História After You - escrita por Clawen


Capítulo 7
Capítulo Travessuras em Dose Dupla


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde CLAWEN's Capítulo Novo!



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Mais tarde Claire e Owen teriam que viajar para seu país natal, para comprarem as coisas do filho ou filha, na Costa Rica tinha poucas opções de compra, na opinião do loiro.

E enquanto olhavam os cartazes dos filmes, Owen sugeriu:

— Que tal, A Morte te dá os Parabéns? Meu filho vai gostar.

— Pode ser, vai ser uma menina amor. Vai ter que assistir às princesas. - começou a rir. - Vai ser ótimo ver isso... - gargalhou o beijando na bochecha.

— Quem disse? É menino, eu só tenho espermatozoide masculinos. - Gracejou convencido.

— O que? Isso é ridículo... Você não existe, mesmo. - deu-lhe um selinho. - Vai ser menina linda igual o papai dela. Você vai ver... Vou rir muito.

— Não me contrarie, Senhora Grady. - Owen comprou os bilhetes e logo estavam na última fileira sentados um do lado do outro.

— Nossa... faz tantos anos que não vou ao cinema. Só ia com as minhas amigas da faculdade. - começou a comer a pipoca.

— Vamos fazer isso mais vezes agora. - Beijou a mão da ruiva enquanto olhava para tela. Os trailers acabaram e o filme iniciou-se.

Claire repousou a cabeça no ombro de Owen, em todas as cenas de suspense, se agarrava no braço dele. Infelizmente ali ela não podia gritar com os sustos, igual costumava fazer em casa.

Quando o filme terminou, Owen a levou no seu restaurante favorito e deixou ela pedir o que quisesse.

— Vou querer algo leve amor, comi muita pipoca. - olha o cardápio. - É... salada com frango grelhado e suco de melancia. E você?

— Vou querer o mesmo. - Disse a olhando.

Claire o olhou rapidamente surpresa.

— Você? Quer salada? - arregalou os olhos. - Owen... você está bem?

— Sim. Estou ótimo. - Comenta enquanto fazia os pedidos.

Claire fica perplexa o observando fazer os pedidos, sem entender o que o levou a querer comer salada. Owen Grady sempre comeu mais que o normal, e do nada queria algo mais leve. Ela definitivamente estava de queixo caído, ficou o encarando em silêncio com um sorriso de canto. Tentando decifrá-lo.

Foi nítido o esforço dele para encarar o prato na frente quando chegou, então pediu uma picanha para acompanhar.

Claire começou a rir e segurou a mão dele.

— Amor... você não precisa fazer dieta, okay? só eu. Pode comer como sempre comeu... isso não vai afetar a gravidez, te garanto.

— Só tive curiosidade de saber porque você tanto gosta disso...

— É questão de costume, desde pequena sou acostumada a comer assim. Claro que antes era em menos quantidade, minha mãe me obrigava a comer bem...Lembra você as vezes... - Sorriu. - Depois que fui para Nublar, esse sempre foi o prato principal... - fica pensativa. - Posso te pedir uma coisa?

— Podia ter alguma proteína ne, não só mato. O que?

Respirou fundo pensando como pedir aquilo.

— Na próxima vez que formos para os Estados Unidos... você iria comigo visitar o túmulo dos meus pais? - seus olhos ficaram marejados. - Eu não vou lá visitá-los desde o enterro... Não tinha coragem de ir lá.

Owen parou de comer por um instante, a olhando ternamente.

— Claro, Claire. Iremos sim. - Ele não ia questioná-la por nunca ter ido, preferiu respeitar a dor dela. Em uma tentativa de dizer que estava tudo bem, ele coloca a mão sobre a dela na mesa.

— Obrigada. - Ela sorriu triste acariciando a mão dele, enquanto secava as lágrimas. Aquele era um dia muito feliz para ambos, e não queria ficar triste. Não demorou muito para o casal terminar a refeição, que estava fantástica segundo Claire. - E Agora, o que faremos?

— Vamos para casa, quero ligar para minha mãe. Inclusive ela queria falar comigo. - O loiro fechou a conta, pagou e foram direto pegar o helicóptero de volta a Nublar. - O halloween está chegando, temos muitas coisas para organizar para os turistas, e minha mãe quer mandar meus sobrinhos para ficarem uma semana com a gente.

Ela o olhou arqueando a sobrancelha.

— Isso é sério? - sorriu. - Eu amo aquelas crianças, estou morrendo de saudades delas. Afinal os vi só no casamento...

