Duskwood City, 11:08 am.

Era mais um dia comum na delegacia e Alan estava em sua sala, sentado à mesa e conversava com alguém, que estava sentado à sua frente.

(Alan) - E então, o que me diz sobre isso? 

(Adie) - Era realmente necessário me chamar até aqui por conta disso? – Ela estava levemente indignada.

O policial Brandon, que estava de pé em frente a porta, observava-os.

(Alan) - Para nós policiais, todo detalhe é importante, senhorita. E, convenhamos que não se trata de um detalhe qualquer.

(Adie) - Era só ter me perguntado e eu lhe diria sem cerimônia.

(Alan) - E você acha comum alguém se apresentar em uma delegacia apenas com um apelido e sem o sobrenome?

(Adie) - Bom, eu apenas acreditei que pelo fato do senhor já saber quem eu sou, não teria porque formalidades.

(Alan) - Eu não sei quem você é, senhorita. Estou tentando descobrir.

(Adie) - Hum, será que é só isso mesmo, senhor Bloomgate? – Ela ironizou.

Alan arqueou uma de suas sobrancelhas.

(Alan) - Você está dando muitas voltas e até agora não respondeu minha simples pergunta, senhorita. Portanto, irei repeti-la... – Ele escorou os braços na mesa, olhando-a de forma intimidadora. - Qual é o seu verdadeiro nome e sobrenome?

Olhando-o nos olhos e demonstrando serenidade, Adie abriu sua bolsa, que estava sobre seu colo, pegou sua carteira e tirou sua identidade de dentro dela.

(Adie) - Veja com seus próprios olhos, para que não tenha pretextos para duvidar da minha palavra. – Ela entregou o documento para o delegado.

Alan olhou para o documento que ela segurava à sua frente e depois a olhou e o pegou. Em seguida, ele se recostou em sua cadeira e o analisou com calma.

(Alan) - Hum, senhorita Folsham... – Ele a olhou - Você tem um belo nome, deveria evidenciá-lo mais vezes. – Ele entregou o documento, esboçando um leve sorriso sarcástico.

Adie arqueou uma de suas sobrancelhas e pegou seu documento.

(Alan) - Prefere que eu continue chamando-a pelo apelido?

(Adie) - O senhor é quem decide.

(Alan) - Certo, senhorita Adie Folsham. Que tal? Viu como soa melhor? – Ele esboçou um sorriso debochado.

(Adie) - Já posso ir? – Ela perguntou séria.

Alan a encarou por alguns segundos, ainda com um leve sorriso.

(Alan) - Brandon, acompanhe a moça até a saída. 

(Brandon) - Sim, senhor Blommgate.

Adie logo se levantou e seguiu até a saída.

(Alan) - Até logo, senhorita. 

Adie não respondeu e saiu, acompanhada por Brandon, que fechou a porta.

Ao chegar do lado de fora da delegacia, Adie parou e olhou para Brandon, que ficou parado na porta. 

(Adie) - Obrigada por me acompanhar.

Ele sorriu sutilmente.

(Brandon) - Disponha. Até mais, senhorita Folsham. 

Estando séria, Adie o olhou por alguns segundos e apenas assentiu com a cabeça. Em seguida, ela colocou seus óculos escuros e seguiu até seu carro. Brandon permaneceu olhando-a, até que ela saiu com o carro e ele entrou para a delegacia.

Mais tarde, Cleo enviou uma mensagem no grupo dos amigos.

CHAT:

                          Conversa em Grupo

(Cleo) - Boa tarde, pessoal!

Cleo enviou uma foto de sua mão segurando uma chave, que tinha um chaveiro de casa.

(Cleo) - Já podemos começar a arrumar as malas.

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(Adie) - Uau! Isso foi bem mais rápido do que eu esperava

(Lilly) - Realmente

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(Cleo) - A casa é bem espaçosa e fica a 45 minutos de Duskwood

(Cleo) - Eu já estive lá com minha família a uns anos atrás

  Dan está agora online

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(Hannah) - Que ótimo!

