A Pedra Filosofal: Regulus Black Mestre de Poção 1 escrita por Bruna Rogers


Capítulo 13
Capítulo 13




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Harry Potter

Encantado, esse era um bom termo para como Harry se sentia desde que chegou ao castelo/escola, isso e apavorado, um tanto confuso e completamente fascinado com o que tinha a sua frente, com o que estava vivendo.

Às vezes ele ainda se pegava pensando em como tudo parecia um sonho e ele sentia medo de apenas acordar. Abrir os olhos e estar de volta aquele minúsculo cômodo que foi seu quarto por tantos anos, sob a escada, e sendo acordado por Duda ou tio Vernon ou tia Petúnia estivessem do lado de fora, apenas esperando para gritar com ele ou bater nele, mandando o fazer tudo dentro da casa.

Então ele via seus amigos, e tenta se agarrar a esse momento, mesmo que fosse um sonho. Apenas para durar mais.

Levou algumas semanas para ele se sentir confortável nesse novo mundo, mas sua amizade com Ron Weasley ajudou muito. O garoto nascido bruxo se tornou seu primeiro e melhor amigo em questão de horas.

Após a aula de poções na sexta-feira de sua primeira semana, ele foi com Ron até a cabana de Hagrid, e foi quando as coisas estranhas começaram.

Se ele fosse sincero consigo, as coisas estranhas — fora todo o mundo mágico recém descoberto — foi a repentina dor de cabeça, ou bem em sua cicatriz que irradiavam por toda a sua cabeça como se alguém tivesse batido ela contra a parede e então deixado muito perto do fogo, com o calor e a pressão o atingindo como um raio, tal como a própria cicatriz, mas isso só aconteceu apenas no primeiro dia em Hogwarts, enquanto perguntava a Percy Weasley sobre o professor vestindo apenas preto, na mesa central ao lado do professor Quirrell.

De qualquer forma, isso foi há quase uma semana quando ele entrou na velha cabana do meio gigante. Eles tomaram chá e conversaram um pouco sobre as aulas, sobre a Madame Nor-r-ra e como ela estava quase sempre perseguindo alguém, sempre Hagrid quando ele visitava o castelo, e como o sr. Filch parece odiar as crianças, enquanto o trio tomava chá, foi quando o moreno notou um jornal sobre a mesa bagunçada de Hagrid.

O caso de Gringotes

O banco em que Harry foi com Hagrid, onde a fortuna de sua família estava guardada, e onde supostamente é o lugar mais seguro do Reino Unido Mágico, depois de Hogwarts — é claro —, foi invadido, e alguém tentou roubar um dos cofres no mesmo dia em que Harry estava lá, apenas algumas horas depois.

A reação de Hagrid quando Harry apontou isso foi muito estranha, tanto quanto quando o meio gigante estava falando sobre Voldemort e a guerra, todas as coisas que foram escondidas de Harry por toda a sua vida. O adulto desconversou sem nenhuma sutileza.

Mas no fim da noite isso não importava realmente, não é da conta de Harry realmente o que acontece no mundo mágico, por mais que há pessoas que pensem ao contrário. Então ele decidiu focar em algo útil, que é aprender e sobreviver nesse mundo.

Em sua segunda semana de aula ele teve a certeza mais assustadora de sua curta vida: há, no mundo, alguém que consegue ser mais detestável que Duda e seu nome é Draco Malfoy. Para a sua sorte ele só teria que compartilhar as aulas de Poções com o irritante loiro, e como as aulas eram muito interessantes apesar de difícil, isso tudo caiu por terra na quinta-feira de manhã, quando ele e Ron estavam prontos para ir tomar café da manhã notaram um novo aviso no quadro de recados. E agora ele tem aulas de voo com a Sonserina e consequentemente com o Draco. Porque fazer papel de palhaço tentando voar pela primeira vez realmente precisava de um bônus.

