História After You - escrita por Clawen


Capítulo 16
Capítulo 16 - Just a Fright


Notas iniciais do capítulo

❤❤❤❤



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Os momentos seguintes foram de desespero, logo a casa toda estava com as luzes acesas e todos os familiares na sala, torcendo para que Claire acordasse.

Owen checava a pulsação dela, estava bem fraca.

— Claire... hey... pelo amor de Cristo... fala comigo.

— Ela caiu da escada?

— Como?

— Harry faça algo de útil e vai buscar a merda do carro! RÁPIDO!

O irmão mais velho da família Grady, não hesitou em ir ás pressas buscar o veículo. Após alguns estímulos para acordar a ruiva, ela começou a abrir os olhos e no mesmo instante gritou com dor levando a mão até a barriga onde provavelmente tinha batido.

— AAAAI... MINHA BARRIGA... MINHA BARRIGA... - Ela apertou as pálpebras com a dor, as lágrimas rolavam em seu rosto. - OWEN... Owen?

O marido imediatamente levantou-se com ela no colo já ignorando os protestos da mãe para que esperasse o irmão trazer o carro.

Tereza Grady foi atrás do filho, aflita. O loiro a colocou dentro do carro e arrancou com o veículo até a cidade o mais rápido que podia. Enquanto isso no banco de trás, a senhora Grady tentava acalmá-la.

— Onde dói, minha querida?

— A minha... barriga... - falava com dificuldade. - AAAAAAAAAAAAAAAIIII... - gritou novamente sentindo outra pontada no pé da barriga. - Não pode acontecer nada com nossa filha... Ôh céus.... AAAAAAAAAAAAIIII. - se contorcia no banco. - Não deixe nada acontecer com ela... Owen... Não deixe nada acontecer com ela... - chorava compulsivamente de dor e pânico. - AAAAAAAAAAIIIIII....

Aquela altura o desespero já estava instalado. Pisando fundo no acelerador, Owen chega no hospital e logo a esposa deu entrada na emergência. Claire foi atendida de imediato. As enfermeiras a levaram na cadeira de rodas até a sala de emergência, onde teve que ser sedada duas vezes para amenizar a dor e fazê-la dormir.

O médico a atendeu, e fizeram vários exames e por fim após de duas horas, faltava a ultrassonografia. Mas antes precisava acalmar os familiares e foi até a sala de espera.

— Senhor Grady?

— Eu! - O homem voou da cadeira, com os olhos aflitos. - Cadê ela? Ela está bem? Minha filha está bem? Eu quero ver ela...

— Mantenha a calma... - sorriu acolhedoramente. - A Claire está na sala de ultrassom, falta apenas este exame. Poderia me acompanhar?

— Sim, claro! - Owen seguiu o doutor, precisou tomar um comprimido. Estava até com falta de ar. Toda a família já estava na sala de espera, afim de notícias.

Claire estava sentada na maca, um pouco sonolenta acariciava a barriga enquanto as lágrimas rolavam o seu rosto de porcelana. Estava aflita em saber como estava sua filha e ao ver o médico entrando com Owen, sentiu-se protegida.

— Amor... - esticou os braços pedindo um abraço.

Ele notou os vários hematomas no rosto e braços. Deveria ter vários pelo resto do corpo.

— Meu amor... - Owen a abraçou com cautela, mas carinhosamente, aliviado. - Doutor ela não fraturou nada né? Ela sangrou? - O loiro ainda estava abraçado nela e não pretendia soltá-la tão cedo.

A ruiva chorava abraçada a ele, enquanto o Dr. sorriu com a cena de afeto.

— Não senhor Grady, por sorte não tem nenhuma fratura e não houve sangramento. Com a senhora Grady está tudo bem, aparentemente com a bebê também. Só precisamos agora fazer um ultrassom para confirmar... - ligou o equipamento. - É de extrema importância que a senhora fique de repouso absoluto, por no mínimo duas semanas.

Claire assentiu com a cabeça e foram obrigados a cessar o abraço para realizar o último e um dos mais importantes exames. A enfermeira assistente gentilmente passou o gel na barriga da ruiva, que arfou com o incômodo do líquido gelado. Ela estava com um hematoma na lateral direita da barriga, provavelmente era ali que doía tanto horas atrás.