(Hannah) - Estou bastante animada com essa mudança ☺️

(Cleo) - Acho que todos nós estamos da mesma forma

(Cleo) - Vai nos fazer muito bem essa mudança

(Adie) - Concordo

(Lilly) - Já vou começar a arrumar minhas coisas

(Dan) - Já vou limpar meu revólver

(Cleo) - Nada de armas, Dan!

(Adie) - Não há necessidade de armas dessa vez, Jack Daniels.

(Dan) - Nossa, vocês são muito sem graça

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(Jessy) - Uau! Então já podemos nos mudar?!

(Cleo) - Sim

(Thomas) - Quando podemos ir?

(Cleo) - Que tal amanhã de manhã?

(Thomas) - Às 8:00?

(Adie) - Ótimo.

(Jake) - Ok.

(Dan) - Ok

(Hannah) - Perfeito

(Jessy) - Excelente

(Lilly) - Ok

(Cleo) - Para mim também está ótimo

(Cleo) - Podemos nos encontrar na praça do mercado

(Cleo) - Vou guiá-los até lá

(Adie) - Certo :)

(Dan) - Ok

(Thomas) -

(Hannah) - Certo

(Jessy) - Ok

(Lilly) - Ok

(Jake) - Ok.

(Cleo) - ;)

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Em Duskwood havia extensas florestas inexploradas. Dificilmente alguém caminhava para dentro de alguma delas e, depois do caso do Homem Sem Rosto, que abalou a pequena cidade, ninguém se aventurou nem mesmo a se aproximar delas. Mas algo pareceu mudar de repente. Em uma área da floresta bastante calma, era possível ver um homem caminhando. Ele estava trajado com roupas pretas, calça e um moletom com um capuz que cobria sua cabeça. Ele mancava de uma perna, o que o fazia caminhar lentamente, mas ele logo chegou na porta de uma pequena cabana em ruínas e a abriu. A cabana estava iluminada por velas e havia uma parede com algumas fotos coladas. Estranhamente, as fotos eram de uma única pessoa em várias situações. Ela sentada à mesa na Cafe Rainbow, com amigos. Ela dentro de um carro, usando óculos escuros. A placa do carro. Ela em frente a um hotel, abraçada com um homem. E ela em frente a delegacia, recostada em seu carro, enquanto olhava para o lado esquerdo. Ao se aproximar da parede, aquele homem colocou mais uma foto daquela mesma pessoa. Nessa foto, era possível enxergá-la melhor e ela parecia estar olhando diretamente para quem a fotografou, enquanto falava ao celular, estando em frente ao hotel da Sra. Walter. Era ela, Adie.

Quando já era noite, todos estavam terminando de fazer as malas. Dan dobrava e guardava algumas jaquetas. Jessy saiu do banheiro, segurando alguns cremes e perfume e os colocou na mala, que estava aberta sobre a cama. Cleo dobrava algumas blusas e sua mãe, Miranda, a ajudava. Hannah dobrava algumas calças e colocava em sua mala, enquanto Lilly pegava alguns itens de maquiagem. Thomas dobrava algumas camisas e colocava em sua mala. E Jake, estava desmontando seu computador para guardá-lo em uma segunda mala, que estava sobre a cama. Enquanto estava distraído com o desmonte de seu computador, alguém bateu na porta de seu quarto e ele logo se intrigou, pois a recepcionista não havia lhe comunicado sobre a presença de algum visitante. Receoso, ele se aproximou da porta e olhou pelo olho mágico e, ao ver quem era, respirou aliviado, esboçando um leve sorriso e abriu a porta.

(Adie) - E aí, precisa de ajuda com as malas? 

(Jake) - Vindo de você, é indispensável. 

Adie sorriu e o abraçou, lhe dando um beijo nos lábios. Após o beijo, ela entrou e Jake fechou a porta. Ao ver uma das malas aberta sobre a cama de Jake e notando que um de seus monitores estava dentro, ela se surpreendeu.

