Dear Hacker - Duskwood Continuation (Em Revisão) escrita por Akira Senju


Capítulo 4
Alter Ego


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos! Vamos para mais um capítulo cheio de informações, espero que gostem ♥

Tenham uma ótima leitura. ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/808977/chapter/4

Tempos atrás...

(Investigador de Polícia) - Você sabe que se conseguirmos as provas necessárias para prendê-lo, você será prejudicada por tentar defendê-lo dessa forma, não sabe? – Ele estava em uma sala escura, juntamente com uma mulher que estava sentada à sua frente e tamborilava com os dedos sobre a mesa.

(Adie) - Eu sei, mas tenho certeza da inocência dele. 

(Investigador de Polícia) - Hum, certo, senhorita. Mas, mesmo assim, teremos que submetê-lo ao polígrafo.

(Adie) - Mas eu já lhe expliquei! – Ela socou a mesa de leve. - É impossível que ele esteja mentindo! – Ela exclamou, numa tentativa quase que de implorar para que ele acreditasse em suas palavras, o que indicava uma leve incerteza das mesmas.

O investigador se intrigou com sua alteração repentina.

(Investigador de Polícia) - Está nervosa, senhorita?

Ela desviou o olhar por um breve momento e logo endireitou sua postura, tentando relaxar seus ombros, enquanto ele a observava. 

(Adie) - Eu estou bem. – Ela voltou a olhá-lo.

(Investigador de Polícia) - Hum, certo.

Agora...

Após Adie dizer quem estava ligando, Jake se surpreendeu.

(Jake) - Você vai atender? 

(Adie) - Bom... eu tenho algo pendente com o delegado, lembra?

Ele suspirou preocupado e desviou o olhar, e Adie aceitou a chamada.

(Adie) - Alô. 

(Alan) - Olá, senhorita! Estou ligando para lembrar-te do nosso acordo. Um café e muitas perguntas respondidas.

(Adie) - Eu não me esqueci, senhor Bloomgate.

(Alan) - Então, quando chega a Duskwood?

(Adie) - Bem... Eu já cheguei.

(Alan) - Ora, que ótimo! Que tal amanhã às 10:00 am, na Delegacia de Duskwood?

(Adie) - Amanhã às 10:00 am... – Ela olhou para Jake, que também a olhou. - Está perfeito.

(Alan) - Ótimo! Então, até amanhã, senhorita Adie.

Alan desligou o telefone.

(Jake) - Então... é amanhã. – Ele desviou o olhar, preocupado.

(Adie) - Sim.  

Jake ficou em silêncio e sua perna ficou inquieta, deixando evidente sua preocupação, enquanto Adie o observava. 

(Adie) - Você disse que ia confiar em mim, Jake.

Ele suspirou e a olhou.

(Jake) - Eu confio em você. Só quero que tenha cuidado.

(Adie) - Eu prometo que terei. – Ela acariciou o rosto dele. - Agora mude essa carinha de preocupado. 

Ele acariciou a mão dela que alisava seu rosto e a beijou.

(Jake) - Eu vou tentar.

Adie sorriu sutilmente e suspirou. 

(Adie) - Bem... Está na hora de resolver a situação do Phil. 

(Jake) - Hum. – Ele bufou, estando claramente enciumado e pegou seu celular no bolso de sua calça, focando seu olhar no mesmo.

Adie, que o observava, deu uma leve risada, mas não disse nada. Ela também voltou sua atenção para o seu celular e abriu o chat.

CHAT:

                     Dan

(Adie) - Ei, Jack Daniels...

(Adie) - Precisamos conversar.

 Dan está agora online

(Dan) - Pois não...

(Dan) - O que deseja, senhorita?

(Adie) - Você merece um prêmio de melhor ator depois de ter sido tão cínico na cafeteria.

(Dan) - Não estou entendendo

(Dan) - Do que você está falando?

(Adie) - Não banque o esperto comigo

(Adie) - Você sabe muito bem do que estou falando

(Dan) - Ah, qual é?

(Dan) - Não foi você quem sofreu um puta acidente e está de cadeira de rodas agora

(Adie) - Sabe porquê não sofri um acidente assim?

(Adie) - Porque não sou idiota para beber mais de 11 drinks e tentar dirigir

(Dan) - Você disse que acreditava em mim, qual é a sua agora?

(Adie) - Só acho que está na hora de assumir sua droga de responsabilidade!

(Adie) - Dan, não podemos seguir tranquilos sabendo que o Phil está preso injustamente

(Dan) - Pensei que o seu lance fosse com o garoto hacker

(Adie) - Não seja idiota!

(Adie) - Se você não fizer o que é certo, eu irei contar toda a verdade para a Jessy

(Adie) - Você sabe muito bem que posso tirar o Phil da cadeia sem você, mas ainda estou lhe dando a chance de fazer a coisa certa

(Dan) - Está me ameaçando?