— Sim. Eu fiquei devendo passar um dia com eles, mas na semana do casamento não deu certo. Eles perguntaram de você quando foi embora, no dia seguinte fui buscá-los na cidade.

— E como eles estão? Devem estar bem animados para vir para cá... - Ela pensa por um momento. - Mas como faremos? Eles não podem ficar sozinhos. Vão para o escritório com a gente e eu não sei cuidar de criança... Não sei como funciona... - se desesperou. - Não sei cuidar de criança... aí meu Deus, como vou criar nosso filho?

— Claire, pára com isso. Foi justamente por isso que estão mandando os dois para cá. Um resumo, dar comida, dar banho, levar para passear. É isso, não é? Como cuidar de um cachorro. - Provavelmente a mãe do loiro daria um tapa na cara dele se ouvisse aquela última frase vinda dele.

— Claro que não Owen! Vai cuidar da sua filha como se fosso um cachorro? - Respirou fundo. -Precisamos providenciar onde as crianças irão dormir... já tive uma ideia.

— Qual?

— Nossa sala é bem grande... podemos pegar colchões e almofadas, forrar todo o chão e dormimos os 4 lá. Eles vão amar... O que acha?... assistimos filmes com eles, conversamos, comemos várias besteiras, e os colocamos para dormir... - diz empolgada sorridente. - Vai ser muito legal!

— Pode ser. Não tem jeito com crianças é? Olha só.

— Mas não tenho... na prática é bem diferente. - Claire já estava ansiosa para a chegada dos pequenos. - Quero chegar logo em casa... e comemorar esse dia tão especial... - repousou a cabeça em seu ombro.

*

A viagem de volta foi dificultada por uma tempestade repentina. Logo raios imensos atingiam o mar ao redor deles e Owen preocupou-se. Não estavam muito longe de Nublar.

— Mantenham a calma senhores. - Tranquilizou o piloto.

Claire ficou desesperada tendo uma crise de pânico. Ela tinha pavor de voar, ainda mais depois da morte do seus pais.

— OWEN... vamos morrer... - chorou agarrando-se a ele. - O helicóptero vai cair...

— Não, não vai meu amor. Está tudo sobre controle. - Tentou acalmá-la de todas as formas possíveis. - Não pode ficar assim, pensa no bebê. Respira fundo, vamos...

— Eu... eu sei... - O abraçou chorando, estava trêmula.

Owen a envolveu nos braços evitando que ela olhasse para a tempestade. O vento forte parecia querer arrastá-los, mas o piloto estava preparado para aquilo. Pouco tempo depois chegaram finalmente na ilha. O loiro ainda tentava acalmá-la depois da aterrissagem.

— Viu só, já passou?

— Me leva para casa... por favor... vamos para casa. - sua respiração estava ofegante, aquilo a trouxe várias memórias dolorosas. Só queria estar sã e salva em casa junto a Owen.

Ele não pensou duas vezes e a levou de volta o mais rápido quando pode. Uma chuva forte atingia a ilha naquele instante, quando Owen abriu a porta de casa para ela entrar. A ruiva sentiu um grande alívio em estar em casa, e o abraçou forte.

— Prontinho. Tá sentindo alguma coisa?

— Eu estou bem, obrigada amor... foi só um grande susto.

— Ok... - Ele estranhou, mas nada disse, foi pegar o telefone e ligar para mãe.

Claire foi para o banheiro, ligou o chuveiro. Enquanto a água caia pelo seu corpo e se ensaboava, chorava. Aquele susto a fez lembrar muito de seus pais e o que eles tinham passado antes de morrer. Aquela sensação foi terrível, achar que morreria ali com Owen e seu bebê. Ficou por um bom tempo no banho.

Enquanto isso o ex-marinheiro conversava com a mãe no telefone.

— Então combinado. Você pega as crianças no aeroporto às 17 horas. Pelo amor de Deus, não se atrase, ou eles vão ficar assustados e chorar.

— Sim, mãe.

— Nada de dar besteiras a eles, sabe que sua irmã é extremamente rígida com o que eles comem, e o Sam tem intolerância à lactose, vou encaminhar a lista do que eles podem comer.

Owen revirava os olhos com as 300 recomendações da mãe e mais 300 recomendações da irmã.

— E pelo amor de Deus, eles são alérgicos a repelente, eu vou mandar um específico.

— Ok, algo mais?

— Não dê nada gorduroso para meus filhos, ou eu te mato, maninho.

— Pode deixar. - Revirou os olhos. - Essas crianças não têm vida hein?

— Cala a boca, é a saúde deles em primeiro lugar! Nada de filmes de terror, o Sam tem medo e a Sophie assusta ele de noite, e eles já devem estar na cama às nove da noite. Entendido?

