A menina que queria alcançar as estrelas escrita por MeliVick


Capítulo 2
Capítulo 2 - A estrela


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal!
Como prometido, voltei com mais um capítulo dessa história! Espero que gostem!



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Tudo o que a menina sentiu foi durante o brilho, foi uma brisa e uma mão quente segurando ela pelo antebraço esquerdo. O cheiro de queimado sumiu, o barulho da cidade diminuiu e só o que ela escutava era o som do vento.

— Vai ficar tudo bem. Confia em mim. - Disse a voz gentil, era uma voz feminina e passou a tranquilidade que a menina estava precisando. — Agora abra os olhos.

Aline abriu os olhos e se espantou em primeiro ponto com o que estava vendo. Ela deu alguns passos à frente e girou em seu próprio eixo para ver com exatidão onde estava, até achar a salvadora, e novamente um espanto surgiu. O ser deu dois passos para trás ao ver o olhar espantado da pequena e se apoiou na árvore que estava em sua retaguarda.

O lugar era lindo e fantástico para os olhos da menina. Elas estavam em meio a uma clareira. A clareira tinha uma grama que não era de uma cor tão normal. Ela tinha um tom roxo e parecia mais com pétalas de flores do que com o aspecto de grama. Ao olhar para mais distante, ela via árvores com tons rosados e púrpuras. Abaixo delas, em cima da grama, haviam flores rosas que pareciam brilhar e pequenos vagalumes que voavam entre elas. Já sua salvadora parecia humana.

— Me-meu céu… Eu juro que vou te levar para casa só quando tiver certeza de sua segurança, viu? Não… Não chore… — O ser saiu de perto da árvore e ajoelhou na altura da menina, e por isso ela conseguiu ver melhor as características, pois a luz da lua a iluminou.

Ela tinha a pele mais branca que Aline já tinha visto. Seus olhos eram lilás. Ela tinha o rosto alongado, com um queixo pontiagudo e o contorno arredondado, que se estendia para as orelhas, que também tinham pontas na parte superior. Seu cabelo estava amarrado em um coque desajeitado. O cabelo dela tinha uma cor azulada bem leve. A boca dela tinha lábios roxos, que pareciam até com o batom que a mãe de Aline usava às vezes. O corpo da mulher era também bem maior do que parecia ser o normal dos pais de Aline. Ela tinha braços longos e mãos com pontas, como se as unhas fossem parte de sua carne. Ela usava roupas estranhas para o ver da menina. É como se ela usasse um lençol amarrado de forma completamente desarrumada. Ele era preto, mas como parecia ser um pano mais fino, era como se fosse maior e tivesse sido amarrado duas vezes em volta do corpo dela, em um vestido. O mais interessante para Aline era que parecia que tinha glitter nele, de tanto que ele brilhava.

— Qual o seu nome? - Aline perguntou e a pessoa que a salvou, pareceu espantada e levou as mãos ao rosto, como se tentasse esconder uma vergonha.

— Alya - Ela respondeu de forma serena e suas orelhas estremeceram de leve.

— Você é a estrela?

Alya encarou a menina e logo olhou para a grama fofa onde estava ajoelhada. Ela suspirou e ajeitou o corpo para se sentar.

— É, mais ou menos… — Ela continuou olhando para a grama enquanto passava os dedos por entre o gramado. — Eu… Não sei como explicar muito bem. E eu acho que não posso… E eu vou te levar de volta, eu juro. Você precisa voltar.

— Mas… Minha casa vai estar destruída… Por minha causa… — A menina se sentou junto de Alya e dessa vez ela conseguiu olhar para o céu, e percebeu que a lua parecia muito maior do que o normal, e além disso, era como se a luz das estrelas estivessem também mais próximas. 

— Nãaao… Não foi sua culpa, pequena humana… Você pediu ajuda e você estava sozinha. Estava com muito e muito medo. Nós podemos voltar antes daquilo. Você não vai ficar mais sozinha e nem com medo. A culpa não é sua. — Alya se aproximou da criança e afagou sua cabeça em um gesto delicado e amoroso, que fez o coração de Aline esquentar. — Nós estamos no Primeiro Céu. Aqui se chama Primeiro Céu. — Ayla repetiu e sorriu ao falar o nome novamente. — O Primeiro Céu é o berço das estrelas menores. As estrelas maiores estão no Céu Absoluto. E no Céu Absoluto está o criador e a força da Estrela Soberana. A grande Estrela Soberana é aquela que dá força para todas nós.
Aqui a gente está no Bosque Celeste. O Bosque Celeste é o lugar onde as Estrelas Menores repousam depois de vir do Céu Alustre. Se assemelha bastante com a natureza terrestre, por isso você está aqui, pequena humana. — Após explicar isso tudo, Alya sorriu e bateu palminhas com suas mãos longas e finas.

— Eu não sabia que isso existia… — Aline falou, coçando as bochechas.

— Os humanos não conseguem saber… Só se viessem aqui… — Alya sussurra para a criança e sorri. —  A Estrela Mãe também não gosta de interferir na vida dos humanos… E é por isso que eu tenho que te levar de volta. — Ela diz determinada mas ao mesmo tempo, triste.

— E como vamos voltar para minha casa? — A criança pergunta curiosa, olhando atentamente para a Estrela.

— Venha. — Alya levanta e estende a mão para a criança — Vai ver como vamos voltar para como tudo era antes.

Aline sorriu ao ver a mão da estrela, mas, seu coração ficou com medo de voltar.


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