(Adie) - Não me diga que, depois dessa nossa conversa, vai dirigir bêbado de novo, bater o carro e dizer que eu adulterei seus freios?

(Dan) - Haha

(Dan) - Se eu pudesse dirigir, talvez

(Adie) - Não tente me enrolar

(Dan) - Tá tá, vou na delegacia amanhã

(Dan) - Satisfeita?

(Adie) - Já é alguma coisa

(Dan) - Mas a Jessy não pode saber disso NUNCA

(Dan) - Guardaremos esse segredo até o túmulo, certo?

(Adie) - Enquanto fomos amigos

(Dan) - Vendo como você é, sendo minha amiga, não pretendo tê-la como inimiga

(Adie) - Hum, inteligente.

(Adie) - Sendo assim, segredo guardado :)

(Dan) - Ok

(Dan) - Vou nessa

 Dan está agora offline

No dia seguinte...

Era uma manhã fria em Duskwood, e Dan, estando em seu apartamento, dormia confortavelmente em uma cama espaçosa e aconchegante, até que seu telefone começou a tocar.

Ele abriu os olhos lentamente e logo franziu o cenho. Após alguns segundos, a chamada parou e ele se virou, acreditando que poderia voltar a dormir, mas não demorou muito para que seu celular começasse a tocar novamente. Ele abriu os olhos, olhou em direção ao aparelho, que estava em sua mesa de cabeceira, bufou e tapou a cabeça com a coberta. Novamente, o celular parou de tocar, mas, alguns segundos depois, começou a tocar de novo e Dan descobriu a cabeça com raiva.

(Dan) - Mas que merda!

Ele se inclinou, pegou o celular e viu o nome de quem o ligava insistentemente.

(Dan) - Mas que diabos você quer a essa hora??? – Ele disse ao atender.

(Adie) - Bom dia, flor do dia! Estou ligando para dizer que passo aí às 9:00 para irmos até a delegacia. Então, você tem exatamente 40 minutos para se arrumar e tomar um bom café da manhã.

(Dan) - O quê?! Eu não disse que iria de manhã!

(Adie) - Eu não estou nem aí! E acho bom você se apressar, antes que eu peça ao Jake para rastrear sua ligação e eu vá até aí te arrancar dessa cama. – Ela finalizou a chamada.

(Dan) - Que merda! – Ele jogou o celular na cama, enfurecido, e esfregou as mãos no rosto.

Enquanto isso, no hotel onde Jake estava, ele estava sentado em frente ao seu computador, analisando alguns códigos. Mas sua concentração foi interrompida ao receber uma notificação de mensagens em seu celular, que estava ao seu lado, o que o fez olhar imediatamente. Ao ver que havia recebido uma mensagem de Adie, um sorriso sutil surgiu em seus lábios e ele pegou o celular. 

CHAT:

                         Jake

(Adie) - Bom dia, meu amor! :)

  Jake está agora online

(Jake) - Bom dia, minha linda!

(Jake) - Dormiu bem?

(Adie) - Teria sido melhor se você tivesse ficado aqui.

(Jake) - Me desculpe.

(Jake) - Eu precisava dar uma olhada no computador do delegado, antes de você ir falar com ele. 

(Adie) - E está tudo certo?

(Jake) - Não achei nada suspeito, mas encontrei uma lista de perguntas sem respostas no bloco de anotações.

(Jake) - O assunto principal das perguntas está voltado para o caso da Hannah e para a morte de Amy Bell Lewis, o que deixa claro que ele ainda pretende interrogar a todos do grupo sobre esses assuntos.

(Adie) - Eu esperava por isso.

(Jake) - De certa forma, eu também.

(Jake) - Acho importante ressaltar que você não se deixe levar pela manipulação.

(Adie) - Quanto a isso, fique tranquilo. ;)

(Adie) - A propósito...

(Adie) - Você poderia olhar pela janela?

(Jake) - ?

(Adie) - Tenho uma surpresa.

Intrigado, Jake se levantou e foi até a janela e, ao se inclinar para olhar, teve uma grande surpresa.

Adie estava encostada em um carro preto, estacionado em frente ao hotel, e acenou para ele. Ao vê-la, ele esboçou um doce sorriso e ela lhe enviou uma mensagem. 

CHAT:

                             Adie

(Adie) - Consegui alugar esse carro.

(Adie) - Não é lindo?

(Jake) - É realmente um ótimo carro, você tem um bom gosto. :)

(Jake) - Estou indo até aí.

   Jake está agora offline

Depois de alguns minutos, Dan se olhava no espelho e ajeitava seus cabelos. Em seguida, ele ajeitou sua barba e, após deixá-la a seu gosto, ele foi até sua mesa de cabeceira e pegou seus anéis, colocando-os nos dedos em seguida.

