Oblivion escrita por Gabrielus


Capítulo 30
Oblivion


Notas iniciais do capítulo

Bem, com esse poema, concluo mais essa coletânea.
Gostaria de agradecer a todos que leram, comentaram e deixaram sua contribuição interpretativa à essa sutil coletânea; bem como fico muito agradecido pelos elogios e por toda essa interação.Muito Obrigado!
Espero que tenham aproveitado essa empreitada, e apreciado os poemas aqui postados nesse 1 (um) ano.
Enfim, creio que isso é tudo, até uma próxima ~
Longos Dias, Belas Noites ~



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Te vejo na noite profunda...

 

O que acontece após o anoitecer?

Estou sendo perseguido por uma perspectiva...

Quem é você?

Que está pedindo ajuda ao passado para resolver sua vida.

O que acontece se eu me esquecer?

Estou suavemente deixando de olhar para trás toda vez.

Quem é você pra ter poder?

Em decidir se eu serei a perspectiva a se desfazer.

 

O que acontece após o esquecimento?

Tenho medo de gradativamente estar me perdendo...

Sempre sendo a última expectativa em viver,

Mesmo quando você decide me escolher.

O que será do meu desparecimento?

A sombra que você faz em mim está crescendo...

E não consigo enxergar nada senão escuridão,

Enquanto você diz pra eu não me preocupar sem razão.

 

Estou ficando repetitivo e confuso,

Com um medo difuso e abstrato em achar que vou desaparecer.

A culpa pode vir de você,

Com essa arrogância que diz saber mais que eu.

 

Estou cansado desses momentos,

Com uma ânsia profunda que eu possa ver o desvanecer.

Você diz que faz parte de crescer,

Mas me diz como é que eu posso acreditar em você.

 

Ficar olhando sempre pra trás é cansativo,

Mesmo quando seu semblante se mostra pensativo.

Por que eu acho que você é o prodígio?

E eu o filho único preterido?

Preciso entender como eu te transformei no favorito,

Quando eu mesmo não desconfio.

 

Posso comparar minhas palavras com as suas,

Minhas atitudes com as tuas.

É tão diferente tocas nas suas mãos nuas,

O que sobra são as cicatrizes que te deixei,

E carreguei, ainda que irresolutas.

Você me responde e tudo que te trago são dúvidas.

 

Eu queria mais uma vez ser igual a você,

Quero sua ajuda para me reconhecer.

 

Eu queria mais uma vez pensar igual a você,

E percorrer todas as distâncias que deixei crescer.

 

O que acontece após nossa despedida?

Vai tomar o meu lugar e fingir estar tudo bem?

Vai continuar aquém da nossa patologia contínua?

Quem pode tomar conta da doença que desenvolvemos?

Irá irrigar a dor ou manterá escondido da chuva

De sentimentos que despejará enquanto nos entretemos?

Além da última luz lá fora,

Haverá um espaço pra mim na sua memória?

 

O que acontece após a aurora?

Eu invejo tanto você agora.

Tomando conta da luz e guiando as palavras como quer,

Isso porque você pode manipula-las melhor que eu.

E quando o esquecimento finalmente vier,

Que deixe eu não ter consciência da perspectiva que me sucedeu.

Brincamos juntos antes de nos vermos inimigos,

Penso se nossa diferença um dia nos tornaria amigos.

 

Te encontro na noite profunda...

~Gabriel.


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