Eu no seu lugar escrita por annaoneannatwo


Capítulo 6
Regra nova: Confiar um no outro




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Que diabos ela pensa que tá fazendo?
Ochako ainda segura o saco de lixo que terminou de recolher, mas não tem como ela levar pra fora, não sem atrapalhar a cena se desenrolando a alguns metros dali, na entrada dos dormitórios.
Talvez o certo fosse ter agido exatamente como o Bakugou agiria, não dando a mínima pro que tá acontecendo, e levado o lixo pra fora fazendo muito alarde, berrando pro “Pikachu” e o “Cabelo de Merda” irem arranjar o que fazer.
Mas ela já gastou a cota de fingir ser Bakugou por hoje, então quando ouviu barulho de gente conversando e percebeu que eram o Kirishima e o Kaminari, Ochako pulou pra trás e se escondeu atrás de um dos pilares da entrada. Ela não tem ideia do porquê ter feito isso, mas por instinto, pareceu-lhe a melhor opção no momento. Primeiro porque ela achou que os dois falando tão baixinho e longe dos dormitórios só poderia ser sobre como o Bakugou tem agido estranho ultimamente, como se ele fosse outra pessoa —  sim, ela tá um pouco paranoica. Segundo que, quando Ochako ficou bem quietinha, percebeu que eles não tavam falando sobre o Bakugou… na verdade, eles mal tavam falando… e seria muita babaquice dela interrompê-los.
Ela não gosta de fofoca, mas na semana passada, quando ainda tava em seu próprio corpo, Ochako ouviu a Kyouka e a Mina comentando no vestiário feminino: Kirishima e Kaminari tão ficando, e não é de hoje. E mesmo se já não soubesse disso, ela já imaginou pelo jeito que o Kirishima ficou sem-graça quando o Kaminari disse que ele era bonitinho ontem antes da aula… ahhh, que fofinho!
Mas isso não é de interesse do Bakugou, muito menos dela, então não tem motivo pra ficar aqui bisbilhotando, certo? Bom, sim. Mas...
—  Já contou pro Bakubro?
—  Ainda não, mas acho que ele já se ligou, ele não é burro, né?
—  Hum, cê acha que é por isso que ele tá estranho esses dias?
—  Nem, deve ser por causa daquela missão lá, ele ainda deve tá remoendo que a Uraraka tentou ajudar ele, cê sabe como ele é.
Será mesmo? Será que ele é tão orgulhoso assim a ponto de ficar bravo por ter alguém tentando ajudá-lo? Não é possível… Bakugou é sim, orgulhoso, mas ele melhorou muito desde o primeiro ano e já se mostrou capaz de trabalhar em grupo. Isso significa que ele deveria confiar em uma parceira de equipe protegendo sua retaguarda quando necessário.
Mesmo que isso tenha feito os dois trocarem de corpo. Tsk, se ele tá bravo, é por causa disso, não é? Ela até gostaria de dar uma bronca nele por pensar assim, mas… considerando o resultado da missão, talvez o Bakugou tenha razão…
Ochako tem evitado esse pensamento porque ultimamente tem muita coisa pra se lidar, mas não tem como ela escapar desse sentimento por muito tempo, tem? A impressão de que, por melhor que seja sua intenção de salvar, no fim, ela acaba tornando a situação pior… foi assim com o Sir Nighteye, não foi?
—  Então você não vai contar pra ele.
—  Eu vou, cara, só que não agora… —  Kirishima parece bufar em frustração —  A gente vai brigar sobre isso de novo? Porque se sim, melhor deixar quieto o negócio de eu ir almoçar na tua casa domingo.

—  Ué, sei lá, você que fica com medinho de contar pra ele, sei lá o porquê.
—  Ah, cê sabe que ele é difícil, ele finge que não liga, mas quando descobrir que a gente tá saindo, não vai reagir bem.
—  Ele não reage bem a nada mesmo. —   os dois dão uma risadinha sem-graça —  Sério agora, Kiri, e daí se ele achar ruim?