Após ter terminado de se arrumar, ele pegou seu celular e abriu o chat.

CHAT:

                          Adie

(Dan) - Ei, já estou pronto.

(Dan) - Vê se não demora para chegar, caso contrário, eu volto a dormir.

  Adie está agora online

(Adie) - Estou indo, princesa.

(Dan) - (Emoji de dedo do meio)

  Adie está agora offline

Adie, que estava de frente para Jake, que estava encostado no carro, guardou seu celular no bolso.

(Adie) - Tenho que ir... – Ela fez um biquinho manhoso.

Ele a olhava com ternura. 

(Jake) - Promete que terá cuidado? 

(Adie) - Sim, eu prometo. – Ela acariciou o rosto dele e o beijou.

Após o beijo, os dois se olharam, esboçando sutis sorrisos apaixonados e Jake se afastou do carro e seguiu para dentro do hotel. Em seguida, ela entrou no carro, ajustou o cinto e pegou seu celular.

CHAT:

                          Dan

(Adie) - Seu endereço, por favor.

(Dan) - Pensei que o homem Hacker fosse te passar.

(Adie) - Fala logo!

Após Dan mandar seu endereço, Adie colocou seus óculos escuros e logo saiu.

Alguns minutos se passaram e Dan a esperava na calçada de seu apartamento, enquanto mexia no celular, até que um carro preto parou à sua frente e ela o olhou pela janela. 

(Adie) - A carruagem chegou. – Ela debochou.

Ele arqueou uma de suas sobrancelhas e revirou os olhos.

Alguns minutos depois, eles chegaram na delegacia.

(Adie) - Bem, ficarei te esperando aqui. 

(Dan) - Ótimo.

(Adie) - E depois você terá que me esperar, também tenho que falar com o delegado.

(Dan) - Não me diga que vai se entregar para salvar a pele do garoto Hacker?

(Adie) - Fique tranquilo, eu não pretendo fazer isso. Apenas vou responder as tais perguntas do senhor Bloomgate.

(Dan) - Hum.

Ela observou Dan por alguns segundos.

(Adie) - Está esperando o que para ir?

(Dan) - Hum – Ele deu uma leve risada. - Eu não sei se você se lembra, mas eu estou de cadeira de rodas e não consigo andar até o porta malas sozinho.

(Adie) - Oh, é… Eu me esqueci. – Ela logo abriu a porta e saiu do carro, indo até o porta malas para pegar a cadeira de Dan e, em seguida, o ajudou a sair do carro.

(Dan) - Bem, vamos acabar com isso logo. 

(Adie) - Ei, qualquer pergunta relacionada ao Jake e a mim, você não sabe de nada, ok?

(Dan) - Tá tá. – Ele se dirigiu até a entrada da delegacia.

Enquanto esperava por Dan, Adie se recostou no carro e observava a sua volta. A cidade não era muito movimentada,o que era perfeito, pois ali seria possível ter momentos mais tranquilos com o Jake. Aquele pensamento a fez sorrir sutilmente e em seguida, ela pegou seu celular no bolso e começou a mexer em suas redes sociais, que não possuía fotos. Ela ficou distraída por um tempo e, de repente, algo lhe incomodou. Uma estranha sensação de estar sendo observada lhe acometeu e ela levantou o olhar, observando a sua volta. Havia algumas pessoas passando naquele momento, mas todas pareciam inofensivas e sequer haviam notado ela. Porém, ao olhar para trás, ela percebeu que à alguns metros dali, era a entrada de uma floresta. Ela observou aquela entrada por alguns instantes e sentiu um arrepio. Em seguida, ela se virou para frente e respirou fundo. Naquele momento, ela compreendeu que toda história vivida nos últimos dias havia lhe deixado uma marca e ainda existiam monstros dentro de si mesma a serem vencidos.

45 minutos depois...

Dan saiu da delegacia e Adie continuava recostada no carro, distraída enquanto observava ao redor pelas lentes de seus óculos escuros. Ao se aproximar, ela logo o notou. 

(Adie) - E aí, como foi?

(Dan) - Hum… Parece que você não foi a única a responsabilizar os drinks.

(Adie) - Ah, e você acreditou mesmo que eu seria a única? – Ela debochou.

(Dan) - Ah, não enche.

Adie deu risada.

Alguns minutos depois, ela entrou na delegacia e havia alguns policiais passando, para diferentes direções. Ela passou o olhar em todos e seguiu até um deles, que estava próximo a recepção, porém, de costas e distraído, analisando alguns papéis que segurava.

(Adie) - Bom dia! Vim falar com o Delegado Alan Bloomgate.