Cautelosamente o Doutor começou a passar o aparelho no ventre de Claire, logo já ouviram o coração acelerado da Clarisse batendo e após alguns minutos olhando para o monitor, deixando Claire e Owen aflitos, ele pronunciou.

— Papais podem ficar tranquilos... A filhinha de vocês está ótima! - sorriu para o casal.

Foi como se um peso enorme tivesse saído das costas do homem. Ele se inclinou sobre a ruiva e a beijou nos lábios, nariz e diversas vezes no rosto, segurando com firme a mão dela.

— Graças a Deus por isso. Eu jamais me perdoaria se acontecesse algo com a minha bebê...

— Nem eu meu amor... - O abraçou forte.

— Só mais uma hora e a senhora terá alta. E eu peço ao senhor que não a deixe fazer nenhum tipo de esforço.

— Ouviu né? Nenhum esforço! Não te deixo subir e descer escadas mais.

Claire revirou os olhos e sorriu, feliz por aquilo. Por estar tudo bem com a sua filha e ter um marido tão bom.

— Ouvi sim!

— Agora vou deixar vocês um pouco a sós. Logo os enfermeiros iram vir buscá-la para levá-la ao quarto. Com licença. - O doutor se retirou e Claire deu um longo suspiro aliviada, enquanto algumas lágrimas escorriam pelo seu rosto.

Owen prontamente as secos de imediato.

— O pior já passou. O que foi agora?

— Eu não sei o que faria se tivesse acontecido algo com ela... Vocês dois são minha vida agora...

— Mas não aconteceu... a Clarisse é forte, ela é uma Grady. E você também foi muito forte. Eu te amo sabia? - Inclinou-se para beijar a barriga dela. - E você também, pequena.

— Nós também te amamos, muito! - sorriu. - Sim, ela é uma Grady! - acariciou os cabelos do marido. Ao lembrar como tudo tinha acontecido, a raiva tomou conta de si. Mas tentou não demonstrar, pelo menos naquele momento. - Não quero ficar na sua casa, amor... - suspirou.

— Eu sei que foi traumatizante, vamos ficar no quarto do andar de baixo, ok? Não se preocupe. - Afagou os cabelos ruivos da esposa.

Claire suspirou pesadamente, mas decidiu não contar a verdade ali. Temia a reação do marido. Logo o enfermeiro chegou com a cadeira de rodas a levando para o quarto.

— Minha filha, como você está? - a senhora Grady entrou aflita acompanhada de Karen.

— Claire, como isso aconteceu? - a loira se aproximou segurando a mão dela.

— Ér.... É que... então... - começou a gaguejar.

Owen que havia deixado espaço para as duas conversarem com a esposa, ao ver a reação da mesma, estranhou.

— Eu suponho que desceu no escuro e caiu... ela ainda não me contou essa história direito... - Aproximou-se desconfiado.

— Acho melhor falarmos sobre isso depois... - desviou o olhar.

— Não, vai me falar agora mesm... - Owen foi interrompido por um olhar fulminante da mãe.

— Não fala assim com ela, ou te dou uma surra aqui mesmo!

— Sim senhora.

Claire o encarou por alguns segundos, deu um longo suspiro.

— Quando eu saí do quarto... encontrei a Bárbara... e... nós discutimos e... - pausou dando outro suspiro. - Ela me empurrou na escada.

Karen, Tereza e Owen encaravam a ruiva mudos.

— Ela... ela te empurrou? - A irmã da ruiva encarou Owen que ainda estava calado. Parecia processar a informação. A senhora Grady levou a mão na boca e deu um passo para trás.

— Não acredito... meu Deus minha filha. Ela tentou te matar... ela tentou matar você!

— Eu... eu... - Não conseguia responder os questionamentos, seus olhos ficaram marejados só de lembrar e imaginar que algo mais grave poderia ter acontecido. Encarou o marido. - Owen?... amor?

A face do homem se tornou em completo transtorno. Respirou fundo uma, duas vezes. Não estava raciocinando direito aquele momento. Cego de ira, saiu do quarto de hospital às pressas.

