Be your everything (BlackWater) escrita por Amanda Vieira, MandysGonçalves


Capítulo 17
Dezessete




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Capítulo 17:

 

Leah.

 

 

 Sam saiu da fogueira contrariado, parecia ter levado um tapa na cara. Jared o acompanhou, Paul esperou um pouco, trocou algumas palavras com os garotos mais novos e então foi atrás dos amigos. Jacob foi falar com os anciãos e eu me aproximei dos garotos, que pareciam deslocados.

 -E ai?

 -Oi Leah. -respondeu Andrew.

 -Caramba, que confusão. -exclamou Oliver.

 -Não me surpreende, Jacob e companhia sempre aprontam e nós levamos a bronca. -resmungou Brody.

 -Brody…

 -Ah, me desculpe, se nós vivermos a nossas vidas atrapalham a sua. -retruque. -Vejo que Sam está criando um discípulo em miniatura.

 -Vá se foder, Leah! -xinngou, gargalhei.

 -Galera, não vamos arrumar outra confusão. -pediu Oliver.

 -Bom, eu só vim ver se vocês estavam bem. -falei. Brody bufou, ignorei.

 -Estamos bem, mas é um saco esse lance de matilhas separadas. -respondeu Andrew.

 -Olha, eu não sei o que Sam falou pra vocês, mas, apesar das nossas diferenças, ainda somos irmãos. A matilha pode ter se dividido, mas nós não precisamos levar isso pra nossa convivência.

 -Seria ótimo se todos fossemos a praia, como fazíamos antes. -comentou Oliver.

 -Domingo é um bom dia. -sugeri.

 -Não sejam ridículos, Sam não vai concordar com isso. -debochou Brody.

 -Então só o Paul tem liberdade pra interagir com eles? -questionou Andrew. Brody deu de ombros e foi embora. -Ele não vê o real problema. -acrescentou.

 -Ou não quer ver. -falei.

 -Ei pessoal, o que acham de assarmos algumas salsichas e fazer sanduíches? -convidou Jacob, se aproximando.

 Oliver e Andrew concordaram, animados. Kayden olhou para Gabriel e Caleb que até o momento estavam calados.

 -Acho melhor eu voltar pra casa. -falou Gabriel. Jacob o cumprimentou e ele partiu.

 -Então seremos só nós 3! -anunciou Oliver.

 O resto da noite passou com uma estranha calmaria, comemos sanduíches e jogamos conversa fora, como nos velhos tempos.

 

[...]

 

Jacob.

 

No dia seguinte, encontrei Paul à minha espera na cozinha. Ele parecia cansado.

 -Bom dia, Jake. -saudou ele, com um sorriso fraco.

 -Bom dia, Paul. -respondi, me sentando à mesa de frente pra ele. -Como foi o resto da noite? -perguntei, ele respirou fundo.

 -Longa. Como várias outras essa semana. -desabafou.

 -Paul, sei que ter se posicionado ontem pode ter te custado muito…

 -Eu fiz o que era certo, Jake, não só por vocês, mas por mim também, por Rachel e nosso casamento, pelos garotos mais novos, por esse lugar. -me interrompeu. -Jared não estava completamente de acordo, mas ele decidiu não contrariar o Sam, ele o apoiara apesar de qualquer coisa, alguém precisava ser a voz da razão nesse momento.

 -Paul, e como Emily ficou com isso tudo? -perguntei, sem graça, ele suspirou.

 -Nunca achei que eu falaria isso, mas tenho pena dela, Jake. Ela foi jogada nessa situação por causa do imprinting, e todos podem ver o quanto ela ama Sam, o quando a relação deles significa pra ela. Assim como todos podem ver que Sam ainda não superou tudo o que houve, ele fica remoendo, às vezes se pergunta se ele foi testado e não sabe a resposta correta, ultimamente ele nem disfarça mais essa confusão na frente dela, então ela finge que não vê, acho que assim é mais fácil pra ela. -explicou. -Acho que agora, eu finalmente entendo como você e Leah se sentiam quando iam a casa deles, tem sido bizarro, todo aquele clima. -acrescentou, sorrimos sem graça.

 -Só espero que tudo se resolva o mais breve possível, pois esse clima todo não faz bem pra Reserva. -falei, ele assentiu.

 -Bom, logo teremos meu casamento, quem sabe esse momento de comemoração não traga a paz de que precisamos. -falou brincalhão, sorri.

 -A festança está garantida!

 -Contato que os padrinhos não se matem até lá, vai dar tudo certo. -completou Paul, rimos.

 -Falando em casamento, ficou tudo bem entre você e minha irmã? -perguntei, Paul me direcionou um olhar profundo.

 -Pra ser sincero, ainda não tivemos a oportunidade de conversarmos, depois da fogueira, precisei explicar minha posição para Sam, mostrar pra ele que não o estava traindo… enfim, nós estamos bem, mas ainda precisamos esclarecer as coisas. Não posso dizer que ela estava errada, entendo o lado dela e sei que ela entende o meu, era uma situação complicada.

 -Eu nunca te pediria para ir contra seu amigo porque somos cunhados. -afirmei.

 -Eu sei, Jake. Mas era o certo a se fazer, em nome de todos. -falou, assenti.

 -Você se tornou um grande homem, Paul, fico feliz de que irá se casar com a minha irmã. -admiti, ele sorriu.

 -Você e Leah também não se saíram nada mal. -retrucou. -Espero que Sam consiga ver isso…

 -Sam precisa assumir as coisas para si mesmo e então, decidir o que quer. Ficar numa relação que não vai bem, apenas porque lendas dizem que é o certo, que é nosso destino, é cruel, pra eles e para quem está ao redor. Emily está se tornando apenas uma sombra dela mesma, enquanto Sam, está tão confuso e machucado, que está ferindo os outros.

 -E se ele decidir que é a Leah? -perguntou Paul.

 -Aí cabe a ela decidir. -respondi.

 -Se Leah voltar pra aquele idiota, eu mato ela! -berrou Rachel, entrando na cozinha.

 -Meu Deus, mulher, o que deu em você esses dias? -questionou Paul.

 -Baixou nela o espírito da noivazilla, então a culpa é toda sua, cunhado. -zombei. Rachel me lançou um olhar mortal, levantei as mãos em sinal de rendição.

 -Graças a Deus casamento é uma vez só. -respondeu Paul.

 -Você está engraçadinho demais pra alguém que está na corda bamba! -ameaçou Rachel, apontando uma espátula para Paul.

 -Rachel, querida, pode me bater com o que quiser, se isso te fizer feliz e puder me perdoar. -falou Paul, levantando e girando minha irmã no ar, ela imediatamente se derreteu e o beijou. Quando Paul a colocou de volta no chão, ela acrescentou:

 -Não pense que irá se safar tão fácil da próxima vez!

 Eu ri, enquanto admirava minha irmã e meu cunhado se acotovelando para cozinhar os ovos, Rachel não iria deixar Paul se esquecer tão cedo do que havia acontecido, mas ela claramente já o havia perdoado e Paul sabia disso, porém, continuou a agradá-la como se ainda precisasse de seu perdão. Aquela cena me deixou feliz, era bom ter minha família presente e alegre, também me fez pensar em Leah, e me peguei desejando que chegássemos próximos daquilo algum dia.


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