Destinos Improváveis escrita por Nara


Capítulo 4
Futuro - A escola


Notas iniciais do capítulo

Esse foi um dos meus capítulos preferidos, para quem leu o livro, HP e a Câmera Secreta vai perceber que tem trechos extraídos tal qual, pois estou tentando permanecer dentro do enredo, eu amo a forma como Snape se apresenta para eles no livro, confesso que teria sido muito melhor se o filme tivesse mantido essa parte fiel a ele, mas não podemos ter tudo não é mesmo! A aventura começou :P



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Shara foi interrompida em seus pensamentos, quando ela notou uma família de ruivos bastante apressados, se aproximando daquele lugar, com muitas crianças e bagagens num único impulso violento eles atravessaram a parede a sua frente, parede que dividia a estação 9 da 10, ela se levantou assustada, não poderia ser? aquilo era algum truque de mágica? daqueles truques bem feitos de ilusão que ela já tinha visto na televisão, ela olhou para todos os lados, mas aparentemente mais ninguém naquele lugar havia notado, um garoto ruivo e outro de cabelo escuro estavam vindo logo atrás, e Shara se aproximou se esforçando para prestar atenção e entender os movimentos do que eles iriam fazer, afinal não custaria tentar, ela faria igual depois, porém eles não conseguiram atravessar, aconteceu aquilo que se é esperado quando alguém resolve se arremessar contra uma parede de tijolos maciço empurrando carrinhos de bagagem em alta velocidade, e aquela confusão toda sim chamou a atenção de todos na estação, ela notou eles se levantarem confusos ao mesmo tempo que estavam reclamando entre si sobre não conseguir fazer a travessia.

—Com licença – ela pediu sem graça, e ambos a olharam desconfiados – vocês estão bem?

—Sim… é de certa forma estamos – disse o menino de cabelo escuro ainda se recompondo.

—Olhe – o menino ruivo disse apontando para o grande relógio que havia na estação – perdemos o trem para Hogwarts – Shara estava atenta a cada movimento e palavra, então havia mesmo um trem, era de fato real?

—Vocês estão indo para Hogwarts? – ela tentou soar o mais natural possível.

—Sim – ambos disseram – quer dizer íamos – o ruivo disse cabisbaixo, mas mudando imediatamente de expressão – Harry, tive uma ideia, o carro!

—O que tem o carro? - o outro garoto perguntou.

—Podemos ir para Hogwarts de carro!

—Eu vou junto – Shara disse e ambos a olharam analisando – quer dizer, posso ir junto? – ela pediu tentando soar menos empolgada – é minha primeira vez, e estou sozinha – ela apontou e não havia mesmo ninguém por perto.

—Certo – o garoto de cabelos escuros disse – me chamo Harry, Harry Potter e esse é meu amigo Ronald Weasley – o ruivo sorriu.

—Eu sou Shara Epson – ela também sorriu.

—Vamos – o ruivo chamou, estamos perdendo tempo, e os três seguiram para fora da estação.

Shara notou que o carro era um carro antigo e que não havia nenhum adulto por perto, nenhum motorista, e ela estava começando a ficar preocupada, ela notou também que o menino ruivo, o Ronald tinha aberto o porta malas, com um toque de um graveto de arvore, aquilo era completamente irracional, mas ela não quis comentar, ela colocou sua pequena bagagem no porta malas junto com as deles, e simplesmente coube tudo, ela embarcou na parte de trás do carro, foi quando sua suspeita se confirmou, o menino ruivo iria mesmo dirigir aquele caro, e ela engoliu em seco.

—Desculpe, é Ronald isso? – ela tentou não parecer preocupada, embora começasse a ficar difícil.

—Pode me chamar de Rony – ele disse tentando ligar o carro.

—É Rony... você tem permissão para dirigir um carro? – era obvio que a essa altura ela estava nervosa.

—Papai não liga, e mamãe vai entender – ele disse confiante ligando o veículo que pasmem começou a levantar do chão, o carro... o carro estava levantando voo? Ela se agarrou a poltrona, altura não era bem o seu forte.