— Owen!!! OWEN!!! - A senhora Grady foi atrás.

— OWEN!!! - gritou em desespero. - Karen eu não devia ter contado, ele vai fazer besteira. Não acredito. - começou a chorar.

— Calma Claire, não pode ficar assim. Lembra da sua filha, faz mal para ela. - abraçou a irmã tentando acalmá-la.

*

Tereza não conseguiu alcançar o filho, a última vez que o viu ele já estava no carro pisando fundo acelerador.

Owen não via mais nada na frente dele, só precisava ficar a sós com a Barbara. Claire pegou o celular da irmã e ligou desesperadamente para Owen, rezando para ele atender. O loiro ignorou a chamada enquanto avançava os degraus até praticamente arrombar o quarto da prima com o pé.

Harry que já sabia pela mãe, correu até ele.

— Owen! Hey...

— Cala a boca sua vadia desgraçada. - O loiro ia avançar para cima dela, mas o irmão o deteve.

— Vai bater nela?

— Eu vou matar ela.

Owen disse com tanta convicção que Bárbara deu um passo para trás amedrontada. Aquele olhar de ódio a deixou magoada.

— Qual é? aquelazinha cai da escada... inventa uma história e você acredita?

— EU VOU TE COLOCAR NA CADEIA, TÁ ME OUVINDO SUA DESGRAÇADA!!!

O ex-marinheiro se desvencilha do irmão e coloca o dedo na cara dela.

— Por sorte não aconteceu nada com as duas, mas se tivesse acontecido, eu torceria esse pescoço seu até quebrar. Sem dó alguma.

A irmã do loiro aparece no quarto, também amedrontada como o irmão estava transtornado.

— Owen não pode te bater, mas eu posso... - Jessica correu e acertou um tapa na cara dela, a derrubando no chão. - Pode arrumar suas coisas, você não é bem-vinda aqui. Nunca mais. Ouviu, vadia?

Bárbara chorava cinicamente jogada no chão, negando todas as acusações. Até que um policial fardado entrou no local para o desespero dela.

*

Claire recebeu alta e exigiu para Karen e a Sogra para a levarem para casa. A irmã não a contrariou e logo chamou um táxi. Durante todo o caminho, Claire tentava ligar para o marido, mas sem sucesso. Foram os trinta minutos mais longos de sua vida.

Assim que se aproximaram da casa, avistaram uma viatura de Polícia. O que deixou a ruiva mais desesperada. Assim que o veículo parou, ela saiu correndo entrando no local.

— OWEN????? - gritou chamando o marido aflita.

— Claire, não pode correr assim! - A irmã a repreendeu a fazendo se sentar no sofá.

As cenas a seguir foram de Bárbara descendo as escadas algemada, com o olho esquerdo roxo e os cabelos desgrenhados e fora de lugar.

Claire sentiu um aperto no peito ao ver aquela cena. Era triste.

— O que aconteceu aqui? Pelo amor de Deus... Cadê o meu marido?

Owen surgiu pouco depois com cara de poucos amigos. Harry aproximou da cunhada e contou o ocorrido para que ela ficasse mais calma.

— Meu Deus... - olhou para o ex-marinheiro e correu em sua direção o abraçando com força chorando. - Amor... está tudo bem agora.

— Já teve alta? - Disse assustado. - O que está fazendo de pé? O médico disse repouso absoluto... - Ele tentou ignorar a camisa toda molhada pelas lágrimas da ruiva, a abraçando de volta.

— Tive sim... Não podia ficar deitada em uma situação como essa... eu quase infartei de preocupação amor... eu não queria causar nada disso na sua família. Me perdoa?

— Perdoar pelo que? A culpa disso tudo foi dela, Claire. Não fala assim. - a carregou para um pequeno quartinho em um corredor que dava para cozinha. Era pequeno, mas bastante aconchegante. - Vai ficar nessa cama nas próximas duas semanas. Sem birra, sem cara feia. É pelo bem de vocês duas. Estamos de acordo?

— Sim. - sorriu de canto. - Farei o que o médico mandou... - esticou a mão para que ele pegasse. - Deita aqui comigo... mas precisamos voltar para casa.

