Uma Estrelinha em Nossos Corações escrita por BabyGirl


Capítulo 1
Realizando um Sonho


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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— Bom dia amor. - Luke a beijou carinhosamente nos lábios.  — Está melhor dos enjôos?

— Queria poder dizer que sim. Mas... - Cassie lhe respondeu entre pequenos beijos e segurando suavemente o rosto de Luke entre suas mãos.

— Parte ruim da gravidez?

— Sim. Aff… - Ela fez uma careta e os dois riram.

— Quer que eu pegue o remédio para enjôos que a doutora receitou?

— Por favor…

Tudo estava decorrendo tão bem. Cassie estava radiante com sua gravidez. Aguardava ansiosamente completar o primeiro trimestre para dividir a notícia com seus fãs. Contudo os membros de sua família e a banda compartilhavam dessa felicidade com a futura mamãe e o futuro papai.

Cassie e Luke haviam planejado e fizeram alguns ajustes financeiros e também em sua rotina. Cassie conseguiu controlar a diabetes e aderiu a uma alimentação mais saudável, depois de alguns meses finalmente aconteceu.

Cassie e Luke não conseguiam conter sua alegria.

Ela agora tinha uma nova rotina. Acordava cedo e fazia uma caminhada. Luke a acompanhava e depois ele ia pra sua corrida matinal. 

Ela fazia também exercícios físicos com uma personal e yoga para relaxar.

Ainda fazia shows com a banda, mas em menor quantidade. E trabalhava diariamente ou na gravadora ou no estúdio em seu novo apartamento.

Os momentos que mais gostava eram com Luke onde decidiam a mobília do quarto do neném e também o enxoval. Era quase uma briga, cada um queria uma coisa. Porém depois acabavam rindo e encontrando um meio termo que agradasse aos dois.

Se divertiam com os avós babões.  Tanto Marisol como Jacob estavam tão animados e radiantes e ansiosos com a chegada do neto ou neta.

Eles ainda não sabiam o sexo. Cassie estava de 12 semanas e aguardando o dia da ultrassonografia onde poderiam descobrir. 

 Outro momento polêmico era as sugestões dos nomes. Cassie não gostava de nada que eles sugeriam. Ela e Luke sempre discordavam. Era até engraçado. Eles acabavam se divertindo com isso. Quando Cassie não gostava mesmo do nome ela dizia "vou deixar o bebê nascer e ver qual nome combina com ele ou ela" aí sempre recebia umas caretas em resposta.

 

(...) 



Ela e o papai babão, que era o Morrow seu esposo, conseguiam ficar horas a fio conversando vários assuntos relacionados ao bebê. 

Ele gostava de contar histórias para o bebê e para Cassie. Ela gostava de ouvi-lo. Uma das favoritas era como eles se conheceram e casaram. Um verdadeiro conto às avessas que tinha tudo para dar errado. E hoje eles nem podiam acreditar que eram um casal apaixonado e feliz aumentando a família. 

Já o que Cassie amava fazer era cantar para o seu bebê. Cantava suas músicas preferidas. Também aproveitava momentos de inspiração para compor. Sobre essa nova emoção, esse momento tão especial e sobre seu filho ou filha, que lhe inspirava muito. Já havia composto algumas letras e duas canções já tinham também melodia.

Ela estava deitada cantando baixinho enquanto acariciava sua barriga. 

E de frente para ela Luke adormecera ao som suave da canção. 

— É o papai dormiu… será que com você vai ser fácil assim te colocar para nanar?

Ela fez carinho na barriga e em seguida acariciou o rosto de Luke com seu polegar. Sua expressão facial era suave e serena. Beijou-lhe a testa e ajeitou o lençol para mantê-lo aquecido. 

Passou a imaginar com quem seu bebê seria parecido. Com ela? Com Luke? Um pouco dos dois? Com algum parente? 

E sua personalidade? … Assim ela adormeceu também. 





(...) 




Foi um domingo bem agitado para os futuros papai e mamãe. A ansiedade deles era tanta que resolveram montar o bercinho e ir arrumando as coisas no quarto do bebê. 

— Eu não vou colocar meu filho aí não. 

— Nosso filho Cassie, nosso. E não vai por quê? 

— Está sobrando parafusos e se está sobrando peças é porque está errado.

— Eu li o manual e fiz direitinho como manda as instruções. 

— Hummm… eu falei para você contratar um armador profissional. 

— Não precisa. Eu sei fazer.

— Já disse e repito. Não vou colocar meu bebê nesse troço.

Saiu batendo o pé. Cassie realmente estava irritada.

— Será que eu não fiz direito?

Luke resmungava e olhava para o manual e as peças que sobraram.

Não teve jeito e por questão de segurança resolveu chamar seu pai para ajudar.

No início da noite toda a mobília já estava montada e o mais importante da forma correta, Cassie estava mais tranquila e também radiante.

— Ai sogrinho, só você mesmo para me deixar tranquila. O imbecil do seu filho estava fazendo tudo errado.

Jacob segurou o riso e não defendeu o filho. A mulher grávida à sua frente tinha toda a razão. 

Luke e o pai após um banho foram jantar, no entanto Cassie estava muito elétrica para isso. Estava arrumando o bercinho. Eram tantas coisas para amarrar e montar, que a faziam resmungar e bufar.