O policial, que tinha o nome Brandon Ramsey em sua farda, se virou para olhá-la, mas pareceu ficar levemente surpreso.

(Brandon) - Bom dia, senhorita!

Ele ficou olhando-a por alguns segundos, em silêncio, e Adie arqueou uma de suas sobrancelhas.

(Brandon) - Como se chama? 

(Adie) - Adie.

(Brandon) - Certo.  Me acompanhe, por favor.

Eles andaram por um corredor não muito extenso e, ao final, havia uma porta e o policial bateu três vezes na mesma.

— Entre. – Uma voz masculina disse lá de dentro e o policial abriu a porta.

(Brandon) - Senhor, Bloomgate. A senhorita Adie está aqui.

Alan Blommgate aparentava ter aproximadamente 40 anos e era muito bonito, com cabelos pretos, olhos castanhos, corpo másculo e postura elegante.

(Alan) - Hum... – Ele logo se levantou de sua cadeira e foi até a porta para recebê-la.  - Obrigado, Brandon.

Brandon assentiu com a cabeça e logo se retirou. Alan olhou para Adie e foi evidente sua leve surpresa com a beleza dela.

(Alan) - É um prazer conhecê-la, senhorita Adie! – Ele estendeu a mão para cumprimentá-la.

Ela sorriu sutilmente e apertou a mão do delegado.

(Adie) - O prazer é todo meu, senhor Blommgate! 

(Alan) - Entre, por favor. – Ele abriu espaço para ela, acenando para dentro.

(Adie) - Com licença. – Ela entrou.

Alan entrou em seguida e fechou a porta de sua sala. Ele puxou a cadeira para Adie se sentar e, em seguida, se sentou do outro lado de sua mesa.

(Alan) - Bom, finalmente podemos conversar olhando nos olhos. Isso é muito valioso quando cuidamos de um caso tão complexo e cheio de mistérios como foi o da senhorita Donfort.

(Adie) - Sim, eu concordo. Então, quais são suas perguntas para mim?

Sua firmeza para falar fez com que o delegado compreendesse que ela não parecia ser uma garota fácil de se manipular.

(Alan) - Hum, direto ao ponto... entendi. – Ele sorriu sutilmente e se ajeitou em sua cadeira. - Bem, você me deu uma informação muito interessante durante nossa conversa por chat e eu gostaria de saber um pouco mais sobre isso. Você me disse que pediu para que o misterioso Hacker se envolvesse no caso do desaparecimento da senhorita Hannah Donfort, então, me diz... Como o conheceu?

(Adie) - Foi por um acaso. Eu precisava de um hacker e foi ele quem eu encontrei.

(Alan) - Seja mais específica, senhorita.

(Adie) - Existem páginas e sites por aí que indicam os serviços de pessoas como ele. O senhor sabe disso, não é?

(Alan) - É claro que sei. Mas a senhorita está ciente de que muitos desses sites são contra a lei? 

(Adie) - Sim, mas não era o caso do que eu usei.

(Alan) - Entendi, mas quero que a senhorita me conte tudo que sabe sobre esse hacker, em específico.

(Adie) - Mas eu não sei nada além do que o senhor já sabe. Ele é um hacker e é procurado pelo governo.

(Alan) - Você estava ciente de que ele era procurado quando o contratou?

(Adie) - Não.

(Alan) - Tenho dificuldade em acreditar nisso, senhorita.

Adie o encarava fixamente e sua expressão era séria, sem demonstrar nenhuma intimidação.

(Alan) - Ao que tudo indica, ele estava naquela caverna, mas conseguiu fugir. Me pergunto desde então se alguém o avisou sobre a minha presença no local, ou sobre a chegada do FBI.

(Adie) - Entendo. É uma boa teoria. – Ela respondeu com serenidade.

Alan deu uma leve risada.

(Alan) - Parece que vou precisar ser mais direto com você. Além de ser a única a saber que eu estava indo para lá, você também foi a única pessoa para quem eu avisei sobre a presença do FBI na mina. Então, a pessoa que o avisou sobre esses dois, consideravelmente, agravantes para ele, foi a senhorita?

Adie sorriu sutilmente.

(Adie) - Claro que não, Senhor Blommgate. Se eu soubesse que ele estava na mina e, por um acaso, quisesse protegê-lo, talvez tentaria impedir o senhor de ir até lá, não?

(Alan) - Me diz você, faria isso?

(Adie) - Obviamente, não, pois eu não tinha o dever de protegê-lo. 

Alan a olhou por alguns segundos, intrigado, até que sorriu sutilmente e se levantou. Ele foi até uma máquina de café, que ficava à esquerda, pegou duas xícaras que estavam próximas e serviu o café nas mesmas. Depois de alguns segundos, ele se virou, olhando-a.

(Alan) - Com açúcar?