Owen já estava ficando entediado. Nunca pensou que cuidar de crianças desse tanto trabalho, mas achou que era chatice exagerada. Ele se despede das duas e volta para sala com uma lata de cerveja recém tirada do freezer.

Claire finaliza o banho, vestiu sua camisola, assim que saiu do banheiro viu Owen no sofá, parecia assistir algo. Então foi direto para cama, deitando-se em baixo do edredom.

O loiro ligou a TV no canal de sempre e começou a ver um programa qualquer. Claire estava pensativa, e deu um pulo ao lembrar que tinha que tomar as vitaminas. Levantou-se e foi até Owen.

— Owen? Onde você colocou a sacola com as vitaminas?

— Estão no balcão da cozinha. Vai lá tomar, ainda bem que lembrou.

Ela foi até a cozinha e os tomou, pegou o celular na bolsa e voltou para cama.

— Claire vem cá, poxa. Só fica na cama agora.

Ela pensou em respondê-lo, mas até para isso estava sem ânimo. Levantou-se e foi até a sala.

— O que foi? Estou na cama agora.

— Vem ver TV comigo, vamos conversar... - A puxou para cima dele.

— Diga... - sentou em seu colo com uma perna de cada lado e o abraçou, cheirando seu pescoço. Ela amava demais o cheiro dele.

— E essas bochechas vermelhas, estava chorando, hein? - Passou os braços em volta dela, sem tirar o olho da TV.

— Não foi nada demais... - afagava os dedos na barba macia.

— Ah é? - Fez cócegas na barriga dela. - Não quero saber de choro, por favor.

Ela sorriu se contorcendo.

— Eu precisava disso... e o que a sua mãe disse?

— Próximo final de semana vou buscar nossos sobrinhos no aeroporto. Me passaram uma lista imensa de instruções...

— Sério... - Começou a rir. - Me passa essa lista. E sabe de uma coisa... vamos ficar alguns dias de castigo...

— De castigo?

— Simm... - Sorriu maliciosa. - Sem fazer amor...

— NÃO, ISSO NÃO CLAIRE. - O loiro fechou a cara na hora. - Vamos fazer sim, eles não vão ficar acordados para sempre.

Ela começou a rir.

— Eu sei, mas vamos acordá-los com o nosso barulho.

— É assim então? A gente tem filho e não transa mais?

— Não, com ele vai ser diferente. Vai ter o seu quarto... mas os meninos não tem né. Mas fica tranquilo, já tenho a solução.

— Qual?

— Transamos no banho... no banheiro do meu escritório, pedimos para Vivian ficar eles por uma hora e vamos para o bangalô...

— A mãe disse que quer as crianças na cama as nove, então... esse é o tempo nosso.

— Nossa que cedo... quem tem sono as nove? - revirou os olhos.

— Calada, quanto mais cedo eles dormirem, mais cedo eu te... - Sussurrou algo bastante obsceno no ouvido da ruiva.

— Olhaaaa que pervertido... - Sorriu. - E por que já não faz isso agora? Vamos nos preparando e praticar fazer em silêncio... - morde o lábio inferior.

— Você não consegue ficar calada... - O loiro fez uma das alças da camisola cair de seus ombros, deixando os seios expostos. Owen arregalou os olhos. - Estão maiores... céus.

— Não estão não, é impressão sua... - Olhou os seios assustada.

— Eu estou dizendo... é porque está. - Os tocou sem pudor algum, testando-os com as mãos. - Quer terminar de me matar, Claire Grady?

— Eu quero te dar muito... muito prazer... - sussurrou de olhos fechados, se deliciando com o toque dele.

— Mais do que já me dá? - Levou a boca até um dos seios onde começa a chupar deixando marcas visíveis.

— Mais... muito mais... - gemeu baixinho e aproveitou para descer a mão até a barra da calça dele, pode sentir seu membro e começou a massageá-lo por cima da calça.

Owen dedicou um bom tempo ali, ora beijando, chupando ou lambendo até deitá-la lentamente no sofá, ficando por cima dela. Agora seus lábios implacáveis lhe beijavam o colo, ombros, pescoço. Aproveita a oportunidade para sussurrar contra o ouvido da ruiva o quanto a amava e a desejava como ninguém.

Claire sorriu com as belas palavras de Owen, sentindo seu coração bater ainda mais acelerado. Entrelaçou as pernas na cintura dele, o apertando contra si. Pode sentir o grande volume dentro das calças do loiro e aquilo a deixou ainda mais excitada. Por um breve momento fechou os olhos sentindo os beijos e carícias de Owen, enquanto uma mão segurava os cabelos da nuca dele o estimulando a continuar e a outra, acariciava seu ombro largo.