Owen se sentou ao lado dela, retirando os sapatos e deixando de lado.

— Vamos embora quando o médico liberar. Enquanto isso... você tem que descansar. Não dormiu nada.

— Mas e o parque? - se aconchegou em seus braços.

— Por isso eu digo que temos que treinar pessoas para ficarem lá. Quer que eu vá embora?

— Não! Quero você do meu lado sempre. - suspirou. - Depois pensamos nisso... agora eu só quero dormir nos seus braços...

— Está bem. - Owen a acariciava nos cabelos até ela dormir. Pretendia ir buscar lenha para a lareira, mas não sem antes ter certeza de que ela estava dormindo.

Claire estava exausta e com as carícias do marido, dormiu rapidamente. O dia tinha sido muito estressante.

*

Owen subiu a montanha com o irmão com dois machados e uma marmita e passou o resto do dia por lá.

Por volta das cinco da tarde, a senhora Grady levou uma bandeja com lanche para a nora.

— Filha?

— Oi... - sorriu sentando-se na cama. Estava chateada em passar o Natal ali no quarto sozinha. O restante dos familiares estava espelhados pela Fazenda. - Obrigada...

— Está tristinha minha querida? Eu sei que foi difícil para você. Não foi fácil para ninguém... acredite. - A senhora Grady sentou-se no colchão. - E minha Clarisse? Daqui a alguns meses a vovó vai estar mimando muito.

— Ela está ótima... vai sim. - segurou a mão da sogra e beijou. - Eu amo muito a senhora Grady, obrigada por tud... – de repente Claire sentiu algo estranho, diferente. E levou a mão até a barriga arqueando as sobrancelhas.

O sorriso da senhora se desmanchou na hora com aquela expressão dela.

— Meu Deus, o que foi agora? Ah meu Deus. De novo?

— Não... - sorriu a encarando. - Acho que ela está mexendo... - levou a mão da sogra até seu ventre. - Acho que a nossa bebê está se mexendo... - disse empolgada sorrindo largamente.

A mais velha ficou aliviada, mas ainda surpresa. Tocava a barriga dela, tentando sentir algo, mas em vão.

— Uma pena a vovó não poder senti-la ainda. Quem sabe no mês que vem? - Disse docemente para o ventre dela. - Clarisse? Vovó está aqui bebê. - Sorria com lágrimas nos olhos.

Claire ficou emocionada com a sogra, ela era incrível. Uma verdadeira mãe para ela.

— Vai sim, quando formos viajar em família, já vai poder sentir a nossa bebezinha mexer. - acariciou a mão da sogra sobre a sua barriga. - Ela vai amar muito a senhora. Assim como Owen e eu a amamos.

— Ah querida, você é uma filha pra mim sabia disso? Acho que o Owen não vai querer viajar depois desse acidente. Sabe como ele é extremamente protetor.

— Ele é sim... - sorriu. - Mas é só daqui a alguns meses, ele não vai se opor.

— Olha quem chegou... - Karen disse adentrando o cômodo empolgada. - Como está irmãzinha?

— Sozinha...

— Para de drama que estamos aqui com você... - a loira sorriu sentando ao seu lado.

— Estão aqui agora, antes estava aqui sozinha... - fez um bico. - Aaaaah você não sabe, a Clarisse mexeu... - disse empolgada.

— O que? É sério?

— Sim minha filha, pena que ainda não conseguimos sentir. - Tereza comentou.

Elas ficaram por um bom tempo conversando e rindo.

Ao sol se pôr, Owen, Harry e alguns primos chegaram da mata, sem camisa, bastante suados e imundos.

— Mãe! Estamos morrendo de fome! - Berrou o loiro do lado de fora colocando a lenha cortada adequadamente em um canto específico.

— Bom vou lá alimentar a minha cria... - a mais velha disse e Claire e Karen riram.

— Vai lá... até mais. - a sogra saiu.

Owen e o restante dos homens sentaram-se na mesa do lado de fora. Afinal a mãe proibiu todos de entrar dentro de sua preciosa cozinha sujos de terra.

*

— Então mana, pode me ajudar com o banho?

— Mais é claro... vai ser como quando éramos crianças. - Karen brincou e Claire revirou os olhos. - Vou encher a banheira...