Ela o olhou.

(Adie) - Sim, por favor.

Após colocar e misturar o açúcar no café, ele se aproximou e entregou a xícara sobre um pires, enquanto segurava outro que era para si mesmo.

(Alan) - Aqui está.

Ela pegou.

(Adie) - Obrigada.

Em seguida, ele voltou a se sentar de frente para Adie e tomou um gole de café.

(Alan) - Bem, continuando... Após o fogo na mina ter sido acalmado pelos bombeiros, conseguimos recuperar algumas das câmeras que estavam no local. Ao recuperar as imagens das câmeras colocadas pelo sequestrador, vimos que ele fez uma ligação antes de incendiar a mina e tudo indica que foi uma chamada de vídeo. Como o áudio não foi captado, não conseguimos saber o que ele disse a essa pessoa, mas vimos que ele revelou seu rosto para a mesma. Você é essa pessoa?

(Adie) - Não.

(Alan) - Hum, pode confiar em mim, senhorita Adie. Isso não lhe colocará em problemas.

Ela tomou um gole de café.

(Adie) - Eu sei disso.

(Alan) - Hum, certo. Com essas imagens, descobrimos que se tratava o tempo todo de um dos seus amigos, Richard Roger. Você sabe o que o motivou a sequestrar a senhorita Donfort?

(Adie) - Não.

Alan a observou por alguns segundos, enquanto ela tomava mais um pouco de seu café.

(Alan) - Não entendo... Por mensagens a senhorita parecia ser mais comunicativa.

(Adie) - Impressão sua, senhor delegado. Acho que durante nossas conversas por chat, o senhor falou mais sobre si e respondeu mais perguntas do que eu. – Ela sorriu com um leve deboche.

(Alan) - Com a condição de que a senhorita faria o mesmo aqui, pessoalmente.

Ela arqueou uma de suas sobrancelhas.

(Adie) - E por um acaso eu não estou fazendo isso?

Alan também arqueou uma de suas sobrancelhas e a encarou por alguns segundos, até que suspirou.

(Alan) - Certo. Continuando… Vamos falar sobre Amy Bells Lewis. A senhorita chegou a conversar com ela alguma vez? 

(Adie) - Infelizmente, não.

(Alan) - Em meio às suas investigações, a senhorita não descobriu nada sobre ela? 

(Adie) - Não, senhor. Eu apenas soube sobre o corpo na floresta, o que mais tarde foi esclarecido que, infelizmente, era dela. E depois disso, eu só soube o que o senhor mesmo me contou.

Alan desviou o olhar por um breve momento e suspirou, voltando a olhá-la em seguida.

(Alan) - Certo. Bem, voltando à mina Ironsplinter. Quando eu lhe informei por ligação sobre a explosão, você não demonstrou nenhuma preocupação ou abalo, mesmo sabendo que seu amigo ainda estivesse lá. Não lhe afetou em nada saber da trágica morte do Richard?

(Adie) - Sim, me afetou. Mas cada um tem sua maneira de demonstrar seus sentimentos.

Ele esboçou um leve sorriso debochado.

(Alan) - Quanta frieza, senhorita. Posso presumir que você não se importa tanto assim com seus amigos. Ou... isso pode ser um forte indício de que você sabia o tempo todo de que ele era o sequestrador.

(Adie) - Confesso que suspeitei dele sim, em alguns momentos, mas eu nunca tive certeza de nada.

Alan tomou um gole de café.

(Alan) - E porque desconfiou dele?

(Adie) - O sequestrador sempre fez questão que eu o visse, e quando o Richy,  enquanto falava comigo por chamada de vídeo, sofreu aquele suposto ataque na floresta, eu não desliguei a chamada imediatamente e esperei por algum sinal do homem sem rosto, mas isso não aconteceu. Porém, o detalhe mais intrigante, é que não foi possível ouvir o som de passos, depois que ele feriu o Richy. 

(Alan) - Hum, interessante. Você tem uma boa percepção, senhorita. – Ele esboçou um sutil sorriso ladino.

Adie sorriu sutilmente e tomou mais um gole de seu café.

(Alan) - Mas ainda assim, sua frieza em relação a ele, me intriga. 

(Adie) - Hum, então o senhor quer mesmo falar de frieza? Pois bem... Ele foi a pessoa que me torturou com ameaças, mas também foi o mesmo a me acalmar com palavras positivas. Ele viu o desespero de todos em busca da Hannah e sempre nos animava nos momentos de quase desistência, mas ao mesmo tempo, ele sabia de toda a verdade, era o responsável por tudo e tentava nos manter o mais longe possível da verdade. Então... o que isso seria para o senhor?

Alan a observou por alguns segundos, em silêncio.