(Adie) - Você trouxe tudo isso só nessa mala?! 

(Jake) - Não. – Ele foi até a cama e puxou uma terceira mala de debaixo da mesma. – Também tem essa aqui.

(Adie) - Ah sim. Sabe... Eu estou feliz de verdade por poder fazer essa mudança. – Ela sorriu.

Ele sorriu sutilmente, olhando-a com ternura.

(Jake) - Esse sorriso lindo não deixa dúvidas. 

Ela continuou sorrindo e se sentou na cama, ao lado da mala, enquanto Jake continuava guardando cuidadosamente as peças de seu computador.

(Adie) - Quer saber algo sobre mim?

(Jake) - Sempre, minha linda. – Ele foi até a mesa e pegou seu mouse.

(Adie) - Mudanças me deixam ansiosa. 

Jake a olhou, enquanto enrolava o cabo de seu mouse e se aproximava da cama para guardá-lo.

(Jake) - E porque?

(Adie) - Bem... são mudanças. E o novo é sempre conflitante para algumas pessoas.

(Jake) - Hum. Se você não tivesse me dito, eu jamais iria notar que você está ansiosa. – Ele foi até a mesa novamente e pegou o notebook.

(Adie) - Hum… – Ela sorriu sutilmente. - Depois te ensino meus truques para disfarçar.

Ele sorriu sutilmente e voltou para perto da cama, segurando o notebook.

(Jake) - Ótimo.

Ele deixou o notebook sobre a cama e abriu uma mochila para colocá-lo.

(Adie) - Jake...

(Jake) - Hum? – Ele respondeu sem olhá-la, guardando o notebook dentro da mochila.

(Adie) - Hoje eu tive que ir até a delegacia falar com o Alan de novo.

Jake logo a olhou, enquanto ajeitava o notebook dentro da mochila.

(Jake) - O quê?!

(Adie) - É... E o motivo você não vai acreditar. – Ela balançou a cabeça em negação.

(Jake) - E qual foi?

(Adie) - Ele queria saber meu nome e sobrenome.

Jake arqueou uma de suas sobrancelhas.

(Jake) - Mas... – Ele desviou o olhar por um breve momento, estando confuso. - Você não disse no primeiro dia?

(Adie) - É… então… Não.

Jake arqueou uma de suas sobrancelhas novamente.

(Adie) - Acontece que eu simplesmente esperei que alguém perguntasse. – Ela deu de ombros. - E esse erro idiota fez com que ele suspeitasse que eu escondo meu nome e sobrenome por algum motivo maior.

(Jake) - Hum, se analisarmos bem, realmente dá essa impressão. Até mesmo seus amigos não sabem seu nome e nem seu sobrenome, até então.

(Adie) - Sinceramente, isso é algo que me intriga. – Ela cruzou os braços e desviou o olhar. - É estranho eles confiarem tanto em mim, a ponto de nem sequer me questionarem sobre isso.

Jake parou tudo que estava fazendo e a encarou por alguns segundos. Estranhando seu silêncio, Adie voltou a olhá-lo.

(Adie) - O que?

Ele sorriu sutilmente.

(Jake) - Nada. É só que… Você ganhou até mesmo a confiança plena de um hacker fugitivo da justiça. Depois disso, já não preciso dizer que confiar em você é algo inevitável, é natural.

Ela sorriu e desviou o olhar por um breve momento, com timidez.

(Adie) - Mas… - Ela se levantou e se aproximou dele - Diferente deles, você sabe muito mais sobre mim. E sabe porquê? – Ela o abraçou pelos ombros e Jake a abraçou pela cintura.

(Jake) - Porque? 

(Adie) - Porque eu confio plenamente em você. – Ela aproximou seus lábios dos dele. - Só em você. – Ela sussurrou, olhando os lábios dele e depois, o olhou nos olhos.