—É… Rony só para lembrar os trouxas não estão acostumados a ver um carro voador – disse Harry o alertando.

—Bem observado – e ele apertou um botão que em tese fez o carro desaparecer, desaparecer?

—Trouxas? – ela disse, ela tinha muitas outras perguntas é claro ...

—É aqueles que não possuem magia – Harry explicou

—Ofensivo – ela disse olhando pela janela as ruas pequenas de Londres lá em baixo – mas esquece, eu definitivamente não estou questionando isso quando estou num carro voador invisível dirigido por um menino de é... 11 anos?

—12 anos! – ele corrigiu

—Claro, como isso é possível? - ela finalmente perguntou.

—Magia – ambos responderam e Harry a olhou desconfiada.

—Você é nascida trouxa? – ele perguntou – aliás onde estão seus pais?

—Eu não os conheço, eu morei grande parte da minha vida num orfanato... meus pais morreram – ela disse sem graça, não havia motivos para esconder a verdade.

—Os meus também – Harry disse de forma solitária – então você não sabia que era bruxa até então?

—Eu... bruxa?... não – ela não duvidava de mais nada

—Que hilário – Rony disse empolgado – você cresceu em um lugar sem pais, deve ser incrível não ter regras.

—É... não é bem assim – não era nada incrível ela pensou, mas aquilo ficou para trás, Hogwarts era uma escola de verdade então.

—Tudo bem, eu também descobri apenas dias antes de ir para Hogwarts no ano passado – Harry disse – que pena que você não pode ir de trem, você teria achado a viagem fantástica – Shara sorriu, o trem poderia até ser legal, mas nada se comparava com aquilo, nada, espere só quando Cati souber.

A viagem era longa e eles passara parte dela conversando sobre a escola, os meninos estavam empolgados e falaram um pouco de tudo, das matérias, das casas, dos professores, de um jogo meio sem sentido chamado quadribol e de como Harry tinha sido o aluno mais novo a jogar naquilo, Shara estava maravilhada com aquele mundo novo, com a riqueza dos detalhes, ela queria aproveitar ao máximo aquela sensação de felicidade e liberdade que estava sentindo, em algum momento ela compreendeu o que estava de fato acontecendo com ela e agora ela sabia que tudo aquilo duraria pouco e que ela iria acordar daquele sonho fantástico a qualquer instante, era isso, provavelmente ela tinha dormido no banco da estação depois de chorar por horas a fio, mas não importa, aquele momento era mágico, verdadeiramente mágico, mesmo que Harry quase tenha caído do carro em alta velocidade a uma boa altura do chão, quando eles finalmente encontraram o trem, é claro que os meninos estavam apavorados, mas nada daquilo era real para ela, era apenas um sonho, um sonho muito legal. Shara notou a ave lá fora, a mesma que tinha entregue a carta da sua mãe os acompanhando por todo o percurso, e ela sorriu aquele era um sonho cheio de simbologia.

Estava escurecendo quando eles finalmente chegaram ao seu destino, e aquele foi o momento mais assustador de toda aquela fantasia, já que o carro perdeu força e meio que "estacionou" sobre os galhos de uma grande arvore, uma arvore muito, muito mas muito agressiva, sim a árvore se mexia e se debatia e Shara e os meninos tiveram que se defender dos golpes dos grandes galhos, claro que ambos tiveram alguns arranhões, e ela estava sangrando um pouco no rosto, é possível sangrar num sonho? Ela se perguntou enquanto limpava com as mãos, por sorte o carro despencou, e eles estavam em solo firme, agora ela se sentia exausta e para encerrar toda aquela loucura o carro parecia ter vida própria, ao lançar as bagagens de todos para fora e fugir para dentro de uma floresta, Rony estava apavorado, não por menos além de ter quebrado o seu graveto mágico, ele havia destruído e perdido o carro dos seus pais, realmente aquilo não parecia bom.

