Os Irmãos Park escrita por André Tornado


Capítulo 27
Fim de semestre




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O fim do semestre chegou mais depressa do que estavam à espera.

De repente, já tinham metade do primeiro ano do secundário passado e havia que prestar provas. Apresentar trabalhos perante a plateia das respetivas turmas e fazer os exames a todas as disciplinas.

Brad, por estudar na área das ciências, era o mais ocupado. Tinha muitos testes e era obrigatório terminar o seu projeto de química. O professor estava a pedir resultados com uma exigência quase descabida, a irritar-se com os mais atrasados, a carregar naqueles que tinha escolhido como os seus preferidos. Naquela fase, parecia que nada estava bem e Brad ressentia-se. Ele funcionava melhor com palmadinhas nas costas do que com chicotadas no lombo. No entanto, acatava tudo sem um queixume. Estudava pela noite dentro, na véspera dos exames, resolvia o enunciado da prova antes do tempo, ficava a ajudar os seus colegas passando-lhes as respostas e ganhava mais alguns amigos fiéis. Não se esgotava, mas por vezes sentia-se drenado. Quando se fartava, transformava-se em morcego e voava por cima dos telhados da cidade noturna, passando pelos bairros e pelas casas dos outros alunos da sua turma para conferir se estavam a estudar ou não. Espantava-se com alguns que efetivamente se dedicavam aos livros e ficava estupefacto por ver que a maioria não ligava nenhuma às suas obrigações. Jogavam jogos eletrónicos, viam televisão, ouviam música, perdiam-se nas redes sociais, namoravam. Quando regressava a casa, vinha arrasado, doente e mole. A seguir, resmungava contra a sua curiosidade e a sua boa índole, que o fazia tão crédulo das pessoas, em geral. Ele iria continuar a ajudá-las, mesmo sabendo que não mereciam o seu esforço. E estudava muito. Por ele e pelos outros.

Mike também sofria. Precisava de apresentar um trabalho que envolvia desenho e programação informática relacionado com o protótipo de um videojogo, e passava os serões na escola, até ao fecho das salas de computadores, a orientar o grupo do qual fazia parte. Era ele e mais dois rapazes que se juntaram a ele para conseguirem safar-se à disciplina. Eram maus alunos, preguiçosos e desatentos, fizeram parte da ala mais jovem do bando do Johnny e tinham ainda a fama de ambicionarem candidatar-se ao lugar deixado vazio pelo valentão. Mas também queriam passar de ano e sossegar os ânimos em casa – os pais deviam estar preocupados com o seu rendimento escolar –, e para aquele trabalho que iria decidir a nota final da disciplina juntaram-se a Mike. Bajularam-no até à náusea para que ele os aceitasse no seu grupo. Não chegaram a implorar porque Mike não deixou, cansado dos seus argumentos. Estava bem ciente de quem eram eles, de como no início das aulas andaram a fornecer informações ao Johnny sobre os seus passos, mas como eram águas passadas, o Johnny já não era nenhum problema e o rancor era inútil no caso de um vampiro que já tinha lastro emocional suficiente por causa da sua imortalidade, Mike aceitou-os. Com uma condição, porém. Ele seria o chefe do grupo. Ele liderava. Em caso de disputa, a sua palavra seria a definitiva. O par não se opôs. De resto, não podia contestar nada. O pior foi que Mike teve de fazer o trabalho todo, por ele e pelos outros dois. Ele tinha capacidade para isso, claro, mas acabava por lhe consumir muito tempo.