— Okay. - por mais que o dia tenha sido extremamente tedioso e ela sabia que não ia aguentar muito tempo aquela situação. Estava feliz de ter sentido a filha mexer pela primeira vez, mesmo que só ela sentisse.

Karen ajudou a irmã ir lentamente até a banheira. Enquanto Claire relaxava e tomava um longo banho, a loira a fez companhia e conversaram com um bom tempo. Logo, a ruiva já estava novamente de camisola e deitada.

— Nossa Claire... você está toda roxa. - arqueou as sobrancelhas.

— Nem me fala... além de redonda, cheia de hematomas. - brincou. - Graças a Deus que foi só isso. - acariciava o ventre.

— Sim... - acariciou também. - Não vejo a hora de segurar a minha sobrinha.

O ex-marinheiro adentra o quarto imundo e sorri para as duas.

— Credo Owen, você está fedendo! - Karen tapou o nariz em desagrado.

— Obrigado, cunhada. Acabei de chegar na montanha, uma pena vocês não poderem ir. - Deu aquele sorriso de canto capaz de arrastar multidão de mulheres. - E essa ruiva, deu trabalho? Saiu da cama?

Claire o encarou com um sorriso.

— Não... até que ficou boazinha. - brincou e acabou levando um leve chute da irmã o que a fez rir. - Só saiu da cama quase agora para tomar banho, mas fique tranquilo que eu a ajudei. Agora... - levou passando por ele com o nariz tapado. - Vou deixar vocês sozinho, só tome um banho antes cunhado. Porque a minha irmã já está cheirosa... - piscou para os dois e saiu do quarto. Claire continuou o encarando.

Owen cerrou o olhar ao vê-la afastar-se sem entender muito.

— Cheirosa é? Hmm... - Aproximou-se dela.

— Nem pense em se aproximar... pode ir tomar um banho antes.

— Está me rejeitando, senhora Grady?

— Já que me deixou o dia inteiro sozinha LARGADA nesse quarto mofado... sim. - exagerou com um sorriso de canto. - Você está fedendo.

— Ah, qual é? Queria que eu te levasse nas costas? - As roupas do homem já estavam no chão, enquanto procurava uma cueca limpa na gaveta, nu.

Claire revirou os olhos para a grosseria do marido e preferia não responder. Pegou seu creme hidratante que estava no criado mudo ao lado, levantou a camisola deixando a barriga de fora e começou a espalhar cuidadosamente o produto, principalmente no local com o hematoma.

Owen entrou embaixo do chuveiro quente e ficou por ali um bom tempo, até sair do pequeno banheiro de cueca e barba feita.

— Deixa eu ver esses hematomas...

— Só se me der um beijo antes... - fechou os olhos fazendo um biquinho.

— Ah, agora não vai me rejeitar? - Brincou, começando a fazer cócegas nela.

— Não amor... cócegas não... - gargalhava e se contorcia. - EU VOU TE MORDER, GRADY... - gritou tentando desviar das mãos do amado.

Owen roubou um beijo dela em meio aos protestos, a puxando para o colo. Logo após, beijou-lhe a barriga.

— Vamos passar pomada nessas roxos... tem um bem na sua testa...

— Eu estou horrorosa... - sorriu o dando um selinho demorado. - Tenho uma coisa para te contar... - pausou suspirando. - Nossa filha mexeu, eu senti... - sorriu largamente para o marido.

— Mexeu? Como assim mexeu? Ah meu Deus... ela quer sair.... ela se machucou Claire!!! Ah meu Deus...

— Amor... se acalma... - começou a rir e o beijou mais uma vez. - Já estamos com quatro meses, eu vou começar a senti-la dentro de mim... você só vai sentir daqui uns meses, quando ela crescer mais. - explicou.

— Tem certeza? Dá para ouvir ela chorar? - Coloca o ouvido da barriga da esposa.

Claire o encarou com um sorriso bobo, afagando os cabelos loiros.

— Eu juro que esperava essa a pergunta dos gêmeos... claro que não né, amor.

— Será que ela chora? - Owen parecia um idiota com aquelas perguntas, mas era bastante curioso. Ele pegou uma pomada na prateleira e começa a passar em cada roxo do corpo dela.