Olhando-a, Jake esboçou um leve sorriso apaixonado e a beijou. O beijo apaixonado durou por alguns segundos, até que eles se afastaram devagar, ainda sorrindo sutilmente.

(Adie) - Bem, enquanto você termina de organizar suas coisas, eu vou sair para comprar comida. Está com fome?

(Jake) - Uhum. – Ele lhe deu outro beijo breve.

(Adie) - Então, eu já volto. – Ela lhe deu um selinho e deu alguns passos para trás, se afastando dele, até que se virou e seguiu até a porta.

Após ela sair, Jake voltou sua atenção para a arrumação de suas malas.

No dia seguinte, Jake despertou, mas, antes de abrir os olhos, se virou para o lado direito e levou seu braço em direção a Adie, que havia dormido com ele, para abraçá-la, acreditando que sentiria ela ali. Porém, ele logo se intrigou ao perceber a cama vazia e abriu os olhos imediatamente. Ele olhou à sua volta, procurando-a pelo quarto, até que a viu próxima a janela, olhando para o lado de fora. Ele esboçou um doce sorriso ao vê-la e se levantou. Adie continuou distraída e não ouviu seus passos se aproximando, até que foi surpreendida pelos braços dele, envolvendo-a em uma abraço carinhoso por trás.

(Jake) - Bom dia! – Ele a beijou no pescoço.

Ela sorriu e se aconchegou nele.

(Adie) - Bom dia, meu amor!

Ela se virou, ficando de frente para ele e abraçando-o pelo pescoço.

(Adie) - Ainda é cedo, porque levantou? 

(Jake) - Na verdade, eu não sei que horas são.

(Adie) - Bem, quando me levantei, eram 5:29.

Jake ficou levemente surpreso.

(Jake) - Porque acordou tão cedo se só temos que sair às 7:40?

(Adie) - Como eu disse, mudanças me deixam ansiosa.

(Jake) - Hum… Então… Eu vou ajudá-la a dormir mais um pouco. – Ele deu alguns passos de costas para a cama, puxando-a levemente com ele, enquanto ainda abraçados.

Adie se intrigou e parou.

(Adie) - O que pretende fazer?

(Jake) - Vem, confie em mim. – Ele se virou e a puxou pela mão, guiando-a até a cama.

Ele se deitou e ela fez o mesmo. Os dois ficaram um de frente para o outro e ele começou a acariciar o rosto dela, enquanto ela o olhava com ternura.

(Adie) - Já que pretende me fazer dormir, que tal cantar uma música de ninar? 

Jake ficou levemente surpreso.

(Jake) - Ah… Cantar?

(Adie) - Uhum. – Ela esboçou um sorriso debochado.

Jake sorriu, ao mesmo tempo que tentava conter sua timidez.

(Jake) - Ok, feche os olhos então.

Adie ficou surpresa.

(Adie) - Espera… É sério que vai cantar? Eu estava brincando.

Ele sorriu.

(Jake) - Mas agora eu vou cantar.

(Adie) - Ah, Deus… – Ela segurou o riso. - Tudo bem, então. – Ela fechou os olhos. - Pode começar.

(Jake) - Certo, vamos lá... Boa noite, boa noite, coberta de rosas, preso com… – Ele se esqueceu da letra e tentou se lembrar por alguns segundos, enquanto Adie segurou ainda mais o riso, pressionando os lábios para dentro, mas ainda de olhos fechados. - Hum... ah, sim – Ele se lembrou. - Com pregos. Deslize sobre o convés! Amanhã de manhã, se Deus quiser você será acordado novamente.

Adie não conseguiu mais segurar a risada e se virou dando gargalhada. Jake também não pôde se conter e riu de si mesmo.

(Adie) - Depois dessa eu, definitivamente, não vou mais conseguir dormir. – Ela disse entre o riso.

(Jake) - Eu canto tão mal assim?

(Adie) - Hum… – Ela o olhou, segurando o riso por alguns segundos. - Sim, você canta. – Ela riu novamente.