Rob mantinha-se calado, a suportar as suas agruras naquele silêncio típico dos feiticeiros angustiados. Os seus exames eram, na sua maioria, físicos e exigiam que estivesse concentrado, bem nutrido e forte. Ele não devia ter problemas com isso, já que podia controlar o seu físico como quisesse, utilizá-lo com todas as suas capacidades únicas e atingir todos os objetivos que lhe eram propostos. Mas, por vezes, tropeçava dentro dos limites que impunha para que a sua excecionalidade passasse despercebida. Na ânsia de parecer e de agir normal, cometia erros infantis e embaraçosos. Naquele período de avaliação, não raras vezes recebeu gritos e advertências dos seus professores e treinadores, que juravam que não o estavam a reconhecer. Acanhado, Rob prometia esforçar-se mais. E depois passava para o outro extremo. Fazia tudo tão bem e com uma técnica tão irrepreensível, que deixava toda a gente admirada. Choviam sobre si os adjetivos mais exagerados, queriam propô-lo de imediato para uma universidade para estudar aí com uma bolsa de estudo desportiva, iriam chamar os caça-talentos de vários clubes profissionais de futebol, tencionavam apresentar-lhe um contrato válido para jogar à experiência no campeonato estadual e toda uma série de impossibilidades que o faziam fugir do excesso de atenção e de euforia. No dia seguinte, voltava a ser o Rob pachorrento e recatado, o adolescente de quinze anos que só queria sobreviver aos exames e completar o semestre.

Assim, cada um dos irmãos Park passava à sua maneira aquele momento. Compreenderam que o Instituto era muito exigente com os seus alunos, que queria apresentar notas muito boas e médias de classificações impressionantes para poder utilizar essa informação nas suas campanhas publicitárias que angariavam novos alunos, que recrutavam os melhores professores do país, que conseguiam grandes patrocínios que continuavam a proporcionar um ensino recomendado e de excelência.

No meio deste vendaval, os irmãos Park mantinham o seu bom aspeto, a sua atitude positiva e uma energia invejável. A provação dos exames do final do semestre era como se não os atingisse e havia comentários curiosos sobre a forma como eles se estavam a comportar. Havia até quem fizesse comparações entre as notas obtidas pelos irmãos e as notas dos melhores alunos, para medir o grau de empenho e de sacrifício de uns e de outros.

— Não achas que devíamos aparecer com umas olheiras maiores? – sugeriu Brad.

Ele observava atentamente as caras pisadas dos estudantes que se reuniam no pátio naquele dia invernoso invulgarmente calmo. O céu estava azul, sem uma nuvem, o vento tinha acalmado e um sol persistente ajudara a temperatura a subir alguns graus.

— Não consigo parecer mais cansado do que isto – disse Mike, distraído.

— E eu já simulei algumas nódoas roxas nas pernas, como se tivesse estado a treinar futebol sem parar – disse Rob, igualmente desatento, a recolher em si o calor imprevisto da manhã. – Só serviu para ir visitar a enfermaria e receber uma advertência do massagista, acompanhada de uma receita de pomadas que não fui comprar à farmácia.

— Olhem só para os nossos colegas…

— O que é que eles têm, Brad? – zangou-se Mike. – Tu já sabes que nem todas essas olheiras se devem à aplicação no estudo. Para quê essa preocupação agora? Nós estamos muito bem assim. Ainda ninguém nos veio perguntar se temos andado a fugir aos nossos compromissos.

— Mas houve quem insinuasse…

— Insinuações! Estamos habituados a falatório nas nossas costas. Que nunca chegam bem a ser, efetivamente, nas nossas costas porque conseguimos escutar tudo o que falam.

— Também os tens ouvido.

O rosto de Mike tornou-se inexpressivo, liso como cera.

— Tenho, Brad – admitiu, enfastiado. – E não acho que nos devamos preocupar. É a típica inveja de quem queria ser como nós, naquela fantasia romântica, alimentada por livros, filmes e outras historietas, de que as criaturas sobrenaturais serão mais felizes por serem imortais, invencíveis, poderosas…

— Eles não sabem o que nós somos.

— Precisamente por não saberem é que inventam explicações descabidas e desproporcionadas. Se existe algum fenómeno que os baralha, põem-se com conjeturas, hipóteses e teorias. Tudo muito normal.