(Alan) - Tudo bem, eu já entendi. – Ele cruzou os braços. - Agora, uma pergunta que não posso deixar de fazer. Onde você estava antes de vir para Duskwood?

(Adie) - Em Viena, Áustria.

Ele ficou levemente surpreso.

(Alan) - E pretende continuar aqui depois dessa nossa conversa?

(Adie) - Hum... – Ela tomou mais um gole de seu café. - Talvez.

(Alan) - Então, você não está aqui só para responder minhas perguntas, certo?

(Adie) - Eu vim aqui para isso, mas, de repente, não seria má ideia aproveitar para passar um tempo com os meus amigos.

Estando intrigado, Alan se distraiu por alguns segundos, olhando-a. Adie falava com firmeza e, ao mesmo tempo, com serenidade, olhando-o nos olhos e com sua linguagem corporal totalmente despreocupada, o que indicava que ela estava falando a verdade. Porém, a personalidade dela era muito misteriosa.

(Adie) - Senhor Blommgate? 

Ele tomou um leve susto.

(Alan) - Hum? Sim… – Ele se ajeitou na cadeira. -  Me desculpe, me distraí por alguns segundos.

(Adie) - Tudo bem. Qual é a próxima pergunta? – Ela tomou o último gole de seu café e deixou o pires sobre a mesa.

(Alan) - Porque a senhorita Donfort mandou seu número para o namorado, quando foi sequestrada? Qual a sua ligação com ela?

(Adie) - Éramos amigas virtuais antes de tudo acontecer e costumávamos conversar quase todos os dias.

(Alan) - Hum… Não é muito comum que alguém confie tanto em uma simples amizade virtual.

(Adie) - Pelo visto, a Hannah pensa diferente do senhor.

(Alan) - E qual sua ligação com o Phil Hawkins?

(Adie) - Bom, acho que nenhuma. Nos falamos apenas uma vez, por mensagens.

(Alan) - E porque ele ligou logo para você quando foi preso?

(Adie) - Acredito que pelo motivo óbvio. Eu estava envolvida nas investigações do sequestro da Hannah e ,talvez, pudesse provar sua inocência.

(Alan) - E onde está o Hacker?

(Adie) - Eu não sei.

(Alan) - Como você o conheceu?

(Adie) - Eu já disse, estava procurando por um hacker na internet e o encontrei.

Alan ficou em silêncio por alguns segundos, encarando-a.

(Alan) - A senhorita sabe que se estiver acobertando-o poderá ser condenada por obstrução de justiça, não sabe?

(Adie) - Sim, eu sei.

Ele continuou encarando-a, enquanto ela também o olhava, sem demonstrar nenhuma intimidação. Alguns segundos depois, Alan tomou seu último gole de café e deixou a xícara sobre o pires.

(Alan) - Bem... Acho que acabamos por aqui, senhorita Adie.

(Adie) - Certo. Espero ter ajudado, senhor Blommgate. – Ela estendeu a mão para cumprimentá-lo, esboçando um leve sorriso.

Alan pegou em sua mão, olhando-a fixamente e apenas assentiu com a cabeça. Em seguida, Adie se levantou e se virou para sair, enquanto o delegado a seguiu com os olhos, estando extremamente intrigado. Após ela fechar a porta, ele colocou seus cotovelos sobre a mesa e cruzou as mãos, ficando pensativo.

Alguns instantes depois, Adie saiu da delegacia e entrou no carro.

(Dan) - E aí, tudo certo? – Ele perguntou sem olhá-la, estando com a atenção voltada para o seu celular.

(Adie) - Claro. Eu esperava mais do delegado de Duskwood, mas ele desistiu muito rápido. – Ela colocou o cinto.

Dan a olhou intrigado, sem dizer nada por alguns segundos.

(Dan) - É sério, às vezes você me dá medo. – Ele voltou a olhar para o seu celular.

Adie esboçou um leve sorriso ladino e ligou o carro. Os dois ficaram em silêncio por alguns minutos, até que Dan a olhou discretamente.

(Dan) - Ei... 

(Adie) - O que? – Ela respondeu sem olhá-lo.

(Dan) - O que pretendia quando disse ao delegado que você foi a responsável pela participação do hacker nas investigações?

(Adie) - Você quer mesmo saber?

(Dan) - Se eu estou perguntando...

Ela deu uma leve risada.

(Adie) - Eu só queria desviar a atenção da policia de sobre o Jake, porque depois que um certo idiota, que estava no hospital, contou a eles sobre o hacker no nosso grupo de amigos, as coisas se complicaram.

Ele a olhou com o cenho franzido, mas apenas bufou, sem contestar e desviou o olhar.

(Dan) - Certo, já aceitei minhas culpas. 

(Adie) - Hum, fizemos um grande progresso aqui.