Claire o encara encantada, Owen era um homem e tanto. Mas disso ela já tinha certeza.

— Não amor... só quando nascer. Quando quiser dormir e ela não deixar, vai poder desfrutar do choro dela... - sorriu alisando o ombro dele.

— Eu por que motivo eu desfrutaria do choro da minha filha? Eu pareço um psicopata? - Brincou se levantando e colocando uma calça.

— Por que colocou a calça? Gosto de você sem ela...

— Quer que eu saia do quarto sem as calças?

— Ah... - deitou com o celular na mão voltando a ler sobre gestação com um longo suspiro.

— Vamos amor, precisa sair um pouco desse quarto. Eu te levo para ver TV.

— Acho melhor eu ficar aqui... Não estou com ânimo para me vestir...

— Vai ficar doente se ficar só no quarto...

— Amanhã vou para a sala, pode ir lá... pede para Karen vir por favor...

Owen maneou a cabeça negativamente e subiu na cama ao lado dela.

— O que está lendo?

— Um livro sobre gestação, tem muitas coisas bem interessantes... pode ir lá, Owen... vai aproveitar a sua família, te garanto que não vou sair daqui.

— Mas eu estou aproveitando minha família... - A abraçou por trás olhando curiosamente por cima do ombro da esposa.

Claire sorriu repousando a cabeça no ombro dele.

— Te amo... - suspirou e continuou a ler. A parte que mais lhe interessou: o aumento da libido na gravidez. - Olha isso amor... como vou ficar sem sexo por duas semanas?

— Vai subir pelas paredes, já estou prevendo... - Morde o pescocinho branco dela. - Grady ama você muito mais do que imagina...

Ela sentiu o corpo estremecer e aquele delicioso incômodo em sua intimidade.

— Ama é?... - sorriu feliz sentindo seu rosto corar. - Acho melhor evitamos tantos contatos físicos, seus toques tem poder sobre mim...

— Tudo bem. - Owen afastou um pouco ainda olhando o que ela tanto lia.

— Amor descobri um livro ótimo chamado "pais de primeira viagem", acho que seria legal se lêssemos juntos... vem cá... deve estar cansado... - o puxou para deitar no travesseiro em suas pernas. - Quer um carinho?

— Você lê e eu faço carinho em você. Que tal?

— Eu aceito... - abaixou tocando seus lábios nos dele. - Sou viciada em você... - afagava a barba do loiro.

— Mesmo? - Abraça a ruiva pela cintura.

— Sim... sou tão feliz ao seu lado. Acho que se não tivesse me pedido em casamento, eu teria feito isso. - sorriu. - Depois que te conheci, me tornei mais feliz e agora que vamos ter uma filha juntos... eu sou completa.

— Quero ver daqui 5 anos se ainda não vai ter enjoado desse marinheiro...

— Vamos fazer bodas de ouro... de prata... eu jamais irei me enjoar do homem da minha vida. A não ser que seja ao contrário e você se canse de mim. Eu sou muito chata.

— Ah, duvido sabe... - Mordeu o lábio inferior a olhando com desejo, sem conseguir disfarçar. - Está cada dia mais gostosa...

— Você acha mesmo?... - selou seus lábios nos dele. E foi deitando o puxando para deitar junto a ela. - Queria tanto te ter junto a mim... do jeito que você faz muito bem...

— Eu faço se prometer que não vai se esforçar demais...

— Prometo! - sorri de orelha a orelha. - Você comanda, fico bem quietinha.

— Ah é? - Owen toca a coxa dela por baixo do tecido da camisola. Ela havia passado por tanto estresse nas últimas horas, que temia que isso afetasse o bebê. Então iria relaxá-la. Owen descia os beijos por seu pescoço, deixando-o vermelho e molhado. Agora sua boca já se encontra no colo dela, beijando-a sensualmente enquanto sua mão encontrava o seio, por baixo da camisola. Cuidadosamente, ele mordeu o queixo da esposa, começando a tirar a roupa dela.

Claire deixou ser levada erguendo os braços para a retirada da camisola, arfava com os beijos de Owen. Ela precisava daquilo, precisava relaxar fazendo amor com ele.