— E não te incomoda…

— Os boatos nunca me incomodaram, desde que se mantenham inofensivos. Daqui a uma semana, os exames terminaram e já ninguém se vai lembrar de nada disto, quem estava bem ou mal, quem teve uma nota positiva ou negativa, quem parecia ser aplicado e quem não perdeu um minuto do seu sono para ter bons resultados. Só vão pensar no tal baile de Natal.

Brad concordou com um aceno fatigado.

— Ah, pois. Tens razão! O baile de Natal passou para segunda prioridade por causa dos exames. Era mais divertido tratar da organização da festa do que estudar, fazer os testes e apresentar trabalhos.

— Vais ter tempo para tudo.

— Eu tenho todo o tempo do mundo. O problema é que os meus amigos não têm e eu acabo por andar a reboque deles. Estou aqui à espera que eles voltem a ter tempo. – Fez uma pequena pausa para tomar balanço e perguntar: – Gostaste de receber o convite para ir ao baile?

O rosto de Mike não se alterou. Manteve-se vazio e hirto.

— Aceitei ir ao baile por uma questão de educação.

Brad não gostou da resposta. Mexeu as mãos.

— Ora, ora, Mike Park. Não me venhas com essa! – desdenhou. – Não vais ao baile só por uma questão de educação. Se fosse outra miúda a convidar-te, não terias dito que sim tão depressa.

— Sem comentários.

— Não queres falar connosco sobre isso. Tudo bem. Respeito a tua decisão. Mas acho estúpido, sabes? Somos os teus irmãos! Podemos contar tudo uns aos outros! Ou deixou de ser assim? Sempre que tivemos namoradas, nunca escondemos o que acontecia. Até as partes mais… indecentes.

— Dispenso essa partilha de informação.

— Oh! Isso pode chamar-se amor, Mike. Estás apaixonado? Pela primeira vez na tua vida… estás apaixonado! – constatou, fazendo um sorriso maroto.

Rob deu um puxão ao braço de Brad.

— O que foi? Estás a defender a honra do Mike? Não sabia que tinhas essa inclinação.

— Por falar na Anna… – murmurou o feiticeiro.

Brad olhou por cima do ombro e viu-a aproximar-se deles. Mostrava a sua habitual postura encolhida, aquela timidez de quem não aprecia o convívio com os outros, que se força a incluir no grupo para não ser mais diferente do que já é, mas caminhava com decisão, com uma certeza serena de que o seu destino se ligava a dois vampiros e a um feiticeiro, não aos amigos que, entretanto, fizera, desfizera e que ainda mantinha. Brad percebeu-lhe a curiosidade, o arrojo, e receou que a escolha a empurrasse para um abismo. Contudo, nada, nem mesmo ele, Mike ou Rob, a conseguiriam afastar, naquele preciso momento em que ela já tinha escolhido. Convidar o Mike para o baile de Natal fora apenas um primeiro passo.

— Hum… queres falar com ela a sós…não é, Mike?

— Vocês podem ficar e ouvir o que a Anna tem para nos dizer.

Brad negou.

— Não, Mike. A Anna não tem nada para nos dizer. Ela só quer falar contigo.

— Como é que sabes?

— Não sei. É um palpite… Mas acredito que é um palpite certeiro. Tenho de ir jogar na lotaria. Estou com bons pressentimentos. Acho que é o universo a falar comigo.

— Estás a ser idiota, sabias?

— Sabia! Mas não sou eu que estou apaixonado.

— Continuas a ser um idiota! – rosnou Mike.