Owen ergueu uma das pernas dela com o braço, e com a outra mão voltou ao que estava fazendo antes. Separou sua carne e introduziu o dedo médio profundamente. O polegar do loiro fez alguns movimentos na parte mais sensível.

— Hmm.... já está mais molhada que o normal... -Ele afirmou, empurrando a mão contra seu corpo e mostrando que todo seu dedo estava enterrado nela. Owen agora esboçava um sorriso enquanto o dedo daquele cafajeste ia e vinha.

Claire gemeu alto com os movimentos dos dedos dele, enquanto ele intensificava mais ela pode sentir seu primeiro orgasmo se formando. Então, o puxou para um beijo cheio de desejo.

— Owen... - gemeu baixinho entre seus lábios chegando ao ápice. Ela queria mais, queria ele por inteiro. - Eu quero você amor... você dentro de mim! - murmurou ofegante e autoritária.

Owen ficou observando a reação de Claire a seu dedo até ela chegar no ápice, e sem aviso, a beijou na boca. A cabeça da ruiva foi para trás pela força do beijo, enquanto sentia os lábios macios dele. A língua se infiltrou em sua boca, e começou a seguir os movimentos que seu dedo fazia na intimidade da esposa.

— Pertence a mim. -Ele murmurou, separando os lábios dos dela por centímetros. -Você é toda minha.

— Eu sou sim, só sua! - sorriu olhando dentro de seus olhos verdes, estes que tinham um brilho intenso que aqueceu o coração da ruiva, a deixando ainda mais encantada. Owen era tão sincero sempre, que Claire sabia como ele estava só pelo olhar. Levou a mão até a bochecha dele acariciando sua barba e o beijando nos lábios novamente. Mas dessa vez com calma, sem pressa nenhuma. - Me ame... - sussurrou entre seus lábios.

Ele não respondeu, apenas acabou por virá-la e passou a mão pelas costas de Claire. Ela tremeu um pouco, abaixando-se e encostando a bochecha no braço que descansava no sofá. Ele agora estava apreciando cada detalhe de seu corpo. Quando menos esperava, sentiu dois dedos dele abrindo sua intimidade, que quase latejava. Ele a atormentou com um terceiro dedo, passando lentamente por sua fenda molhada.

Ainda incitando-a, o loiro foi por cima dela, distribuindo beijos quentes por toda a suas costas sentindo-a estremecer.

— Eu já estou amando. -Ele murmurou, voltando a passar os dedos pela abertura quente e molhada da ruiva.

Ela ficou parada, apenas sentindo os toques e beijos em seu corpo. Owen era intenso, mais ao mesmo tempo cuidadoso em cada atitude. Claire fechou os olhos e suspirou com um sorriso meigo, nunca se sentiu tão amada até conhecê-lo. Ela queria tê-lo, seu corpo colado ao dela e suando em movimentos intensos. Mas conhecia o marido, ele sempre gostou de provocá-la primeiro e isso era sempre uma prazerosa tortura.

Owen se livrou da camisa que ainda usava, e com a calça na altura dos joelhos, penetrou profundamente no corpo dela, de forma selvagem. Ele colou o peito nas costas dela, aproximando-se de seu ouvido com uma calma perigosa.

— É isso que você queria? -Deu uma segunda, ainda mais profundamente. - Que eu te comesse gostoso, assim? - Vendo que Claire não respondia, ele emaranhou os dedos nos cabelos dela e os puxou, mas sem machucá-la. - Responde!

— SIM! - gritou com tamanha intensidade das estocadas. Ela automaticamente levantou um pouco o quadril e apoiou-se sobre os cotovelos, tentando achar uma posição mais confortável para poder recebê-lo dentro de si. Estava quase que de quatro, e aquela posição era nova para o casal. - Isso amor...

Com um sorriso nada agradável, Owen lhe mordeu o pescoço. Começou a movimentar o quadril rapidamente contra a esposa.

De repente, o loiro saiu de dentro dela. Se ela pudesse olhá-lo agora, veria ele dar um pequeno sorriso enquanto passava e tirava a ponta de seu membro por sua entrada íntima, provocando o local que o necessitava.

— Quer que eu volte, mas eu quero ouvi-la pedir. -Ele falou, apertando seus seios sem nenhuma delicadeza.

— Anda logo Owen! - praticamente ordenou sem muita paciência. Aquilo era tortura demais, e com um sorriso de canto, ela já sabia como se vingar.