— Isso amor... você é tão bom... tão gostoso. Quero te sentir em mim... - Queria tanto prendê-lo com as pernas e se amarem no ritmo que só eles sabiam, mas pouparia os esforços.

Owen jogou aquela peça longe e voltou a colar seus corpos, fazendo a esposa gemer ao sentir seus seios em contato com o peitoral dele.

Ele se ajeitou entre as pernas dela e voltou a beijá-la na boca, novamente descendo os lábios pelo corpo da amada. Ao encontrar o seio, ele passou a língua em seu mamilo, fazendo-a arquear um pouco a cabeça para trás e gemer baixo. O loiro sorriu e começou a lamber todo o seio, fazendo-a agarrar os cabelos loiros e continuar gemendo. Enquanto acariciava um com a boca, acariciava o outro com a mão, apertando-o e massageando-o. Owen usava a palma da mão e os dedos para brincar com o mamilo dela. Ele trocou de seio e mordeu-lhe o mamilo, arrancando dela um gemido manhoso.

Após continuar com caricias nos seios, ele desceu a boca e começou a beijá-la no ventre, fazendo-a encolher um pouco a barriga devido os arrepios que sentia. Ainda beijando-lhe o local, ele desce a calcinha, a fazendo levantar um pouco o quadril para passar aquela peça por seu bumbum.

O corpo dela pulsava, o coração acelerado e a respiração ofegante. Claire sentia a sua intimidade latejando conforme Owen ia se aproximando, ela desejava fazer loucuras com ele naquele momento. Mas precisava se conter, precisava pensar no bem-estar da filha. E não seria difícil ser guiada por Owen, na maioria das vezes ele que conduzia o ato.

Em cada movimento do marido ela acompanhava com o olhar, ele era amoroso e cuidadoso o que a fez sorrir ainda mais. Assim que sua calcinha foi retirada, automaticamente Claire abriu ao máximo as pernas, dando ao marido a visão de toda a sua intimidade excitada por ele.

Já com a calcinha dela em suas mãos, ele jogou a peça longe e voltou a passar as mãos nas pernas dela. Vendo que a ruiva mordera o lábio inferior com aquele toque, ele deu um beijo de língua na feminilidade, fazendo-a cerrar os olhos e gemer alto, arqueando a cabeça para trás e acariciando os cabelos dele. Ele fazia movimentos sensuais dentro dela, fazendo-a ver estrelas. Em certas partes, ele pressionava a língua conforme ela gemia.

— Ôh céus amor... - murmurou gemendo, a excitação triplicou com a língua maravilhosa de Owen brincando e chupando-a, nas partes sensíveis. Sutilmente e sem fazer esforço, a ruiva começou a mexer o quadril ansiando por mais. Seus delicados dedos entrelaçados nos cabelos macios de Owen, os puxava sensualmente incentivando a continuar com a boca ali.

Owen aprofundou o ato com a língua, ora chupando, ora lambendo ou sugando o sulco de sua excitação como um lobo faminto. Ele contornou toda a região, vez ou outra depositando cálidos beijos na carne que mais pulsava por ele. Quando ela tremeu, Owen agarrou firme as coxas dela para que não se mexesse demais e penetrou-a com a língua quente até o máximo que podia.

— Ôh.... Owen... - gemia e se contorcia, sentir a língua macia do loiro dentro de si, era um prazer inexplicável. Era uma excitação única, Owen era maravilhoso até no ato oral, era incrível e insano. - Isso... - sentiu uma onda de prazer percorrer todo seu corpo e gozou enquanto gritava o nome do marido.

Sem dúvidas Owen adorava ver as reações do corpo da esposa aos seus toques, como ela se entregava a ele, como gemia só para ele. Estava mais duro do que pedra.

— Caralho... - Resmunga excitado sentindo o membro se incomodar.

Owen ergueu-se e a visão que teve da esposa grávida nua de pernas abertas e totalmente exposta foi demais para sua sanidade. O membro ereto estava apontando para ela, tocando a barriga da ruiva. Então passou um dedo por toda a extensão úmida dela, arrancando um gemido choroso de Claire.