Rob piscou o olho à Anna. Sem largar o braço de Brad, levou-o consigo e os dois entraram no edifício lado a lado, a falarem muito animados. Faltavam ainda cinco minutos até ao toque que assinalaria o fim do intervalo e Mike considerou que seria um tempo razoável para uma pequena conversa. Ele estava enganado. Aquela conversa seria, de todas, a menos insignificante que alguma vez teria com a Anna…

O cheiro dela atingiu-o numa onda de prazer que lhe entrou por todos os poros da pele, preenchendo-lhe cada célula, lembrando-lhe fugazmente a sensação de estar vivo, de sentir, de respirar, de… gostar. Fechou os olhos num reflexo, a sua boca distendeu-se num sorriso deleitado.

— Olá, Mike.

— Olá.

— Espero que não te importes por eu ter vindo até aqui.

— Não me importo. És sempre… bem-vinda.

— Eh, ainda bem. Já passei a ser bem-vinda. Porque é que os teus irmãos se foram embora? Podiam ficar…

— Foi o Brad que achou que só querias falar comigo.

— Num sentido mais geral, não. Não queria falar só contigo. Mas provavelmente, num sentido mais restrito… talvez, inconscientemente, só quero falar contigo. Porque tenho mais à vontade…

A Anna corou. As rodelas vermelhas que lhe pintaram as faces foram adoráveis e Mike desviou o olhar para não ceder à tentação de ronronar, de lhe envolver a cintura com um braço, de lhe aspirar o pescoço, de arrepiá-la ao fazer passar devagar os seus dentes afiados pela pele, de…

— Mike?

Ele despertou do mundo dos sonhos.

— Desculpa, o que dizias?

— Eu queria saber como é que é… – murmurou. Baixou as pestanas, as suas mãos torciam-se uma na outra.

— Como é que é o quê?

— Seres quem és. Seres o que és… Tenho alguma dificuldade em encontrar a maneira mais correta de dizê-lo.

A curiosidade dela foi como um beliscão doloroso. Deixou de fingir que estava a respirar. Endireitou-se, voltou à expressão lívida e pétrea, algo malévola, que antes já tinha utilizado com o irmão Brad.

— Anna, não me devias perguntar isso.

— Porquê? – Ela continuava cabisbaixa. – Tu sabes que eu sei a verdade. É estúpido e inútil mantermos uma farsa só para parecermos civilizados.

— Não é uma farsa. É um mecanismo de defesa.

— És perigoso?

— Já fui… Agora consigo moderar os meus instintos com muita facilidade. Nem me apercebo que o faço.

— Bebes sangue?

— Bebo. É o meu único alimento. Não é sangue humano, desabituei-me. É semelhante a um vegetariano que deixou de comer carne. É possível comê-la, mas já não é um sabor que lhe agrade.

— Só existes tu e os teus irmãos?

— Se somos os únicos vampiros? Não, existem mais, espalhados pelo país e pelo mundo. Também existem feiticeiros, lobisomens, bruxas, criaturas sobrenaturais de toda a sorte. Sempre existiram, desde o início dos tempos, desde a alvorada da humanidade. Um ramo à parte da evolução humana. Foi assim que me ensinaram e eu acredito.

Ela encarou-o com uns olhos aguados e ávidos.

— Posso tornar-me como tu?

Ele hesitou.

— Queres ser igual a mim? Queres… deixar de viver?

Falavam por sussurros.

— Quero ser igual a ti – admitiu ela, agarrando apenas na parte boa da dúvida dele.

— Não, Anna. Nunca! Não farei a tua conversão, nem patrocinarei nada semelhante. Jamais te daria este pesadelo horrível, eterno e persistente. 

— Dizes que é um pesadelo. Para mim, parece-me a minha melhor oportunidade para ser diferente e fugir deste mundo que me abafa constantemente.

— Não sabes o que estás a pedir! – insurgiu-se Mike, de olhos avermelhados, de hálito cavernoso. Debruçou-se sobre ela, que se encolheu. Cruzou os braços que pressionou contra o corpo e ficou ainda mais pequena e vulnerável. Ele confessou num rosnado: – Antes peço-te para que me salves. Tu podes salvar-me.