—  Não, eu sei que ele não vai achar ruim, ele só… vai estranhar e achar que eu não vou mais querer treinar com ele pra treinar contigo… vai achar que a gente tá largando ele. Por mais que o Bakugou finja que não, ele é bem ciumento com os amigos dele.
—  Tá, mas isso daí é problema dele, né?
—  Ah é? Fala isso pra ele, então.
—  E-eu? Tá louco, você que é o melhor amigo dele, você fala.
—  Eu podia falar a mesma coisa pra você, tá vendo?
Ochako pode admitir que essa conversa é muito interessante, e ela tá curiosa, mas é melhor dar no pé antes que eles percebam que o assunto deles tá aqui (não ele exatamente, mas… o corpo dele, pelo menos). O lixo vai ter que esperar, ela não pode ficar aqui.
Entrando no elevador, Ochako continua a pensar no que ouviu. Os dois formam um casal tão bonitinho e divertido, e o negócio deve ser sério se eles já tão conhecendo a família um do outro… não é só um boato, mas dá pra entender porque parece um já que eles não dão muito na cara na frente de todo mundo… e agora ela sabe o porquê: Bakugou.
É triste que eles tenham tanto medo da reação dele e que essa parece ser a única coisa impedindo os dois de assumirem o que todo mundo já sabe… hum… será que ela deveria falar com o Bakugou sobre isso?
Bom, talvez não deva, mas Ochako com certeza vai.

***

—  Ai que merda, Bakugou-kun! Que susto! —  Katsuki observa como ela sai da posição de ataque quando percebe que é ele —  Ficou louco? E se eu tivesse te atacado pra me defender?
—  Ha, queria ver você tentar, cabeção. —  ele sorri provocativamente.
—  Que que você tá fazendo aqui, afinal?
—  É meu quarto, ué.
—  Não se você tá no meu corpo. Por onde… por onde você veio? Eu acabei de ver o Iida-kun fazendo toque de recolher no corredor, como que ele não te viu?
—  Eu não vim pelo corredor, né? —  ele põe a mão na cintura e faz “duh” pra ela… porra, ele deve ter parecido muito uma menina agora…
—  Você… você flutuou até aqui?
Foi difícil pra caralho! O corpo dela é meio desajeitado, umas cambalhotas simples no ar fizeram-no vomitar a janta inteira lá embaixo. Foda também que os dois moram no 4º andar, o quarto dele sendo na diagonal oposta ao dela, então não foi fácil flutuar parte do caminho e se esgueirar pela parede, levou quase meia hora pra chegar nessa porra. Ah, mas ele vai arranjar um jeito de tornar esse corpo mais rápido, pode ter certeza!
Mas só depois de ele ter um papo sério com essa idiota aqui.
—  Que história é essa de que você se confessou pro nerd de merda?
Ela vai pra trás e arregala os olhos, como se tivesse acabado de tomar um tiro.
—  Onde… onde você ouviu isso?
—  A Menina Sapo falou, mas parece que todas aquelas enxeridas já tavam sabendo. Tsk… —  ele resmunga — Então era sobre essa merda que o nerd tava falando quando eu mandei ele me dar os cadernos ontem.
—  Ele falou? Falou o quê? Ai, Bakugou-kun, não me diz que… o que você falou pra ele?
—  Que ele ainda tá pensando, que precisa de um tempo e o caralho a quatro, as merdas que ele sempre fala. Eu falei “Tá.”
—  Você falou o quê?
—  Tá.
—  Como… como assim “tá”? Isso… isso não é resposta, Bakugou-kun!
—  Você queria que eu falasse o quê? —  ela leva as mãos à cabeça, tentando não bagunçar o cabelo dele… ainda mais —  Ó, já vou te avisando que se o nerd vier com gracinha, eu chuto ele nas bolas igual eu fiz com o Cabeça de Amora!
—  Gracinha? Por quê? Você acha que ele… ele vai me dizer sim?
—  E eu que sei? Quem liga pra isso?
—  Eu ligo! —  ela o olha feio antes de fechar o punho na frente do peito e fazer uma cara muito estranha… como se fosse… chorar? —  Eu não acredito nisso! Eu não… não, isso não pode tá acontecendo!