Jake também riu e os dois continuaram se divertindo até chegar a hora da mudança.

Duskwood City, 7:55 am.

Naquela linda manhã fria e ensolarada, Cleo, estando juntamente com Dan no carro, estacionou próximo à praça do mercado, sendo os primeiros a chegarem. Enquanto esperava os demais, ela pegou seu celular para olhar as redes sociais, enquanto Dan recostou sua cabeça no banco e fechou seus olhos para cochilar.

Depois de 5 minutos, alguém buzinou o carro bem ao lado, fazendo com que Dan se assustasse e logo olhasse em direção. Ao ver que era Adie, que havia parado ao lado e acenava para ele com um sorriso debochado, ele, que estava de óculos escuros, apenas mostrou o dedo do meio para ela. 

Depois de mais alguns minutos, Thomas chegou e no carro estavam Lilly, Hannah e Jessy. Ele buzinou para Adie e Cleo, que também buzinaram para ele. Dan, que havia voltado a cochilar, se assustou novamente.

(Dan) - Vem cá, qual é o problema de vocês?! 

Cleo riu.

(Cleo) - Isso significa que é hora de acordar, Danzinho!

Ele a olhou com cenho franzido e bufou, balançando a cabeça em negação e voltando seu olhar para frente.

Após a chegada de todos, Cleo ligou o carro e saiu. Os demais logo ligaram os carros e a seguiram, todos a caminho do lugar que tinha como principal objetivo, o recomeço.

Aproximadamente 45 minutos depois, eles chegaram na casa. Ao pararem o carro em frente, todos se impressionaram com o tamanho e a beleza externa da casa. 

(Lilly) - Uau! – Ela admirou boquiaberta, enquanto saía do carro.

Os demais também saíram do carro e se aproximaram uns dos outros.

(Cleo) - É linda, não é? – Ela perguntou sorridente.

(Jessy) - Maravilhosa! 

(Thomas) - É realmente muito bonita!

Era um lugar lindo e reservado. Em volta, se via apenas muitas árvores, uma vista linda e que trazia muita paz. Estando com as chaves, Cleo foi até a porta, a destrancou e todos entraram.

A primeira vista que eles tiveram ao entrarem na casa, foi de uma sala média. Havia uma Smart TV de 50 polegadas e dois sofás, um com três lugares e outro com dois lugares.

Enquanto todos observavam cada detalhe estando maravilhados com a beleza, Dan olhou em direção a TV e notou algo.

(Dan) - Não posso acreditar no que estou vendo… – Ele ficou boquiaberto e se aproximou do que lhe surpreendeu.

Todos o olharam.

(Dan) - Aqui tem um PS5! – Ele disse empolgado, enquanto apontava para o Playstation.

Thomas também se surpreendeu.

(Thomas) - Minha nossa!

Dan pegou o controle da TV, que estava ao lado, a ligou e em seguida, pegou o controle do Playstation e o ligou. Thomas logo se aproximou para ver os jogos que tinha e Cleo revirou os olhos.

(Cleo) - Bom, enquanto isso, vamos conhecer o resto da casa. – Ela disse aos demais.

(Adie) - Espera… – Ela, que os olhava curiosa, foi até eles. - Quais jogos tem aí? – Ela perguntou ao se aproximar.

(Lilly) - Eu também quero ver. – Ela também foi até eles.

(Dan) - Se liguem nessa maravilha! – Ele começou a mostrá-las os jogos.

Cleo arqueou uma de suas sobrancelhas e bufou.

(Jessy) - Acho que vamos ter que esperar um pouco… 

(Hannah) - É… Eu também acho.

Jake, sem dizer nada, também se aproximou dos demais para ver os jogos disponíveis.

Depois de algum tempo, Cleo finalmente pôde mostrá-los o resto da casa e eles se aproximaram de uma escada não muito extensa.

(Cleo) - Tem 5 quartos no andar de cima, venham comigo.