Jacob se despediu dos dois e foi para sua casa. Luke se preparou para encarar a fera, sua amada esposa.

Abriu a porta do quarto do bebê vagarosamente.

Cassie percebeu imediatamente a presença do marido.

— Olha isso Luke. Não está lindo?

Por sorte ela não estava mais brava. Sua voz era suave e embargada.  Ela estava emocionada.

Ele passou a observar tudo e foi se aproximando de Cassie. A abraçou por trás e ela repousou a cabeça em seu peito. Ele não pode segurar, estava emocionado também. 

Ficaram alguns minutos assim contemplando o quartinho que o mais novo membro da família ocuparia em alguns meses.

— Vamos tirar fotos, amor?

Ela concordou.

Tanto Cassie como Luke pegaram seus celulares e começaram a tirar fotos e selfies no quarto do bebê. 

Mandaram algumas para Marisol,  Jacob e também para os companheiros de banda.

Estavam cansados e sentaram na poltrona. Cassie entre as pernas de Luke. Ele pegou na mão da esposa juntou com a sua e as levou até a barriguinha dela. Que tinha apenas uma pontinha saliente. 

Cassie estava se cuidando e estava no peso ideal para as semanas de gestação que estava.

E assim juntinhos perderam a noção do tempo, conversando e rindo. Também externando seus medos e dúvidas, pois ambos eram pais de primeira viagem.

O mais importante de tudo era seu amor que estava forte a cada dia. E também a promessa de enfrentar qualquer desafio ou dificuldade juntos.



(...)

 

O casal estava em sua cama, deitado  confortavelmente, de frente um para o outro. Com uma mão Luke acariciava os cabelos de Cassie e com a outra a barriguinha dela onde estava seu filho.

Durante um bom tempo estavam assim apenas se olhando, não precisavam dizer nenhuma palavra para se entender. Luke beijou-lhe a testa e ela fechou os olhos apreciando o momento.

— Você tem preferência? - Ele questionou olhando a esposa com adoração.

— Não. Você tem?

— Se for uma menininha, não vou reclamar.

— Você gosta de sofrer porque se ela for um pouquinho só igual a mim…

— Se eu for sofrer vai ser por amor.

Cassie sorriu.

— Seu Bobo… eu te amo.

Eles se beijaram um beijo longo e sem pressa. Apenas demonstrando os sentimentos que tinham um pelo outro.

— Eu também te amo Cassandra Salazar.

 

(...) 

 

Cassie estava na gravadora, mas ligou para Luke se ele podia ir buscá-la. Ela não estava se sentindo bem e preferia ir para casa. Em poucos minutos ele apareceu.

— O que foi amor? O que tem?

— Não sei explicar direito, um mal-estar. Quero ir para casa e descansar um pouco.

— Vamos.

Eles se despediram de todos e Luke a levou para casa. Por sorte o trânsito estava bom, sem engarrafamento ou lentidão. Durante o percurso Cassie ficou em silêncio e Luke respeitou esse momento dela. Em pouco tempo chegaram. 

— Quer comer alguma coisa? - Luke estava ficando preocupado. Cassie não era assim.

— Agora não estou com fome. Mais tarde posso tomar uma sopa ou comer algo leve.

— Tudo bem. Vou fazer uma sopa para você. Quer tomar um banho?

— Sim.

Luke ajudou sua amada a tomar um banho rápido. Não fez nenhum tipo de gracinha. Ver Cassie assim estava lhe dando uma angústia no peito que ele não sabia explicar.

— Está sentindo dor?

— Um pouco de dor nas costas, mas não está muito forte.

Luke a ajudou a se vestir. Colocou uma camisola branca de algodão,  bem confortável. 

— Deita aqui se apoiando em mim pra ficar mais confortável. - Ele convidou.

Eles se aconchegaram. Luke apagou as luzes deixando apenas a luminária do seu lado da cama acesa. 

Fez carinho na esposa até ela adormecer.

Ele se levantou com cuidado para não acordá-la.

Preparou uma sopa bem gostosa para quando Cassie acordasse.

Porém quando ela acordou tomou apenas algumas colheradas da sopa depois de Luke insistir muito. Eles resolveram deitar. Acabaram por adormecer.

Pouco tempo depois Cassie acordou. Sentia uma cólica muito forte. Que mal conseguia se mover. 

— Luke. Luke - ela começou a gritar.

Ele acordou assustado sem entender o que estava acontecendo.

Cassie ficou mais desesperada ao sentir um líquido quente escorrer por suas pernas.

Luke pulou da cama e acendeu a luz.

Cassie e a cama estavam com sangue.

— Não pode ser. - Ela repetia desesperada. — Não! - começou a gritar.

— Calma Cassie. Vou ligar para a emergência.

— Não Luke, não pode ser. Meu bebê não. - Cassie chorava de desespero. 

Luke não sabia o que fazer. Apenas a abraçou tentando acalmá-la. Precisavam esperar a ambulância chegar.

A dor foi se intensificando e também o sangramento. E na mesma proporção o desespero e aflição de ambos.

— Não. O meu bebê  não, não, não

 

 

 

 

  


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