Ele a olhou de canto e não disse nada. Depois de alguns instantes, ele começou a observar os detalhes do carro.

(Dan) - Carro maneiro. Estou impressionado que em tão pouco tempo estando em Duskwood você já tenha conseguido um carro assim.

(Adie) - Eu apenas aluguei.

(Dan) - Hum, mas isso já é ótimo. – Ele voltou a olhar para frente, em direção ao som. - Que tal colocar uma música? Quero conhecer seus gostos. 

(Adie) - Hum, claro. – Ela pegou o celular e o conectou ao Bluetooth, mantendo a outra mão no volante.

Depois de alguns segundos, começou a tocar Vanessa Carlton - A Thousand Miles e Dan logo a olhou, com a sobrancelha arqueada.

(Dan) - Você só pode estar brincando comigo. 

Adie sorriu e começou a se balançar ao som da canção, que sempre será lembrada por ter feito parte de um filme de comédia (As Branquelas). Ao chegar no refrão, Adie reproduziu a icônica cena protagonizada por Latrell e chacoalhou a cabeça levemente, de um lado para o outro, no ritmo da música e olhou para Dan.

(Adie) - And i need you... – Ela cantou junto à música e repetiu o movimento com a cabeça, no ritmo. - And i miss you... - Ela balançou a cabeça novamente. - And now i wonder...

Ao desviar o olhar, ela caiu na risada e Dan também não pôde se conter e riu daquela cena, que fez referência a um grande clássico.

(Adie) - Sim, estou brincando. Mas não podemos negar que é um excelente filme. 

(Dan) - É, eu admito. – Ele ainda sorria.

(Adie) - Bom, então você quer conhecer meus gostos musicais... – Ela colocou uma outra música. - Segura essa.

Começou a tocar AC/DC - Highway To Hell e Dan logo sorriu.

(Dan) - Uh, Essa sim é um grande clássico! - Ele a olhou.

Ela o olhou, esboçando um doce sorriso e os dois começaram a balançar a cabeça no ritmo da música. 

 

Mais tarde, Adie chegou no quarto do hotel, se deitou na cama e pegou o celular.

CHAT:

                       Jake

(Adie) - Acabo de chegar ao hotel.

  Jake está agora online

(Jake) - Olá, minha linda.

(Jake) - Como foi com o Alan?

(Adie) - Bem, parece que o senhor Blommgate esperava uma pessoa diferente.

 

Naquele mesmo momento, chegou uma mensagem no grupo e Adie abriu para ler.    

CHAT:                      

                    Conversa em Grupo

(Jessy) - Pessoal.

(Jessy) - Acabo de receber uma ligação do delegado Blommgate.

(Jessy) - Ele quer falar comigo hoje, às 14:00.

(Adie) - Tudo indica que ele irá interrogar a todos do grupo.

(Jessy) - O que será que ele quer agora?

(Adie) - A única coisa que posso afirmar é que qualquer coisa que você disser, pode comprometer um de nós, Jessy.

(Adie) - Principalmente se você falar algo sobre o Jake.

(Jessy) - Fique tranquila, Adie. Não vou dizer nada que comprometa vocês.

 

Estando preocupada, Adie enviou uma mensagem para Jessy, no privado.

CHAT:

             Jessy

(Adie) - Você precisa se preparar para falar com o Alan.

(Jessy) - Me preparar?

(Adie) - Sim. Ele é um delegado, e delegados muitas vezes usam a tática da manipulação, fazendo uma leve pressão psicológica para arrancar não só palavras, mas também reações que entreguem que você está mentindo.

(Adie) - Para omitir essas verdades, você precisará manter suas emoções neutras. Não fique tensa, tenha certeza do que você está falando, afinal, eu já cuidei para que ele não incriminasse nenhum de nós.

(Adie) - Você precisa apenas dizer que não sabe de nada sobre o motivo do sequestro da Hannah e que o Jake não faz mais parte do grupo, que ele foi apenas um hacker contratado por mim. E, caso ele pergunte sobre mim, você pode dizer as informações que sabe. De onde eu vim, minha idade, etc.

(Jessy) - Adie, você tem certeza de que assumir essa responsabilidade sozinha não te colocará em problemas?

(Jessy) - Eu posso dizer que a participação do Jake nas investigação foi uma escolha de todos.

(Adie) - Não, Jessy.

(Adie) - Não quero que você se preocupe com isso.

(Adie) - Por favor, apenas siga as dicas que eu lhe dei e tudo ficará bem.

(Jessy) - Ok

(Jessy) - Obrigada pelas dicas ♥️

(Adie) - Boa sorte. ;)

(Jessy) -

   Adie está agora offline

  Jessy está agora offline

Após finalizar sua conversa com Jessy, Adie ficou pensativa e se preocupou com as tentativas de Alan de descobrir algo sobre o Jake.