Todas as ideias sobre ser humilhado, por falta de capacidade em voar, foram esquecidas quando depois de dez minutos de aula Neville Longbottom se machucou e a professora Hooch teve que levar o garoto desastrado para a enfermaria. Harry se preocupou com seu colega de casa, mas quando Draco encontrou o Lembrol que o menino tinha recebido de sua avó naquela manhã, e começou fazer comentários cruéis, a preocupação foi ofuscado pela raiva, e em um ímpeto para defender o moreno, Harry acabou no céu acima do pátio perseguindo Malfoy em seu primeiro voo. A adrenalina do momento e seu foco em apenas fazer o loiro parar com seu bullying ofuscou qualquer medo e preocupação que Harry poderia ter em voar.

Draco arremessou o objeto redondo com toda a sua força, e Harry não pensou duas vezes em ir atrás, focado exclusivamente em seu objetivo, ele voou tão rápido por toda extensão percorrida pelo Lembrou até o alcançar, pegando pouco antes dele se estilhaçar contra a parede de pedra de uma das torres. Quando retornou ao chão, minutos depois ele foi ovacionado por seus colegas ao mesmo tempo que recebia olhares abertos de desprezo dos sonserinos.

Assim que seus pés tocaram o chão, ele foi engolido pelo grupo de alunos que o parabenizou por apenas um minuto antes da Professora McGonagall surgir apressada e carrancuda.

Ele ouviu quando a Madame Hooch disse para ninguém voar até ela voltar, ele não pretendia quebrar uma regra em sua segunda semana de aula, mas ele o fez, e não se arrepende. Então só se prepara para seu castigo enquanto percorre o castelo atrás da professora de transfiguração que apenas ignorou qualquer tentativa de explicação que seus colegas deram.

Ele não foi expulso, tão pouco pegou detenção, o que foi mais do que ele esperava depois da reação da professora, em vez disso ele conheceu Oliver Wood, um garoto do quinto ano — colega de quarto de Percy — que também é o capitão do time de Quadribol da Grifinória, e agora ele é o novo apanhador do seu time.

— O aluno mais novo a jogar no último...

— Século — ele completou a frase de Ron tão animado quanto o ruivo — mas não podemos contar a ninguém, Oliver quer fazer segredo.

Obviamente não funcionou, em um lugar com tantas pessoas, uma informação como essa vazaria e na hora do jantar vários alunos de sua mesa estavam falando sobre isso. Oliver não parecia feliz que sua carta na manga para a temporada de quadribol tivesse sido exposta antes mesmo dos treinos começarem.

Seu futuro parecia brilhar diante dos seus olhos, até uma cabeça loira com voz irritante se meter no caminho, novamente.

Em um segundo ele e Ron estavam discutindo com Malfoy e seus cães de guarda, no próximo eles tinham marcado um duelo à meia noite. Como ele chegou aqui ele não tinha certeza, mas não iria recuar agora.

Isso até se ver correndo ao lado de Hermione, que reclamou pelo que pareceu horas sobre o duelo, Ron e Neville que estavam presos do lado de fora porque esqueceram a senha. Infelizmente para os três, não só Draco, aquele pequeno covarde, não apareceu como eles quase foram pegos pela Madame Nor-r-ra e tiveram que correr por vários corredores para despistar o zelador e seu gato estranho.

Eles tiveram o azar maior de ainda encontrar Pirraça que os denunciou, cantando alto "Alunos fora da cama". Enquanto eles tiveram que desviar seu caminho de volta para a torre da Grifinória para se esconder.

Quando se viram presos no final de um corredor, Ron já estava desolado por não conseguir abrir a porta ali. Foi quando Hermione o empurrou para o lado e com o feitiço Alohomora ela destrancou a porta e os quatro entraram na sala escura.

Enquanto ouviam Pirraça caçoar de Filch no corredor, e então o homem ir embora irritado, Neville estava puxando a manga da roupa de Harry sem parar, até que enfim o menino se virou, empurrando o óculos pelo nariz.

A sala, não era exatamente uma sala com ele esperava. Só então ele percebeu onde estavam, no corredor proibido do terceiro andar, e diante de seus olhos, três pares de olhos caninos os encaravam de volta, três enormes focinhos se franzem enquanto o cão de três cabeças fareja o ar, um rosnado puxando suas bocas para que seus dentes pontiagudos fossem visíveis, e a saliva escorrendo pelos cantos de suas bocas.