— Owen... Por favor... Não me torture assim... - murmurou se contorcendo. Sua vontade era de agarrá-lo intensamente, mas teve que se controlar. Ele estava no comando, ela não podia fazer esforços. Fechou os olhos apreciando os toques sensuais do marido.

Owen forçou o membro captando toda a reação da ruiva. Os gemidos roucos entraram pelos ouvidos do loiro, e ele amou os sons. As costas largas se moveram em uma lenta estocada e o loiro pode notar que ainda sol se punha atrás de si. A luz alaranjada tocava a pele pálida de Claire, referindo-se nas gotículas de suor aparecendo. Owen suspirou e nunca achou ter visto algo tão bonito assim.

A ruiva observou o sorriso singelo de Owen, era encantador e mesmo sem saber o motivo, suspirou apaixonada. O segurou gentilmente pela nuca e o puxou para um beijo, calmo e intenso ao mesmo tempo. Claire percebeu o quanto o marido estava sendo gentil nas estocadas, cuidadoso. Ela explorava cada canto de sua boca deliciosa, o abraçou com as pernas se movendo suavemente.

As faces se mexiam com veemência à medida que o beijo se intensificava. Moveu o quadril, querendo sentir toda sua cavidade macia recebê-lo tão bem, arrancando um gemido de deleite da esposa.

Claire afastou o rosto para gemer quando Owen passou a beijar seu pescoço.

— Já está no limite? - O desejo e a malícia eram palpável. Owen retirou as pernas dela ao redor do quadril dele e trocou de posição saindo de cima dela e ficando de joelhos entre suas pernas abertas. O loiro segurou com mais força a coxa pálida enquanto afundava-se em seus meios apertados.

— Sim... Mais rápido... - podia senti-lo dentro de si, tão grande e duro. As mãos grandes do marido a apertando com tanta intensidade a deixava mais excitada. Claire começou a sentir o orgasmo se formar de forma insana. Arqueou um pouco a coluna segurando os lençóis da cama, não aguentaria por muito tempo.

Owen sabia que ela estava chegando lá quando sentiu suas paredes o apertarem. Segurando o quadril por inteiro, para voltar a se afundar com força dobrada. Claire gemia alto e a cada estocada o marido tinha certeza de que alguém da casa os ouviria. O homem gemia roucamente, não escondendo o prazer imenso que sentia. O último movimento foi certeiro, Owen só se moveu mais três vezes liberando sua semente dentro da ruiva. A cabeça pendeu para trás.

Claire chegou ao ápice junto a ele, foi tão intenso que não pode segurar um grito de satisfação. No mesmo instante lembrou-se de onde estava e que não estavam sozinhos na casa. Levou as mãos até a boca ficando imediatamente corada.

— Não acredito que fiz isso... -passou as mãos no rosto. Estava muito envergonhada, só de imaginar que alguém possa ter escutado.

— Ah, pára com isso. Olha o tamanho dessa barriga, todo mundo sabe que a gente transa. - Gracejou deslizando-se para fora dela observando com atenção o sexo dela inchado e vermelho.

Claire o observou e sorriu de canto com aqueles olhares.

— Mas eles não precisam saber a hora que transamos né... Deita aqui amor... - o puxou para que ele se deitasse ao seu lado. - Olha... Estou bem relaxada agora, depois de ficar o dia todo presa aqui...

Owen fechou as pernas da esposa e tratou de notar cada hematoma na pele dela com atenção. Esperava vê-los menos nítidos no dia seguinte.

— Que tal sairmos um pouco... daqui a pouco tem o jantar. - A destra já estava lhe acariciando a barriga saliente e redonda. - Deixou minha Clarisse sem comida aqui nesse quarto, é?

— E você acha que a sua mãe e a Karen iriam deixar isso acontecer? - brincou. - Não se preocupe... Elas cuidaram muito bem de nós duas... Não é mesmo princesa? - também levou a mão até a barriga. - Eu aceito sair um pouco, amor... Não aguento mais ficar aqui.

Após ambos recuperarem o fôlego e disfarçar a cara de que haviam transado intensamente aquele início de noite, foram para a sala de estar ver televisão.


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Notas finais do capítulo

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