Todos começaram a subir as escadas e, quando todos estavam prestes a chegar ao topo, ouviram alguém raspar a garganta, estando lá em baixo. Ao olharam para trás, notaram que haviam esquecido de algo… ou alguém.

(Dan) - Vocês não se esqueceram de nada? É isso mesmo? – Ele estava com os braços cruzados, olhando-os com raiva.

(Cleo) - Oh, céus... desculpe, Dan! – Ela desceu apressadamente.

(Dan) - Pode parar! Eu sei que você fez de propósito. 

Cleo não disse nada e o ajudou a subir com a cadeira de rodas.

(Dan) - E não pense que eu não vi você rindo! – Ele apontou para Adie, que logo tapou a boca, escondendo seu sorriso debochado.

(Dan) - Estou vendo que não vou aguentar nem uma semana aqui com vocês.

Estando todos no andar de cima, Cleo abriu a porta do primeiro quarto.

(Cleo) - Bem, esse tem apenas uma cama, mas é de casal. Quem gostaria de ficar aqui?

Todos observaram o quarto por alguns segundos.

(Jake) - Se importam se eu ficar nesse? 

(Cleo) - Claro que não, Jake. É todo seu. 

(Jake) - Obrigado.

(Cleo) - Bem, vamos ao próximo.

Jake ficou em seu quarto e colocou a mochila que carregava com seu notebook sobre a cama, enquanto Cleo saiu, guiando os demais até o próximo quarto, que ficava um pouco à frente.

(Cleo) - Ah, aqui tem quatro camas. Pensei que talvez pudesse ser o meu, da Lilly e da Jessy. 

Adie se intrigou.

(Adie) - E eu? 

Cleo também se intrigou.

(Cleo) - Bom… Eu pensei que você fosse dormir com o Jake.

(Adie) - Ah… Bem… – Ela desviou o olhar, constrangida. 

(Dan) - Hum, e depois o indiscreto sou eu. 

Cleo ficou constrangida.

(Cleo) - M-Me desculpe, Adie. É que como vocês estão juntos, eu...

(Adie) - Tudo bem, Cleo. Não se preocupe.

(Cleo) - Então... Esse também será o seu quarto, a quarta cama é toda sua. – Ela sorriu, ainda constrangida.

Adie sorriu sutilmente.

(Adie) - Obrigada. 

Adie, Lilly e Jessy ficaram no quarto, olhando melhor os detalhes e se aconchegando. Os demais seguiram para o próximo, que era também de casal.

(Hannah) - Que tal se esse for o nosso? – Ela perguntou para Thomas, que observava o quarto.

(Thomas) - Será ótimo. Eu também gostei muito desse aqui.

Cleo sorriu.

(Cleo) - Bem, agora falta o seu, Danzinho. Vem comigo.

Cleo o guiou até o próximo quarto, que tinha duas camas.

(Cleo) - Bem, temos esse com duas camas e o próximo tem uma cama de casal. Você decide em qual vai ficar. 

(Dan) - Quero o próximo, prefiro uma cama maior. – Ele se virou com a cadeira e seguiu para o próximo quarto.

(Cleo) - Certo. – Ela o acompanhou.

Quando já era noite e todos já haviam arrumado suas coisas nos quartos, Adie, Jake, Lilly e Hannah, estavam  na varanda, sentados à uma mesa de seis lugares. Alguns instantes depois, Cleo, Thomas, Jessy e Dan, vieram da cozinha com algumas cadeiras e algumas bebidas. 

(Dan) - Ei, Adie, olha o que eu trouxe... – Ele mostrou uma garrafa de Jack Daniels.

(Adie) - Uh! – Ela se animou. - Esse não podia faltar! 

Jessy e Cleo colocaram sobre a mesa alguns copos, junto de uma outra garrafa de vinho. Adie pegou um dos copos e estendeu para que Dan a servisse, mas ele colocou menos que uma dose e ela arqueou uma de suas sobrancelhas. 