—  Que que foi, Cara de Lua?
—  Que que foi? Que que foi que eu levei meses pra tomar coragem pra me declarar, isso depois de ter passado quase nosso primeiro ano inteiro tentando não gostar dele! E agora vai tudo por água abaixo por causa… por causa dessa merda toda! —  ela se apoia na porta do quarto dele e desliza até cair sentada no chão.
Katsuki nunca a viu assim, ele sabe que ela tá tentando não mostrar o quanto essa merda de troca de corpos a incomoda, é esquisito vê-la surtando. Não, não é esquisito, é… revoltante! Sim, ele fica puto que ela leva tudo mais ou menos na boa, mas bastou meter o Deku na história e ela não consegue se aguentar. Tsk… que raios ela tanto vê nesse moleque pra se deixar influenciar tanto por ele? Ah não! Ele não pode deixar ela pirar por causa de um merdinha como o Deku!
—  É uma merda mesmo, mas não adianta porra nenhuma surtar. —  ele anda na direção dela, ajoelhando-se em frente a ela. — Cê tem que continuar focada no nosso treino pra pegar seu corpo de volta.
—  E-eu sei, mas… —  ela o encara, Katsuki vê os próprios olhos vermelhos e brilhantes, porra, que caralhos ele faz se ela começar a chorar? —  E se a gente não achar o menino, Bakugou-kun?
—  A gente vai achar e vai resolver isso, nosso treino hoje… foi bom, não foi? Você… você foi bem com a minha individualidade e tal.
—  Eu… eu fui?
—  É, tem muito o que melhorar, mas… não foi uma merda. Então vê se toma tino, Cara de Lua, vamo correr atrás pra destrocar essa merda e você voltar pra ouvir a resposta daquele imbecil logo, me entendeu?
—  Acho que sim… sim, eu entendi. —  ela dá um leve sorriso, fungando de leve —  Você… até que não é péssimo pra dar conselho motivacional, Bakugou-kun.
—  Tsk, eu não sou péssimo em nada e você sabe disso.  — ela dá uma risadinha e revira os olhos — Uraraka?
—  Hum?
—  Se o nerd tivesse falado um pouco mais ontem, eu tinha mandado ele tomar no cu porque eu não sei dos seus assuntos com ele, e o bostinha ia perceber na hora que tem alguma coisa errada. Eu tô pondo uma regra nova. Essa merda não dá certo se a gente não souber bem da vida um do outro.
—  Acho que sim… mas você quer o quê? Que eu conte minha vida inteira pra você?
—  Não a vida inteira, mas algumas coisas, tipo, coisas que você costuma falar com aquele imbecis e tal, pra eu não ficar boiando nas conversas.
—  Sério que você quer mesmo saber disso?
—  Eu não quero, porra, mas eu preciso. E você também. A gente… tem que confiar um no outro.
—  É, acho que sim. —  ela acena com a cabeça e sorri.
Que coisa bizarra, ao ver esse sorriso, ele conseguiu imaginar perfeitamente a cara dela agora. É quase como se, por um segundo, ele estivesse vendo ela na frente dele, e não ele mesmo.

***

—  ...e é mais ou menos isso. —  ela termina de contar algumas coisas sobre o dia a dia dela com as meninas. Tudo um pé no saco, mas ele presta o máximo de atenção que consegue. —  Acho que é isso que você precisa saber sobre mim.
—  Tsk, esqueceu de falar que você é um ímã pra imbecis.
—  Como é que é?
—  Deku, Quatro-Olhos, Meio a Meio… ah, e aquele babaca da turma B lá, Monoma ou sei lá o quê.
—  Os meninos não são imbecis! —  ela reclama, dando um leve tapinha no ombro dele —  E… o Monoma-kun? Se eu já troquei duas palavras com ele, foi muito.
—  Hum, foi o bastante pra fazer o otário ficar de quatro por você, então.
—  É… é o quê? —  ela faz a voz dele falhar de tão fina, ruborizando.