—Vamos – disse Harry cansado – é melhor irmos para a escola... – e ambos ajuntaram suas bagagens, Shara seguiu os meninos, o castelo era ainda maior e muito mais lindo do que eles tinham descrito, ela estava encantada.

—A festa já começou – Rony disse – venham ver a seleção – e ambos correram até uma janela onde era possível ver um grande salão de refeições, Shara estava ainda mais maravilhada, havia muita comida, e as crianças pareciam felizes naquele lugar, uma pena que não era real.

—Espere ai – disse Harry – há uma cadeira vaga na mesa dos funcionários, onde está o professor Snape? – hummm pelo que eles haviam dito esse era o professor da casa verde, a casa dos bruxos das trevas, Shara recordou, aquilo só podia ser um bom sinal então?

—Vai ver que ele está doente – Rony disse

—Vai ver que ele foi embora – Harry completou

—Ou vai ver que ele foi despedido – Rony sorriu

—Ou vai ver – disse uma voz muito seca atrás deles – ele está esperando para saber por que vocês TRÊS – ele enfatizou olhando desconfiado para ela – não chegaram no trem da escola – ambos se assustaram, Shara notou que ele era um homem bem apresentável, diferente da descrição feita por eles, de cabelos e olhos pretos, ele usava roupas esquisitas, mas bem alinhadas, tinha a pele clara, uma voz imponente, assustadoramente imponente, e Shara sentiu um arrepio de pavor passar por todo o seu corpo, não é real ela disse para si mesma, não é real.

—Me acompanhem – ele disse

Sem nem se olhar os três seguiram o professor, eles estavam indo por corredores que estavam levando a um lugar distante daquele salão formidável, Shara nunca conseguiria voltar sozinha, ela já estava completamente perdida.

—Para dentro – ele mandou – então o trem não é suficientemente bom para o famoso Harry Potter e seu leal escudeiro? – ele disse de forma sarcástica.

—Famoso? – ela perguntou – você não me disse que era famoso – e aquilo chamou a atenção do professor.

—Oras vejo que recrutaram uma nova capanga para a equipe, mas esqueceram de atualiza-la – ele disse de forma irônica.

—Senhor, foi a barreira na Kings Cross ela... _Rony tentou

—Silencio – ele disse secamente – vocês foram vistos por no mínimo 6 trouxas, oras Sr. Weasley seu pai trabalha no departamento que coíbe o mau uso de artefatos de trouxas, o que será que ele vai dizer? Seu próprio filho – Rony estava cabisbaixo, aquilo parecia grave.

—Trouxa é tão ofensivo – ela disse apática a toda aquela situação, aquele era um sonho longo – o termo... trouxa – ambos estavam a olhando e Harry estava fazendo sinais com os olhos – bom, melhor eu ficar quieta então – ela disse olhando para baixo e o professor a ignorou.

—Reparei em minha busca no parque que houve considerável dano a um salgueiro lutador muito valioso...

—Aquela arvore causou mais danos a nós professor, acredite...

—Silencio – disse o professor outra vez – infelizmente vocês não fazem parte da minha casa, e a decisão de expulsa-los não cabe a mim, vou buscar as pessoas que tem esse prazeroso poder, esperem aqui, em silencio. Os três se olharam.

—Estamos encrencados, vamos ser expulsos, e você mal chegou e vai ser expulsa também – Rony disse apavorado - por que está agindo assim, como se não fosse nada de mais? Ela é louca - ele disse olhando para Harry

—Faz parte da minha vida não ser aceita nos lugares e está tudo bem – ela disse, andando e analisando a sala, haviam coisas nojentas flutuando na água em diversos frascos de vidro, os meninos estavam chocados com a sua reação, mas realmente qual o sentido de entrar em pânico, logo, mas ela deveria acordaria mesmo. Alguns minutos depois o professor voltou acompanhado por uma mulher mais velha e um senhor bastante idoso, e falar em roupas esquisitas, reformulando o que ela havia pensado anteriormente, as vestes do professor de preto eram até bem normais, esquisito mesmo era as roupas daqueles dois, e aqueles chapéus, Shara estava extasiada.