Mais tarde, após o banho, Adie saiu do banheiro de roupão, com os cabelos molhados e, seu olhar distante, indicava que ainda estava pensativa e preocupada. Alguns instantes depois, uma ideia interrompeu sua preocupação e ela logo se aproximou de seu celular, que estava sobre o seu travesseiro e o pegou. Em seguida, ela abriu o chat.

CHAT:

                          Cleo

(Adie) - Olá, Cleo.

(Adie) - Preciso falar com você.

Cleo não estava online e Adie deixou seu celular sobre a cama.

 Alguns minutos mais tarde, ela estava deitada, com seu celular ao seu lado e assistia TV. Em certo momento, a tela de seu celular acendeu e ela logo o olhou e o pegou, notando ser uma notificação de mensagem de Cleo.

CHAT:

                Cleo

    Cleo está agora online

(Cleo) - Olá, Adie.

(Cleo) - Em que posso ajudá-la?

(Adie) - Estive pensando sobre tudo que aconteceu nesses últimos dias com todos nós e tive uma ideia.

(Adie) - Antes do resgate da Hannah, todos vocês estavam em uma casa afastada do caos da cidade, para se manterem seguros.

(Adie) - Agora que tudo está bem, que tal alugarmos uma casa longe de tudo para podermos nos recuperar de todos os acontecimentos?

(Adie) - Acho que também seria uma ótima oportunidade para nos conhecermos melhor :)

(Cleo) - É uma excelente ideia!

(Cleo) - Acho que realmente precisamos de um tempo longe de tudo para nos recuperarmos.

(Adie) - Eu irei falar com os outros.

(Adie) - Se todos concordarem, você poderia se encarregar de encontrar uma casa para alugarmos?

(Cleo) - Claro, eu farei isso.

(Adie) - Ótimo! Obrigada, Cleo. :)

(Cleo) - De nada, Adie.

CHAT:

                   Conversa em Grupo

(Adie) - Pessoal, acabo de ter uma ideia e gostaria de conversar com vocês sobre isso.

      Jake está agora online

     Hannah está agora online

(Hannah) - Olá, Adie.

(Adie) - Olá, Hannah.

   Jessy está agora online

   Lilly está agora online

(Lilly) - Oi, Adie.

(Adie) - Olá, Lilly.

   Dan está agora online

(Dan) - Desembucha, Sherlock.

(Adie) - Vamos esperar até que todos estejam online.

   Thomas está agora online

(Dan) - Pronto, você já pode começar a falar.

(Adie) - Posso saber o motivo da impaciência?

(Dan) - Estou com fome.

(Adie) - Ah, entendo.

(Adie) - Bom, agora que todos estão aqui, tenho um convite a fazer.

(Adie) - Estive conversando com a Cleo e propus que fizéssemos uma mudança temporária para podermos nos recuperar dos últimos acontecimentos.

(Adie) - A ideia seria alugar uma casa longe da cidade para todos nós.

(Adie) - O que vocês acham?

(Lilly) - Eu adorei a ideia. Acho que agora que todo o caos passou, realmente merecemos um descanso.

(Thomas) - Eu concordo.

(Jessy) - Excelente ideia, Adie ♥️

(Dan) - E se algum homem corvo aparecer novamente, não se preocupem, estarei lá, pronto para encher ele de bala 

(Cleo) - Então a arma era sua?!

(Dan) - Bom…

(Adie) - Eu sabia

(Dan) - Ah, gente, qual é? Eu salvei a vida de vocês, seus ingratos.

(Cleo) - Eu só fiz uma pergunta

(Jessy) -

(Adie) - Voltando ao que eu disse… Ainda falta a opinião do Jake e da Hannah.

(Jake) - Bem...

(Jake) - Eu também gosto da ideia.

(Dan) - Por essa eu não esperava.

(Jake) - :)

(Adie) - Agora só falta a Hannah dizer o que acha.

(Hannah) - Bom... A ideia é boa, Adie, mas estamos esquecendo de algo muito importante.

(Adie) - E o que seria?

(Hannah) - A verdade que o Richy lhe confidenciou

(Hannah) - A verdadeira razão pela qual ele me sequestrou.

(Adie) - Bom... mas isso já não faz diferença, Hannah.

(Hannah) - É claro que faz!

(Hannah) Sei que o Richy lhe deixou essa tarefa de contar toda a verdade para todos, porque sabia que eu ainda mantenho minha ideia inicial fixa.

(Thomas) - Que ideia?

(Hannah) - Eu vou me entregar para a polícia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Cena mencionada do filme As Branquelas, exatamente aos 1:02 do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=BMMrn_woPTk&t=75s

Obrigada por chegarem até aqui! ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dear Hacker - Duskwood Continuation (Em Revisão)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.