Be your everything (BlackWater) escrita por Amanda Vieira, MandysGonçalves


Capítulo 3
Três


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoal, tudo bem?
Mais um capítulo quentinho pra vocês, não deixem de comentar!

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 Leah.

 

 Os últimos meses… o que falar? Tanta coisa aconteceu na minha vida num ritmo enlouquecedor nos últimos anos. Primeiro meu pai faleceu e isso despertou os genes de lobo em mim e no meu irmãozinho. Não basta-se eu morar no mesmo lugar que meu ex e sua companheira, que por acaso (ou não) era minha prima, agora eu tinha que conviver todos os dias com eles, numa tortura constante. Por tanto tempo, eu estive presa nas minhas dores e presa num lugar em que não queria estar, com pessoas que não me suportavam. Sinceramente, foi um alívio quando o Jacob finalmente enfrentou o Sam e causou a ruptura nas matilhas, porque, a partir daquele momento, todos puderam ter uma escolha, seguir ou não as ordens de Sam, ficar ou não na Reserva.

 É claro que a maioria dos garotos tinham um motivo pra ficar: escola, família e obviamente, alvos de imprinting. Mas eu, que sempre desejei fugir daquele lugar no momento em que partiram meu coração, não estava mais presa. Após um grande período de sofrimento, eu finalmente pude seguir o meu caminho, livre, em paz comigo mesma e com meus companheiros.

 E eu estava tão feliz vivendo minha vida no calor da Califórnia. Eu estava matriculada em um curso de meio período pelos próximos 2 anos e havia arrumado um emprego em uma cafeteria nos arredores do campus, que estava lá exatamente para saciar o desejo insano por cafeína de todos os universitários. Minha colega de quarto, graças aos céus, era uma menina legal, que respeitava meu espaço, mas também muito divertida. Minhas noites de sexta-feira agora eram sempre agitadas, fosse na sala comunitária dos dormitórios ou em algum lugar por aí com a galera.

 Mas o engraçado mesmo, era que, de vez em quando, eu sentia falta do meu “bando” como Seth gostava de chamar. Naqueles dias em que fomos apenas um trio, tínhamos uma boa dinâmica, onde Jacob procurava respeitar meu espaço e eu o dele, e o Seth era apenas o Seth. Quando Embry e Quil se juntaram a nós, temi que tudo ficasse como era na matilha de Sam, aquele julgamento silencioso sempre presente. Porém, conforme fomos passando mais tempo juntos, sem o peso de nosso passado, sem toda a merda envolvendo Sam e seu imprinting, eu era livre para voltar a ser eu mesma, e assim, ser realmente aceita por todos os meus “irmãos-lobo”. É claro que ainda havia momentos do meu mau humor, algumas briguinhas com todos, mas isso não afetava a moral do grupo em geral.

 Agora, eu olhava pela janela, ansiosa, esperando que aqueles 4 barulhentos invadirem meu recesso de natal. O campus estava estranhamente silencioso hoje, pois muitos alunos haviam viajado para suas casas há alguns dias, não haviam aulas e nem tarefas, mas a lanchonete da universidade ficava aberta normalmente para atender os alunos que preferiram ficar, assim como as pequenas cozinhas de cada dormitório também estava bem abastecida para uma pequena ceia dos alunos.

 

 Como os meninos só chegariam ao anoitecer, segui meu dia normalmente, indo cumprir meu expediente na cafeteria. Apesar do movimento principal ser de universitários, estávamos localizados numa rua bem movimentada, o que garantiu um dia agitado, devido a muitas pessoas fazendo compras natalinas de última hora.

 A cafeteria era bem aconchegante e estava totalmente decorada para o Natal, tocando músicas natalinas o dia todo, algo que antes me deixaria bem irritada, agora eu conseguia ignorar. Eu não odiava o Natal, ou qualquer data comemorativa em família, mas o fato de as ter comemorado por três anos seguidos com Sam até ser trocada numa delas por Emily azedou qualquer festividade para mim. Eu estava servindo alguns clientes bem humorados, quando senti a explosão do ar. A porta se abriu, fazendo o sininho tocar, uma lufada de ar gélido adentrou o local, junto com cheiros muito familiares.

 -Chegamos Califórnia! -gritou Embry, me deixando abismada, ao mesmo tempo em que Seth me tirava do chão com seu abraço.

 -Também senti sua falta, Seth, já pode me soltar. -falei. Ele resmungou, mas fez o que eu pedi. O grupo se aproximou. -Vocês querem fazer eu perder o emprego na véspera de Natal? - questionei, me fingindo de brava.

 -Desculpe, eles sentiram a sua falta. -respondeu Jacob, recebendo olhares dos garotos.

 -Ah, só a gente sentiu falta né. -ironizou Quil.

 -"Queria que a Leah estivesse aqui". -falou Embry, numa imitação de Jacob.

 -"Que falta a Leah faz nessa matilha". -continuou Seth. -"As reuniões na fogueira são mais divertidas com a Leah". -completou Quil.

 -Já terminaram? -bufou Jacob.

 -Estamos apenas começando, irmão. -respondeu Quil, passando um braço nos ombros de Jacob,  numa espécie de abraço masculino.

 -Certo, meninos, eu preciso que vocês mexam esses traseiros gordos até aquele cantinho e fiquem quietos até eu terminar. -ordenei. Eles levantaram as mãos em sinal de rendição.