—  Isso que eu falei, não se faz de sonsa, porra.
—  Eu não tô me fazendo de sonsa! Só que… eu não sabia, ué, eu nunca… prestei muita atenção nesse tipo de coisa...
Se fosse o Deku, ela prestaria, Katsuki pensa. Mas isso não é da conta dele, sério, que se foda isso.
—  É, eu já falei o que tinha pra falar, então vou puxar o carro. —  Katsuki se levanta da cadeira perto da escrivaninha — Não esquece o nosso treino amanhã, hein, Bochecha?
— Claro que não. Ah, Bakugou-kun, antes de você ir, posso falar mais uma coisa?
—  Que que foi?
—  Bom… não é bem sobre mim, é mais sobre você… e o Kirishima-kun e o Kaminari-kun. Acho que é importante te falar sobre isso, porque eu confio em você e acho que você tem que saber disso e-
—  Desembucha, Cara de Lua.
— Bom… o Kirishima-kun e o Kaminari-kun… eles tão… hã, como é que eu te explico?
—  Se pegando. Não é novidade, e daí?
—  Ah, então você já sabia mesmo? Bem que o Kirishima-kun disse.
—  Disse? O Cabelo de Merda te falou alguma coisa?
—  Não, eu… escutei uma conversa deles sem querer, eles… o Kirishima convidou o Kaminari pra almoçar na casa dos pais dele nesse domingo. Eles tão bem sérios, né?
—  Ainda tô esperando a parte em que isso me interessa, Cara Redonda.
—  Ah, bom, é que… eles não assumiram o namoro ainda, né? Acho que isso… é por sua causa, Bakugou-kun. Eles tão muito preocupados achando que você vai agir estranho.
—  Tsk, aposto que é só o Kirishima fazendo drama! Por que caralhos eu ia agir estranho? E mesmo se eu agisse, e daí? Não sou eu que ele tá namorando, é o Pikachu!
—  Bom, eles pareciam preocupados por achar que você vai se sentir excluído… sabe, quando a Yaomomo começou a namorar a Kendo-san da Sala B, por exemplo, a Kyouka-chan ficou se sentindo meio de fora assim, ela não fala sobre isso, mas a gente sabe que ela fica meio chateada. É normal dar mais atenção pra namorado e deixar os amigos meio de lado, e… acho que eles não querem que você se sinta assim.
—  Até parece que eu ia ficar magoadinho com uma besteira dessas! Eu sempre falo pro Kirishima fazer o que ele quiser da vida dele, ele não tem que ficar de draminha, preocupado com o que eu vou pensar, tem que correr atrás do que importa pra ele, idiota!
—  Ah, então… tá tudo bem pra você?
—  Não sei porque não estaria! —  ela dá uma risadinha, fazendo-o olhar feio pra ela.
—  Que bom! Então… você se importa se eu falar com eles no seu lugar? Tipo, passar sua mensagem pra que eles fiquem à vontade?
—  Não, pode deixar isso quieto. A gente vai voltar pros nossos corpos logo, eu mesmo me viro com eles quando voltar.
—  Ah… claro! Isso faz sentido!  — ela sorri — Ah… já que a gente tá falando nisso… Bakugou-kun, você… tem alguém que você… goste assim?
—  Por que caralhos você tá me perguntando isso, Cara Redonda?
—  Ué, porque… sei lá, se tiver alguém que você goste, eu… tenho que tomar cuidado e não passar vergonha na frente dessa pessoa, né?
—  Que besteira!
—  Não é besteira, Bakugou-kun! Você mesmo disse que eu preciso saber mais sobre você! Poxa, você não confia em mim?
—  Vai se foder, não é isso! —  ele respira fundo — Não tem ninguém, entendeu? Essas coisas são perda de tempo e não me ajudam em porra nenhuma pra ser o herói número 1!
—  Certeza? Porque tem uma mensagem de uma menina aqui, ó. —  ela saca o celular dele e abre o Line, onde uma das primeiras mensagens que podem ser lidas é “Fala, Bakutetas!” e a remetente é aquela beiçuda doida que estuda no Shiketsu.