O ex-marinheiro empurrou o quadril para frente, apertando seu membro contra sua feminilidade, mas sem penetrar. Os dedos dele voltaram a encontrar sua feminilidade, deixando sua pequena fenda exposta. Owen observou a entrada delicada de Claire, o lugar onde ele estivera minutos atrás, com interesse. Passou um dedo por ali, e a sentiu tremer. Sem conseguir mais fazer jogos, voltou a se posicionar e a penetrou com força de novo.

Definitivamente Claire não conseguia entender como tinha vivido todos esses anos sem ter Owen ao seu lado. Ele a fazia se sentir cada vez mais viva. Ao ser penetrada sentiu seu corpo estremecer de prazer e amor por aquele homem que a domava naquele momento.

— Céus amor... - Suspirou profundamente com as investidas que ele dava, arqueou a coluna e com uma das mãos, segurou os cabelos da nuca dele trazendo seu rosto para perto do dela. Os estavam corpos suados e trêmulos pelo prazer que ambos proporcionavam um ao outro.

Estavam tão excitados, que a explosão não demorou a chegar. A dela veio primeiro, e em seguida a dele. Owen segurou o pequeno corpo da esposa por vários minutos, até que ela recuperasse parte das forças.

Ele se deitou no chão da sala, ofegante, enquanto ela ficava no sofá.

Claire encarou o teto por alguns minutos, em completo silêncio, mas com um imenso sorriso nos lábios. As vezes se perguntava se tudo aquilo era real, era bom demais para ser verdade. Parecia um sonho, o mais lindo de todos e com certeza Owen era seu príncipe encantado.

Ainda estavam deitados. A respiração ofegante da esposa aos poucos ia diminuindo, sendo substituída por um ressonar calmo e sonolento. Owen a puxou para que se deitasse no tapete com ele, e ali se acomodaram sentindo o calor um do outro.

Ela se aconchegou nos seus braços másculos. Pensou em várias coisas e sorria ao sentir as batidas do coração do marido.

— Obrigada amor... - aquele agradecimento era por vários motivos. - Nunca me senti tão feliz e completa, quanto agora.

— Nunca? Então quer dizer que só consegui te fazer sentir assim hoje? - Os dedos brincavam no couro cabeludo da ruiva, permitindo-a relaxar ainda mais.

— Não bobinho... - Sorriu. - Sou feliz com você desde sempre... Mas agora sabendo que tenho um filho nosso dentro de mim, me sinto mais feliz ainda. Isso é tão incrível, Owen. Nosso amor é tão lindo e verdadeiro, que gerou frutos... - Tinha muito ternura em sua voz.

— Nosso pequeno marinheiro sem dúvidas é a nossa maior alegria agora. Mandei a foto da ecografia no grupo da família quando você estava no banho. - A beijou no rosto.

— Sério? - o olhou surpresa. - O que disseram? Não entrei no grupo desde que chegamos, nem vi... Vai ser menina amor. Uma linda princesinha, vou enfeitar os cabelos dela com laços e colocar vestidos, vai parecer uma boneca.

— Não se engane, vai ser um garotão treinador de raptores, macho alfa. Vai cortar lenha com o papai.

— Okay... - Sorriu. - Independente de menina ou menino, já amamos muito. - Levou a mão dele até a barriga. - Imagina quando o bebê começar a mexer, Owen...

O ex-marinheiro fez um carinho no local de olhos fechados, quase vencido pelo sono.

— Deve ser estranho ter outra pessoa dentro de si...se mexendo...

— Sim... - Ela pensou por um momento, deve ser estranho mesmo e logo ela saberia a sensação, o que a fazia amar ainda mais ser mãe. - Vamos para nossa cama? Me leva no colo amor... - fez uma voz manhosa.

Owen riu contra a pele dela, e se levantou, a erguendo nos braços. Após apagar as luzes, foi em direção ao quarto onde acendeu o abajur após colocá-la na cama. Não demorou muito e logo o jovem casal dormiam abraçados, como todas as noites.

*

Duas semanas havia se passado, Claire começou uma nova dieta especial para a gestação e se cuidava em dobro, claro... com a fiscalização de Owen. Seus enjoos e tonturas diminuíram, por enquanto, o que a deixou muito feliz. Pois já não aguentava aquela sensação frequente. Ninguém no parque ainda sabia sobre a gravidez, e se dependesse de Claire, esconderia por um bom tempo.