Harry tateou a porta em busca da maçaneta — entre Filch e a morte, ele escolheria Filch muito obrigado. Assim que ele conseguiu alcançar o aro de metal ele o puxou, recuando para dar espaço para a madeira se mover, então tão rápido quanto quando eles entraram, os quatro estavam do lado de fora. O animal avançou contra a porta, e o quatro usaram suas forças e o peso de seu corpos para fechar novamente, trancando aquele bicho assustador na sala escura outra vez.

Que tipo de escola mantém uma coisa dessas por aí? Um feitiço e a porta tinha se destrancado, isso não pode ser seguro.

Eles correram de volta a Torre da Grifinória dando de cara com o quadro na entrada, ignorando as perguntas da mulher lá pintada, eles lhe deram a senha e em questão de segundos eles estavam protegidos dentro de sua sala comunal, todos ofegantes e assustados, mas inteiros.

Um momento depois e Hermione disse algo que chamou sua atenção. Ele não reparou é claro, no que tinha abaixo das patas daquele bicho, ele estava muito preocupado em não virar petisco para isso, mas aparentemente havia um alçapão, e cães costumam ser usados para proteger as coisas, pelo menos os grandes, como cães de guarda.

Mas o quê?

Ele foi para a cama pensando nisso, o que poderia ser. Bem Hogwarts é supostamente o lugar mais seguro, até mesmo na frente de...

Gringotes, ele pensou— Hagrid mesmo disse, Gringotes é o lugar mais seguro exceto por Hogwarts.

E Gringotes foi invadida na semana anterior. O mesmo cofre que ele visitou com Hagrid naquele dia, e do qual o meio gigante tirou um pequeno pacote. Que, agora, possivelmente está sendo protegido por aquele animal gigante.

No dia seguinte ele compartilhou seus pensamentos com as três crianças que estavam com ele. E enquanto Ron parecia interessado, Hermione e Neville não queriam nem saber sobre isso. Ela até parou de falar com eles depois disso.

Não que Harry estivesse reclamando, a menina metida a sabe tudo era tão mandona.

Enquanto eles estavam distraídos, uma coruja entrou no salão carregando um grande pacote que deixou cair na frente de Harry.

Ele leu o bilhete. Uma Nimbus 2000 que não deveria ser aberta para que os outros alunos não começassem a reclamar. Os primeiros anos não tem autorização para ter suas próprias vassouras — ele se lembrou. E Oliver estaria o esperando para a primeira sessão de treinamento naquela noite.

Enquanto Ron e ele saiam correndo do salão principal para poderem abrir o pacote em particular antes da primeira aula, eles esbarraram em Draco, Crabbe e Goyle. O loiro conseguiu alcançar o pacote, e ao apalpá-lo chiou indignado:

— Uma vassoura — ele a jogou de volta para Harry com uma clara expressão de inveja — agora você está ferrado Potter, primeiros anos não podem ter vassouras.

Antes que uma briga pudesse começar depois que Ron rebateu o professor Flitwick apareceu dispersando o grupo.

 

Tão ocupado com os treinos três noites por semana, além do dever de casa, Harry demorou até o Halloween para perceber a quanto tempo ele estava em Hogwarts, dois meses.

Após a aula de feitiços, onde Hermione se mostrou novamente, o que deixou Ron irritado novamente, ele fez um comentário cruel e ela sumiu pelo resto da tarde. E durante o jantar, enquanto todos aproveitavam o banquete, ele ouviu uma das colegas de quarto da morena dizer que a garota estava chorando no banheiro feminino.

Harry e Ron não deram muita atenção a isso até depois de Quirrell entrar correndo no salão, gritando a plenos pulmões:

— Trasgo... nas masmorras — então o homem de turbante roxo parou a três metros da mesa dos professores tomando fôlego — achei que devia lhe dizer.

E então desmaiou.

Todos começaram a gritar em desespero, até Dumbledore mandar todos de volta às suas comunais.

Foi no corredor, ainda no térreo, que Harry se lembrou de Hermione, puxando Ron com ele para fora da fila de alunos.

— Acabei de me lembrar de Hermione.

— O que tem ela? — o ruivo perguntou confuso e assustado.

— Ela não sabe do trasgo.

 


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