—  Tsk, certeza que é pra perguntar alguma coisa sobre o Meio a Meio.  Pode mandar ela ir se catar!
—  Certeza? Ela parece bem íntima…
—  íntima é o caralho, Cara de Lua, mesmo se eu quisesse perder tempo com essas merdas, não ia ser com essa daí, não! Manda ela ir se foder, entendeu?
—  Entendi, entendi… não tá mais aqui quem falou… —  ela ergue as mãos como se estivesse se rendendo.
—  É bom mesmo! Eu vou nessa! O Quatro-Olhos já deve ter ido dormir, certo? Nem fodendo que eu vou voltar voando pro teu quarto.
—  Ah sim… —  ela boceja e se espreguiça —  Boa noite, Cara de Lua!
—  Vai te catar, Bakugou-kun! —  ele escuta a risadinha dela antes de fechar a porta.
Mas antes que ele possa sequer disfarçar o sorrisinho bobo, Katsuki congela ao dar de cara com o Kirishima no meio do corredor,  olhando pra ele curiosamente.
—  U-Uraraka? O que você…? Você tava no quarto do Bakugou?
—  Não, bobão, tava no quarto do Present Mic. —  ele responde, mas logo se arrepende — Ah, desculpa, Kirishima-kun, eu… falei sem pensar.
—  Não, de boa… mas… o que que cê tá fazendo aqui?
—  Eu… eu… que te pergunto, por que você não tá dormindo ainda?
—  Hã, já passou do toque de recolher, é verdade, mas… pelo menos eu não tô no prédio dos meninos que nem você? —  ele lança um sorrisinho debochado — Que que você e o Bakugou tão aprontando, hein?
—  Pode ter certeza que não é nada perto do que você e o Pi- o Kaminari-kun tão aprontando…  — o babaca fica todo vermelho e sem-graça. Ha!
—  Ok… eu mereci essa. Bom… não conto se você não contar, pode ser?
—  Que seja, eu nem gosto dessas fofocas bestas mesmo.
—  Que bom! Você… quer que eu te acompanhe até seu prédio?
—  Eu consigo me virar sozinha. —  ele responde secamente.
—  Claro, claro! Não foi isso que eu quis dizer, eu sei que… se aparecer alguém estranho, você dá conta! Não é coisa de macho achar que uma menina não sabe se virar, ainda mais você que treina e-
O Cabelo de Merda fica visivelmente sem jeito. Katsuki acha isso tão besta, ele precisa dar um jeito de acalmar esse otário… ah, quer saber? Pra que esperar se ele já tá aqui mesmo?
—  Kirishima-kun?
—  Eu?
—  O Bakugou-kun… não liga pro que você e o Kaminari-kun fazem juntos.
—  Hã? É… é o quê?
—  Ele mesmo me disse, ele acha… que você tem mais é que tacar o foda-se pro que ele pensa e correr atrás do que te importa, se é o que você quer.
—  É, parece algo que o Bakugou diria mesmo… ele te falou isso?
—  Ahã, mas… não comenta com ele. Só faz o que você tem que fazer. —  ele murmura, coçando a parte de trás do cabelo dela.
—  Ah… claro, eu… eu vou fazer isso. Valeu, Uraraka! —  o Cabelo de Merda dá um daqueles sorrisos enormes e idiotas dele.
—  Não tem que me agradecer. —  Katsuki dá meia volta e sai andando.
—  Ok… boa noite!
Do outro lado da porta, Ochako sorri. Ela teria passado a mensagem do Bakugou com muito prazer se ele quisesse, mas é bem mais legal que ele achou um jeito de falar ele mesmo. Ela boceja mais uma vez e olha pro relógio. Não são nem nove e meia ainda… é, esse corpo realmente tá acostumado a dormir cedo… Ochako poderia se acostumar com isso… mas muito provavelmente ela não vai precisar. O Bakugou prometeu, eles vão voltar logo.
Ela vai voltar para o Deku logo.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler! Espero que esteja curtindo!



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