O parque estava cada vez melhor e lucrando mais, o que consequentemente a estava fazendo trabalhar mais. Ela e Owen não poderiam estar mais felizes, não passavam um dia sem se amar com toda a intensidade de sempre. Faziam questão de tomar café da manhã e jantar juntos, e tentavam sempre ao máximo almoçar, mas as vezes o trabalho os impedia. Claire o amava cada dia mais. Não era diferente da parte do loiro. Apesar de tudo sempre se conciliavam entre si, quando dava.

Pensando nos próximos meses de gravidez da esposa, Owen cogitou a possibilidade de contratar alguém de confiança para substituí-lo quando fosse necessário.

Na sexta feira como combinado, Owen viajou até a Costa Rica onde buscou seus sobrinhos no aeroporto e retornaram de balsa até Nublar. As crianças estavam falantes e enérgicas como sempre.

— Tio! TIO!!! A mossassauro nada até aqui? - Sophie perguntou inocentemente enquanto observava o mar ao redor.

— E se ela engolir o navio? - Sam arregalou os olhos em espanto, imaginando a cena.

— Sam, isso não é um navio, seu burro!

— É SIM, SUA CHATA!!!

— Hey, crianças! - Owen interviu. - A mossassauro fica em um tanque, não tem como ela sair de lá. E isso é uma balsa, Sam.

— Balsa?

— Sim.

— Viu, eu disse Sam...

— Quietos os dois. Não quero vocês brigando. Vieram para se divertir ou brigar?

— Divertir!!! - Responderam em uníssono.

A viagem não foi muito longa, logo já estavam na ilha. Um Owen cansado, corria atrás dos sobrinhos que estavam inquietos.

— Olha, quem chegar naquela árvore por último é um sapo velho e seco!!!! - Sophie desafiou e saiu correndo na frente antes do tio alertar para esperarem.

Owen se lembrou quando tinha aquela energia toda e corria por todos os cantos, agora a idade visivelmente estava afetando. Quando chegaram em casa, Claire ainda estava trabalhando. Owen fez os sobrinhos comerem e os colocaram para ver desenhos.

— Quero a tia Claire. - A garotinha comentou enquanto mordiscava um biscoito.

— Ela chega mais tarde, Soph...

O dia de Claire foi corrido com várias reuniões, mas sempre que podia mandava mensagem para Owen, queria saber como estavam. Ela estava ansiosa para chegar em casa e vê-los. Assim que terminou a última reunião, decidiu ir mais cedo para casa.

Pegou suas coisas e foi depressa, logo já estava em casa.

— Oiiii meus amores... - diz empolgada assim que adentra o local e pode ver os três na sala.

—TIAAAA... - Sophie gritou e os dois saíram correndo e a abraçou. Claire se ajoelhou e os abraçou forte, distribuindo vários beijos nas bochechas dos dois, o que os faziam rir.

— Como... Vocês... estão... grandes e lindos... - disse pausadamente entre os beijos. - A tia estava com saudade de vocês!

— Nós também Tia! - disseram juntos enquanto riam.

Owen observava a cena, encantado. Por um instante começou a viajar em pensamentos, imaginando aquela cena daqui a alguns anos, mas com os próprios filhos.

— Eles não paravam de perguntar de você, acho que sou um tio dispensável, sabe. - Disse fingindo-se decepcionado, logo as crianças já estavam no colo dele, agarrados no pescoço do tio.

— Que tal todos irmos juntos jantar fora, quem topa?

— EUUUUUUUUUUUUUUU EUUU EUU EU EUUUU - Os gêmeos responderam animadamente fazendo o loiro sorrir para a esposa.

Claire sorriu de volta e se aproximou dele o abraçando forte, não o tinha visto o dia todo, mas evitaria beijá-lo na frente das crianças.

— Como está meu amor? Está com uma carinha de cansado... - Sorriu e olhou para os gêmeos. - Foram vocês, não foi danadinhos? Cansaram o tio de vocês. - começou a rir acariciando os cabelos dos dois.

O loiro ia responder, mas a pequena foi mais rápida.

— O tio Owen é muito lento tia, apostamos corrida pra quem chegasse primeiro, ele perdeu as dez vezes!!!! - Cruzou os braços toda convencida.

— O tio Owen é velho, mana, sabe que ele não aguenta nada.

Owen olhou desacreditado para o sobrinho que começou a rir enquanto fugia das cócegas do tio.

— Ouviu isso, amor? Velho!

Claire começou a rir, aquelas crianças eram incríveis.

— Então a tia Claire também é velha. Porque eu e ele temos quase a mesma idade. - Sorriu. E por um instante sentiu um grande enjoo e foi correndo para o banheiro, encostou a porta e se debruçou sobre o vaso colocando todo o bolo que tinha comido para fora.

