escolher me amar!

Owen queria falar tanta coisa, mas não se conteve em beijá-la mais uma vez como resposta. Era só o que bastava. Optaram por ir ao shopping a pé, não era muito longe, afinal eles estavam no centro da cidade.

Passaram por lojas com itens de bebês e só compraram algumas coisas, afinal estavam muito empolgados. Pela primeira vez Owen a tocou no ventre, fazendo carinho um ali. A excitação era evidente nos olhos do ex-marinheiro. Sentir Owen tocando-lhe sua barriga daquela forma, foi recompensador. Agora sim, ambos estavam felizes com a gravidez.


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Notas finais do capítulo



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