— Salvar-te… – gaguejou ela, admirada.

— Vai-te embora, por favor.

— Posso regressar? – pediu, arquejando.

— Queres regressar, mesmo depois do que te disse?

— Sim, quero. Quero muito. O convite para o baile de Natal continua de pé.

A Anna deixou o pátio numa corrida. Subiu ao terceiro piso. Quando aí chegou estava sem fôlego e suada. A campainha soou, estridente, por cima da sua cabeça. Sobressaltou-se. Correu mais um pouco e alcançou o Brad, antes de ele entrar para a sua sala de aula. Fez-lhe um sinal, ele seguiu-a até aos cacifos.

— O que foi? Aconteceu alguma coisa? O Mike foi incorreto contigo? – perguntou o vampiro, preocupado.

A Anna abanou a cabeça. Inspirou profundamente para acalmar a respiração irregular. Explicou:

— O Mike disse-me que eu posso salvá-lo. O que é que isso significa?

Brad não respondeu imediatamente.

— O que é que significa? – tornou ela e tocou-lhe no braço, como se o gesto o pudesse despertar.

— Não podemos falar aqui. É um assunto um pouco delicado… Além disso, temos de ir para as aulas e daqui a nada o senhor Eastman vai aparecer para pôr ordem nos corredores. Escuta, Anna… Queres ir à minha casa? Quero dizer, à nossa casa? É um bom lugar para conversarmos sobre o que queres saber.

— O Mike vai estar lá? – perguntou, preocupada.

— Pode não estar. Nem sempre estamos os três em casa.

— Bem, podia tentar ir falar com o Rob… mas ele não é igual a vocês, certo?

— Sim. Certo. O Rob é um feiticeiro. Lida com magia. Ele também sabe os mecanismos, mas se quiseres ouvi-los da boca de um vamp… da minha boca, não me importo de te explicar. O Mike é sempre mais relutante em revelar os nossos segredos.

— Está bem. Eu vou à vossa casa.

Brad retirou a mochila do ombro. Abriu-a e retirou de lá de dentro um caderno de argolas. Rasgou a última folha. Catou uma esferográfica, daquelas perdidas no fundo da mochila, e começou a escrever. A Anna riu-se.

— Um bilhetinho manuscrito? Mas que clássico… Porque é que não me dizes a morada? Insiro-a na minha aplicação de mapas, no telemóvel. Fico com a localização marcada e a sugestão do melhor percurso até lá.

Brad estendeu-lhe a folha dobrada em quatro.

— Não quero que tenhas a nossa localização no teu telemóvel. Podia ser… arriscado. Num bilhetinho à antiga é mais seguro, porque podes rasgá-lo depois de o usar. Quando é que queres passar lá em casa?

— Pode ser amanhã, ao fim do dia?

— Pode. Queres que o Mike esteja connosco?

— Hum… Provavelmente, é melhor não.

— Eu arranjo uma maneira de o ocupar com qualquer coisa que o mantenha afastado. Fica descansada. O Mike não vai estar em casa quando lá fores.

— Obrigada, Brad.

Ela voltou a correr, para poder ir para o segundo piso e para a sua aula de economia empresarial antes do segundo toque e antes da patrulha do senhor Eastman. Entrou na sala atrasada, esbaforida, despenteada e afogueada, sem a sua mochila que não teve tempo de ir buscar ao cacifo. Uma amiga emprestou-lhe um caderno e um lápis. Esteve sempre distraída, a relembrar a conversa que tivera com os dois irmãos. Apanhou uma reprimenda da professora, mas era normal a mulher embirrar com ela e ninguém a achou mais estranha do que o habitual.

Pensava em como seria ir à casa do Mike. À casa de um vampiro. Deixava-a apreensiva, mas também excitada e ansiosa.

No entanto, a Anna nunca chegou a aparecer.


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