As crianças encararam o tio espantadas e logo foram atrás da ruiva, curiosos.

— A tia tá doente, tio Owennn!!! - Sophie comenta na porta do banheiro preocupada.

Owen sorriu levemente e foi ajudar a esposa a se recompor.

— Ela não está doente, só... é uma surpresa. Vou contar no jantar para vocês.

Os gêmeos se entreolharam sem entender muito a situação, sem sair do lugar.

— Claire? Comeu porcaria hoje, aposto. Eu disse para tomar um suco de limão que diminuiria os enjoos como o médico disse...

— Eu sei amor, e tomei o suco. Mas fiquei com vontade de comer um pedaço de bolo de chocolate. - resmungou levantando e escovando os dentes, as crianças ainda a olhavam assustadas e a ruiva sorri. - Eu estou ótima meus amores... e então... vamos? - olhou para o loiro. - Estamos morrendo de fome!

— Depois do banho, a gente vai. Eu levo o Sam e você a Soph.... está bem mesmo?

— Estou com um pouco de dor. Mas depois a gente conversa. - Sorriu e virou para a pequena. - Vamos princesa... O tio Owen e o Sam vão usar o banheiro... - pegou ela no colo e correu para cama. - Agora vamos brincar...

— OBAAAAA... - A pequena gritou animada e Claire começou a fazer cócegas na barriga da pequena.

Os dois não demoraram muito, logo estavam na sala prontos para sair.

— Agora é esperar as mulheres... - Owen comentou impaciente enquanto checava o dinheiro na carteira.

Não demorou muito para as duas estarem prontas. Era novidade cuidar de uma criança para Claire, mas ela cuidou de Sophie como se fosse sua filha.

— Tia quero ficar igual a você... - A pequena disse com um sorriso meigo.

— Está bem princesa! - responde encantada com aquele pedido.

Claire vestiu Sophie e ela com vestidos e sapatilhas, prendeu os cabelos da frente com um laço na pequena e nela mesma.

— O que acharam? - as duas apareceram na sala. Claire segurava a mão da pequena, que sorria.

— Estão lindas... - O loiro encarava as duas impecavelmente vestidas para sair.

— Olha só, o tio está babando olhando para tia! - Sam observou e Claire olhou para o marido com um sorriso de canto.

— É verdade!!! - Sophie concordou e os dois começaram a rir.

— Parem vocês dois! - a ruiva estava levemente corada. - Vamos, amor?

— Vamos sim.

*

O quatro andavam de mãos dadas naquela noite, quando pararam para comprar balões em formato de dinossauro para os gêmeos. Eles caminhavam em direção ao restaurante. Claire segurava a mão do Sam e do marido, e Owen a da Sophie.

— Amanhã o parque começará a ser enfeitado para o Halloween, crianças. Vocês trouxeram fantasias?

— Sim tia, a mamãe colocou na mala...

—Sim!!!

Owen estava distraído com o telefone, até que resolveu anunciar a surpresa.

— Sam, Sophie! O tio Owen tem algo para contar a vocês. - Agora as crianças pararam para prestar atenção no tio. - A Claire está esperando um bebê.

Os gêmeos arregalaram os olhos em surpresa.

— Sério?

— VAMOS TER UM PRIMINHO?

— Sim... não é amor?

— Simmm... - Sorriu para ele e abaixou-se ficando na altura das crianças e segurou a mão delas. - A tia está esperando um bebê. Eu e o tio Owen, vamos ser papais. - Sorriu largamente.

— OBAAAAAA!!! - ambos gritaram e abraçaram Claire com força.

— Vamos ter uma priminha... - Sophie disse empolgada.

— Ele vai brincar com a gente... - Sam completou a frase da irmã.

— ELA! Vai ser uma menina. Não é tia Claire? - a pequena a encarou com um sorriso.

— Nós ainda não sabemos, querida. - A ruiva achava o mesmo que Sophie, mas não falaria.

— Tio, fala para ela que vai ser menino. - Sam disse emburrado.

— Vai ser um garotão, Sam. Não se preocupe. - O homem responde convencido fazendo o garoto sorrir largo.

Logo mais estavam no restaurante jantando, com as crianças e o casal de amigos, Lowery e Vivian. A pequena Sophie olhava para tia desconfiada e pensativa, parecia que estava escolhendo as palavras para falar com ela.

— Tia... - Mordeu o lábio. - Tem mesmo um bebê aí? - Apontou para a barriga.

Assim como todos em volta, Owen não conseguiu conter o riso. Ela era tão inocente que chegava até a ser meigo.