 -Sim, senhora comandante. -reponderam Quil e Embry, e se encaminharam para o lugar que eu indiquei, seguidos por Seth.

 -Se quiser, podemos esperar lá fora, não é como se fossemos congelar mesmo. -ofereceu Jacob.

 -Não precisa, até porque, as meninas ali do balcão iriam me matar se eu fizesse a paisagem delas irem embora. -respondi. Rimos.

 - Oi, Leah. -falou, sorrindo.

 - Oi, Jake. - respondi, também sorrindo.

 Os meninos realmente se comportaram, embora eles tivessem pequenas exaltações momentâneas. Eles escolheram suas bebidas e acompanhamentos e ficaram observando o local enquanto conversavam. E eu percebi, que realmente sentia falta da companhia daqueles dinossauros.

 Terminei meu expediente e troquei de roupa. Então fui me despedir do pessoal.

 -Bom Natal pra vocês, nos vemos em dois dias. -falei, ao que os meninos imediatamente levantaram, prontos para me seguir pela cidade.

 -Ah, deixa eles aqui, Leah. -reclamou uma das meninas, fazendo drama.

 -Não seja egoísta, compartilha com as amigas também. -concordou a outra, ri.

 -Não contem comigo, eu já tenho alguém. - esquivou-se Quil.

 -Eu estou totalmente disponível! -afirmou Embry, fazendo as duas garotas se empolgarem.

 -Fechado! -exclamou Agatha, sorridente.

 -Eu fico com o grandão. -disse Izzy, referindo-se a Jacob, que pareceu desconfortável.

 -Desculpem, não estou a venda. -respondeu ele, e cutucou Embry. -E, além do mais, todos viemos para ver a Leah.

 -Eu estou totalmente a venda, só não hoje, garotas, sinto muito. -falou Embry, em tom de desespero, fazendo as duas rirem.

 -Ela tem meu número, peça a ela para te passar. -ordenou Agatha, apontando para mim. Embry assentiu, parecendo um cachorrinho.

 Meu grupo então se encaminhou para a porta, quase arrastando Embry pelo caminho.

 -Ei, grandão, se mudar de ideia, sabe onde me encontrar. -gritou Izzy, as nossas costas.

 Passamos pela porta, recebendo uma lufada de ar gélido direto na cara. É claro que não éramos tão afetados como os humanos, porém, sentíamos um pequeno incômodo.

 -Para onde vamos? -perguntou Seth.

 -Vamos para os alojamentos. Depois mostro onde vocês vão ficar. -respondi.

 Seguimos para os alojamentos, atravessando o campus rapidamente.

 -Bem vindos à UCDAVIS. -falei.

 -Faculdade legal! -gritou Seth, contra o vento.

 -Seth, nós podemos te ouvir no volume normal. -avisou Quil.

 Chegamos no meu alojamento, onde eu pude facilmente reconhecer a caminhonete de Billy parada no estacionamento.

 -Vocês precisam pegar alguma coisa no carro agora? -perguntei, ao que os quatro negaram. -Então vamos entrar.

 Passamos pelas portas duplas que davam num pequeno hall, a frente tínhamos as escadarias para acessar os dormitórios, a direita, um par de portas levava a sala comunitária, onde era possível ouvir uma pequena algazarra. Segui para lá. Encontrei meus companheiros de alojamento remanescentes, eles haviam acendido a lareira e estavam conversando animadamente.

 -E aí Leah? - cumprimentou-me um garoto.

 -Finalmente trouxe sua tropa pra gente conhecer? -perguntou outro.

 -Tem petiscos ali no canto, fiquem à vontade. -instruiu uma das meninas.

 -Não se esqueçam do almoço de Natal com a reitoria, às 12h. -relembrou uma das meninas, ela era a representante do nosso bloco.

 -Vai ser lindo, todos de ressaca na frente dos reitores - zombou um dos meninos.

 -Como se você fosse ficar bêbado, a gente sabe que você vai cumprir o toque de recolher. -brinquei, me acomodando num sofá. Quil e Embry atacaram a mesa de petiscos, enquanto Jacob e Seth se sentavam ao meu lado.

 -Não combinamos de irmos todos pra festa da Sigma? - questionou uma das meninas, alguns deram de ombros.

 -Não ligo pra onde vocês vão passar a noite, só quero todos aqui amanhã às 11h30 em ponto! -insistiu Vicky.

  -Então esses são os caras de quem você tanto fala? -questionou Jenna, se aproximando, com um pouco de neve no cabelo. Despertando a curiosidade de Quil e Embry, que imediatamente largaram a mesa de comida e vieram para perto.

 -Esses mesmos. -respondi.

 -Você é a Jenna? -questionou Seth, ela assentiu. -Vimos você em algumas fotos da Leah e chamadas de vídeo.

 -Também já vi fotos de todos vocês e seus gritos pelo celular. -respondeu ela. - É uma pena que não possam ficar aqui no alojamento, esse lugar tá precisando de uma agitação. -acrescentou.

 -Beleza, galera, tá na hora de se arrumar, a gente tem uma festa pra ir. -falo, me levantando.

 Os meninos vão no carro pegar as mochilas, e seguimos para um pequeno tour pelo alojamento. Depois deixei Quil e Embry no dormitório com Matthew e Jacob e Seth ficaram com Tyler e Victor, para que todos pudessem tomar banho e se arrumar.

 

 

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