—Vamos buscar nossas coisas – Rony disse com total falta de esperança

—Do que é que está falando Weasley? – a professora de roupa extravagante perguntou

—Bem seremos expulsos...

—Hoje não Sr. Weasley – o senhor mais velho, que parecia ser o diretor daquele lugar devido ao respeito que empunha, disse e Shara sentiu algo bom na voz dele, ele era bom – Mas devo os lembrar da gravidade do que fizeram, escreverei para as suas famílias ainda essa noite.

—Professor Dumbledore, esses garotos zombaram da lei que restringe o uso de magia por menores, causaram sérios danos a uma arvore antiga – o professor Snape tentou indignado.

—Bom a professora Minerva quem decidirá sobre o castigo do e do já da Srta. Epson, vejamos – ele tirou um chapéu velho de dentro de suas vestes – é uma pena que tenha perdido a seleção pública, mas você tem uma boa plateia aqui – ele disse piscando para os meninos e colocando o chapéu acima da sua cabeça – de todas as coisas estranhas daquele dia, essa era a menos pior, era apenas um chapéu, para alguém que esperava qualquer coisa.

—SONSERINA – o chapéu gritou e ela sentiu a expressão de pavor dos meninos e o olhar de confusão do professor de preto, ela tinha entendido que ele era o professor do mau, líder dos bruxos das trevas e ela tinha sido selecionada para estudar na casa dele, e obviamente que ele não havia gostado dela, o que era apenas algo completamente normal, e essa era a parte que ela entrava mesmo em pânico, ok agora era hora de acordar ela decidiu.

—Certo – ela disse – no caso eu estou expulsa correto? – ela disse olhando para o professor de cabelos escuros e o olhar dele despertou uma certa mudança, dentro dela, um frio na barriga excepcionalmente diferente – olha, tudo bem – ela disse olhando para todos – sonserina é a casa dos bruxos das trevas é isso né? – ela disse perguntando para Rony que ficou ainda mais vermelho do que de costume – e eu iria estudar com essa gente que gosta de praticar arte das trevas, e com aquele menino loiro insuportável? – ela perguntou olhando para Harry que estava visivelmente chocado – é uma pena ter que perder tudo isso – ela disse confiante – achei tudo aqui incrível mesmo, tipo voar em um carro foi a sensação mais fantástica que eu já senti na minha vida, e aquela arvore no jardim, é um pouco perigoso numa escola com crianças, mas achei de qualquer maneira super divertido, os gravetos com magia também foi sinistro, e relaxa Rony você quebrou o seu mas você ainda pode colher outro no jardim, o castelo é fascinante, as roupas são bem extravagantes – ela apontou para as roupas da professora que fez cara feia - mas enfim é tudo honestamente brilhante – ela sorriu e todos estavam atônicos, menos o diretor, ele estava sorrindo – uma falha no enredo, se eu puder opinar é claro, é que não faz muito sentido ter uma casa que ensina bruxos a serem das trevas e ter uma matéria na escola que ensina a se defender da arte das trevas, é meio que redundante tipo por que uma coisa contrapõem a outra, enfim, de qualquer forma foi muito, muito divertido, mas eu acho que está na hora de eu ir mesmo, sabe despertar desse sonho maluco, acho que já fazem horas que eu estou dormindo – ela disse se aproximando da mesa do professor de preto e pegando um copo de água que havia ali, ela cheirou o liquido só pra ter certeza de que era agua mesmo e jogou com toda vontade o liquido na sua cara, com certeza ela iria despertar depois de um banho de água fria, mas para sua surpresa nada, absolutamente nada aconteceu.

—Eu disse – era Rony – ela é completamente maluca.


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Notas finais do capítulo

Eu não sei você, mas consigo ler a ultima frase exatamente com a voz de Rony, certamente ele diria isso bem dessa forma.



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