(Adie) - Tá de brincadeira, né?

(Dan) - Aposto que você não vai aguentar nem isso. 

(Adie) - Hum… – Ela deu uma leve risada sarcástica. - Não me subestime.

Dan arqueou uma de suas sobrancelhas e esboçou um leve sorriso ladino.

(Dan) - Certo… – Ele virou um pouco mais da bebida para ela, enchendo o copo até um pouco abaixo da metade. - Essa eu quero ver.

Adie esboçou um leve sorriso ladino e os demais começaram a observá-la.

(Thomas) - Qual é o desafio? Beber tudo de uma vez? 

(Dan) - Ah, boa ideia, Tommy! 

Adie olhou Thomas por um breve momento e voltou seu olhar para Dan.

(Adie) - Certo… Se é isso que vocês querem, vamos lá. – Ela suspirou e virou o whisky de uma vez, sem nenhuma dificuldade ou intimidação e fez uma leve careta ao engolir.

(Thomas) - Mandou bem!

(Adie) - Aaah. – Ela colocou o copo sobre a mesa e olhou para Dan, que a olhava com o cenho franzido. - Serve mais e não se preocupe, não pretendo dirigir esta noite. – Ela piscou para ele, sorrindo com deboche.

(Dan) - Eu te odeio, é sério. – Ele a serviu.

Depois de alguns minutos, o jantar ficou pronto e Cleo, com a ajuda de Jessy e Adie, serviram a mesa.

Enquanto jantavam ao ar livre e conversavam sobre várias coisas, o telefone de Jessy tocou e ela logo o tirou do bolso de sua calça para atendê-lo.

(Jessy) - Alô. – Ela pareceu estar tendo dificuldades de ouvir o que a pessoa do outro lado dizia. - Espera, não entendi. – Ela se levantou e saiu, procurando melhorar o sinal.

(Hannah) - Eu pensei que aqui não pegasse sinal de telefone. 

(Cleo) - Bom, o sinal não é dos melhores, mas ainda sim, pega. – Cleo disse.

Todos voltaram a atenção para o jantar e alguns minutos depois, Jessy retornou.

(Jessy) - Adie... – Ela sorria lindamente.

(Adie) - Hum? – Ela limpou a boca com um guardanapo.

(Jessy) - Muito obrigada! – Ela tocou em seu ombro.

Mesmo intrigada, Adie tocou a mão da ruiva com carinho.

(Adie) - Mas pelo que, Jessy?

(Jessy) - Era o Phil ao telefone, ele me disse que já está livre e eu sei que foi você quem fez isso por ele. Por isso, muito obrigada.

(Adie) - Ah... – Ela disfarçou. - Que isso, Jessy, não foi nada. – Ela sorriu.

(Jessy) - Bem, eu não pude esconder dele quem foi a responsável por isso. Eu disse que foi você quem o ajudou a ficar livre e ele ficou extremamente surpreso por saber que você está em Duskwood. – Ela voltou a se sentar. - Ele me pediu para levá-la ao Aurora, na reabertura, mas eu disse que não estávamos perto.

(Adie) - Bom, depois da reabertura, todos podemos ir até lá, o que acham? 

Hannah sorriu.

(Hannah) - Acho uma boa ideia.

Mas, os demais, ficaram em silêncio, cada um demonstrando desaprovação de sua maneira, sem dizer nenhuma palavra.

(Jessy) - Bem... Podemos ir sim, mas acontece que, provavelmente, você vai conhecê-lo antes disso. 

Todos a olharam, intrigados.

(Jessy) - Ele me perguntou onde estávamos e eu disse. Bom... e também o convidei para vir aqui.

Dan, que virava um gole de whisky, se engasgou e tossiu.

(Cleo) - O quê?!

(Jessy) - Bem, eu pensei que ele não fosse aceitar, mas... ele não só aceitou, como disse que virá amanhã mesmo. – Ela sorriu com entusiasmo.

Todos se surpreenderam.