— Tem sim, é a sua priminha ou priminho... - Owen fez a observação.

— Mas... Por que a tia Claire engoliu minha prima? - Perguntou indignada e todos riram novamente.

— Ela não engoliu, amor... Bem, quase que ela engole... - Owen riu sacana, Lowery e Vivian se entreolharam chocados e Sophie encarava-o séria.

Claire encara Owen como se estivesse o mandando calar a boca com o olhar. Ela sorriu sem graça e não fazia a menor ideia de como explicar a gravidez para a garotinha.

— Meu amor, a tia não engoliu nada. - olhou para Owen de olhos cerrados e voltou a sorrir para Sophie.

Vivian e Lowery estavam estáticos com a notícia, jogada dessa forma para eles.

— Claire, isso é uma ótima notícia! Parabéns ao casal. - Vivian disse sorridente e se levantou para abraçar os dois.

— Não acredito que a minha chefe, que não muito tempo atrás... estava solteirona e encalhada, vai ter um bebê. - Lowery, disparou sem pensar. Como de costume.

— Cala boca Lowery! Quer ser demitido? - Claire estava mais vermelha que o tomate da sua salada, aquilo era constrangedor para ela.

— O que é solteirona? - Sam perguntou sem entender.

— Não é nada Sam, o tio Lowery tem problema de cabeça... - Owen comentou enquanto a garotinha ainda estava inquieta.

— Ainda quero saber, como ela foi parar aí dentro? - Cruzou os bracinhos desafiadora.

— Fui eu que coloquei sua priminha aí dentro... - Owen falou vitorioso se sentando mais perto da esposa e já prevendo sua próxima pergunta.

— Como assim, titio? - Arregalou os olhinhos.

— É que é assim Sophie, quando um homem e uma mulher se amam muito, eles fazem... - Owen tentou continuar, mas foi impedido por uma cutucada mais forte embaixo da mesa.

— Sophie, o que seu tio quer dizer é que quando um homem e uma mulher se amam muito, o homem planta uma sementinha na barriga da mulher e então vai crescendo o bebê. Daí, esse bebê fica por nove meses na barriga da mamãe crescendo e quando ele já estiver bem fortinho e grandinho ele nasce... - Vivian tentou ajudar na explicação ignorando Lowery todo vermelho rindo igual um idiota.

— Mas não são as cegonhas que trazem os bebês? - Olhou para Owen.

— É tio Owen, não são as cegonhas que trazem os bebês? - Claire olhou para o marido indignada querendo que ele se explicasse. Por mais que ele tivesse explicado o “processo” para Sophie, foi ele que tinha começado com a história do “homem e mulher”... Se não fosse por isso, ele teria contado a teoria da cegonha mesmo.

— Não... é... hum. - O loiro se atropelou nas palavras. - É a cegonha sim... - Olhou confuso para a ruiva como se pedisse ajuda. - A cegonha traz a sementinha para plantar na barriga da mulher... - Suspirou aliviado.

— Mas titio, como você colocou essa sementinha na tia Claire? - "Meu Deus, essa menina era uma caixa de perguntas pelo jeito."

— Colocando, Sophie Nicole Grady!! - Owen sorriu malicioso e percebeu a esposa corar. - Vamos mudar de assunto que isso não é assunto para criança! Cada pergunta...

— Eu fiquei assim na barriga também?

— Ficou sim, por muito tempo...

— Meus amores... quando vocês crescerem, irão entender. Será que podemos mudar de assunto? - Claire se manifestou, por ela se enfiaria dentro de um buraco de tanta vergonha. Olhou para Owen, e até ele estava corado.

— Aaaaaah tia. - Sophie resmungou, estava muito curiosa e não conseguia entender o que eles explicavam.

— O que vocês acham de irmos para casa assistir desenhos. - A ruiva tentou sair daquela situação. - Tenho uma surpresa!

— SIMMM... - os dois gritaram animados.

— Mas já querem ir embora? Acabei de pedir costeletas grelhadas de porco...

Claire sorriu o encarando.

— Pede para viagem amor, já é quase nove horas. Precisamos colocar as crianças para dormir... - cochichou.

— Tudo bem... vamos lá. - O loiro se despediu do casal de amigos e foi até o balcão do restaurante trocar o pedido para levar.

Enquanto isso Claire adiantou-se e levou os gêmeos até a saída do local, esperando o loiro.


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Notas finais do capítulo

E então, o que vocês acham? Vai ser menina ou menino? Deixem seus comentários e sugestões. Muito obrigada à todos os nossos leitores e aos comentários maravilhosos que nos presenteiam. Até a próxima



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